JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
Presidentes dos Estados Unidos
Presidentes dos Estados Unidos

Presidentes dos Estados Unidos da América

 

GEORGE WASHINGTON (22 de fevereiro de 1732 - 14 de dezembro de 1799) foi o primeiro presidente constitucional dos Estados Unidos de 1789 a 1797, precedido por outros 14 presidentes que foram eleitos pelo Congresso dos Estados Unidos, conhecidos como "Os Presidentes Esquecidos", e também foi comandante do Exército Continental na Guerra da Independência dos Estados Unidos de 1775 a 1783. Seu papel na revolução e na subsequente independência e formação dos Estados Unidos foi significativo, e é visto pelos americanos como o "Pai da Pátria".

Juventude

George Washington nasceu em Pope's Creek, condado de Westmoreland, Virgínia, em 22 de fevereiro de 1732 (11 de fevereiro, no calendário juliano). Era filho de Augustine Washington e de Mary Ball Washington. Originário de uma família tradicional, estável e abastada, família de agricultores proprietários de terras da Virgínia, tornou-se, em 1748, zelador das propriedades de Shenandoah Valley pertencentes a Lord Fairfax e mais tarde de todo o condado de Culpeper. Estudou agrimensura e de 1749 a 1751 ocupou-se do levantamento topográfico de extensa região da Virgínia. Em 1752, herdou a grande propriedade paterna de Mount Vernon.

Carreira militar

Ainda jovem participou ativamente das guerras contra os índios e franceses. Em 1753 foi encarregado de levar um ultimato aos franceses que haviam ultrapassado os limites do Ohio. Rejeitada a intimação, assumiu o posto de tenente-coronel, no comando de 150 homens. Servia no Primeiro Regimento de Virgínia (parte do exército britânico). Enquanto tentava expulsar os franceses do condado de Ohio, Washington ocasionou uma série de eventos que, no fim, levaram à Guerra Franco-Indígena (1754-1763).

Em 1754, recebeu a missão de estabelecer um forte, onde hoje se localiza a cidade de Pittsburgh. Iniciava-se a luta contra os franceses, que duraria até 1759. Encarregado de tomar a posição francesa de Fort Duquesne, em 28 de maio de 1754 Washington surpreendeu e derrotou as primeiras forças enviadas a seu encontro. Em 3 de julho, os franceses contra-atacaram, venceram e concederam-lhe termos honrosos após uma resistência de dez horas. George Washington reuniu os sobreviventes e procedeu à retirada. Nova derrota em Monongahela, como integrante das forças britânicas, não o desanimou. Recrutou um contingente de colonos de Virgínia e preparou o ataque, vitorioso, contra o Fort Duquesne, em novembro de 1758.

Deixou o exército em 1758, no posto de coronel, se casou com uma viúva rica, Martha Dandridge Custis (1759), e se mudou para Virgínia com sua esposa e família, onde passou a viver do plantio de tabaco na sua fazenda. Nos anos seguintes, Washington teria um significante papel na fundação dos Estados Unidos.

O caminho para a independência dos Estados Unidos

O domínio da Inglaterra sobre as colónias americanas começou a causar revoltas, tendo então Washington iniciado a sua atividade política na Assembleia de oposição da Virgínia, a qual protestava perante o agravamento das tributações impostas e falta de liberdade de ação. Politicamente, Washington apoiava a resistência às decisões britânicas. Em 1774 foi um dos sete delegados que representou a Virgínia no Primeiro Congresso Continental de Filadélfia, que se reuniu para discutir as medidas a tomar contra os colonizadores. Participou também do Segundo Congresso Continental, que se realizou no ano seguinte. Iniciadas as Guerra da Independência (1775-1783), em 15 de junho de 1775 foi nomeado por John Adams comandante-em-chefe de todos os exércitos continentais, posto que assumiu em Cambridge, Massachusetts, em 3 de julho.

Conseguiu impor alguma ordem entre os 16 mil voluntários e, em março de 1776, expulsou os britânicos de Boston. Em Setembro, após uma inepta defesa de Nova York, liderou brilhantemente o seu exército. Durante os cinco anos seguintes, estabeleceu um "jogo de nervos" com os britânicos em Nova York e Filadélfia, estimulando ataques ocasionais e conflitos como o de Trenton (1776), Princeton, Brandywine, Germantown (1777) e, posteriormente, a campanha do Vale Forge, em Monmouth (1778).

Concluiu, em 6 de fevereiro de 1778, uma aliança com os franceses. Praticou de uma guerra de guerrilha até que a Espanha e a França, com Rochambeau, entraram em cena, constituindo um decisivo peso para a derrota dos britânicos em Yorktown, Virgínia, em 19 de outubro de 1781, pondo término à Guerra da Independência dos EUA. Dois anos depois era reconhecida a independência do país. Washington demitiu-se e retirou-se para Mount Vernon em 23 de dezembro de 1783.

A constituinte e a eleição presidencial

A maior realização de Washington foi ter conseguído manter a união de um exército mal armado, acatando deliberações de um congresso dividido. Apreensivo frente à anarquia política pós-guerra, incentivou a convocação da Constituinte. Washington e outros nacionalistas da Virgínia foram os encarregados de organizar a Convenção Constituinte de Filadélfia (1787), da qual foi presidente. Apoiou a Constituição de 1787 e fez com que ela fosse aprovada por todos os estados em 1789. Em 4 de fevereiro de 1789, foi eleito por unanimidade para a presidência da União, derrotando John Adams. Em 1792 foi reeleito e recusou um terceiro mandato "para não dar mau exemplo".

Washington tomou posse em 30 de abril de 1789 e presidiu a formação e as operações iniciais do novo governo. Fundou a cidade de Washington em 1793 e praticou uma política de desenvolvimento econômico com base capitalista e de colonização de zonas até então de exclusivo povoamento índio (como o Tennessee e o Kentucky). Apesar de tentar manter seu cargo acima do jogo político, identificou-se com a política federalista (defendia um governo central forte, com leis internas rígidas).

Sua rigorosa dignidade e sentido de decência contiveram o partidarismo que caracterizaria as administrações de seus três sucessores: John Adams, Thomas Jefferson e James Madison. Mesmo assim, tomou várias decisões que tiveram vital importância a longo prazo. Instituiu o gabinete, apesar da Constituição contemplar a formação do dito corpo e actuou de forma independente no Congresso, evitando assim o desenvolvimento de facções. Com a nomeação de Alexander Hamilton como secretário do Tesouro e Thomas Jefferson como secretário de Estado, pôs as duas figuras mais capacitadas e relevantes da geração revolucionária nos postos de maior responsabilidade. Washington apoiou as inovações na política fiscal e financeira propostas por Hamilton, com a criação de uma tarifa alfandegária e de um banco do estado para emissão de moeda. Igualmente, permitiu a Jefferson realizar uma política que favorecia o comércio e a cooperação com todos os estados europeus.

Reeleito presidente por unanimidade em novembro de 1792, iniciou o segundo mandato presidencial em janeiro de 1793. Nesse novo mandato, a explosão da guerra entre a França revolucionária e a colisão integrada pela Grã-Bretanha, Prússia e Áustria em 1793, pôs em perigo a política externa norte-americana.

