JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
7 Maravilhas do Mundo Atual
7 Maravilhas do Mundo Atual

 Muralha da China

 A chamada Muralha da China, ou Grande Muralha, é uma impressionante estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial. Embora seja comum a idéia de que se trata de uma única estrutura, na realidade consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atração turística. As suas diferentes partes distribuem-se entre o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China) e o deserto de Góbi e a Mongólia (a Noroeste).

História

A muralha começou a ser erguida por volta de 220 a.C. por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang (também Qin Shi Huangdi, Ch'in Che Huang Ti, Shih Huang-ti ou Shi Huangdi ou ainda Tchi Huang-ti). Embora a Dinastia Qin (ou Ch'in) não tenha deixado relatos sobre as técnicas construtivas que empregou e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, sendo o aparelho dos muros constituído por grandes blocos de pedra, ligados por argamassa feita de barro. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao Norte.

Com a morte do imperador Ch'in, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 205 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as atuais feições e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros, estendendo-se de Shanghai, a leste, a Jiayu, a oeste, atravessando quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e duas regiões autônomas (Mongólia e Ningxia).

A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada.

Características

Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam, de acordo com a região em que os diferentes troços se inscrevem. Por exemplo, perto de Beijing, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no aparelho das muralhas; nas regiões mais ocidentais, de desertos onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais faxina (galhos de plantas enfeixados). Em geral os muros apresentam uma largura média de sete metros na base e de seis metros no topo, alçando-se a uma altura média de sete metros e meio.

Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes.

As torres, cujo número é estimado por alguns autores em cerca de quarenta mil, permitiam a observação da aproximação e movimentação do inimigo. As sentinelas que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até dez metros de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos.

Curiosidades

Afirma-se que a Grande Muralha é a única estrutura construída pelo Homem a ser vista da Lua. Isso, porém não é verdade. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão-de-obra de cerca de um milhão de homens (duzentos e cinqüenta mil teriam perecido durante a sua construção), entre soldados, camponeses e cativos.

Calcula-se que a Grande Muralha tenha empregado cerca de trezentos milhões de metros cúbicos de material, o suficiente para erguer cento e vinte pirâmides de Queóps ou um muro de dois metros de altura em torno da Linha do Equador.

A Muralha da China após concurso informal internacional em 2007, foi considerada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.

 Petra

Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 ela foi escolhida uma das Novas sete maravilhas do mundo.

História

Antecedentes - A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), e eles se mudaram.

Época Romana - Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.

No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.

Época Bizantina - Em 313 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constantinopla (atual Istambul).

Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até 363, ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.

Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não se conseguiu recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.

 Redescoberta de Petra - As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraindo visitantes como o sultão Baybars do Egito, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arábia (1904).

Petra nos dias de hoje - A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas. Foi eleita, em Lisboa, a 7 de Julho de 2007, uma das sete maravilhas do mundo.

Curiosidades

Com 42 metros de altura e 30 de largura, em sua fachada esculpida com pedra rosada há representações de mulheres, cavalos e soldados... Peritos no domínio da hidráulica, os nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água. Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.

O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. O interior mostrado no filme não corresponde, no entanto, ao interior do dito edifício, tendo sido fabricado em estúdio.

Tintim, herói de história em quadrinhos belga, visita Petra no álbum Perdidos no Mar (ou Carvão no Porão). Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).  No dia 7/7/2007, foi concedido a Petra o título de maravilha do mundo contemporâneo

 Cristo Redentor

O Cristo Redentor é uma estátua localizada na cidade do Rio de Janeiro, a 709 metros acima do nível do mar, no morro do Corcovado. De seus 38 metros, oito estão no pedestal. Foi inaugurado às 19h15 do dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obras. No dia 7 de Julho de 2007, em Lisboa, no Estádio da Luz, foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.

História

A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No entanto, apenas retomou-se efetivamente a idéia em 1921, quando se avizinhavam as comemorações pelo centenário da Independência.

A estrada de rodagem que dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em 1824. Já a estrada de ferro teve seu primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluído, completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3.800 metros de extensão, foi a primeira ser eletrificada no Brasil, em 1906. A construção do Cristo Redentor ainda é considerada uma dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. O dono do projeto levou sua vida inteira construindo a estátua, que foi construída em concreto armado e revestida de pedra-sabão, originária do próprio pico do Corcovado.

Pedra fundamental

 A pedra fundamental da estátua foi lançada no dia 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre outras pessoas que colaboraram para a sua realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor da escultura). Alguns historiadores especulam que o monumento seria um presente da França para o Brasil em resposta a alguma tentativas de invasão.

Inauguração

Na cerimônia da inauguração no dia 12 de Outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra. No entanto, o mau tempo impossibilitou a façanha, e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 1937, o monumento sobre obras de recuperação em 1980, quando da visita do papa João Paulo II e novamente em 1990. Outro conjunto de obras importantes foi feito em 2003, quando foi inaugurado um sistema de escadas rolantes e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva a estátua.

