JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
Curiosidades: Como surgiu o(a)?
Curiosidades: Como surgiu o(a)?

 

 

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Do náuatle, idioma asteca. A palavra “abacate" vem do náuatle ahuacatl, que significa… (que rufem os tambores) testículo! No fundo, não surpreende tanto, não é? O nome se deve à similaridade da fruta com essa parte do órgão sexual quando ainda está pendurada na árvore, sempre de forma torta e de dois em dois. O povo antigo mexicano deu esse nome à fruta demonstrando o seu humor apimentado, criando uma linguagem de duplo sentido. Fato extra: molli significa molho, e então aguacamolli, quer dizer, molho de abacate, ou guacamole.

 

 

 

Aniversário

 

Quando surgiu o costume de comemorar aniversários? De acordo com o livro The Lore of Birthdays ("A Sabedoria dos Aniversários", sem tradução em português), dos antropólogos americanos Ralph e Adelin Linton, aniversários merecem comemorações desde o Egito antigo, ou seja, a moda surgiu por volta de 3000 a.C. Tanto os egípcios quanto os gregos, que adotaram o costume, restringiam as comemorações apenas a seres superiores: faraós e deuses. Com o tempo, o hábito foi se estendendo aos mortais e contaminou também os romanos, que davam o privilégio ao imperador, a sua família e aos senadores. Nos primórdios do cristianismo, o costume foi abolido por causa das suas origens pagãs. Foi só no século 4 que a Igreja começou a celebrar o nascimento de Cristo, o Natal. Daí, ressurgiu o hábito de festejar aniversários e pouco a pouco foram surgindo as peças simbólicas: o bolo, as velinhas, o "Parabéns a Você" etc.

O “Parabéns a Você” é uma adaptação da melodia “Bom Dia a Todos”, criada por duas irmãs professoras em uma escola em Louisville, nos EUA, no fim do século 19. A canção só ganhou a letra de feliz aniversário em 1912 e, hoje em dia, é cantada em mais de 30 idiomas. A versão brasileira foi composta pela poetisa Bertha Celeste Homem de Mello em 1942.

Jogar ovos e farinha no aniversariante virou um costume popular no Brasil nos anos 80. Acredita-se que seja uma variação dos puxões de orelha ou do “com quem será?” cantado nos parabéns. A ideia era fazer um bolo na cabeça do aniversariante, daí os ingredientes da brincadeira

 O item mais esperado da festa surgiu na Grécia antiga, quando um bolo redondo, representando a Lua cheia, era levado ao templo de Ártemis, a deusa da Lua, como oferenda. Naquela época, as fases lunares serviam como calendário para o homem e cultuar a deusa era uma forma de pedir proteção. A receita grega era uma mistura de mel e pão.

 Assim como o bolo, as velas de aniversário também têm origem grega. Aludindo ao brilho e à luz da Lua, uma delas era colocada sobre o bolo ofertado para Ártemis. Alguns povos acreditavam que a luz espantava os maus espíritos e que a fumaça levava as preces até o céu.

 

 

 

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O ato de bater as palmas das mãos em sinal de aprovação tem origem desconhecida, mas existe há pelo menos 3000 anos. Nessa época, o gesto era essencialmente religioso, popularizado em rituais pagãos de diversos povos como um barulho destinado a chamar a atenção dos deuses. No teatro clássico grego, tornou-se, então, a forma pela qual os artistas pediam à platéia que invocasse os espíritos protetores das artes. O costume chegou ao Império Romano, onde passou a ser comum nos discursos políticos. Preocupado com a repercussão de suas aparições públicas, o imperador Nero carregava uma claque com mais de 5000 soldados e cavaleiros. Dali, o costume espalhou-se para o resto do mundo. Nos séculos XVIII e XIX, quase todos os teatros de Paris contratavam pessoas que tinham uma única função na platéia: aplaudir. O truque continua utilizado até hoje pelas emissoras de TV, especialmente em programas de auditório. Agora, bater palmas para marcar o ritmo de uma música é provavelmente um costume muito mais antigo.

 

 

 

Caneta

 

 

Com toda probabilidade, os tataravôs das canetas modernas foram pequenos pincéis que os chineses usavam para escrever por volta de 1000 a.C. Depois deles, vários objetos conviveram nas mãos de diferentes povos da antigüidade. Lá pelo ano 300 a.C., as varetas de bambu faziam sucesso entre os egípcios. Nas ruínas de Pompéia (cidade italiana destruída pelo vulcão Vesúvio no ano 79), foi encontrada uma espécie de caneta com ponta de bronze. Mas quem teve vida longa mesmo, para azar dos gansos, foram os modelos feitos com penas de aves. No início da Idade Média, a primeira enciclopédia do mundo, organizada por São Isidoro de Sevilha (560-636), já ensinava aos curiosos de plantão que esse era o tipo de caneta da moda. Os gansos sofreram até o final do século XIX, quando as primeiras canetas-tinteiro foram fabricadas nos Estados Unidos. A popular esferográfica só entraria em cena no século XX. O mecanismo foi patenteado em 1938 pelo húngaro Lazlo Biro. Ele levou seis anos para aperfeiçoar um objeto que hoje parece tão simples. Na época dos primeiros modelos, porém, a tecnologia era tão complexa que uma caneta de Biro custava quase 100 dólares! Quem diria, a descartável esferográfica já teve dias de Mont Blanc!

 

A evolução da escrita: Da pena de ganso à ponta porosa, as canetas se tornaram cada vez mais práticas e populares:

 

1 - Plumas: Feitas de penas de aves, principalmente gansos, elas apareceram no início da era Cristã. Foram muito usadas até o século XIX, gerando um rico comércio de penas em todo o mundo. Entre 1800 e 1830, a cidade de São Petersburgo, na Rússia, chegou a enviar mais de 27 milhões de penas por ano para a Inglaterra.

 

2 - Caneta-tinteiro: O primeiro modelo comercial foi criado pelo americano Lewis Edson Waterman em 1884. Mas, nas memórias da czarina russa Catarina, escritas em 1748, há uma menção a um instrumento parecido. No modelo de Waterman, a tinta era injetada no reservatório com um tipo de seringa. Os cartuchos descartáveis só começaram a ser vendidos em 1927.

 

3 - Esferográfica: A idéia de usar na ponta da caneta uma pequena esfera de metal, molhada pela tinta que vem de um tubinho, surgiu no final do século XIX. O húngaro Lazlo Josef Biro aperfeiçoou a idéia e popularizou a esferográfica a partir de 1938. Em meados da década de 40, Biro passou a patente para o francês Marcel Bich, criador da Bic, que, hoje, vende 10 milhões de canetas por dia em todo o planeta.

 

4 - Ponta porosa: Um modelo primitivo já era usado nos anos 40. O sistema atual, com ponta porosa feita de fibra sintética, foi apresentado pelo japonês Yukio Horie, em 1962. O produto foi aperfeiçoado e, em 1973, surgiu a Roller Ball, que unia o sistema da caneta de Horie com a esferográfica. Na Roller Ball, a tinta é absorvida por uma ponta porosa, que molha a parte traseira de uma pequena bolinha de metal.

 

 

 

Capuccino

 

O capuccino que tomamos e que nos faz tão bem todas as manhãs vem da palavra capuccio, que significa capô e cuja a associação se remete à cor marrom dos hábitos dos monges capuchinhos. A cor das suas túnicas foi provavelmente a razão pela qual este nome foi usado para batizar esse tipo de café marrom.