Reprimiu a Revolta do Whisky (1794, contra imposição de taxas sobre esse produto), recusou apoio à França revolucionária e aprovou um acordo de paz com a Reino Unido da Grã-Bretanha em 1794, o chamado Tratado de Jay (Jay's Treaty), para assentar assuntos pendentes com a antiga metrópole depois da Guerra da Independência. Estes actos provocaram o descontentamento do partido democrata republicano liderado por Thomas Jefferson por considerar tal tratado uma ingratidão com os franceses (que tinham prestado auxílio durante a Guerra da Independência) e subserviente em relação aos antigos colonizadores.

A retirada

Recusou-se a concorrer ao terceiro mandato, o que estabeleceu uma norma na vida eleitoral americana. Após um discurso de adeus ao povo americano, em 19 de setembro de 1796, retirou-se da vida pública em 3 de março de 1797, quando acabou o seu segundo mandato, retirando-se para a propriedade herdada do meio-irmão, Mount Vernon, e, com simplicidade digna, voltou aos seus trabalhos agrícolas. Em seu discurso de despedida, deplorava o partidarismo e clamava pela neutralidade norte-americana em assuntos externos.

Em 1798, entretanto, a ameaça de guerra com a França levou-o a aceitar, em 3 de julho, a comissão de tenente-general e a chefia do comando do Exército, postos que conservou até morrer.

George Washington faleceu em Mount Vernon, em 14 de dezembro de 1799. Foi "o primeiro na guerra, o primeiro na paz e o primeiro no coração de seus concidadãos", disse Henry Lee, um de seus contemporâneos no dia de sua morte. É considerado o "Pai dos Estados Unidos".

 

JOHN ADAMS, JR. (Boston, 30 de outubro de 1735 –  Boston, 4 de julho de 1826) foi um advogado e político estadunidense. Foi o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos (1789 - 1797) e o segundo Presidente deste país, de 1797 a 1801. Foi delegado no primeiro e no segundo Congresso continental. Adams chegou à proeminência nas fases iniciais da Revolução Americana. Como um delegado de Massachusetts para o Congresso Continental, ele desempenhou um papel de liderança em convencer o Congresso aprovar a Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776.

Ocupou cargos diplomáticos na França e nos Países Baixos durante a guerra de independência e participou da elaboração do tratado de paz. Retornou ao país e foi eleito vice-presidente de George Washington.

John Adams se demonstrou contrário aos conflitos entre os ingleses, os franceses revolucionários e os federalistas americanos, dando fim à guerra no mar e incentivando a convenção de 1800 que proporcionou o reatamento das relações entre França e Inglaterra. Membros mais intransigentes do seu partido se vingaram dele não se empenhando para sua reeleição em 1800. Adams, no entanto, não pode esconder que se identificava mais com os federalistas e que sua linguagem se aproximava muito da dos ultraconservadores europeus sendo esta a explicação dada à vitória dos republicanos durante a eleição, com a subida de Thomas Jeferson à presidência. Durante seu governo ocorreram as revoluções da Virgínia e do Kentucky.

Depois da derrota pela reeleição, ele se aposentou em Massachusetts. Seu filho, John Quincy Adams, foi, também, posteriormente, presidente dos Estados Unidos.

Um fato curioso é que, John Adams e seu amigo, Thomas Jefferson (também ex-presidente e participante da Declaração da Independência) morreram na mesma data, 4 de julho de 1826, sendo que, coincidentemente, nesse dia eram comemorados os 50 anos da independência americana, a qual os dois ajudaram a conquistar.

 

THOMAS JEFFERSON (Shadwell, 13 de abril de 1743 – Monticello, 4 de julho de 1826) foi o terceiro presidente dos Estados Unidos (1801-1809), e o principal autor da declaração de independência (1776) daquele país. Jefferson foi um dos mais influentes Founding Fathers (os "Pais Fundadores" da nação), conhecido pela sua promoção dos ideais do republicanismo nos Estados Unidos. Visualizava o país como a força por trás de um grande "Império de Liberdade"[que promoveria o republicanismo e combateria o imperialismo do Império Britânico.

Entre os eventos de destaque da história americana que ocorreram durante sua presidência estão a Compra da Louisiana (1803) e a Expedição de Lewis e Clark (1804-1806), bem como a escalada das tensões entre a Grã-Bretanha e a França que levaram à guerra com o Império Britânico em 1812, ano que deixou o cargo.

Como filósofo político Jefferson foi um homem do Iluminismo, que conheceu diversos dos grandes líderes intelectuais da Grã-Bretanha e França de seu tempo. Idealizou o fazendeiro yeoman como um exemplo das virtudes republicanas, alimentava uma desconfiança de cidades e financeiros, enquanto privilegiava os direitos dos estados e um governo federal rigorosamente controlado. Apoiava a separação entre Igreja e Estado e foi o autor do Estatuto da Virgínia para Liberdade Religiosa (1779, 1786). Epônimo da democracia jeffersoniana, foi co-fundador e líder do Partido Democrata-Republicano, que dominou a política dos Estados Unidos por 25 anos. Jefferson serviu como governador da Virgínia durante um período de guerra (1779-1781), foi o primeiro secretário de Estado dos Estados Unidos (1789-1793) e segundo vice-presidente dos Estados Unidos (1797-1801).

Um polímata, Jefferson se destacou, entre outras coisas, como horticultor, líder político, arquiteto, arqueólogo, paleontólogo, músico, inventor e fundador da Universidade da Virgínia. Quando o presidente John F. Kennedy recebeu 49 vencedores do Prêmio Nobel à Casa Branca, em 1962, declarou: "acredito que esta é a mais extraordinária reunião de talento e conhecimento humano que já foi reunida na Casa Branca – com a possível exceção de quando Thomas Jefferson jantava aqui sozinho." Até o presente, Jefferson é o único presidente americano a ter servido dois mandatos completos no cargo sem ter vetado um único projeto de lei do Congresso. Jefferson foi regularmente classificado pelo meio acadêmico como um dos maiores presidentes americanos.

 

JAMES MADISON, JR. (Port Conway, Virgínia, 16 de março de 1751 – Montpelier, Virgínia, 28 de junho de 1836) foi um advogado e político estadunidense. Foi o quarto Presidente dos Estados Unidos, entre 1809 e 1817.

Foi co-autor, juntamente com John Jay e Alexander Hamilton, de O Federalista, sendo visto por alguns como o "Pai da Constituição Americana", já que contribuiu na sua elaboração. Em 1788, Madison foi responsável por ter escrito mais de um terço das Monografias Federalistas, e ainda o mais influente comentário sobre a Constituição.

Elaborou muitas leis básicas, e foi responsável pelas dez primeiras emendas à Constituição (dito para ser baseado na Declaração de Direitos da Virgínia). Tal como um político teórico, ou mais distintivo, Madison acreditava que eram necessários "freios" e "contrapesos" para limitar os poderes de interesses especiais na nova República, que Madison chamou facções. Ele acreditava firmemente que a nova nação devia lutar contra a corrupção e a aristocracia, e estava profundamente empenhado em criar mecanismos que garantissem o republicanismo nos Estados Unidos.