Símbolo

Conhecido como símbolo não só da cidade do Rio de Janeiro, mas também do Brasil, a estátua do Cristo Redentor tem seus direitos de uso comercial pertencentes à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, embora haja disputa por parte dos herdeiros dos envolvidos na concepção da obra. Há que se observar, ainda, que a estátua está situada em logradouro público, estando portanto sujeita a ter sua imagem captada pelas lentes dos milhares de turistas que a contemplam e que transformam este ponto turístico numa verdadeira "torre de Babel".

Santuário católico

Ao completar 75 anos em 12 de outubro de 2006, o Cristo Redentor foi transformado em santuário católico do Brasil. O cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, quer que o local deixe de ser apenas atrativo turístico e se torne local de peregrinação.

Casamentos e batizados também poderão ocorrer aos pés da estátua, de 38 metros de altura, possivelmente a partir do primeiro semestre do ano que vem, após o término de obras que ainda não foram iniciadas. O aniversário foi celebrado com uma missa, a entrega dos prêmios Cristo Redentor. Um deles concedido ao deficiente visual Paulo Bastos, que já escalou o morro do Corcovado, onde fica o monumento. Para adequar o espaço existente à celebração de ritos católicos a Arquidiocese do Rio de Janeiro utiliza-se da capela de Nossa Senhora Aparecida, na base da estátua.

No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo moderno. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação esta que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos.

Todavia, o concurso não possui o apoio da UNESCO, que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.

 Machu Picchu

Machu Picchu, em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.

O lugar foi elevado à categoria de Patrimônio Mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.

Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, porém a mais aceite afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séqüito mais próximo, no caso de ataque.

O Peru é o berço de uma das civilizações mais interessantes e intrigantes da história, os Incas. Atualmente, as marcas desse incrível povo estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Ica.

A 7 de Julho de 2007, em Lisboa,estádio da Luz, Portugal, o monumento foi eleito e considerado oficialmente como uma das 7 maravilhas do Mundo.

A 2.400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que e lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza. Isto explica que não foi por acaso que a civilização Inca escolheu esta montanha. Pela obra humana e pela localização geográfica Machu Picchu é considerada patrimônio cultural da humanidade.

A disposição dos prédios, a excelência do trabalho, e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.

É possível chegar à cidade sagrada de trem, mas a opção imperdível para quem gosta de aventura é percorrer a Trilha Inca e chegar em Machu Picchu pela Porta do Sol. Pode-se realizar a Trilha Completa, caminhando os 45 km em 4 dias com pernoites nos acampamentos com total infra-estrutura, ou fazer a Trilha Curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 km num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde.

Formas de acesso

A partir da cidade de Cusco a viagem de trem leva três a quatro horas, até chegar ao povoado de Aguas Calientes. Neste local há micro-ônibus freqüentes, que levam cerca de 30 minutos para chegar a Machu Picchu.

Seguindo o Caminho Inca em uma caminhada de 4 dias.

A partir da cidade de Cusco, fazer o passeio do Vale Sagrado dos Incas até Ollantaytambo e aí tomar o trem até Aguas Calientes e daí em micro-ônibus.

Também é acessível de helicóptero, em um vôo de 30 minutos a partir de Cusco.

Superfície

O parque arqueológico, urbano e agrícola, de Machu Picchu, ou seja, a cidadela propriamente dita, tem um área de mais ou menos 10 hectares. O Santuário Histórico de Machu Picchu se estende sobre uma superfície de 32.592 hectares, 80,535 acres (325,92 km²), um amplo território da Província de Urubamba no Departamento de Cusco.

Redescobrimento

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo canyon do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-la significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação.

Quando Bingham chegou a cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E também era infestada de víboras.

Embora cético, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotava em seu diário: "Would anyone believe what I have found?" (Acreditará alguém no que encontrei?).Hiram Bingham

Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.

Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, lhe permitiram reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra , entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados. Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.

Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e importantes trechos de caminhos (Caminho Inca), todos eles interessantes exemplos da arquitetura desse império. Tanto os restos encontrados como as evidências arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI.

Turismo

Machu Picchu recebe turistas do mundo todo, e tem uma infra-estrutura completa para o turista. Para maiores informações consulte a Rota Bolívia-Peru-Chile. Pode-se realizar um completo tour virtual, acessando o sítio MachuPicchu360.com, o qual apresenta algumas dezenas de imagens panorâmicas da cidade inca, em vistas de 360 graus.

 Chichén Itzá

Chichén Itzá é uma cidade arqueológica maia localizada no estado mexicano de Iucatã. Chichén Itzá, a mais famosa Cidade Templo Maia, funcionou como centro político e econômico da civilização maia. As várias estruturas – a pirâmide de Kukulkan, o Templo de Chac Mool, a Praça das Mil Colunas, e o Campo de Jogos dos Prisioneiros – podem ainda hoje ser admiradas e são demonstrativas de um extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetônico. A pirâmide foi o último e, sem qualquer dúvida, o mais grandioso de todos os templos da civilização maia. O nome Chichén Itzá tem raiz maia e significa "na beirada do poço do povo Itza". Estima-se que Chichén Itzá foi fundada por volta dos anos 435 e 455.