A primeira menção ao nome dessa especialidade de café se deu em Viena, na Áustria, em 1790. Wilhelm Tissot escreveu a receita para se tomar um espetacular Kapuzinerkaffee, nada parecido com o de agora, mas sem dúvida, seu antecessor. Um francês o registrou em Veneza em 1937 e a receita atual foi se aperfeiçoando desde meados do século XX, graças à influência das máquinas de café modernas. Para trás, ficaram as claras de ovo batidas da receita original… um capuccino agora se compõe de expresso e leite, e não se deve tomar depois da refeição! Se você se esqueceu dos costumes gastronômicos italianos, veja esse artigo.

 

 

 

Cedilha

 Embora tenha deixado de ser empregada na grafia da língua espanhola, a cedilha surgiu na Espanha.  A origem da palavra vem de "cedilla", diminutivo de "ceda", nome da letra "z" nesse idioma. Primitivamente, a cedilha era um pequeno "z" que se colocava debaixo do "c" para indicar que a letra correspondia ao som de [s]. O castelhano abandonou o uso da cedilha no século 18, a qual foi substituída por “z” ou “c” simples antes de “e” e “i”. A cedilha ainda  é utilizada em português, catalão e francês  para gerar o som [s] antes de “a”, “o” e “u”. Exemplos: criança, preço, açúcar

 

 

 

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Representação universal do dinheiro, a palavra cifrão vem do árabe cifr. A hipótese mais aceita da origem desse símbolo mistura a história das incursões árabes na Europa com a mitologia grega. Para realizar um de seus famosos 12 trabalhos, o herói Hércules teria rachado uma montanha ao meio, ligando o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico. As colunas resultantes dessa separação foram batizadas Colunas de Hércules. Quando, no ano 711, o general Djebel-el-Táriq conquistou a Espanha, mandou gravar em moedas uma linha com a forma da letra S, representando o caminho sinuoso percorrido até a conquista ($).

Essa linha foi cortada por dois traços verticais e paralelos para simbolizar as Colunas de Hércules, ícone de poder, força e perseverança. Táriq teria partido da Arábia, passando pelo Egito, pelos desertos do Saara e da Líbia, por Tunísia, Argélia e Marrocos, até cruzar o tal canal criado à força pelo herói grego para invadir a Espanha. No século VIII, o canal passou a ser chamado Djebel - e hoje é conhecido como Estreito de Gibraltar.

 

 

 

Coração

 

 Há teorias. Antes delas, é preciso explicar que, já no século V antes de Cristo, os filósofos gregos estabaleceram que o coração era relacionado à emoção (por ser quente e sempre em movimento) e o cérebro à razão (por ser frio e imóvel). Dito isso, vamos às teorias:

 

1ª) Se originou de uma pintura rupestre, onde uma forma semelhante indicava o coração de um mamute.

 

2ª) Em tempos remotos, o cisne simbolizava o amor, pois são fiéis aos seus pares e, quando um morre, o outro em pouco tempo também padece. Quando o casal de cisne se encontra, os pescoços formam esse símbolo.

 

3ª) Na antiguidade, a hera simbolizava imortalidade e poder. Sua folha teria inspirado o formato atual do símbolo do coração.

 

4ª) O filósofo Plutarco defende que, como no antigo Egito o pêssego era  considerado o fruto dos deuses, a símbolo deriva dele. 

 

5ª) Há ainda os que defendem que o símbolo surgiu da seguinte relação: coração > amor > sexo > desejo >  bumbum. 

 

 

Desastre

 

Desastre vem do italiano disastro, que por sua vez tem origem grega. A palavra desastre vem do francês, désastre, e essa, por sua vez, do antigo italiano, disastro, que originalmente vem do grego. Dis (prefixo que indica separação ou negação) e aster (estrela) dá lugar a “sem – astro" que no final é “estrela ruim", ou seja, uma desgraça.

Os gregos antigos eram fascinados pelo céu e astronomia, e acreditavam firmemente na influência dos astros sobre os acontecimentos da vida terrestre. Usavam essa palavra para se queixar das inclemências do tempo ou das posições desfavoráveis dos planetas, e como estas repercutiam em suas vidas cotidianas.

 

Dia da Criança

 

O Dia da Criança foi criado oficialmente no Brasil por um decreto do presidente Artur Bernardes, em 1924. Mas só muito depois, na década de 1960, a idéia emplacou de verdade.

A fábrica Johnson & Johnson criou a Semana do Bebê Robusto e a Estrela, fábrica de brinquedos, resolveu aderir. Promoveram a Semana da Criança, em torno da data que já existia. Foi assim que o Dia da Criança passou a ser comemorado a 12 de outubro. As vendas aumentaram muito!

Hoje é costume comemorar o Dia da Criança com brincadeiras, passeios, presentinhos e muito carinho. Toda criança merece. Aliás, em 1959, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou um documento registrando os direitos das crianças de todo o mundo. E estipulou o dia 20 de novembro como dia universal da criança.

Mas que direitos têm as crianças? Direito de brincar, de ter uma casa, de ter saúde, de se alimentar. Direito de ter uma família e receber amor. Direito de estudar. Direito de não sofrer nenhum abuso ou violência. Todas as crianças deveriam ter seus direitos respeitados!

Muitos países têm suas próprias datas para comemorar o Dia da Criança. Na Turquia é o dia 23 de abril, em Portugal é o dia 1º de junho e na Índia é o dia 15 de novembro.

E, no Japão, acontece uma coisa curiosa! Os meninos comemoram o dia do menino dia 5 de maio. As famílias que têm meninos penduram faixas coloridas em forma de carpas na janela. As carpas simbolizam a força e o sucesso. As meninas comemoram o dia da menina em 3 de março. É quando se realiza o Festival das Bonecas. As famílias costumam colocar cartazes com bonecas em casa.

Mas não importa o dia ou o lugar. Criança é criança do mesmo jeito. Viva o Dia da Criança!

 

 

Dia das Mães

 

A história da criação do Dia das Mães começa nos Estados Unidos, em maio de 1905, em uma pequena cidade do Estado da Virgínia Ocidental. Foi lá que a filha de pastores Anna Jarvis e algumas amigas começaram um movimento para instituir um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães.

A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Para Anna, a data tinha um significado mais especial: homenagear a própria mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, falecida naquele mesmo ano. Ann Marie tinha almejado um feriado especial para honrar as mães.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Em 1914, a celebração foi unificada nos Estados Unidos, sendo comemorado sempre no segundo domingo de maio. Em pouco tempo, mais de 40 países adotaram a data.

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou o feriado.

Mas Anna não foi a primeira a sugerir a criação do Dia das Mães. Antes dela, em 1872, a escritora Julia Ward Howe chegou a organizar em Boston um encontro de mães dedicado à paz.

 

 

Dia Internacional da Mulher

 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data: Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

 Conquistas das Mulheres Brasileiras: Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

 Marcos das Conquistas das Mulheres na História:

1788 - O político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

1859 - Surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

1862 - Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

1865 - Na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

1869 - É criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

1874 - Criada no Japão a primeira escola normal para moças.

1878 - Criada na Rússia uma Universidade Feminina.

1901 - O deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

 

 

 

Dia do Natal

 

 

O Natal é uma das mais universais datas comemorativas que existem. No Brasil, as casas são decoradas com artigos para festa  e todas as famílias comemoram juntas em uma grande ceia. Em todo o mundo, as pessoas comemoram o nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. Um exemplo claro da importância do significado da data é que a mesma marca a divisão da história em dois períodos: antes e depois de Cristo, fato importantíssimo, principalmente para o mundo ocidental.

 

Entretanto, o Natal não é necessariamente algo cristão. Podemos enxergar os mesmos valores  da data, ou seja, o significado de esperança e renovação na cultura de certos povos da Antiguidade, como os mesopotâmicos, por exemplo. Outro fato que devemos citar é que no dia 25 de dezembro os romanos celebravam o nascimento do Deus Sol. A festa se chamava “Natalis Solis Invcti” (O Nascimento do Sol Invencível).

