JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
O Cerrado
O Cerrado

O Cerrado Brasileiro

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O Bioma Cerrado localiza-se principalmente no Planalto Central do Brasil. Ocupa 24% do território nacional, pouco mais de dois milhões de quilômetros quadrados. Segundo estudos atuais, restam 61,2% desse total, em áreas distribuídas no Planalto Central e no Nordeste, estando a maior parte na região Meio-Norte, nos estados do Maranhão e do Piauí. Existem áreas de Cerrado também em Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, bem como em São Paulo. É a segunda maior formação vegetal brasileira depois da Amazônia, e savana tropical mais rica do mundo em biodiversidade. Além disso, o Bioma Cerrado é favorecido pela presença de diferentes paisagens e de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul. Concentra nada menos que um terço da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais.

  As "savanas brasileiras" — o Cerrado e a Caatinga — são uma forma de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que ocupam do território do país.

É uma área zonal, como as savanas da África, e corresponde grosso modo ao Planalto Central.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2, abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal.

Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade. Os ecossitemas do Bioma Cerrado do Brasil compreende:

  • Cerrado;
  • Cerradão;
  • Campestre;
  • Floresta de galeria;
  • Cerrado rupestre.

Há também os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o Cerrado.

A paisagem do Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica e a floresta amazônica. Pouco afetado até a década de 1960, está desde então crescentemente ameaçado, principalmente os cerradões, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por frequentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.

Nas regiões onde o cerrado predomina, o clima é quente e há períodos de chuva e de seca, com incêndios espontâneos esporádicos, com alguns anos de intervalo entre eles, ocorrendo no período da seca.

A vegetação, em sua maior parte, é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca do inverno.

Dependendo de sua concentração e das condições de vida do lugar, pode apresentar mudanças diferenciadas denominadas de cerradão, campestre e cerrado (latu sensu), intercalado por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros. Nas matas de galeria aparecem por vezes as veredas.

Outros ecossistemas: Campo Sujo, Campo Cerrado, Cerrado Rupestre, Mata Seca ou Mata Mesofítica e Parque Cerrado.

Grande parte do Cerrado já foi destruída, em especial para a instalação de cidades e plantações, o que o torna um bioma muito mais ameaçado do que a Amazônia.

  

Clima

  

O clima predominante no Cerrado é o Tropical Sazonal, de inverno seco. A temperatura média anual é de 25° C, podendo chegar a marcações de até 40° C na primavera. As mínimas registradas podem chegar a valores próximos de 10° C ou até menos, nos meses de maio, junho e julho.

A precipitação média anual fica entre 1.200 e 1.800 mm, sendo os meses de março e outubro os mais chuvosos. Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer no meio da primavera e do verão. No período de maio a setembro os índices pluviométricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero.

 Nos períodos de estiagem, o solo se resseca muito, mas somente em sua parte superficial (1,5 a2 metros de profundidade). Mas vários estudos já demonstraram que, mesmo durante a seca, as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por transpiração, evidenciando a disponibilidade deste mineral nas camadas profundas do solo. Outra evidência é a floração do ipê-amarelo na estação da seca, porém a maior demonstração deste fato é a presença de extensas plantações de eucaliptos, crescendo e produzindo plenamente, sem necessidade de irrigação e adubação .

Ventos fortes e constantes não são características gerais do Cerrado. Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica, muitas vezes, quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeiras e cinzas de queimadas a grandes alturas, através de redemoinhos que se podem ver de longe.

A radiação solar é bastante intensa, podendo reduzir-se devido à alta nebulosidade nos meses excessivamente chuvosos do verão.

  

Relevo

  

Os pontos mais elevados do Cerrado estão na cadeia que passa por Goiás em direção sudeste-nordeste. O Pico Alto da [Serra do Pireneus], com 1 385 metros de altitude, a [Chapada dos Veadeiros], com 1 250 metros e outros pontos com elevação consideradas que se estendem em direção noroeste; a [Serra do Jerônimo] e outras serras menores, com altitudes entre 500 e 800 metros.

O relevo é um tanto acidentado, com poucas áreas planas. Nos morros mais altos são encontrados pedregulhos, [argila] com inclusões de pedras e camadas de areia.