O Chichén Itzá foi eleito em Lisboa, no dia 7 de Julho, pelos organizadores da campanha New7Wonders, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. A campanha não foi oficializada pela UNESCO, mas o Chichén Itzá pode ser considerado uma das novas maravilhas do mundo.

 Coliseu de Roma

 O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e ainda tem ligações à igreja, com o Papa a lidear a procissão de "O caminho da Cruz" até ao Coliseu todas as sextas-feiras santas. em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da era medieval, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.

Utilizações do Coliseu

O coliseu era um local onde seriam exibidos toda uma série de espetáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, chamados muneras, eram sempre pagos por pessoas individuais em busca de prestígio e poder em vez do estado.

Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios movíveis.

Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias.

Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado, History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização das Naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construída uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata muito bem esta questão dos elevadores. Os estudiosos, a pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados embaixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construído onde, outrora, foi o lago do Palácio Dourado de Nero; O Imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.

Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitetos construiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida á simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.

Embora o Coliseu tenha funcionado até ao século VI da nossa Era, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.

A construção

A construção do Coliseu, nome foi iniciado por Vespasiano, nos anos 70 da nossa Era, e finalizado pelo seu filho, Domiciano. O edifício será inaugurado por Tito, em 80, embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores, constando de três andares. Quando do reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, é ampliado com um quarto andar, podendo suster agora cerca de 90 000 espectadores. A grandiosidade deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.

Arquitetura e dimensão social

O Coliseu, como não se encontrava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a generalidade dos teatros e anfiteatros romanos, possuía um “anel” artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta subestrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 m por 155 m. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.

Os assentos são em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro.

O "fim do Império"

 O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.

Os cristãos e o Coliseu

Os relatos romanos referem-se a cristãos sendo martirizados em locais de Roma descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro, na arena), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o papa Bento XIV consagrou-o, no século XVII, marirtolíssimo à Paixão de Cristo e lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX.

Em 7 de julho de 2007 é considerada umas das "Sete maravilhas do mundo moderno".

 Taj Mahal

O Taj Mahal (em hindi ताजमहल, persa تاج محل) é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007.

A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 22 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.

Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semi-preciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.

Supõe-se que o imperador pretendia fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos.

Apesar de sua opulência, o Taj Mahal é na verdade um gigantesco mausoléu e não um palácio, como se poderia julgar.

Origem e inspiração

O imperador Shah Jahan foi um prolífero mecenas, com recursos praticamente ilimitados. Sob a sua tutela construíram-se os palácios e jardins de Shalimar em Lahore, também em honra da sua esposa.

Mumtaz Mahal deu ao seu esposo 14 filhos, mas faleceu no último parto e o imperador, desolado, iniciou quase de seguida a construção do Taj como oferta póstuma. Todos os pormenores do edifício mostram a sua natureza romântica e o conjunto promove uma estética esplêndida. Aproveitando uma visita realizada em 1663, o explorador francês François Bernier realizou o seguinte retrato do Taj Mahal e dos motivos do imperador que levaram à sua edificação:

  [...] Completarei esta carta com uma descrição dos maravilhosos mausoléus que outorgam total superioridade a Agra sobre Deli. Um destes foi erigido por Jehan-guyre em honra do seu pai Ekbar, e Shah Jahan construiu outro de extraordinária e celebrada beleza, em memória da sua esposa Tage Mehale, de quem de diz que o seu esposo estava tão apaixonado que lhe foi fiel toda a sua vida e, após a sua morte, ficou tão afetado que não tardou em segui-la para a morte.

Síntese histórica

A pouco tempo do término da obra em 1657, Shah Jahan adoeceu gravemente e o seu filho Shah Shuja declarou-se a ele próprio imperador em Bengala, enquanto Murad, com o apoio do seu irmão Aurangzeb, fazia o mesmo em Gujarat. Quando Shah Jahan, caído doente no seu leito, se rendeu aos ataques dos seus filhos, Aurangzeb permitiu-lhe continuar a viver exilado no forte de Agra. A lenda conta que passou o resto dos seus dias observando pela janela o Taj Mahal e, depois da sua morte em 1666, Aurangzeb sepultou-o no mausoléu lado a lado com a esposa, gerando a única ruptura da perfeita simetria do conjunto.

Em finais do século XIX vários sectores do Taj Mahal estavam muito deteriorados por falta de manutenção e durante a época da rebelião hindu, em 1857, foi arrestado por soldados britânicos e oficiais do governo, que lhes arrancavam as pedras embutidas nas paredes e o lápis-lazúli dos seus muros. Em 1908 completou-se a restauração ordenada pelo vice-rei britânico, Lord Curzon, que também incluiu o grande candelabro da câmara interior segundo o modelo de um similar que se encontrava numa mesquita no Cairo. Curzon ordenou a remodelação dos jardins ao estilo inglês que ainda hoje se conservam.