 

Desta forma, podemos dizer que o Natal foi fruto da oficialização do Cristianismo no Império Romano. Em outras palavras, os romanos “cristianizaram” certas tradições pagãs remotas. Como a Bíblia não cita a exata data de nascimento de Jesus Cristo, as autoridades religiosas cristãs estabeleceram – claramente influenciadas pela cultura romana – o 25 de dezembro. A data foi oficializada pelo Papa Julius I (337 -352).

 

 

 

Dia dos Pais

 

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.

Em outros países:

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante.

Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.

Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália - A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).

Independente do seu lado comercial é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai”!

 

 

Dia do Professor

 

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

 

 

 

Dia do Trabalho

 

O Dia do Trabalho é comemorado no dia 1º de maio em alguns países, sendo feriado nacional em muitos deles, como no Brasil, por exemplo. A história desta data está relacionada a uma manifestação realizada no dia 1º de Maio de 1886 em Chicago, Estados Unidos, na qual milhares de pessoas reivindicavam a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. A partir deste dia, houve uma greve geral nos EUA.

 

A luta pelas 8 horas diárias de trabalho não parou. Em 20 de Junho de 1889, reunida em Paris, a Segunda Internacional Socialista decidiu, por proposta de Raymond Lavigne, convocar uma manifestação anual com o objetivo de conseguir o que queriam.

 

Outros fatos que marcaram 1º de maio como o dia de luta pelos trabalhadores foram as manifestações no norte da França ocorridas em 1891, as quais resultaram na morte de dez manifestantes, e a proclamação de 1º de maio como o dia internacional da reivindicação de condições de trabalho, por parte da Internacional Socialista de Bruxelas.

 

Em 23 de Abril de 1919, o senado francês confirmou a jornada diária de 8 horas e anunciou o dia 1º de Maio do mesmo ano como feriado nacional.

 

Apesar de os Estados Unidos não reconhecerem a data como o Dia do Trabalhador, a luta dos trabalhadores fez com que o Congresso aprovasse a redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas diárias também.

 

No Brasil, em primeiro momento, o Dia do Trabalhador era um espaço dos movimentos que tinham influências do anarquismo e comunismo, como forma de protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. Com o início da Era Vargas, a movimentação aos poucos cedeu espaço para a propaganda trabalhista de Vargas, que acabou por destinar um dia de comemoração ao trabalhador.

 

 

 

Dicionário

 

 

Como surgiram os primeiros dicionários? Os mais antigos precursores de que se tem notícia são tabletes em escrita cuneiforme da civilização sumeriana, da antiga Mesopotâmia, datados de cerca de 2600 a.C. “Eram repertórios de signos, com nomes de profissões, de divindades e de objetos usuais, que funcionavam como dicionários unilíngües”, diz a lexicógrafa Ieda Maria Alves, da USP.

 

A partir do século I d.C., os gregos criaram os lexicons, que também serviam para catalogar os usos das palavras de sua própria língua – mas dicionários como conhecemos hoje só surgiram durante o Renascimento, começando pela tradução das duas línguas clássicas para os idiomas modernos. “Quando o conhecimento do latim e do grego antigos começou a rarear, a leitura da Bíblia foi se tornando mais difícil, tornando necessários os dicionários bilíngues”, afirma o filólogo Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras.

 

O mais célebre volume dessa época foi organizado pelo monge italiano Ambrogio Calepino (c. 1435-1510) e publicado em 1502. Tratava-se de um volume latim-italiano que, em edições posteriores compiladas por outros dicionaristas, passou a incluir até 11 línguas. O livro ficou tão famoso que o termo Calepino acabou se tornando sinônimo de “dicionário”, da mesma maneira como se diz “Aurélio” hoje no Brasil.

 

 

 

Farmácia

 

 

As primeiras apotecas ou boticas de que se tem notícia surgiram no século X e foram as precursoras das farmácias modernas; no entanto, desde os primeiros tempos da humanidade, há milênios, a atividade do farmacêutico já era de grande importância para a saúde.

 

Há mais de 2.600 anos os chineses já desenvolviam seus remédios, extraindo de milhares de plantas drogas para a cura das doenças. Os egípcios também já preparavam remédios a partir de vegetais, sais de chumbo, cobre e ungüentos de banha de leão, hipopótamo, crocodilo e cobra há mais de 1.500 anos. Na índia, os brâmanes desenvolveram remédios a partir de 600 tipos diferentes de plantas medicinais e os assírios conheceram mais de 200 drogas diferentes.

 

Na Grécia, as ciências de curar aconteciam nos templos, onde eram pendurados os ex-votos de doentes que tinham alcançado a cura. Eram utilizadas para a cura as chamadas fórmulas mágicas, conjuros e procedimentos que talvez hoje seriam vistos como metapsíquicos. As chamadas ciências de curar foram levadas para fora dos templos.

 

Hipócrates marcou uma nova era para a cura, sistematizando os grupos de medicamentos e dividindo-os em narcóticos, febrífugos e purgantes. Na Roma primitiva, foram os escravos que exerceram a medicina. Alguns tinham relativa cultura e o preparo dos medicamentos era confiado, exclusivamente, a eles. Hipócrates é considerado, o Pai da Medicina.

 

Evolução da farmácia: A evolução da farmácia, como atividade diferenciada, aconteceu em Alexandria em conseqüência de um período marcado por guerras, doenças, traições e envenenamentos. Neste período, por causa das guerras e epidemias, a farmacologia teve um grande impulso, principalmente para o tratamento de soldados que se acidentavam nas guerras e o cuidado com pessoas que tentavam o envenenamento.

 

Os farmacopistas, no início do século II, incrementaram as diversas fórmulas existentes para melhor atender às necessidades da época. Em Bagdá, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia e a partir desta escola muitas outras foram surgindo. Para melhor eficiência no atendimento, foi criada neste período uma legislação especial para o exercício da profissão.

 

Já nos fins do século X surgiu nos conventos da França e Espanha o apotecário, que desempenhava o papel de médico e farmacêutico. Este "profissional" tinha que conhecer os males e suas curas. Era exigido também que pertencesse a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecesse o latim, tivesse boa redução e apresentasse certidão de cristianismo e moralidade. Tinha ainda que cultivar as plantas que eram utilizadas na preparação dos medicamentos e trabalhar à vista das pessoas.

 

Surgiram depois as apotecas ou boticas, estabelecimentos organizados com uma série de exigências para o bom funcionamento. Elas possuíam porões, celeiros, despensas, armários, prateleiras, aparadores, arcas, mesas e cadeiras. No teto era comum pendurar animais empalhados, principalmente o crocodilo. O material do apotecário era conservado em caixas de madeira. Os medicamentos destinados ao tratamento de doenças do estômago eram guardados em caixas de couro e os potes de estanho conservavam gorduras e pomadas. Recipientes de f erro e chumbo eram utilizados para óleos medicinais. Os vinhos e vinagres eram guardados em vasos de cerâmica.

 

Tempos depois estes recipientes foram substituídos por potes de majólica e mais tarde pela porcelana. Neste período começaram a surgir nas farmácias frascos, garrafas, alambiques, funis, frascos de medidas, serpentinas, retortas, filtros, peneiras, prensas para extrair o sumo das plantas, tesouras, espátulas, colheres e piluladores. Do material de trabalho faziam parte: seringas, garrafas de couro e cânulas. Essas apotecas ou boticas foram as precursoras de nossas farmácias.  (Veja mais: A história da farmácia no Brasil)

 

 

 

Festas Juninas

 

As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. "Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

 

 

Fotografia

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A fotografia começou a ser inventada ainda na Antiguidade, quando se descobriu o princípio da "câmara escura".