Como líder na Câmara dos Representantes, Madison trabalhou estreitamente com o presidente George Washington, para organizar o novo governo federal. Rompendo com o Secretário do Tesouro Americano, Alexander Hamilton, em 1791, Thomas Jefferson e Madison organizaram o que eles chamavam de o Partido Republicano (mais tarde chamado o Partido Democrata-Republicano), em oposição às políticas fundamentais dos Federalistas, especialmente ao Banco Nacional e ao Tratado Jay. Ele, secretamente, foi co-autor, juntamente com Thomas Jefferson, das "Resoluções do Kentucky e da Virgínia", em 1798, para protestar os Atos Alien e Rebeldes.

De Jefferson como Secretário de Estado (1801-1809), Madison supervisionou a Compra da Louisiana, duplicando o tamanho da nação, e patrocinou o mal-fadado Embargo Act de 1807. Como presidente, ele conduziu o povo para a Guerra de 1812, contra a Grã-Bretanha, a fim de proteger os "direitos ecônomicos" dos Estados Unidos. Esse conflito começou mal, como os americanos sofreram derrota após derrota por forças menores, mas terminou em uma nota alta em 1815, com o Tratado de Gand, depois que uma nova era de bons sentimentos varreu o país.

Durante e após a guerra, Madison reverteu muitas de suas posições. Em 1815, ele apoiou a criação do Segundo Banco Nacional, um forte militar, e uma tarifa elevada para proteger as novas fábricas abertas durante a guerra.

Madison viveu até os oitenta e cinco anos de idade, cada vez mais ignorado pelos novos líderes do governo americano. Faleceu em Montpellier, em 28 junho de 1836, sendo o último "pai fundador da nação" a morrer. Madison está sepultado no Cemitério da Família Madison, em Montpelier.

 

JAMES MONROE (Condado de Westmoreland, Virgínia, 28 de abril de 1758 — Nova York, 4 de julho de 1831) foi um advogado e político estadunidense. Foi o quinto presidente dos Estados Unidos, entre 1817 e 1825.

Parou de estudar aos 16 anos, para participar da luta pela independência dos Estados Unidos. Sendo ferido em combate, recebeu de George Washington o posto de capitão.

Reiniciando seus estudos, se formou em direito. Tinha grande amizade por Thomas Jefferson. Por influência de seu mentor, iniciou sua carreira política.

Monroe foi eleito deputado em 1782, e em seguida presidente da câmara legislativa do estado. Integrou o congresso continental sendo um dos responsáveis pela aprovação da constituição americana.

Elegeu-se em 1790, senador. Em 1794 foi nomeado embaixador na França pelo presidente George Washington. Governou a Virgínia entre 1799 e 1802. Foi designado para negociar a compra dos territórios situados na foz do rio Mississippi pelo presidente Thomas Jefferson. Viajando para a França e Espanha, firmou o tratado pelo qual a França vendeu aos Estados Unidos o território da Luisiana.

Em 1811 voltou a governar a Virgínia. Renunciou ao cargo de governador e tornou-se Secretário de Estado norte-americano, cargo este acumulado com o de secretário de Defesa entre 1814 e 1815.

Monroe em 1817 foi eleito presidente dos Estados Unidos e reelegeu-se em 1820. Ao longo destes dois mandatos, negociou com a Espanha o território da Flórida.

Em 1820 firmou o compromisso de Missouri. Neste documento, houve a intenção de resolver a controvérsia constitucional entre escravocratas e abolicionistas. Monroe se saiu vitorioso nas negociações.

Na América Latina, com o desmantelamento do império espanhol, houve diversos estados que lutaram pela independência. James Monroe, após negociações, aceitou suas independências, desde que muitas das nações aceitassem o protetorado norte-americano.

Edward Everett, em 1821, afirmou: (sic)..."Nem com todos os tratados que possamos fazer, nem com todo o dinheiro que emprestarmos, poderemos transformar seus Bolívares em Washington"

Doutrina Monroe

Em função de sua política externa, em 1823, Monroe promulgou a doutrina que acabou por levar seu nome. A linha de ação da Doutrina Monroe repudiava a intervenção da Europa nos países do continente Americano, Sendo esta assumida pelos Estados Unidos, que passaram a ser mediadores e orientadores das políticas externas dos países latino-americanos sob a máxima: A América para os americanos.

Após seu segundo mandato, que terminou em 1825, Monroe abandonou a vida pública e voltou para o estado da Virgínia. Morreu em Nova Iorque em 4 de julho de 1831.

 

JOHN QUINCY ADAMS (Boston, 11 de julho de 1767 – Boston, 23 de fevereiro de 1848) foi um advogado e político norte-americano. Foi o sexto presidente dos Estados Unidos, governando de 1825 a 1829.

Sua maior contribuição para os Estados Unidos foi o planejamento da Doutrina Monroe, durante o período que foi secretário de estado do presidente James Monroe. Era filho do ex-presidente John Adams.

Foi advogado em Boston; ministro na Haia (1794), Lisboa (1797), Prússia (1799), na Rússia (1809-1914) e na Inglaterra (1815-1917). Negociou a compra da Florida à Espanha e assentou as bases da chamada "doutrina de Monroe". Presidente (1825-1829), procurou introduzir melhoramentos internos no país, pretendendo abolir a escravatura, sem obter sucesso.

Durante seu período, ele trabalhou para o desenvolvimento do sistema americano de economia política, consistente de uma alta tarifa alfandegária para apoiar a industrialização do país, obras públicas tais como a abertura de estradas, e um banco nacional para estimular empreendimentos produtivos e emitir uma moeda nacional. Em sua primeira mensagem anual ao Congresso, Adams apresentou um ambicioso programa para a modernização que incluía a abertura de estradas, canais, uma universidade nacional, um observatório astronômico e outras iniciativas. O apoio para essas propostas foi limitado, mesmo entre seus próprios defensores. Seus críticos acusaram-no de indecente arogância por causa de sua apertada vitória. A maior parte de suas iniciativas foram combatidas no Congresso por partidários de Andrew Jackson, que permaneciam ofendidos desde a eleição de 1824, tumultuado pleito em que Jackson foi derrotado por Adams.

Contudo, algumas de suas propostas foram adotadas, especificamente a extensão da Cumberland Road para Ohio com estudos para sua continação a oeste para St. Louis; o início do Chesapeake and Ohio Canal, a abertura do Delaware and Chesapeake Canal e do Louisville and Portland Canal em torno das cataratas do Ohio; a conexão dos Grandes Lagos ao sistema do Rio Ohio em Ohio e Indiana; e a ampliação e reconstrução do Dismal Swamp Canal na Carolina do Norte.

Uma das questões que dividiram seu governo foi as tarifas protecionistas. Henry Clay era um defensor, mas o vice-presidente de Adams, John C. Calhoun, foi um oponente. A posição de Adams era desconhecida, porque seu eleitorado estava dividido. Depois que Adams perdeu o controle do Congresso em 1827, a situação tornou-se mais complicada. Ele assinou a lei altamente impopular da tarifa de 1828 (também conhecida como a "tarifa das abominações"), comprometendo em consequência suas chances de realizar mais alguma coisa durante sua presidência.