Durante o século XX melhorou o cuidado com o monumento. Em 1942 o governo construiu um andaime gigantesco cobrindo a cúpula, prevendo um ataque aéreo da Luftwaffe e, posteriormente, da força aérea japonesa. Esta proteção voltou a erguer-se durante as guerras indo-paquistanesas, de 1965 a 1971. As ameaças mais recentes provém da poluição ambiental nas ribeiras do rio Yamuna e da chuva ácida causada pela refinaria de Mathura. Ambos os problemas são objeto de vários recursos ante a Corte Suprema da Justiça da Índia.

Em 1993, foi eleito como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, e é hoje um importante destino turístico. Recentemente, alguns sectores sunitas reclamaram para si a propriedade do edifício, baseando-se de que se trata do mausoléu de uma mulher desposada por um membro deste culto islâmico. O governo indiano rejeitou a reclamação considerando-a mal-fundamentada, já que o Taj Mahal é propriedade de toda a nação indiana.

Elementos formais

Os elementos formais e decorativos são empregues repetida e consistentemente por todo o complexo, unificando o vocabulário estético. As principais características do mausoléu refletem-se no resto das construção:

  1. Finial: remate ornamentado das cúpulas usado nos pagodes asiáticos igualmente.
  2. Decorações de lótus: esquemas cujo motivo é a flor de lótus, esculpidos nas cúpulas.
  3. Amrud: Cúpula em forma de cebola, típica na arquitetura islâmica e que, mais tarde, seria usada na Rússia.
  4. Tambor: base cilíndrica da cúpula, que serve de apoio e transição formal sobre o resto do edifício.
  5. Guldasta: agulha decorativa fixa no rebordo das balaustradas.
  6. Chattri: galeria de colunas e cúpula, utilizado principalmente em monumentos de carisma comemorativo.
  7. Cenefas: painéis esculpidos sobre as arcadas.
  8. Caligrafia: escritura estilizada de versos do Corão sobre as arcadas principais
  9. Arcadas ou portais: também denominados pishtaq (palavra persa para os portais).
  10. Dados: painéis decorativos sobrepostos às paredes da fachada frontal do edifício.

Influências

O Taj Mahal incorpora e amplia as tradições idílicas do Islão, da Pérsia, da Índia e da arquitetura mongol antiga.

O desenho geral do projeto inspirou-se numa série de edifícios mongóis, entre os quais a tumba de Itmad-Ud-Daulah e a Jama Masjid, em Deli. Sob o mecenato de Shah Jahan, a arquitetura mongol alcançou novos níveis de refinamento. Antes do Taj Mahal era habitual edificar com pedra vermelha, mas o imperador promoveu o uso de mármore branco com incrustações de pedras semi-preciosas.

 Os artesãos indianos, especialmente escultores e decoradores, percorriam aos países asiáticos durante esta época e o seu trabalho era particularmente apreciado pelos construtores de mausoléus. A arquitetura palaciana mongol, aplicada noutros edifícios indianos (como o palácio Man Sing, em Galore), foi a grande fonte inspiradora dos chattris que se vêem no Taj Mahal.

Os jardins

O complexo encontra-se rodeado de um grande chahar bagh  que mede 320x300 metros e inclui canteiros de flores, caminhos elevados, avenidas de árvores, fontes, cursos de água, e pilares que refletem a imagem dos edifícios na água.

Cada secção do jardim é dividida por caminhos em 16 canteiros de flores, com um tanque central de mármore a meio caminho entre a entrada e o mausoléu, que devolve a imagem refletida do edifício.

O chahar bagh foi introduzido na Índia por Babur, o primeiro imperador mogol, segundo um desenho inspirado na tradição persa a fim de representar os jardins do paraíso[3]. Nos textos místicos do Islão no período mogol, o paraíso é descrito como um jardim ideal, pleno de abundância. A água tem um papel-chave nestas descrições, já que se referem quatro rios que surgem de uma fonte central, constituída por montanhas, que dividem o Éden em quatro partes segundo os pontos cardeais (norte, sul, este e oeste).

maioria destes jardins mogóis são de forma retangular, com um pavilhão central. O Taj Mahal é invulgar neste sentido, já que situa o edifício principal, o mausoléu, num dos extremos. Mas a recente descoberta da existência do "Mahtab bagh" (Jardim da Lua) na ribeira oposta do rio Yamuna permite uma interpretação distinta, incorporando o vale no desenho global de tal forma que se converta em um dos rios do paraíso.

O traçado dos jardins e as características arquitectónicas principais, como as fontes, caminhos de mármore e azulejo, e canteiros lineares do mesmo material — similares ao jardim de Shalimar — sugerem que podem ter sido desenhados pelo mesmo engenheiro, Ali Mardan.