Embora ela tenha aparecido mesmo no século 19, a fotografia começou a ser inventada ainda na Antiguidade, quando se descobriu o princípio da “câmara escura”. Basta você fechar completamente um local – de uma grande sala a uma latinha de leite em pó – e depois fazer um buraquinho. A luz atravessa o buraco e projeta no interior da câmara fechada uma imagem invertida do que acontece lá fora. Mesmo com esse princípio conhecido há séculos, faltava o principal para a fotografia: bolar uma maneira de congelar essa imagem. A história oficial registra dois inventores que arrumaram uma solução para isso quase na mesma época: Henry Talbot, na Inglaterra, e Louis Daguerre, na França. Em 1835, Talbot publicou um artigo documentando como conseguira fixar imagens usando um papel tratado com cloreto de prata, que depois era mergulhado em uma solução de sal. O resultado era um negativo, ou seja, podia ser copiado diversas vezes.

Já o método de Daguerre, anunciado oficialmente quatro anos depois, capturava as imagens em uma fina chapa de cobre revestida com sais de prata, que recebia depois vapor de mercúrio para garantir a fixação. O resultado era uma imagem já positiva, que não podia ser mais copiada. Apesar dessa limitação, a qualidade das fotografias obtidas pelo chamado “daguerreótipo” era superior à das tiradas por Talbot, tanto que o método de Daguerre foi sucesso por muitas décadas, até o aperfeiçoamento de novas técnicas de exposição em negativo. O que a história oficial não conta, porém, é que em 1833 a fotografia pode ter sido inventada no Brasil, com um método diferente, por Antoine Hercule Florence, um francês que viveu aqui por muitos anos. Após vários experimentos – que incluíram até o uso de urina para fixar imagens -, Antoine desenvolveu uma chapa de vidro tratada quimicamente que capturava a imagem e depois podia passá-la para o papel.

Esse feito permaneceu pouco reconhecido por décadas até que o historiador Boris Kossoy, da Universidade de São Paulo (USP), revelou a façanha no livro 1833: A descoberta isolada da fotografia no Brasil. “Antoine usou o processo para imprimir e copiar imagens, pois já trabalhava há muito tempo em um sistema de impressão”, diz Boris. Agora, além do avião, nós, brasileiros, podemos reivindicar também a invenção da fotografia.

História revelada Primeiros processos para fixar imagens surgiram em meados do século 19

 

Pioneiros oficiais. Nas primeiras décadas do século 19, o francês Louis Daguerre cria o daguerreótipo, aperfeiçoando pesquisas de seu colega Nicéphore Niépce. Ele divulga oficialmente seu método em 1839, quatro anos após o inglês Henry Talbot tornar público o processo de revelação em negativo. Nessa época, tirar uma simples fotografia leva até 30 minutos

Negativo em vidro. Um escultor inglês, Frederick Scott Archer, descobre em 1851 o processo de revelação em chapa úmida (também chamado de colóide) e revoluciona a fotografia. As chapas de vidro em negativo tinham qualidade superior à do daguerreótipo e, pela primeira vez, permitiam produzir várias cópias em papel de uma foto

Gelatina sensível. Em 1871, o físico inglês Richard Leach Maddox cria uma solução gelatinosa de brometo de prata. Seu método da “placa seca” não exigia que as chapas fossem reveladas na hora, como no colóide, além de ser 60 vezes mais sensível. A gelatina podia ser aplicada sobre papel e em filmes transparentes. É o início da fotografia moderna

Câmera para todos. Com a placa seca, multiplicam-se as câmeras portáteis. Em 1886, o americano George Eastman passa a vender uma máquina com a qual a pessoa tirava fotos em um prático rolo de filme e não precisava mexer com revelação. O slogan da empresa de Eastman, a Kodak, era: “Você aperta o botão e nós fazemos o resto”. A fotografia se populariza

Ideia colorida. Em 1908, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, os mesmos que inventaram o cinema, criam o primeiro processo de fotografia em cores, o Autochrome, superpondo três chapas transparentes. Graças ao uso de filtros, cada uma delas registrava apenas uma cor primária (vermelho, amarelo e azul) e o resultado final era uma imagem colorida

Sorriso instantâneo. O americano Edwin Land assombra o público em 1947 ao desenvolver um filme instantâneo, que se revela na hora em que a foto é tirada. Em 1963, ele apresenta o mesmo processo, só que agora em cores. Land e sua empresa, a Polaroid, fizeram fortuna com a venda de milhões de câmeras instantâneas

Filme para quê? O mundo da fotografia não mudaria muito até viver a revolução das câmeras digitais. Em 1986, a Kodak cria um sensor eletrônico, que compõe o “filme” da máquina digital, capaz de registrar mais de 1 milhão de pontinhos de luz, viabilizando a fotografia da nova era, que explodiria para valer na década de 90.

 

 

Futebol

 

Basta um grupo de jogadores, duas traves e uma bola que a brincadeira se faz! Então, você já sabe do que eu estou falando? Do futebol! Para as crianças que gostam do jogo, pode ser no campo, na quadra, no quintal de casa, na rua, qualquer espaço já deixa todos felizes! Mas, como surgiu esse esporte, que é um dos mais praticados do mundo? Não se sabe ao certo de onde surgiu, mas há descobertas de que ele era praticado em várias culturas antigas. Esses jogos não eram o futebol que conhecemos hoje, com suas regras e organização.

Na Grécia, por exemplo, por volta do século I a.C, era praticado por 18 soldados, que se dividiam em duas equipes, e jogavam com uma bola cheia de areia. Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, era como um treinamento militar. Por volta do século XVII, o jogo chega à Inglaterra, e lá ganha regras diferentes, sendo organizado e sistematizado. E no Brasil, você sabe como surgiu? Charles Miller, considerado o "pai" do futebol brasileiro, viajou para Inglaterra para estudar e lá, conheceu o futebol. Ao retornar para o Brasil, em 1894, trouxe na bagagem uma bola e o conjunto de regras. O primeiro time de futebol fundado no Brasil foi o São Paulo Athletic.

 

 

 

 

Gravata

 

 

Provavelmente, a primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas hoje conhecidas foram identificadas entre os egípcios. Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade".

 

Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida.

 

Até uma época recente, imaginava-se que os romanos fossem os pioneiros no uso da gravata, como ilustra a famosa coluna de Trajano, em que pode ser visualizada ao nível do pescoço uma peça semelhante à gravata, conhecida como focale. Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas. Atribui-se a introdução da gravata aos soldados mercenários croatas a serviço da França durante a Guerra dos Trinta Anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com distintivos laços, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade parisiense. Tal acessório era usado como distintivo militar pelos croatas, sendo de tecido rústico para os soldados e de algodão ou seda para os superiores.

 

Esses acontecimentos encontram-se no livro francês “La Grande Histoire de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994), conforme a seguinte passagem:

 

“Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luis XIV e ao Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”. Os franceses logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de cravat, que significa croata. O próprio rei Luis XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais.

 

 

 

Internet

 

Surgiu a partir de pesquisas militares nos períodos áureos da Guerra Fria . Na década de 1960, quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos  exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo , qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética  e pelos Estados Unidos: as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação. Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos  temia um ataque russo às bases militares. Um ataque poderia trazer a público informações sigilosas, tornando os EUA vulneráveis. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim, se o Pentágono  fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar uma rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Em 1962, J. C. R. Licklider, do Instituto Tecnológico de Massachusetts  (MIT), já falava em termos da criação de uma Rede Intergalática de Computadores (Intergalactic Computer Network, em inglês ).

A rede mundial de computadores, ou Internet, como já disse, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam idéias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial.