 

Vegetação

  

Outra formação é constituída por aflorações e rochas calcárias, com fendas, grutas e cavernas em diferentes tamanhos. Por cima das rochas há uma vegetação silvestre. Possui campos e vales com vegetação bem característica e há ainda uma floresta-galeria rodeando riachos e lagoas.

Os solos apresentam-se intemperizados, devido à alta lixiviação e possuem baixa fertilidade natural. Apresenta pH ácido, variando de 4,3 a 6,2. Possui elevado conteúdo de alumínio, baixa disponibilidade de nutrientes, como fósforo, cálcio, magnésio, potássio, matéria orgânica, zinco, argila, compondo-se de caulinita, goetita e gibsita. O solo é bem drenado, profundo e com camadas de húmus.

Há estruturas do solo bem degradadas, devido às atividades agrícolas e pastagens, inclusive o chamado reflorestamento com Eucalyptus na década de 1960. A recuperação é muito difícil, principalmente nos cerradões, devido às características do solo e ao regime de chuvas. Pode ser tentada a revegetação associado com plantio de milho, feijão, café, freijó, maniçoba, buriti ou dendê, no sistema de agrofloresta.

 

Cerrado - Vegetação

  

Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais,Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas - o cerrado. Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas. Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da seca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não. Esta é semicaducifólia.

Com uma extensão de mais de 8,5 milhões de km2, distribuídos por latitudes que vão desde aproximadamente 5º N até quase 34º S, o espaço geográfico brasileiro apresenta uma grande diversidade de clima, de fisiografia, de solo, de vegetação e de fauna. Do ponto de vista florístico, já no século passado C.F.Ph. Martius reconhecera em nosso país nada menos do que cinco Províncias Fitogeográficas (grandes espaços contendo endemismos a nível de gêneros e de espécies), por ele denominadas Nayades (Província das Florestas Amazônicas), Dryades (Província das Florestas Costeiras ou Atlânticas), Hamadryades (Província das Caatingas do Nordeste), Oreades (Província dos Cerrados) e Napaeae (Província das Florestas de Araucária e dos Campos do Sul). Tais endemismos refletem, sem dúvida, a existência daquela grande diversidade de condições ambientais, as quais criaram isolamentos geográficos e/ou ecológicos e possibilitaram, assim, o surgimento de taxa distintos ao longo da evolução.

 

Flora

  

Mesmo que não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima. Sua cobertura vegetal é a segunda maior do Brasil, abrangendo uma área de 20% do território nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde campos sem árvores, ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com florestas-galeria. Reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.000 endêmicas desse bioma.

Os campos cobrem a maior parte do território. É essencialmente coberto por gramíneas, com árvores e arbustos. É subdividido em campo de cerrado e campo limpo, que se diferenciam na formação do terreno e na composição do solo, com declives ou plano.

As árvores mais altas do Cerrado chegam a 15 metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem normalmente folhas pequenas. Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres estão os mais exuberantes e exóticos cactos, bromeliáceas e orquídeas, contando com centenas de espécies endêmicas. E ainda existem espécies desconhecidas, que devido à ação do homem podem ser destruídas antes mesmo de serem catalogadas.

 

Plantas Comuns

  