As descrições mais antigas do jardim mencionam sua profunda vegetação, com abundância de rosas, narcisos e árvores frutíferas. Com a declinação do império mongol também decresceu o mantimento, e quando os britânicos assumem o controle do Taj Mahal, introduzem modificações paisagísticas para refletir melhor o estilo dos jardins de Londres.

No entanto, os visitantes poderão admirar-se ao ver os jardineiros cortar a relva com uma máquina puxada por bois.

Edifícios secundários

O complexo está limitado por três lados por um muro em pedra vermelha. Após os muros, existem vários mausoléus secundários, incluindo os das demais viúvas de Shah Jahan e do servente favorito de Mumtaz. Estes edifícios, construídos principalmente com pedra vermelha, são típicos dos edifícios funerários mogóis da época.

Do lado interior os muros completam-se com uma colunata coroada por vários arcos, característica comum nos templos hindus, incorporada nas mesquitas mogóis. A distâncias fixas incluem-se os chattris e outras pequenas construções que podem ter sido utilizadas como riradouros, incluindo a que atualmente se chama «Casa da Música», utilizada como museu.

A entrada principal, a "darwaza", é um edifício monumental construído também em pedra vermelha. O estilo recorda a arquitetura mongol e os primeiros imperadores. As suas arcadas repetem as formas do mausoléu, e incorporam a mesma caligrafia decorativa. Se utilizam decorações florais em baixo-relevo e incrustações. As paredes e os tetos abobadado apresentam elaborados desenhos geométricos, similares aos que existem em outros edifícios do complexo. Originalmente a entrada fechava-se com duas grandes portas de prata, que foram desmontadas e fundidas pelos jats em 1764.

No extremo do complexo erguem-se dois grandes edifícios laterais ao mausoléu, paralelos aos muros este e oeste. Ambos são fiéis ao reflexo um do outro. O edifício ocidental é uma mesquita e o seu oposto é o Pátio (esplanada) de acesso principal, cujo sentido original era balancear a composição arquitetônica e crê-se que foi usado como hospedaria. As diferenças consistem em que o jawab não tem minarete e os seus pisos apresentam desenhos geométricos, enquanto os da mesquita estão decorados com um desenho em mármore negro que marca a posição das tapeçarias para a oração de 569 fiéis.

O projeto básico da mesquita é similar a outras construções mandadas edificar por Shah Jahan, especialmente o seu Jama Masjid, em Deli, que consiste numa grande sala rematada por três cúpulas. As mesquitas mogóis desta época dividem o santuário em três áreas distintas: um setor principal com duas alas.

O mausoléu

O foco visual do Taj Mahal, ainda que não se localize no centro do conjunto, é o mausoléu de mármore branco. Como a maioria dos edifícios funerários mogóis, os elementos básicos são de origem persa. Um edifício simétrico com um iwan [5] e coroado por uma grande cúpula.

A tumba descansa sobre um pedestal quadrado. O edifício consiste numa grande superfície dividida em múltiplas salas, das quais a central alberga o cenotáfio de Shah Jahan e Muntaz. Atualmente as tumbas reais encontram-se num nível inferior.

A base é essencialmente um cubo com vértices cortados, de 55 metros de lado. Sobre cada lado, uma grande pishtaq ou arcada rodeia o iwan, com um nível superior similar de balcões. Estes arcos principais elevam-se até ao teto da base, gerando uma fachada integrada.

A cada lado da arcada principal, há arcadas menores em cima e em baixo. Este motivo repete-se nas esquinas. O projeto é completamente uniforme e consistente nos quatro lados da base. Em cada esquina do pedestal base, um minarete complementa o conjunto.

A cúpula de mármore branco sobre o mausoléu é visivelmente o mais espetacular elemento do conjunto. A sua altura é quase igual à da base, em torno de 35 metros, dimensão que se acentua por estar apoiada num tambor circular de sete metros de altura.

A cúpula tem uma forma de cebola. Os árabes chamam a esta tipologia da cúpula amrud, ou seja, com forma de maçã. O terço superior da cúpula está decorado com um anel de flores de lótus em relevo, e no remate uma agulha ou finial dourada combina tradições islâmicas e hindus. Esta agulha termina numa lua crescente, motivo típico islâmico, com os seus extremos apontando para o céu. Pela sua colocação sobre a agulha, o topo desta e os extremos da lua combinados formam uma figura semelhante a um tridente, exacerbo do símbolo tradicional hindu para a divindade de Shiva. O corpo final contém, aliás, uma série de formas bolbosas.

A figura central mostra um forte parecido com o kalash ou kumbh, o barco sagrado da tradição hindu. A forma da cúpula enfatiza-se também pelos quatro chattris em cada esquina. As cúpulas destes replicam a forma da central. As suas bases decoradas com colunas abrem através do teto do mausoléu um espaço para a entrada de luz natural no interior do espaço fechado. Os chattris também estão rematados por finiais.