Ele e Clay fundaram um novo partido, o Partido Nacional Republicano, mas ele nunca conseguiu criar raízes nos estados. Nas eleições de 1827 Adams e seus partidários perderam o controle do Congresso. Martin Van Buren, senador por Nova Iorque, futuro presidente e seguidor de Jackson, tornou-se um dos líderes do Senado.

Muitas das dificuldades políticas de Adams eram devidas à sua recusa, em princípio, de substituir membros de sua administração que apoiaram Jackson (sobre a base de que ninguém seria removido de seu cargo exceto por incompetência). Por exemplo, seu administrador geral dos Correios, John McLean, continuou no cargo durante a administração de Adams, a despeito do fato de que ele estava usando seus poderes de proteção para bajular os jacksonistas.

John Quincy Adams faleceu na cidade de Boston, em 23 de fevereiro de 1848.

 

ANDREW JACKSON (Waxhaws, 15 de março de 1767 – Nashville, 8 de junho de 1845) foi um advogado e político estadunidense. Foi o sétimo presidente dos Estados Unidos, de 1829 a 1837.

Foi também governador militar da Flórida (1821), comandante das forças americanas na Batalha de Nova Orleans (1815), e epônimo da Democracia Jacksoniana. Jackson foi uma figura polarizadora, que dominou a política americana dos anos 1820 aos anos 1830.

Sua ambição política, combinada com a ampliação da participação política por mais pessoas, que moldaram o moderno Partido Democrata. Famoso pela sua dureza, ele era apelidado de "Old Hickory" (Velho Coiote).

Guerra de 1812

Andrew Jackson foi nomeado comandante da milícia do Tennessee, em 1801, com a patente de Coronel.

Durante a Guerra de 1812, Tecumseh incitavam a "Red Stick" Creek (índios do norte do Alabama e Geórgia) para atacar assentamentos brancos. Quatrocentos colonos foram mortos no Massacre do Forte Mims, resultando na Guerra Creek. Jackson, então, comandou as forças americanas, que incluiu a milícia do Tennessee, E.U. regular, e cherokee, Choctaw, e o sul, dos índios Creek.

Jackson derrotou o Red Stick na Batalha de Horseshoe Bend, em março de 1814. Oitocentos "Red Sticks" foram mortos, mas Jackson poupou o chefe William Jackson Weatherford. Sam Houston e David Crockett, serviram Jackson no âmbito desta campanha.

Após a vitória, Jackson impõe o Tratado de Fort Jackson sobre ambos os inimigos do Norte e do Sul do Creek Creek aliados, tomando vinte milhões de acres (81.000 km ²) de todos os arroios branco para assentamento. Jackson foi nomeado o Major-General após essa ação.

Em novembro de 1814 tomou Pensacola (no oeste da Flórida, na época território do Império Espanhol, e expulsou os britânicos, com quem os Estados Unidos estavam em guerra - Batalha de Pensacola.

Jackson, também, pelo serviço na Guerra de 1812 contra o Reino Unido, foi notável. Quando forças britânicas ameaçaram Nova Orleans, Jackson assumiu o comando das defesas, incluindo a milícia de vários Estados do Oeste e territórios. Ele era um oficial rigoroso, mas era popular com as suas tropas. Foi dito que ele era "um velho lobo-da-guerra" de madeira sobre o campo de batalha, o que lhe deu o seu apelido.

Na Batalha de Nova Orleans, em 8 de janeiro de 1815, Jackson com, 5000 soldados norte-americanos, conquistou uma vitória sobre soldados 7500 soldados britânicos. O exército britânico teve mais de duas mil vítimas, e o de Jackson apenas 13 mortos e 58 feridos ou desaparecidos.

A guerra, em especial esta vitória, tornou Jackson um herói nacional. Graças a isso, ele recebeu do Congresso uma medalha de ouro, por resolução de 27 de fevereiro de 1815.

Entre 1816-1818 voltou a atuar na Flórida, na época território do Império Espanhol, na destruição do Forte Negro e na Primeira das Guerras Seminoles. O território dos índios Seminole era um refúgio para escravos fugitivos.

 

MARTIN VAN BUREN (Kinderhook, 5 de dezembro de 1782 – Nova York, 24 de julho de 1862), ou "Old Kinderhook", foi um advogado e político norte-americano. Foi o oitavo presidente dos Estados Unidos, de 1837 a 1841.

Antes da sua presidência, Van Buren atuou como o oitavo Vice-Presidente dos Estados Unidos (1833-1837), e o décimo Secretário de Estado Nacional, no governo de Andrew Jackson. Foi também um dos principais organizadores do Partido Democrata.

Uma figura dominante na Segunda Parte do Sistema (bem como o primeiro presidente que não era de origem britânica ou de ascendência irlandesa), Van Buren foi o primeiro presidente americano a nascer após a Revolução de Independência (1776), além ter sido também o único presidente a não ter o Inglês como primeira língua, pois seu idioma era o Neerlandês.

Van Buren foi o terceiro presidente a servir apenas um mandato, depois de John Adams e seu filho, John Quincy Adams. Ele também foi uma das figuras centrais no desenvolvimento de organizações políticas modernas. Como Secretário de Estado de Andrew Jackson e, em seguida, Vice-Presidente da República, ele foi uma figura chave na construção da estrutura organizativa para a Democracia Jacksoniana, especialmente no estado de Nova York.

No entanto, como um presidente, seu governo foi caracterizado, em grande parte, pelas dificuldades econômicas do seu tempo, como o Pânico de 1837. Entre a sangrenta guerra, e a Aroostook Caroline Affair, as relações com a Grã-Bretanha e as suas colônias no Canadá também mostraram-se tensas. Querendo ou não, estes foram diretamente culpa dele; Van Buren perdeu as eleições depois de quatro anos, com um estreito voto popular, mas uma desordem na votação eleitoral. Em 1848, ele correu para a presidência sobre um terceiro bilhete, o Partido do Solo Livre.

Martin van Buren é uma das duas únicas personalidades políticas estadunidenses (o outro foi Thomas Jefferson) a terem servido como Secretário de Estado, Vice-Presidente e Presidente dos Estados Unidos.

 

WILLIAM HENRY HARRISON (Charles City County, Virgínia, 9 de fevereiro de 1773 – Washington, DC, 4 de abril de 1841) foi um político estado-unidense. Foi o nono presidente dos Estados Unidos, e o primeiro presidente a morrer no cargo. Foi também o mais velho presidente eleito nos Estados Unidos, aos 67 anos, até Ronald Reagan, em 1980.

Harrison, originalmente ganhou fama nacional pela liderança das forças dos Estados Unidos contra os ameríndios na Batalha de Tippecanoe, em 1811, onde obteve a alcunha "Tippecanoe" (ou "Old Tippecanoe"). De forma geral, na subsequente Guerra de 1812, sua mais notável contribuição foi uma vitória na Batalha do Rio Tâmisa, em 1813, que trouxe a guerra na sua região para uma conclusão bem sucedida.