A vegetação do Cerrado apresenta diversas paisagens florísticas diferenciadas, como os brejos, os campos alagados, os campos altos, os remanescentes de Mata Atlântica. Mas as fitopaisagens predominantes são aquelas dos Cerrados, como o cerrado típico, o cerradão e as veredas. Nestas, há desde palmeiras, como babaçu (Orbignya phalerata), bacuri (Platonia insignis), brejaúba (Toxophoenix aculeatissima), buriti (Mauritia flexuosa), guariroba (Syagrus oleracea), jussara (Euterpe edulis) e macaúba (Acrocomia aculeata) até plantas frutíferas como araticum-do-cerrado (Annona crassiflora), araçá (Psidium cattleianum), araçá-boi (Eugenia stipitata), araçá-da-mata (Myrcia glabra), araçá-roxo (Psidium myrtoides), bacuri (Scheelea phalerata), bacupari (Rheedia gardneriana), baru (Dipteryx alata), café-de-bugre (Cordia ecalyculata), figueira (Ficus guaranítica), lobeira (Solanum lycocarpum), jabuticaba (Myrciaria trunciflora), jatobá (Hymenaea courbaril), marmelinho (Diospyros inconstans), pequi (Caryocar brasiliense), goiaba (Psidium guajava), gravatá (Bromeliaceae), marmeleiro (Croton alagoensis), genipapo (Genipa americana), ingá (Inga sp), mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), mangaba (Hancornia speciosa), cajuzinho-do-campo (Anacardium humile), pitanga-do-cerrado (Eugenia calycina), guapeva (Fervillea trilobata), veludo-branco (Gochnatia polymorpha); Madeiras, tais quais angico-branco (Anadenanthera colubrina), angico (Anadenanthera spp), aroeira-branca (Lithraea molleoides), aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), cedro-rosa (Cedrela fissilis), monjoleiro (Acacia polyphylla), vinhático (Plathymenia reticulata), bálsamo-do-cerrado (Styrax pohlii), pau-ferro (Caesalpinia ferrea), ipês (Tabebuia spp.), além de plantas características dos cerrados, como amendoim-do-campo (Pterogyne nitens), araticum-cagão (Annona cacans), aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius), capitão-do-campo (Terminalia spp.), embaúba (Cecropia spp), guatambu-de-sapo (Chrysophyllum gonocarpum), maria-pobre (Dilodendron bipinnatum), mulungu (Erythrina spp), paineira (Ceiba speciosa), pororoca (Rapanea guianensis), quaresmeira roxa (Tibouchina granulosa), tamboril (Enterolobium spp), pata-de-vaca (Bauhinia longifólia), algodão-do-cerrado (Cocholospermum regium), assa-peixe (Vernonia polyanthes), pau-terra (Qualea grandiflora), pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica), gameleira (Ficus rufa), sem falar em uma grande variedade de gramíneas, bromeliáceas, orquidáceas e outras plantas de menor porte. Veja: Flora do Cerrado:  

 

  

Fauna 

  

O Cerrado apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que dispõem de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com abundância de indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que fornece seu habitat.

No ambiente do Cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies animais, formando o segundo maior conjunto animal do planeta. Cerca de 50 das 100 espécies de mamíferos (pertencentes a 67 gêneros) estão no Cerrado. Apresenta mais de 830 espécies de aves, 150 de anfíbios (das quais 45 são endêmicas), 120 espécies de répteis (das quais 45 são endêmicas). Apenas no Distrito Federal há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas.

Devido à ação do homem, o Cerrado passou por grandes modificações, alterando os diversos habitats e, consequentemente, apresentando espécies ameaçadas de extinção. Dentre as que correm risco de desaparecer estão o tamanduá-bandeira, a anta, o lobo-guará, o pato-mergulhão, o falcão-de-peito-vermelho, o tatu-bola, o tatu-canastra, o cervo, o cachorro-vinagre, a onça-pintada, a ariranha e a lontra.

 

Megafauna

  

 

 

Especificamente no que tange à fauna de mamíferos do cerrado, em que pesem as áreas devastadas para a agropecuária e a mineração, ela é ainda bastante diversificada, com representantes de:

  • Marsupiais – gambá (Didelphis ssp.), cuíca (Gracilinanus microtarsus), cuíca-d'água (Chironectes minimus) e jaratataca (Conepatus semistriatus)
  • Mustelídeos – ariranha (Pteronura brasiliensis), irara (Eira barbara), lontra (Lontra longicaudis),Xenartros – tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), preguiça (Bradypus sp), tatus (Dasypodidae)
  • Felídeos – gato-palheiro (Oncifelis colocolo), jaguatirica (Leopardus pardalis), jaguarundi (Herpailurus yaguarondi), onça-pintada (Panthera onca) e onça-parda (Puma concolor),
  • Canídeos – cachorro-do-mato (Lycalopex gymnocercus), raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
  • Cervídeos – veado-mateiro (Mazama americana), veado-campeiro (Mazama gouazoupira)
  • Primatas – macaco-prego (Cebus apella), macaco-aranha (Ateles paniscus), saguis (Callitrichinae)
  • Procionídeos – quati (Nasua spp.), mão-pelada (Procyon cancrivorus)
  • Artiodáctilos – queixada (Tayassu pecari), caititu (Tayassu tajacu)
  • Roedores – preá (Cavia spp), porco-espinho (Erethizontidae Hystricidae fam.), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), cutia (Dasyprocta spp), paca (Agouti paca), ratos (Cricetidae)
  • Leporídeos – tapiti (Sylvilagus brasiliensis)
  • Quirópteros – morcegos (Chiroptera)