Nas paredes laterais, as estilizadas espirais decoradas em relevo ajudam a aumentar a sensação de altura do edifício, e repetem-se os motivos de lótus ao longo desta e das restantes, assim como em todos os chattris.

Em cada esquina do pedestal eleva-se um minarete: quatro grandes torres de mais de 40m de altura que novamente mostram a atração do Taj pelo desenho simétrico e repetitivo, criando em parte vários padrões. As torres estão desenhadas como minaretes funcionais, elemento tradicional das mesquitas ondeo almuadem chama os fiéis islâmicos à oração. Cada minarete está dividido em três partes iguais por dois balcões que o rodeiam com anéis. No topo da torre, um terraço coberto por um chattri repete o desenho do mausoléu.

Estes chattris têm todos os mesmos detalhes de acabamento: o desenho de flor de lótus e o finial dourado sobre a cúpula. Cada minarete foi construído levemente inclinado para fora do conjunto. Desta maneira, em caso de queda, algo não tão improvável nesse tempo para construções de semelhante altura, o material iria cair longe do templo.

Decoração

Exterior

Praticamente toda a superfície do complexo foi ornamentada e encontra-se entre as mais belas decorações exteriores mogóis de qualquer época. Também neste aspecto, os motivos repetem-se em todos os edifícios e elementos. Da proporção ao tamanho da superfície a decorar, a decoração exterior vislumbra-se mais ou menos refinada e detalhada. Os elementos decorativos pertencem basicamente a três categorias, recordando que a religião islâmica proíbe a representação da figura humana:

           Caligrafia

           Elementos geométricos abstratos

           Motivos vegetais

           Estas decorações efetuaram-se com três técnicas diferentes:

           Pintura ou estuque aplicado sobre as paredes

           Incrustação de pedras

           Esculturas

Caligrafia

As passagens do Corão são utilizadas em todo o complexo como elementos decorativos. Os textos criados pelo calígrafo persa da corte mogol Amanat Khan são tão detalhados e fantasiosos, que se tornam quase ilegíveis. A assinatura do calígrafo surge em vários painéis.

A letras estão incrustadas com quartzo opaco sobre os painéis de mármore branco. Alguns dos trabalhos são extremamente detalhados e delicados, especialmente os que se encontram no mármore dos cenotáfios da tumba. Os painéis superiores estão escritos com caligrafia proporcionada para compensar a distorção visual ao observá-los desde baixo.

Estudos recentes sugerem que foi também Amanat Khan quem selecionou as passagens do Corão. Os textos referem em geral temas de justiças, de inferno para os incrédulos e de promessa de paraíso para os fiéis. Entre as principais passagens, incluem-se as seguintes suras: 91 (o sol) , 112 (pureza da fé) , 89 (descanso diário) , 93 (luz da manhã), 95 (as figueiras), 94 (a abertura), 36 (Ya Sin), 81 (a escuridão), 84 (a ferida), 98 (a evidência), 67 (o domínio) , 48 (a vitória), 77 (os enviados) e 39 (os grupos).

Decoração geométrica abstrata

As formas de arte abstratas são utilizadas especialmente no pedestal do mausoléu, nos minaretes, na mesquita de no jawab, e também em superfícies menores do templo. As cúpulas e abóbadas dos edifícios de pedra estão trabalhadas com traceria. As cúpulas e abóbadas dos edifícios de pedra estão trabalhadas com traceria para criar elaboradas formas geométricas.

Nas zonas de transição o espaço entre elementos vizinhos preenche-se com traceria, formando padrões em V. Nos edifícios de pedra vermelha usa-se uma traceria branca e sobre o mármore branco utiliza-se como elemento contrastante uma traceria escura ou mesmo negra.

O chão está coberto por mosaicos de cores e formas distintas combinados em padrões geométricos diferentes.

A técnica da incrustação sobre as placas de mármore apresenta tal perfeição que as juntas entra as pedras e gemas incrustadas apenas se distinguem com uma lente de aumento, uma lupa. Uma flor, de apenas sete centímetros quadrados, tem 60 incrustações ou marchetarias diferentes, que oferecem ao teto uma superfície irregular.

Motivos vegetais

As paredes baixas do templo funerário mostram frisos de mármore com baixos-relevos de flores e vegetais que foram polidos para ressaltar o extremo requinte do trabalho. Os frisos e as arcadas foram decorados com incrustações de pedras semi-preciosas formando desenhos muito estilizados de flores, frutos e outros vegetais. As pedras incrustadas são mármore amarelo, jade, quartzo polido e outras gemas menores.

Interior

A sala central do Taj Mahal apresenta uma decoração que vai para além das técnicas tradicionais, e aparenta com formas mais elevadas da arte manual, como a ourivesaria e a joalharia. Aqui o material usado para as incrustações já não é mármore ou jade, mas sim gemas preciosas e semi-preciosas. Cada elemento decorativo do exterior foi redefinido mediante jóias. A sala principal contem ainda os cenotáfios de Mumtaz e Shah Jahan, obras-primas de artesanato, sem precedentes na época.