Depois da guerra, Harrison mudou-se para o estado de Ohio, onde foi eleito para o Congresso dos Estados Unidos e, em 1824, no Senado, atuou truncadamente, antes de ser nomeado Ministro Plenipotenciário, para a Colômbia, em maio de 1828. Na Colômbia, ele deu lições a Simon Bolivar, sobre melhores pontos de democracia, antes de regressar à sua fazenda no estado de Ohio, onde viveu até à sua aposentadoria, em razão à sua nomeação fracassada para a presidência em 1836. Contrariado, ele se aposentou novamente, antes de aceitar a sua segunda candidatura presidencial ao ato eleitoral de 1840.

Harrison serviu apenas trinta dias, o mais curto período de governo de um presidente, antes de sua morte, em abril de 1841. Sua morte criou uma breve crise constitucional, mas finalmente resolveu muitas questões sobre a sucessão presidencial deixada sem resposta pela Constituição, até à passagem da vigésima-quinta emenda.

Antes da eleição para Presidente, Harrison serviu como o primeiro governador do Território de Indiana e, mais tarde, representante dos Estados Unidos, e senador por Ohio. Na sua posse presidencial, proferiu o discurso mais longo da história das inaugurações presidenciais do país: duas horas e quarenta e sete minutos.

Harrison faleceu em 4 de abril de 1841, em – Washington, vítima de uma pneumonia. Após sua morte, foi sucedido na presidência pelo seu vice-presidente, John Tyler. Seu neto, Benjamin Harrison, foi posteriormente o vigésimo-terceiro presidente dos Estados Unidos.

 

JOHN TYLER, JR. (Condado de Charles City, 29 de março de 1790 – Richmond, 18 de janeiro de 1862) foi um advogado e político estadunidense. Foi o décimo presidente dos Estados Unidos, de 1841 a 1845, e o primeiro a obter este cargo por meio de sucessão do titular.

Durante um longo tempo democrata-republicano, Tyler foi eleito Vice-Presidente dos Estados Unidos, junto com William Henry Harrison, sobre o bilhete do Partido Whig.

Após a morte do presidente Harrison, em 4 de abril de 1841, apenas um mês após sua posse, a nação foi brevemente mergulhada um estado de confusão, relativa ao processo de sucessão. Em última instância, a situação foi resolvida com Tyler tornando-se o novo presidente, tanto em nome e em verdade, o que levou-o aos juramentos presidenciais, no dia 6 de abril de 1841 iniciando um costume que iria reger sucessões futuras. Mas, só em 1967, os plenos poderes de sucessão do vice-presidente, iniciados por John Tyler, foram legalmente codificados na vigésima quinta alteração da Constituição estadunidense.

Provavelmente, a mais famosa e importante conquista da administração de Tyler, foi a anexação da República do Texas ao território estadunidense, em 1845. Tyler foi o primeiro presidente nascido após a aprovação da Constituição dos Estados Unidos da América (1787), e o único presidente a ter realizado o cargo de presidente e senador ao mesmo tempo.

 

JAMES KNOX POLK (Pineville, 2 de novembro de 1795 – Nashville, 15 de junho de 1849), ou James K. Polk, foi um advogado e político estadunidense. Foi o décimo primeiro presidente dos Estados Unidos, de 1845 a 1849.

James Knox Polk nasceu no Condado de Mecklenburg, na Carolina do Norte, em 1795, mas viveu a maior parte de sua vida no Tennessee. Sendo um democrata, serviu como Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (1835-1839) e governador do Tennessee (1839-1841), antes de se tornar presidente.

Um firme defensor de Andrew Jackson, Polk foi o último e "forte" presidente antes da Guerra de Secessão. Ficou célebre pela sua política externa repleta de sucessos. Também ameaçou guerra à Grã-Bretanha, mas, em seguida, apoiado de longe, dividiu a propriedade do Noroeste com esta nação. Também ficou famoso por liderar com sucesso os Estados Unidos na Guerra Mexicano-Americana.

Polk baixou a pauta e estabeleceu um sistema de tesouraria que durou até 1913. Como candidato à presidência em 1844, foi o primeiro presidente que se aposentou após o primeiro período de governo, sem procurar reeleição.

Como um democrata empenhado em expansão geográfica (ou Destino Manifesto), Polk foi responsável pela segunda maior expansão do território da nação estadunidense. Polk garantiu o território do Oregon (incluindo Washington e Idaho), no valor de cerca de 285.000 milhas quadradas (738.000 km²), em seguida, adquiriu 525.000 milhas quadradas (1,360,000 km²), através do Tratado de Guadalupe Hidalgo, que terminou a Guerra Mexicano-Americana.

Com a reabertura da expansão territorial, desencadeou-se uma furiosa discussão sobre a escravidão nos novos territórios. A controvérsia foi inadequadamente articulada pelo Compromisso de 1850, e só encontrou a sua resolução definitiva sobre os campos de batalha da Guerra de Secessão.Polk assinou a emenda que trouxe uma era (ao menos de perto) de livre comércio com o país, até 1861.

Ele supervisionou a abertura da Academia Naval Nacional, nos Estados Unidos, e do Smithsonian, o terreno para o Monumento de Washington, além da emissão dos primeiros selos postais dos Estados Unidos, introduzido pelo seu Postmaster Geral, Cave Johnson.

Polk foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a ser fotografado com freqüência, no exercício do cargo.

Três meses após o término de seu mandato presidencial, em 1849, Polk foi acometido de uma grave cólera, o que levou-o ao seu falecimento, em 15 de junho do mesmo ano, em Nashville, no Tennessee.

 

ZACHARY TAYLOR (Barboursville, 24 de novembro de 1784 – Washington, DC, 9 de julho de 1850) foi um militar e político estadunidense. Foi o décimo segundo presidente dos Estados Unidos, de 1849 a 1850. Taylor faleceu dezesseis meses após o início de seu mandato.

Conhecido como "o velho e descuidado Ready", Taylor já detinha quarenta anos de carreira militar quando assumiu a presidência.

Servindo na Guerra de 1812 e na Black Hawk War (e antes da Segunda Guerra Seminolle alcançar fama no país), Taylor levou tropas estadunidenses à vitória em várias batalhas, desde a crítica Guerra Mexicano-Americana.

Com a Guerra de Secessão, que opôs a disseminação da escravidão nos territórios estadunidense, Taylor estava desinteressado na política, mas foi contratado pelo Partido Whig, como seu candidato nas eleições presidenciais de 1848. Nas eleições, Taylor derrotou o candidato democrata, Lewis Cass, e se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a nunca antes ter realizado qualquer cargo político.

Taylor também foi o último presidente nascido do sul do país, até a o presidente Woodrow Wilson. Como presidente, Taylor apelou aos colonos do Novo México e Califórnia para ignorar a expansão territorial e ao projeto de Constituição para a soberania, a definir as fases do Compromisso de 1850.

Zachary Taylor faleceu de gastroenterite aguda, nos primeiros dezesseis meses de seu mandato. Com isso, o seu Vice-Presidente, Millard Fillmore, assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 1850.

 

MILLARD J. FILLMORE (Summerhill, 7 de janeiro de 1800 – Buffalo, 8 de março de 1874) foi um advogado e político norte-americano. Foi o décimo terceiro presidente dos Estados Unidos, de 1850 a 1853. Foi também o último presidente norte-americano a não pertencer aos partidos Democrata e Republicano, já que era filiado ao Partido Whig.