 

Avifauna

 

 Em relação à avifauna, são inúmeras as aves do Cerrado, e entre elas destacam-se: 

  • Papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta),
  • Codorna-pequena (Taoniscus nanus),
  • Águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus),
  • Andarilho (Geositta poeciloptera),
  • Anhuma (Anhima cornuta),
  • Marreca-ananaí (Anas braziliensis),
  • Marreca-cabocla (Dendrocygna autumnalis),
  • Marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor),
  • Irerê (Dendrocygna viduata),
  • Pato-mergulhão (Mergus octosetaceus),
  • Pato-corredor (Neochen jubata),
  • Bico-roxo (Oxyura dominica),
  • Pato-picassso (Sarkidiornis melanoto),
  • Gralha (Cyanocorax cristatellus),
  • Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi),
  • Guaxo (Icterus jamacaii),
  • Tucano (Ramphastos toco),
  • Urubu (Coragyps atratus),
  • Seriema (Cariama cristata),
  • Sabiá-do-campo (Mimus saturninus),
  • Beija-flor (Colibri serrirostris),
  • Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura),
  • Garça campeira (Casmerodius albus)
  • Garça do banhado (Egretta thula),
  • Anu-preto (Crotophaga ani),
  • Anu-branco (Guira guira),
  • Caga-sebo (Coereba flaveola),
  • Vivi (Euphonia chlorotica),
  • Saí-azul (Dacnis cayana ),
  • Sanhaço (Thraupis sp.),
  • Príncipe (Pyrocephalus rubinus),
  • Suriri (Tyrannus melancholicus),
  • Quero-quero (Vanellus chilensis),
  • Curicaca (Theristicus caudatus),
  • Garrincha (Synallaxis frontalis),
  • Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva),
  • Saracura (Aramides cajanea),
  • Periquito (Brotogeris chiriri),
  • Pomba-asa-branca (Columba picazuro),
  • João-de-barro (Furnarius rufus),
  • Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus),
  • Canário (Sicalis flaveola),
  • Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)

 

Ictiofauna

 

Sobretudo pelo fato de ser em áreas de Cerrado que nascem rios das mais importantes bacias hidrográficas brasileiras, como as bacias Amazônica, Tocantínea, Platina e São-Franciscana, a ictiofauna é extremamente rica e diversificada. Nos rios do Cerrado, há um número bastante relevante de espécies de mariscos,e uma grande variedade de peixes, desde aqueles que são comuns até em pequenos córregos, como Piabas (Astyanax spp.); Lambaris (Deuterodon spp., Moenkhausia spp), Cará (Aequidens spp, Mesonauta spp), Bagres e Mandis (Pimelodus spp.), Mussum (Synbranchus marmoratus), Tuvira (Eigenmannia spp), até aqueles que são encontrados quase que apenas em rios e ribeirões, tais como Caranha (Piaractus spp., Pygocentrus spp.); Pacu (Colossoma spp.; Mylossoma spp.; Chaetobranchopsis spp.), Piau (Leporinus spp.), Traíra (Hoplias spp.), Piranha (Catoprion spp.), Corimbatá (Cyphocharax spp.), Dourado (Salminus spp.), Cascudo (Hypostomus spp.; Pterygoplichthys spp), Peixe-cachorro (Roeboides spp.), além de Cachorra (Hydrolycus scomberoides), Peixe cigarra (Oligosarcus hepsetus), Pirapitinga (Brycon microlepis), Abotoado (Pterodoras granulosus), Timburé (Schizodon borellii), Taguara ou Sardinha-de-água-doce (Triportheus angulatus), e espécies maiores, de couro, como Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum), Jaú (Paulicea luetkeni), Barbado (Pinirampus pinirampus), Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) e Surubim (Sorubimichthys planiceps). Há outras espécies menos significativas numericamente, inclusive a muito rara e quase extinta Piracanjuba (Brycon orbignyanus).

 

 

Pesquisa e formatação: José Antonino de Lima

 

Fontes:

www.agencia.cnptia.embrapa.br


www.wikipedia.org