A forma da sala é octogonal e ainda que o desenho permita ingressar por qualquer dos lados, só a porta sul, em direção aos jardins é usada habitualmente. As paredes interiores têm aproximadamente 25 metros de altura, sobre as quais se construiu uma falsa cúpula interior decorada com motivos solares. Oito arcos definem o espaço a nível do solo. Similar ao que se sucede no exterior, a cada meio arco sobrepõe-se um segundo a meia altura na parede. Os quatro arcos centrais superiores formam balcões com miradouros para o exterior. Cada janela deste balcões leva um intrincado trabalho de mármore, o jali. Além da luz proveniente dos balcões, a iluminação complementa-se com a que ingressa através dos chattris em cada esquina da cúpula exterior.

Cada uma das paredes da sala foi detalhadamente decorada com frisos em baixo-relevo, intrincadas incrustações de pedraria e refinados painéis de caligrafia, refletindo inclusivamente o nível minimalista do complexo. Com estes elementos, cria-se uma espécie de ligação ou fusão simétrica do espaço interior e exterior, numa linha decorativa que permite que contatem diretamente os dois espaços do complexo funerário.

A tradição muçulmana proíbe a decoração elaborada das campas, pelo que os corpos de Mumtaz e Shah Jahan descansam numa câmara relativamente simples debaixo da sala principal do Taj Mahal. Estão sepultados segundo um eixo norte-sul, com os rostos inclinados para a direita, em direção a Meca.

Todo o Taj Mahal se centra em redor dos cenotáfios que duplicam em forma exata a posição das duas campas e são cópia idêntica das pedras do sepulcro inferior.

O cenotáfio de Mumtaz ergue-se no centro exato da sala principal, sobre uma base retangular de mármore de aproximadamente 1,50 x 2,50 metros. Há uma pequena urna também de mármore. Tanto a base como a urna estão incrustadas com um requintado trabalho de gemas. As inscrições têm a função de identificar Mumtaz e protegê-la, em jeito de oração. Na tampa da urna sobressai um placa, que se assemelha a um quadro de escola.

O cenotáfio de Shah Jahan está junto ao de Mumtaz, formando a única disposição assimétrica de todo o complexo. É maior que o da sua esposa, mas contém os mesmos elementos: uma grande urna com base alta, também decorada com maravilhosa precisão mediante incrustações e caligrafia identificadora. Sobre a tampa da urna existe uma escultura de uma pequena caixa de penas de escrever.

Processo construtivo

A construção do Taj Mahal iniciou-se com a fundação do mausoléu. Escavou-se e formou-se com os escombros uma superfície de aproximadamente 12.000 m² para reduzir o risco de infiltrações do rio. Toda a área foi levantada a uma altura de quase 15 metros sobre o nível da ribeira. O Taj Mahal tem uma altura aproximada de 60 metros e a cúpula principal mede 20 metros de diâmetro e 25 de altura.

Na zona do mausoléu cavaram-se poços até encontrar água e preencheram-se com pedra formando as bases da fundação. Deixou-se um poço aberto em torno do edifício para monitorizar as mudanças do nível da água subterrânea.

Ao invés da utilização de andaimes de bambu, comuns na época, os trabalhadores construíram colossais andaimes de ladrilho por fora e por dentro das paredes do mausoléu. Estes andaimes eram tão grandes, que muitos estimam anos como o tempo que se demorou a desmantelá-los. De acordo com a lenda, Shah Jahan decretou que qualquer um poderia levar os ladrilhos e, em conseqüência, muitos foram levados, pela noite, pelos camponeses locais.

Para transportar o mármore e outros materiais desde Agra até ao local da edificação, construiu-se uma rampa de terra de 15 km de comprimento. De acordo com os registros da época, para o transporte dos grandes blocos utilizaram-se carreiras especialmente construídas, tiradas por carros de vinte ou trinta bois.

Para colocar os blocos em posição foi necessário um elaborado sistema de roldanas montadas sobre postes e vigas de madeira, e a força de juntas de bois e mulas.

A seqüência construtiva foi:

  1. A base ou pedestal;
  2. O mausoléu com a sua cúpula;
  3. Os quatro minaretes;
  4. A mesquita e o jawab;
  5. O forte de acesso; O pedestal e o mausoléu consumiram doze anos de construção. As restantes partes do complexo tomaram mais dez anos. Como o conjunto foi construído por etapas, os historiadores da época informam diferentes datas de «término», a causa possivelmente de opiniões divergentes sobre a definição da palavra «término». Por exemplo, o mausoléu em si foi completado em 1643, mas o trabalho continuou no resto do complexo.

Infra-estrutura hidráulica

A água para o Taj Mahal provinha de uma complexa infra-estrutura que incluía séries de purs, movidos por animais, que levavam a água a grandes cisternas, onde, mediante mecanismos similares, se elevava a um grande tanque de distribuição erguido sobre a planta baixa do mausoléu.