Em 1846, ele fundou a Universidade Privada de Buffalo (hoje a pública Universidade Estadual de Nova York), em Buffalo, hoje a maior escola do sistema universitário do estado de Nova York.

Sua carreira militar foi curta. Atuou também na Milícia de Nova York, durante a Guerra Mexicano-Americana, em 1846, e durante a Guerra de Secessão.

Fillmore foi o segundo vice-presidente norte-americano a assumir a presidência após a morte do presidente titular, no seu caso, Zachary Taylor, que faleceu do que se pensava ser gastroenterite aguda ou hipertermia (calor).

Fillmore nunca foi eleito presidente, depois de ter cumprido o prazo de Taylor. Ele não conseguiu ganhar a nomeação para a presidência, pelo Partido Whig, nas eleições presidenciais de 1852, e nem quatro anos mais tarde, nas eleições de 1856, como seu partido político estava extinto. Fillmore, então, recusou-se a aderir ao novo Partido Republicano, onde muitos antigos ex-militantes do Whig, incluindo Abraham Lincoln, tinham encontrado refúgio. Mesmo assim, não saiu vitorioso da disputa.

Fillmore ajudou a fundar a Sociedade Histórica de Buffalo (hoje a Buffalo e Erie County Historical Society), em 1862, e atuou como seu primeiro presidente.

Durante toda a Guerra de Secessão, Fillmore firmou forte oposição ao presidente Abraham Lincoln, durante a Reconstrução, apoiado pelo futuro presidente Andrew Johnson. Ele comandou a União Continental, um corpo de guardas com mais de 45 anos a partir da zona do norte do estado de Nova York, durante a Guerra de Secessão.

Millard Fillmore faleceu na noite de 8 de março de 1874, devido às consequências de um acidente vascular cerebral. Suas últimas palavras foram alegadas para serem: "ao serem alimentadas com algumas sopa, o alimento é saboroso". Desde esse dia, no o dia 7 de janeiro de cada ano, uma cerimônia é realizada no seu túmulo, na Floresta de Lawn Cemetery, em Buffalo.

 

FRANKLIN PIERCE (Hillsborough, 23 de novembro de 1804 – Concord, 8 de outubro de 1869) foi um advogado e político norte-americano. Foi o décimo quarto presidente dos Estados Unidos, de 1853 a 1857. Foi o segundo presidente mais jovem a ser eleito no país, aos 48 anos de idade, e até hoje o único presidente natural de New Hampshire. Foi o primeiro presidente a nascer no século XIX.

Pierce foi membro do Partido Democrata e uma "pessoa indolente", que serviu nos Estados Unidos na Câmara dos Representantes e no Senado. Mais tarde, Pierce participou da Guerra Mexicano-Americana, e tornou-se um general de brigada. Seu direito privado, em prática no seu estado natal, New Hampshire, foi tão bem sucedido que a ele foram oferecidas várias posições importantes, que ele recusou. Mais tarde, foi nomeado candidato à presidência americana na Convenção Nacional Democrática de 1852.

Na eleição presidencial, Pierce e seu vice, William R. King, venceram por uma maioria de votos, derrotando o bilhete do Partido Whig, de Winfield Scott e William A. Graham por uma margem de 50% a 44% do voto popular, e 254 para 42 no colégio eleitoral. Segundo o historiador David Potter, Pierce foi algumas vezes referido como "Bebê Pierce", aparentemente em referência a sua relativa juventude, em comparação com presidentes anteriores.

Sua aparência inofensiva e sua boa personalidade renderam-lhe muitos amigos, mas também sofreu tragédias em sua vida pessoal e, como presidente, decisões que foram feitas posteriormente, amplamente criticadas e divisionistas nos seus efeitos, oferecendo-lhe a reputação de um dos piores presidentes da história dos Estados Unidos. No norte, a popularidade de Pierce declinou acentuadamente, depois que ele saiu em favor do Ato Kansas-Nebraska, que revoga o compromisso do Missouri em reabrir a questão da expansão da escravidão no Ocidente. A sua credibildiade foi ainda mais danificada quando vários de seus diplomatas emitiram o Manifesto de Ostende. O historiador David Potter conclui que o Manifesto de Ostende, e o Ato Kansas-Nebraska foram "as duas grandes calamidades da administração de Franklin Pierce: "Ambas estabeleceram uma avalanche de críticas públicas.". Pior que isso, diz Potter, elas praticamente desacreditaram a doutrina do Destino Manifesto, e a soberania popular.

Abandonado por sua parte, Pierce não foi renomeado em 1856 para concorrer às eleições presidenciais, sendo substituído por James Buchanan. Depois de perder a nomeação Democrata, Pierce continuou a sua aprendizagem ao longo da luta com o alcoolismo, como seu casamento com Jane Appleton Pierce acabou. Sua reputação foi destruída durante a Guerra Civil Americana, quando ele declarou apoio aos Estados Confederados da América. Correspondências pessoais entre Pierce e o presidente dos Confederados, Jefferson Davis, foi vazada para a imprensa.

Philip B. Romanticize e Peter W. Romanticize refletiram a opinião de muitos historiadores quando escreveram no The American President que Pierce foi "um bom homem, que não entendeu suas própria deficiências. Ele era verdadeiramente religioso, amava sua esposa e reformulou de modo próprio que ele poderia adaptá-la às formas e mostrar a sua verdadeira afeição. Ele era um dos homens mais populares em New Hampshire, educado e amável, fácil e bom no jogo político, encantador e fino e bonito. Porém, ele tem sido criticada como tímido e incapaz de fazer face a uma mutação América". Pierce tem sido consistentemente classificado por estudiosos como um dos piores presidentes dos Estados Unidos. Franklin Pierce faleceu de cirrose, em 1869, em Concord, em New Hampshire.

 

JAMES BUCHANAN, JR. (Mercersburg, 23 de abril de 1791 – Lancaster, 1 de junho de 1868) foi um advogado, burocrata e político estadunidense, ocupando diversos cargos no governo norte-americano. Foi o décimo quinto Presidente dos Estados Unidos, de 1857 a 1861. Foi também embaixador dos Estados Unidos na Rússia, Ministro no Reino Unido e de Secretário de Estado dos Estados Unidos, entre 1849 e 1850.

Nas eleições presidenciais de 1856, foi eleito presidente dos Estados Unidos, pelo Partido Democrata, e no discurso de sua posse em 1857, deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano com a afirmação de que:

"A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até à América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la."

Foi em seu governo que a crise entre o norte abolicionista e o sul escravocrata atingiram seu ponto forte, pois quando assumiu o poder não teve bastante força política para impedir a Guerra da Secessão que ocorreu entre os estados do norte e do sul. Ele considerava a escravidão imoral, mas como ele defendia o respeito à constituição, que protegia a escravatura.

Apesar de argumentar que sua política refletia apenas o desejo de impedir uma guerra civil entre o sul e o norte. Tentou impor uma constituição escravista no recém criado estado do Kansas. Em função disto, tornou-se impopular. Politicamente enfraquecido, não conseguiu evitar a cisão em seu partido. Esta quebra veio a favorecer a eleição de Abraham Lincoln à presidência em 1860.