Desenvolvimento da Internet: Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem, que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950.

A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram para este crescimento. A Internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscas informações para pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na Internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas on line dispararam, transformando a Internet em verdadeiros shopping centers virtuais.

Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso as informações e notícias do mundo em apenas um click.

A febre das redes sociais: A partir de 2006, começou uma nova era na Internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por exemplo, o Facebook e o Twitter.

Os sites de compras coletivas: A partir de 2010, um novo serviço virou febre no mundo da Internet. Conhecidos como sites de compras coletivas, eles fazem a intermediação entre consumidores e empresas. Estes sites conseguem negociar descontos para a venda de grande quantidade de produtos e serviços. Os consumidores compram cupons com 50% de desconto ou até mais. Os sites que mais se destacam neste segmento são: Peixe Urbano e Groupon. Os browsers (navegadores de Internet) mais usados na atualidade são:  Internet Explorer, Firefox , Ópera e Google Chrome.

 

 

Jeans

 

 

Embora pareça que não exista nada mais americano do que jeans (lembra daquela propaganda da Levi’s 501?), na verdade o tão famoso tecido foi inventado na Europa.

Os jeans, feitos de algodão muito resistente e tingidos com índigo, foram usados principalmente por escravos e pelos participantes da febre do ouro (séc. XIX). Os mineiros precisavam de uma roupa resistente que fosse difícil de rasgar. Mas, direto ao ponto, a palavra jeans vem do material criado na Europa, mais especificamente em Genova, na Itália. Os marinheiros que levavam cargas desse material eram chamados de jeans, originários de Genova.

A palavra denim, utilizada em muitos idiomas para designar o tecido jeans, por sua vez, vem da cidade francesa Nimes, e indicava a procedência do material, “de Nimes", portanto denim.

 

 

 

Jogos Olímpicos

 

 

Os Jogos Olímpicos foram criados pelos gregos por volta de 2500 a.C. como uma homenagem a Zeus, o maior dos deuses segundo a mitologia grega. Gregos de várias cidades se uniam no santuário de Olímpia (por isso que surgiu o termo “Olimpíadas”) para disputar as competições esportivas; o evento era tão importante, que eram selados acordos de cessar-fogo e tréguas entre cidades inimigas antes da realização dos jogos.

 

Podiam participar das competições apenas os cidadãos livres, disputando provas de atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo. Os vencedores eram cingidos por uma coroa trançada por folhas de louro, único prêmio e símbolo da maior vitória; o primeiro vencedor foi o atleta Coroebus. Os Jogos Olímpicos uniram os gregos até o ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II, convertido ao cristianismo, proibiu todas as festas pagãs, inclusive os Jogos Olímpicos.

 

Após mais de 1500 anos adormecidos, os jogos foram ressuscitados através da iniciativa do francês Pierre de Fredy (1863-1937), o barão de Coubertin. Baseado na afirmação de que os jogos são uma fonte de inspiração para o aperfeiçoamento do ser humano, o mesmo propôs em 23 de junho de 1894, a criação de uma competição internacional entre atletas amadores. Na primeira edição dos Jogos Olímpicos na Idade Moderna participaram 285 atletas de 13 países, em provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis.
Os Jogos Olímpicos já serviram de palco para várias manifestações políticas ao longo da história, como o fato de Afolf Hitler não ter ficado para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens ou o boicote dos EUA aos Jogos de Moscou (1980) em pleno contexto da Guerra Fria, por exemplo.

 

O Movimento Olímpico utiliza símbolos para representar os ideais consagrados na Carta Olímpica. O símbolo olímpico, mais conhecido como os anéis olímpicos, é composto por cinco anéis entrelaçados, representando a união dos cinco continentes habitados (considerando as Américas do Norte e do Sul como um continente único). A versão colorida dos anéis, azul, amarelo, preto, verde e vermelho sobre um fundo branco, forma a bandeira olímpica. As cores foram escolhidas porque cada nação tinha, pelo menos, uma delas em sua bandeira nacional. A bandeira foi adotada em 1914, mas voou pela primeira vez apenas em 1920 nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica. Desde então, foi hasteada em cada celebração dos jogos. (veja mais)

 

 

 

 

Lanterna

 

 

Por que o último colcado em um torneio esportivo é chamado de “lanterna”? A palavra ganhou esse significado na mais importante prova ciclística do mundo, a Volta da França, corrida de 3300 quilômetros realizada todo mês de julho desde 1903. Nessa competição, o último colocado passou a ser chamado de lanterne rouge (“lanterna vermelha” em francês), em alusão às luzes vermelhas que os trens possuem em seu último vagão – e que os automóveis também adotaram em suas traseiras. “Os trens eram muito populares na virada do século XIX para o XX e isso se reflete na criação dessa expressão”, afirma o etimologista Bruno Bassetto, da USP. Devido à fama internacional da competição, chamada oficialmente de Tour de France, a expressão acabou sendo absorvida por outras línguas, como o inglês e o português. “Enquanto Portugal adotou ‘lanterna vermelha’, numa tradução direta, aqui no Brasil a forma consagrada ficou sendo ‘lanterna’ ou ‘lanterninha’”, diz outro etimologista, Cláudio Moreno, de Porto Alegre, colunista da revista Mundo Estranho.

 

 

 

 

 

Lua-de-mel

 

 

 

Como surgiu a expresso: Lua-de-mel? Trata-se de uma tradução literal do inglês honeymoon. Na Irlanda, os recém-casados tinham o costume de tomar uma bebida de baixo teor alcoólico chamada mead - ou hidromel -, composta basicamente de mel fermentado e água. A poção deveria ser consumida durante um mês ou uma lua. O hidromel já foi uma bebida muito popular e difundida no mundo todo, apreciada tanto pelos antigos romanos (era outra das bebidas sagradas de Baco, o deus do vinho) quanto por aborígenes, africanos e pelas sociedades pré- colombianas - além de ser citada na Bíblia. O mel era considerado, por tradições milenares, uma fonte de vida, com propriedades afrodisíacas - o que deve ter contribuído para esse uso ritual irlandês.

 

 

 

Mapa

 

 

Você sabe qual é a origem da palavra "mapa"? Surgiu na Idade Média e tem provavelmente origem cartaginesa, significando "toalha de mesa". Os navegadores e os negociantes, ao discutirem sobre rotas, caminhos e localidades em locais públicos, rabiscavam diretamente nas toalhas (mappas), surgindo então o documento gráfico que era bastante útil a todos.

Atualmente, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define "mapa" como: uma representação gráfica, em geral uma superfície plana e em uma escala determinada, com representação de acidentes físicos e culturais da superfície da Terra, ou de um planeta ou satélite.

 

 

 

Noção de Números

 

Quando enfrentamos situações em que queremos saber "quantos", nossa primeira atitude é contar. Mas os homens que viveram há milhares de anos não conheciam os números nem sabiam contar. Então como surgiram os números?

Para responder a essa pergunta precisamos ter uma idéia de como esses homens viviam e quais eram suas necessidades. Naquele tempo, o homem, para se alimentar, caçava, pescava e colhia frutos; para morar, usava cavernas; para se defender, usava paus e pedras.

Mas esse modo de vida foi-se modificando pouco a pouco. Por exemplo: encontrar alimento suficiente para todos os membros de um grupo foi se tornando cada vez mais difícil à medida que a população aumentava e a caça ia se tornando mais rara. O homem começou a procurar formas mais seguras e mais eficientes de atender às suas necessidades.

Foi então que ele começou a cultivar plantas e criar animais, surgindo a agricultura e o pastoreio, há cerca de 10.000 anos atrás. Os pastores de ovelhas tinham necessidades de controlar os rebanhos. Precisavam saber se não faltavam ovelhas. Como os pastores podiam saber se alguma ovelha se perdera ou se outras haviam se juntado ao rebanho?