Do tanque principal de distribuição, a água passava por três tanques subsidiários, desde os quais se conduzia a todo o complexo. A uma profundidade de 1,50 metros, corre a conduta de barro que completa o sistema de rega dos jardins. Outros canos em cobre alimentam as fontes no canal norte-sul, e escavaram canas secundários para regar o resto do jardim. As fontes não se conectaram de forma direta com os tubos de alimentação, mas sim a um tanque intermediário de cobre debaixo de cada saída, com o fim de igualar a pressão em todas.

Os purs não se conservaram, mas sim o resto das instalações.

Artesãos e construtores

O Taj Mahal não foi projetado por uma só pessoa, mas exigiu talento de várias origens. Os nomes dos construtores das diversas especialidades que participaram na obra chegou aos nossos dias através de diversas fontes.

Dos discípulos do grande arquiteto otomano Koca Mimar Sinan Agha, Ustad Isa e Isa Muhammad Effendi, tiveram um papel-chave no desenho do complexo[8]. Alguns textos em idioma persa mencionam Puru de Benarus como arquiteto supervisor[9].

A cúpula principal foi desenhada por Ismail Khan do Império Otomano[10], considerado o primeiro arquiteto e construtor de cúpulas daquela época. Qazim Khan, um nativo de Lahore, moldou o finial de ouro maciço que coroa a cúpula principal. Chiranjilal, um artesão de Deli, foi o escultor chefe e responsável pelos mosaicos. Amanat Khan de Shiraz, Pérsia), foi o responsável da caligrafia[11] Muhammad Hanif foi o capataz de maçonaria (arte de trabalhar a pedra). Mir Abdul Karim e Mukkarimat Khan de Shiraz, Pérsia, supervisionaram as finanças e a gestão da produção diária.

O grupo de artistas incluindo escultores de Bujara, calígrafos da Síria e Pérsia, mestres em incrustação do sul da Índia, cortadores de pedra de Baluchistão, um especialista em construir torres, outro que gravava flores sobre os mármores, completando um total de 37 artesãos principais. Esta equipe diretriz esteve acompanhada por uma força laboral superior a 20.000 trabalhadores recrutados em todo o norte da Índia.

Os cronistas europeus, especialmente durante o primeiro período do Raj britânico, sugeriram que alguns dos trabalhos do Taj Mahal tinham sido obra de artesãos europeus. A maioria destas suposições eram puramente especulativas, mas uma referência de 1640, segundo a carta de um frade espanhol que visitou Agra, menciona que Geronimo Veroneo, um aventureiro italiano na corte de Shah Jahan, foi o responsável principal do desenho. Não há prova científica demonstrável para provar esta afirmação, nem se citou nenhum Veroneo nos documentos relativos à obra que ainda se conservam. E.B. Havell, o principal investigador britânico de arte indiana no último Raj descartou esta teoria por não se encontrar evidência alguma e por resultar inconsistente com os métodos empregados pelos desenhistas.

Materiais

O principal material empregado para a construção é o mármore branco trazido em carros puxados por bois, búfalos, elefantes e camelos desde as pedreiras de Makrana, no Rajastão, situadas a mais de 300 km de distância.

O segundo material mais utilizado é a pedra arenisca rochosa, empregada na construção da maioria dos palácios e fortes muçulmanos anteriores à era de Shah Jahan. Este material foi utilizado em combinação com o mármore negro, nas muralhas, no acesso principal, na mesquita e no jawab.

O Taj Mahal inclui, aliás, outros materiais trazidos de toda a Ásia. Mais 1.000 elefantes transportaram materiais de construção dos confins do continente. O jaspe foi importado do Punjab, e o cristal e o jade, da China.

Do Tibete trouxeram-se turquesas e do Afeganistão o lápis-lazúli, enquanto as safiras provinham de Ceilão e os quartzos da Península arábica. No total utilizaram-se 28 tipos de gemas e pedras semi-preciosas para fazer as incrustações no mármore.

Custo

O custo total da construção do Taj Mahal estima-se em 50 milhões de rupias. Naquele tempo, uma grama de ouro valia aproximadamente 1,40 rupias, de modo que segundo a valorização atual, a soma poderia significar mais de quinhentos milhões de dólares estadosunidenses. Deve ter-se em conta, não obstante, que qualquer comparação baseada no valor do ouro entre distintas épocas resulta à partida muito inexata.

Origem do nome

A palavra "Taj" provem do persa, linguagem da corte mogol, e significa "Coroa", enquanto que "Mahal" é uma variante curta de Mumtaz Mahal, o nome formal na corte de Arjumand Banu Begum, cujo significado é "Primeira dama do palácio". Taj Mahal, então, refere-se à "coroa de Mahal", a amada esposa de Shah Jahan. Já em 1663 o viajante francês François Bernier mencionou o edifício como "Tage Mehale".

 

Fonte: www.wikipedia.org