Um mês antes da posse de Lincoln, em fevereiro de 1861, sete estados do sul separaram-se da União. Consta que Buchanan condenou a iniciativa, mas nada fez contra os separatistas. Buchanan, assim como Franklin Pierce, tem sido considerado por estudiosos um dos piores presidentes da história dos Estados Unidos. Faleceu em 1 de junho de 1868, em Lancaster, na Pensilvânia.

 

ABRAHAM LINCOLN (12 de fevereiro de 1809 – 15 de abril de 1865) serviu como o 16° Presidente dos Estados Unidos de março de 1861 até seu assassinato em abril de 1865. Ele liderou o país de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra de Secessão, preservando a União e abolindo a escravidão. Antes de sua eleição em 1860 como o primeiro presidente Republicano, Lincoln atuou como advogado de condado, legislador pelo estado de Illinois, membro da Câmara dos Representantes e duas vezes candidato derrotado ao Senado dos Estados Unidos. Oponente declarado à expansão da escravidão nos Estados Unidos, Lincoln venceu a pré-candidatura do Partido Republicano em 1860, sendo eleito presidente no final do mesmo ano. Grande parte de seu mandato foi dedicado ao combate aos separatistas dos Estados Confederados da América durante a Guerra da Secessão. Ele introduziu medidas que levaram à abolição da escravidão, promulgando a Proclamação de Emancipação em 1863 e promovendo a aprovação da Décima terceira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.

Lincoln supervisionou ostensivamente os esforços vitoriosos de guerra, especialmente na seleção dos melhores generais, como Ulysses S. Grant. Historiadores concluíram que ele conseguiu se sobrepor às diversas facções do Partido Republicano, negociando a cooperação dos líderes de cada uma delas pessoalmente em seu gabinete. Sob sua liderança, a União obteve controle dos estados escravocratas de fronteira durante a guerra, ao mesmo tempo em que ele conseguia se reeleger na eleição presidencial de 1864.

Opositores políticos e outros oponentes à guerra criticaram Lincoln por se recusar a chegar a um denominador comum na questão da escravidão. Por outro lado, os Republicanos Radicais, uma facção abolicionista do Partido Republicano, o criticou pelo avanço lento na abolição da escravatura. Mesmo com esses adversários, Lincoln conseguiu conquistar a opinião pública através de sua retórica e discursos; seu Discurso de Gettysburg, de 1863, tornou-se um símbolo icônico dos deveres de sua nação. Nas etapas finais da guerra, Lincoln tinha uma visão moderada da Reconstrução, procurando reunir seu país de forma mais rápida através de uma política generosa de reconciliação.

Seis dias após a rendição em larga escala das forças Confederadas sob o comando do General Robert E. Lee, Lincoln se tornou o primeiro Presidente dos Estados Unidos a ser assassinado.

 

ANDREW JOHNSON (Raleigh, 29 de dezembro de 1808 – Elizabethton, 31 de julho de 1875) foi um político estadunidense. Foi o 17º presidente dos Estados Unidos, de 1865 a 1869. Johnson assumiu a presidência após o assassinato do então presidente Abraham Lincoln, de quem era vice-presidente. Antes fora governador do Tennessee, e senador pelo mesmo estado.

Johnson foi um senador norte-americano de Greeneville, Tennessee, enquanto ocorria a secessão dos estados do sul. Ele foi o único senador do sul que não abandonou seu posto após a guerra e se tornou o mais proeminente "democrata de guerra" do Sul, apoiando as políticas militares do presidente norte-americano Abraham Lincoln durante a Guerra Civil de 1861-1865. Em 1862 Lincoln nomeou Johnson governador do Tennessee, onde ele provou ser enérgico e eficaz na luta contra a rebelião.

Johnson foi nomeado para ser Vice Presidente em 1864 pelo Partido União Nacional. Ele e Lincoln foram eleitos em novembro de 1864 e Johnson tornou-se presidente após o assassinato de Lincoln, sucedendo-o em 15 de abril de 1865.

Como presidente, ele assumiu a responsabilidade da Reconstrução Presidencial - a primeira fase da Reconstrução - que durou até os "Republicanos Radicais" ganharem o controle do Congresso nas eleições de 1866. Sua política conciliatória com o Sul, sua pressa para reinscrever os ex-confederados de volta para a União e os seus vetos dos direitos civis embrenharam-no em uma amarga disputa com os "Republicanos Radicais". Os Radicais, na Câmara dos Representantes, fizeram uma tentativa de impeachment em 1868, enquanto sustentavam a ideia de que ele teria violado a Tenure of Office Act, uma lei promulgada pelo Congresso em março de 1867 durante o veto de Johnson, mas ele foi absolvido por um único voto no Senado. Andrew foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a sofrer um impeachment.

Johnson nasceu em 29 de dezembro de 1808, em Raleigh, Carolina do Norte; seus pais eram Jacob Johnson (1778–1812) e Mary McDonough (1783–1856). O pai de Andrew Johnson, Jacob, faleceu quando Andrew tinha cerca de três anos, deixando sua família em uma situação de pobreza. A mãe de Johnson teve então de trabalhar em fiação e tecelagem para sustentar a sua família e, mais tarde, casou novamente. Ela fez de Andrew um aprendiz de alfaiate, quando tinha 14 ou 10 anos. Aos 16 ou 17 anos ele quebrou seus laços de aprendiz e ele e seu irmão fugiram para Greeneville, Tennessee, onde ele encontrou um trabalho como alfaiate. Johnson casou com Eliza McCardle Johnson em 1827 aos 18 anos, e entre 1828 e 1852 o casal teve 5 filhos: Martha (1828), Charles (1830), Mary (1832), Robert (1834) e Andrew Jr. (1852). Johnson nunca participou de qualquer tipo de escola e ele próprio ensinou-se a ler e a escrever; sua esposa ensinou-lhe aritmética, a favor de melhorar a sua alfabetização.

Johnson participou de debates a nível local de academia em Greeneville, Tennessee e, mais tarde organizou um partido que o elegeu governador em 1829. Ele serviu até que ele foi eleito prefeito em 1833. Em 1835 ele foi eleito para a Câmara dos Representantes de Tennessee, onde depois de ter cumprido um único mandato ele foi derrotado na re-eleição.

Johnson cresceu estreitamente com os estados de Andrew Jackson dos direitos do Partido Democrata e se tornou um porta-voz para os eleitores de baixa renda - particularmente os pequenos agricultores e montanhistas - contra a aristocracia proprietária de plantações. Em 1839 ele foi eleito para o Senado de Tennessee, onde trabalhou durante dois anos consecutivos e em 1843 ele se tornou o primeiro democrata a ganhar uma eleição como um Representante americano de Tennessee do 1º Congresso Distrito. Entre suas atividades para o homem comum de interesse na qualidade dos membros da Câmara dos Representantes e no Senado, Johnson defendeu "uma fazenda livre para os pobres" faturar fazendas onde seria dada aos agricultores sem terra. Johnson foi um Representante americano por cinco anos, até 1853, quando foi eleito governador do Tennessee. Johnson reprimiu vigorosamente os Confederados e, mais tarde anunciou o fechamento do sufrágio de negros, argumentando, "A melhor da classe deles irá trabalhar e sustentar a si próprio, e que a classe deve ser autorizada a votar, com o fundamento de que um negro é mais leal do que um homem branco desleal". De acordo com a tradição e sabedoria locais, em 8 de agosto de 1863, Johnson libertou seus escravos pessoais.