Alguns vestígios indicam que os pastores faziam o controle de seu rebanho usando conjuntos de pedras. Ao soltar as ovelhas, o pastor separava uma pedra para cada animal que passava e guardava o monte de pedras. Quando os animais voltavam, o pastor retirava do monte uma pedra para cada ovelha que passava. Se sobrassem pedras, ficaria sabendo que havia perdido ovelhas. Se faltassem pedras, saberia que o rebanho havia aumentado. Desta forma mantinha tudo sob controle.

Uma ligação do tipo: para cada ovelha, uma pedra chama-se, em Matemática, correspondência um a um. Fazer correspondência um a um é associar a cada objeto de uma coleção um objeto de outra coleção. Como você vê, o homem resolveu seus primeiros problemas de cálculo usando a correspondência um a um.A correspondência um a um foi um dos passos decisivos para o surgimento da noção de número.

Afinal, alguma coisa em comum existia entre o monte de pedras e o grupo de ovelhas: se a quantidade de pedras correspondia exatamente à quantidade de ovelhas, esses dois conjuntos tinham uma propriedade comum: o número de ovelhas ou pedras.

Mas, provavelmente o homem não usou somente pedras para fazer correspondência um a um. É muito provável que ele tenha utilizado qualquer coisa que estivesse bem à mão e nada estava mais à mão do que seus próprios dedos. Certamente o homem primitivo usava também os dedos para fazer contagens, levantando um dedo para cada objeto.

Entretanto, surgiu um novo problema: levantar dedos permitia saber, no momento, a quantidade de objetos, mas não permitia guardar essa informação. Era fácil esquecer quantos dedos haviam sido levantados. Separar pedras já permitia guardar a informação por mais tempo, mas não era muito seguro. Surgiu, portanto, o problema de registrar as quantidades. A seguir, responda o seguinte problema e depois verifique a resposta.

Pergunta: Imagine que você esteja numa festa-baile. Em que momento é mais fácil saber se há mais homens ou mais mulheres na festa: quando estão dançando, ou quando a música para e as pessoas estão conversando pelo salão? Por quê?

 

 

 

Notas Musicaisnotasmu2

 

Os nomes usados para designar as notas musicais tiveram origem nas letras dos diferentes alfabetos, como ainda hoje se usa nos países anglo-saxões, onde o A corresponde ao , o B ao si, o C ao , o D ao , o E ao mi, o F ao e o G ao sol. Nos países latinos e eslavos, a denominação das notas musicais deve-se ao monge italiano Guido D’Arezzo, que viveu no século XI. Em seus tratados, ele idealizou um sistema para recordar os tons das sete notas. Para isso, usou as sílabas iniciais de cada verso do Hino a São João Batista: Ut queant laxis/Resonare fibris/Mira gestorum/Famuli tuorum/Solve polluit/Labii reatum/Sancti Ionnis. Assim surgiram ut, , mi, , sol, – e o si, formado pelas iniciais do nome do santo. Seis séculos mais tarde, em 1693, o nome ut, que era difícil de pronunciar no solfejo – leitura ou entonação dos nomes das notas de uma peça musical -, foi substituído por . No entanto, em alguns países, como a França, por exemplo, a primeira nota da escala continua sendo chama de ut.

 

 

 

Palhaço

 

A palavra Palhaço deriva do italiano paglia, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cômico era feita do mesmo pano e revestimento dos colchões: um tecido grosso e listrado, e afofada nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante. Esse revestimento de palha os protegia das constantes quedas e estripulias. Já a palavra clown é de origem inglesa e tem origem no século XVI. Deriva-se cloyne, cloine, clowne. Etimologicamente vem de clod, que em inglês significa "camponês" e ao seu meio rústico, a terra. O termo em inglês é amplamente utilizado, por conta da influencia do britânico Philip Astley. No Brasil existe uma divergência teórico-semantica para com essas duas palavras. Alguns teóricos apontam que os dois termos indicam uma mesma coisa, já outros dizem que cada termo remete a uma escola de pensamento diferentes.

O palhaço é lírico, inocente, ingênuo, angelical e frágil. O palhaço não interpreta, ele simplesmente é. Ele não é uma personagem, ele é o próprio ator expondo seu ridículo, mostrando sua ingenuidade. Na busca desse estado, o ator, portanto, não busca construir um personagem, mas sim encontrar essas energias próprias, buscando transforma-las em seu corpo. Para tanto, cada ator desenvolve esse estado pessoal, de palhaço, com características particulares e individuais.

Embora vinculado aos circos, o palhaço pode atuar também em espetáculos abertos, em teatro, em programas de televisão ou em qualquer outro ambiente. Em várias ocasiões é o personagem que tem a tarefa de entreter o público durante, e com frequência, entre as apresentações, especialmente no circo. É geralmente vestido de um jeito engraçado, com trajes desproporcionados e multicoloridos, com aplicações de pinturas (maquiagens) especiais e acessórios característicos. Entretanto, há diversos tipos de palhaço, como o melancólico, romântico, bufão, tramp (mendigo), etc.

Na linguagem comum, o termo também pode ser referido como uma característica do comportamento de uma pessoa não confiável ou não acostumado a levar a sério um argumento.

 

 

 

Pamonha

 

 

Pamonha é um quitute brasileiro, comum nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e em algumas cidades da região nordeste. Provavelmente é descendente culinária indígena. O nome "pamonha" vem da palavra tupi pa'muñã , que significa "pegajoso". 

A forma de preparo genérica da pamonha, comum a várias receitas, é a seguinte: o milho verde é ralado e, à massa resultante, são misturados leite (ou leite de coco), sal (ou açúcar), manteiga, canela e erva-doce. Esta massa é colocada em tubos feitos com a própria casca do milho (ou com folha de bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento até que sua massa alcance uma consistência firme e macia.

No Centro-Oeste brasileiro, há a pamonha salgadas, chamada pamonha de sal, com recheio de carnes ou embutidos como linguiças, e a pamonha de doce, que leva queijo tipo minas como recheio. No Nordeste brasileiro, a pamonha é preparada com leite de coco. Em outras regiões, pode ser um bolo de milho que depois de pronto é embrulhado em folhas de bananeira, e ao ser servido, é dissolvido em água e açúcar, recebendo o nome de garapa de pamonha.

A cidade brasileira de Piracicaba, estado de São Paulo, Brasil, se tornou famosa por sua grande produção de pamonhas nos anos 1960 e 1970, quando a família Rodrigues fabricava mais de 5000 pamonhas diariamente para serem distribuídas por todo o estado. Tornaram-se nacionalmente conhecidas as chamadas dos alto-falantes dos vendedores: “Pamonhas, pamonhas fresquinhas, pamonhas de Piracicaba, é o puro creme do milho! Venha experimentar estas delícias... Pamonhas, pamonhas, pamonhas...” 

O uso alternativo do termo no Brasil, chama-se "pamonha" a alguém que é preguiçoso, lento ou palerma.

 

Resultado de imagem para pé rapado

A origem do termo "pé rapado" é a seguinte: - No Brasil colônia os endinheirados andavam a cavalo ou em carruagens e os pobres andavam a pés. Como o solo não era calçado, o barro da terra pregava em suas sandálias ou tamancos e para entrar em casa era preciso "rapar o pé" no batente da soleira antes de entrar. Daí o pobre em geral era apelidado de pé rapado”.

Exemplo do uso da palavra Pé rapado:

Aquele ali na esquina é um pé rapado!

 

  

Pizza

 

A pizza que comemos hoje, redonda com molho de tomate e coberta com queijo, surgiu em Nápoles, Itália, por volta do século 18. Só que a massa em forma de disco assada em forno e com cobertura é uma criação bem mais antiga. Tudo começou há 6 mil anos com uma fina camada de massa conhecida como "pão de Abrahão" ou "piscea", consumida por hebreus e egípcios. Três séculos antes de Cristo, os fenícios acrescentaram cobertura de carne e cebola. A ideia foi absorvida pelos turcos e, durante as Cruzadas, no século 11, o pão fino e redondo deles chegou ao porto de Nápoles. Os napolitanos aperfeiçoaram a receita com trigo de melhor qualidade e novas coberturas, como o queijo. Só mais tarde, no século 16, o tomate, vindo da América, foi incorporado à pizza. Mas a popularização mundial da redonda rolou mesmo com os norte-americanos (sempre eles), ao término da Segunda Guerra Mundial. Cerca de 1 milhão de pizzas são consumidas por dia só na cidade de São Paulo.

 

 

 

Salário

 

Antigamente, o sal era usado para muitas coisas importantes, portanto muitas vezes descrito como o “ouro branco". Podia-se usar como anti-séptico para curar feridas, (sal > salu > saúde), para conservar alimentos e como forma de pagamento na Grécia e em Roma, entre outras coisas.

Desde o antigo império egípcio, os trabalhadores eram pagos com sal, que era usado para conservar a comida, em uma época que não existiam geladeiras. Quem nunca ouviu falar de carne salgada?

Mais tarde, no império romano, essa forma de pagamento continuou sendo usada, e rapidamente se adotou o nome “salário" (latim: sallarium) para o que os trabalhadores recebiam no final do mês trabalhado. Menos mal que agora recebemos tudo em dinheiro e não em um simples tempero para comida!

 

 

Selo Postal

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Poucos objetos são tão importantes quanto o selo. Um pedacinho pequeno de papel contém os valores de um país e pode se transformar em um objeto de coleção e exposição. O selo foi uma revolução tecnológica em seu tempo, já que, até sua criação, o pagamento pelo transporte e serviço postal na Inglaterra era feito pelo destinatário.

O país repensou o sistema e criou, em 6 de maio de 1840, o primeiro selo do mundo. Conhecido como Penny Black, ele traz a imagem da Rainha Vitória estampada.  De acordo com a Revista Cofi – Correio Filatélico, um envelope com o Penny Black carimbado pode custar até 45 mil Euros atualmente.

O Brasil foi o segundo país a emitir selos, em 1843, com a série olho-de-boi. Os primeiros selos comemorativos foram lançados em alusão ao IV centenário do descobrimento do Brasil, em 1900. E, desde então, nosso país inova na criação dos selos, que continuam sendo um produto fundamental para a sociedade.

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Sinais Matemáticos

 

 

 

Adição ( + ) e subtração ( - )

 O emprego regular do sinal + (mais) aparece na Aritmética Comercial de João Widman d'Eger publicada em Leipzig em 1489. Entretanto, representavam não à adição ou à subtração ou aos números positivos ou negativos, mas aos excessos e aos déficits em problemas de negócio. Os símbolos positivos e negativos vieram somente ter uso geral na Inglaterra depois que foram usados por Robert Recorde em 1557. Os símbolos positivos e negativos foram usados antes de aparecerem na escrita. Por exemplo: foram pintados em tambores para indicar se os tambores estavam cheios ou não.

Os antigos matemáticos gregos, como se observa na obra de Diofanto, limitavam-se a indicar a adição juntapondo as parcelas - sistema que ainda hoje adotamos quando queremos indicar a soma de um número inteiro com uma fração. Como sinal de operação mais usavam os algebristas italianos a letra P, inicial da palavra latina plus.

Multiplicação ( . ) e divisão ( : )

O sinal de X, como que indicamos a multiplicação, é relativamente moderno. O matemático inglês Guilherme Oughtred empregou-o pela primeira vez, no livro Clavis Matematicae publicado em 1631. Ainda nesse mesmo ano, Harriot, para indicar também o produto a efetuar, colocava um ponto entre os fatores. Em 1637, Descartes já se limitava a escrever os fatores justapostos, indicando, desse modo abreviado, um produto qualquer. Na obra de Leibniz encontra o sinal () para indicar multiplicação: esse mesmo símbolo colocado de modo inverso indicava a divisão.

O ponto foi introduzido como um símbolo para a multiplicação por G. W. Leibniz. Julho em 29, 1698, escreveu em uma carta a John Bernoulli: "eu não gosto de X como um símbolo para a multiplicação, porque é confundida facilmente com x; freqüentemente eu relaciono o produto entre duas quantidades por um ponto. Daí, ao designar a relação uso não um ponto mas dois pontos, que eu uso também para a divisão."

As formas a/b e ¨÷, indicando a divisão de a por b, são atribuídas aos árabes: Oughtred, e, 1631, colocavam um ponto entre o dividendo o divisor. A razão entre duas quantidades é indicada pelo sinal :, que apareceu em 1657 numa obra de Oughtred. O sinal ÷, segundo Rouse Ball, resultou de uma combinação de dois sinais existentes - e :

Sinais de relação ( =, < e > )

Robert Recorde, matemático inglês, terá sempre o seu nome apontado na história da Matemática por ter sido o primeiro a empregar o sinal = (igual) para indicar igualdade. No seu primeiro livro, publicado em 1540, Record colocava o símbolo entre duas expressões iguais; o sinal = ; constituído por dois pequenos traços paralelos, só apareceu em 1557. Comentam alguns autores que nos manuscritos da Idade Média o sinal = aparece como uma abreviatura da palavra est.

Guilherme Xulander, matemático alemão, indicava a igualdade, em fins do século XVI, por dois pequenos traços paralelos verticais; até então a palavra aequalis aparecia, por extenso, ligando os dois membros da igualdade.

Os sinais > (maior que) e < (menor que) são devidos a Thomaz Harriot, que muito contribuiu com seus trabalhos para o desenvolvimento da análise algébrica.

 

 

 

 

Sorvete

 

Foi na China de 4 000 anos atrás, quando uma sobremesa à base de leite e arroz foi congelada na neve. Rapidamente a delícia ganhou prestígio, mas apenas entre a nobreza, que podia dispor de leite (então uma mercadoria cara) e tinha como conservar a neve até o verão, valendo-se de câmaras frigoríficas subterrâneas. Em sua viagem à China, em 1271, o veneziano Marco Polo teria encontrado grande variedade de cremes congelados de frutas. As receitas vieram em sua bagagem, mas não saíram da Itália até meados do século XVI, quando um certo Buontalenti, cozinheiro de Catarina de Médici (1519-1589), introduziu a requintada sobremesa na corte francesa. Em 1670, o siciliano Francisco Procópio abriu em Paris um café que vendia sorvetes - a primeira sorveteria da história.

O sucesso foi tão grande que, seis anos depois, havia mais de 250 fabricantes de sorvete na capital francesa. "Além de ser gostoso, é um alimento quase completo: contém proteínas, lipídios, cálcio, minerais, fósforo e outros componentes fundamentais. Faltam apenas as fibras", diz a nutricionista Ana Célia Amaral Ayres Dellosso, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

 

 

Teatro

 

O teatro surgiu na Grécia antiga, no séc. IX a.C., proveniente de festas celebradas ao deus Dionísio (da cultura greco-romana, deus das festas, do teatro e da fertilidade). Essas festas eram rituais religiosos que duravam dias seguidos e acontecia sempre na primavera (período da colheita da uva para a fabricação de vinhos).

A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a sobrevivência.

 

 

Tourada

 

 

Na Espanha do século III a.C., a caça aos touros selvagens já era um esporte popular, com raízes em cultos religiosos ancestrais. “O animal era celebrado como deus da fertilidade pelos povos mediterrâneos da Antiguidade. Antes dos casamentos, o ritual exigia que o noivo matasse um touro para invocar uma união próspera”, diz o antropólogo holandês Marco Legemaate, especialista no assunto. No início da Idade Média, por volta do século V, a matança do bicho havia se consagrado, na península Ibérica, como exercício de coragem e destreza e os touros eram perseguidos até a exaustão por multidões, também comemorando casamentos, nascimentos e batizados. Algo parecido ocorre até hoje na festa de São Firmino, em Pamplona – onde, todo ano, mais de 2 mil pessoas correm dos touros soltos nas ruas da cidade espanhola – e na famigerada Farra do Boi, aqui mesmo no Brasil, em Santa Catarina.

 

Mas o registro mais antigo de algo semelhante às touradas atuais só aparece em 1135, como parte dos festejos da coroação de Afonso VII, rei de Leão e Castela. Nessa época, porém, o toureiro era um nobre que enfrentava o touro montado a cavalo e armado de uma lança. “Esse era o teste supremo na preparação dos cavaleiros medievais espanhóis”, afirma Legemaate. Para os plebeus, restava o papel de escudeiro, que, a pé, ajudava a liquidar o bicho. Esses papéis seriam invertidos numa surpreendente reviravolta histórica. Com a chegada à Espanha da dinastia francesa dos Bourbon, no início do século XVIII, a nobreza local abandonou diversões rústicas como essa para se entregar aos prazeres da corte, deixando a arena livre para camponeses e boiadeiros criarem a tourada moderna. Resultado: o antigo escudeiro assumiu o papel principal de toureiro e o cavaleiro passou a ser o mero coadjuvante que ajuda a minar a resistência do animal.

 

“Aí começam a surgir o repertório de técnicas e manobras e o conjunto de regras que definem a tourada como arte popular”, afirma Maria de La Concepción Valverde, professora de literatura espanhola da Universidade de São Paulo (USP). A figura-chave nesse processo, ainda no século XVIII, foi o lendário Francisco Romero, o primeiro toureiro profissional, creditado como introdutor da espada, para liquidar o touro, e da muleta, uma capa de tourear menor. Entre 1910 e 1920, a tourada atingiria seu apogeu como febre nacional, estimulada pela rivalidade entre Joselito e Belmonte, famosos por criarem novas manobras espetaculares. Hoje, as 325 arenas espanholas são palco de 17 mil touradas por ano, movimentando mais de 1 bilhão de dólares e empregando 200 mil pessoas – quase 1% da força de trabalho do país. Mas, para os movimentos de defesa dos animais, tudo não passa de tortura sádica. “O sofrimento do touro é explícito, com muita perda de sangue”, diz António Abel Pacheco, do Movimento Anti-Touradas de Portugal.

 

 

Sangue e areia - A luta entre homem e animal é de vida ou morte:

 

1. No início, a única defesa do toureiro é o capote, capa vermelha de forro amarelo. Incapaz de distinguir cores, o bicho é atraído pelo movimento do pano – o vermelho só serve para disfarçar as manchas de sangue. A manobra fundamental é a verónica: o toureiro segura o capote com as duas mãos e dribla o animal com um recuo de pernas.

 

2. Especialmente treinados para a batalha, os touros pertencem à espécie selvagem mais feroz que existe: Bos taurus ibericus. Eles ficam no mínimo três anos em cativeiro à espera da arena, mas nem os sobreviventes retornam a ela: os touros têm uma memória tão impressionante que poderiam fugir de uma segunda luta.

 

3. Enquanto o matador cansa o touro, entram em ação os picadores, cavaleiros com lanças que espetam o animal para diminuir a força dos músculos do pescoço e das patas dianteiras. Três estocadas bastam para o touro perder quase 2 litros de sangue. Mesmo vendado e protegido por lonas de algodão e camurça, o cavalo também sai ferido com os ataques.

 

4. Outros ajudantes do toureiro, os banderilleros, fincam varas com ponta de arpão na traseira do pescoço do touro, região cheia de terminações nervosas. O objetivo é enfurecer o bicho para o final da luta. Em geral, seis banderillas são cravadas, uma para cada ataque do banderillero, que atua sem proteção.

 

5. No final da luta, o matador enfrenta o touro com a muleta, uma capa vermelha de apenas 56 cm de largura montada num bastonete de madeira, toureada com apenas uma das mãos. Com o toureiro cada vez mais próximo do bicho, as manobras ficam mais arriscadas.

 

6. O toureiro coloca o animal na posição ideal para o sacrifício, distraindo-o com a muleta e mantendo-o de cabeça baixa e com as patas dianteiras unidas. Assim, fica descoberto o “olho das agulhas”, região entre os ossos na junção do pescoço, que deve ser atravessada com a espada para que o touro tenha uma morte rápida.

 

7. Se a lança de 90 cm de aço atinge a aorta do bicho, a morte é instantânea. Ao todo, a luta dura cerca de 45 minutos e, para o toureiro, o prêmio máximo para um desempenho excepcional é receber as orelhas e a cauda do animal. Pela tradição, os animais mortos são vendidos a açougues depois de retirados da arena.

 

 

Trivial

 

Do latim, trivium. No latim, havia um substantivo neutro que servia para denominar “o lugar que coincidem três ruas, três caminhos", e que terminou denominando qualquer cruzamento, sem a necessidade de que fosse três o número de ruas que o compunha. Lugares como esse, chamados de trivium, eram zonas de negociações e de repouso onde tradicionalmente se encontravam viajantes, pessoas de negócios, prostitutas, albergues e pousadas, etc. Uma das palavras derivadas do trivium foi o adjetivo trivialis, que foi definido pelo historiador Suetônio no ano 69 como algo “vulgar, ordinário, de pouca importância, comum e corrente". E disso surgiu trivial, que é um adjetivo que descreve algo comum, sem importância ou novidade, e de conhecimento de todos.

 

 

Whisky

 

Palavra de origem gaélica e bebida nacional dos escoceses.

Pelo visto, os monges medievais o chamaram de aqua vitae, que significa água da vida. Do latim, o termo se transformou quando foi absorvido pelo gaélico, sendo chamado de uisce beatha. Os anos fizeram o uisce passar para usqua, que finalmente terminou sendo uisky. De uisky ao atual whisky não há uma grande mudança.

O “e" do whiskey foi adicionado mais tarde para diferenciar os whiskies de melhor qualidade, em uma época em que a reputação do whisky escocês era muito pobre. Por isso as destilarias irlandesas e americanas adicionaram esse “e", para diferenciar seu produto daqueles de menor qualidade.Em outros países, se abrevia scotch para se referir ao whisky escocês.

Já em alguns países da América do Sul, a palavra whiskey é falada antes de uma foto, o equivalente ao nosso "olha o passarinho" ou ao inglês cheese. Dependendo dos gostos, um whisky consegue tirar um sorriso mais facilmente que um queijo, não é mesmo? Mas, cuidado, beba com moderação (ou melhor, não beba de maneira alguma)!

 

 

 

 

Fontes pesquisadas:

www.diariodepernambuco.com.br

www.teatro-historia.blogspot.com.br

www.mundoestranho.abril.com.br

www.brasilescola.com

www.suapesquisa.com

www.wikipedia.com

www.portaldafamilia.org

www.educacao.uol.com.br

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www.super.abril.com.br

www.sinprafarmas.org.br

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www.sogeografia.com.br

www.historiadetudo.com

www.adoropapel.com.br

www.pt.babbel.com/pt/magazine/a-origem-das-palavras

www.vidadeperapado.blogspot.com

www.dicionarioinformal.com.br/significado