Vice-Presidência

Como alguém que conduz a Guerra Democrata, e pró-União do Sul, Johnson foi um candidato ideal para os republicanos, em 1864, como eles alargaram sua base para o incluir na Guerra Democrata. Eles mudaram o nome para o partido Partido União Nacional de modo a refletir essa expansão. Ele foi eleito Vice-presidente dos Estados Unidos e foi exercer o cargo em 4 de março de 1865. Na cerimônia, Johnson, que havia bebido muito para compensar a dor da febre tifoide (como ele explicou mais tarde), fez um discurso sobre caminhadas e para muitos parecia embriagado. No início de 1865, Johnson falou duramente e enforcadamente de traidores como Jefferson Davis, que acabou com os Radicais.

Assassinato de Abraham Lincoln

Em 14 de abril de 1865, Abraham Lincoln, então presidente dos Estados Unidos foi baleado e ferido por John Wilkes Booth, um simpatizante Confederado, enquanto o presidente estava assistindo um jogo no Teatro Ford. O plano de Booth foi o de destruir a administração por encomenda conspiradoras para assassinar Johnson e o Secretário de Estado William H. Seward na mesma noite. Seward restritivamente sobreviveu com leves feridas, enquanto Johnson escapou do ataque de seu suposto assassino, George Atzerodt, que não conseguiu cumprir o plano.

 

ULYSSES SIMPSON GRANT, nascido Hiram Ulysses Grant, (Point Pleasant, Ohio, 27 de abril de 1822 - Nova York, 23 de julho de 1885) foi um general dos Estados Unidos, comandante-em-chefe das tropas federais, ou nortistas, durante a Guerra Civil dos Estados Unidos, e o décimo oitavo Presidente dos Estados Unidos, entre 1868 e 1876.

Antes da Guerra Civil

Casado com Julia Dent Grant, formou-se em direito no West Point, e participou da Guerra Mexicano-Americana, sob o comando dos Generais Zachary Taylor e Winfield Scott.

Grant questionava as bases morais da invasão. Nas suas memórias qualificaria a guerra como "uma das mais injustas jamais movidas por uma nação mais forte contra uma mais fraca.". Entretanto, serviu com distinção sendo brevetado duas vezes pela coragem.

Após a guerra, foi transferido para Califórnia, sem condições financeiras de levar a família consigo. Pediu baixa em 1854, segundo rumores da época, para evitar que fosse para corte marcial estar alcoolizado em serviço. Histórias sobre alcoolismo acompanharam Grant pelo resto da vida. Na vida civil, tentou diversos empreendimentos. Todos fracassaram. Às vésperas da Guerra da Secessão Grant trabalhava na loja de couro do seu pai no Illinois.

General da União

Com início da Guerra da Secessão, Grant aceitou convite para treinar voluntários do estado, mas depois conseguiu o comando de um regimento, com a patente de coronel. Graças ao lobby do congressista Elihu Washburne, foi promovido a general de brigada, assumindo o comando do crítico distrito militar sul-este de Missouri.

Seu primeiro engajamento foi uma batalha inconclusiva na cidade de Paducah, no rio Ohio, em novembro de 1861. Em fevereiro de 1862, apoiado pela flotilha do almirante Foote, tomou os estratégicos fortes Henry e Donelson.

Em abril de 1862, na Batalha de Shiloh ocorreu uma das atuações mais polêmicas do General Grant, que deixou o seu Exército do Tenesse ser pego de surpresa, sem defesas preparadas. O Exército do Mississippi, sob o general confederado Albert Sidney Johnston, levou as tropas federais a beira da aniquilação. A oportuna chegada do Exército Federal de Ohio, sob o comando do Gal. Buell, aliada ao sangue frio de Grant, inverteu a situação, e a União acabou vencedora. Não obstante, em função do desastroso primeiro dia da batalha, a opinião pública pressionava pela sua remoção. Mas Lincoln, farto de comandantes hesitantes, resolveu manter o agressivo Grant no cargo. Por alguns meses, o Gal. Halleck, desconfiado do suposto alcoolismo de Grant, tomou o comando pessoal das operações no oeste.

De maio a julho de 1863, Grant sitiou Vicksburg, o último bastião confederado no Mississippi. A queda da cidade significou rendição de mais de 30 000 soldados rebeldes e definitivamente dividiu a confederação em dois. Em novembro, impôs outra derrota em Chattanooga aos confederados.

Lincoln promove-o a Comandante-em-chefe de todas as forças federais em março de 1864. Grant assumiu o controle direto das forças no teatro leste. A partir dessa momento, o comandante confederado Lee teria os federais no seu encalço ininterruptamente. A famosa Campanha Overland de Grant transformou os combates no Leste em uma sangrenta guerra de atrito, com enormes perdas para os dois lados. Ao mesmo tempo, William T. Sherman, que sucedeu Grant como comandante dos exércitos no oeste, tomou a cidade de Atlanta e empreendeu a sua famosa marcha até o Mar, destruindo as plantações e a indústria da Georgia.

Ao contrário da União, com seus abundantes recursos, a Confederação não tinha como repor as enormes perdas em recursos humanos e materiais. Lee foi forçado a uma posição insustentável em Petersburg, cuja queda implicou a evacuação da capital confederada Richmond. Finalmente, em 9 de abril de 1865, em Appomattox, Lee rendeu-se. Os termos de rendição oferecidos por Grant foram generosos e o tratamento oferecido às forças derrotadas digno. Até o fim da sua vida, Lee não permitiu que se falasse mal de Grant em sua presença.

No seu tempo, e ainda hoje, Grant tem sofrido críticas pelas enormes baixas sofridas por suas tropas em batalhas. Uma notável detratora era a primeira dama dos EUA Mary Lincoln, que referiu-se ao general como "açougueiro". Em defesa de Grant poderia dizer-se que, comparado aos seus antecessores excessivamente prudentes, ele conseguiu resultados muito superiores em proporção às baixas sofridas. Grant e Lincoln entendiam muito bem que a guerra mais custosa em vidas era a guerra longa. Em uma época de péssimas condições sanitárias e medicina incipiente, manter grandes exércitos mobilizados significava aceitar um enorme número de mortes em função de moléstias. Dos 360 000 "yankees" mortos no conflito, menos de um terço morreu de ferimentos em batalha. Os demais caíram pela varicela, caxumba, sarampo e outras doenças. Forçando Lee a aceitar combate mesmo antes de conseguir condições táticas perfeitas, Grant teria posto fim a procrastinação que custou milhares de vidas. O reconhecimento disso veio do próprio Lee, que antes da Batalha de Spotsylvania contrariou as críticas dos seus subordinados ao comandante oponente dizendo "Penso que Gal. Grant tem conduzindo seus negócios notavelmente bem até esse momento".

Como presidente dos EUA e posteriormente

Grant foi eleito presidente dos EUA em 1869, e permaneceu na posição até 1877. Como chefe da nação, coordenou a última fase da reconstrução do sul. Promoveu ativamente os direitos dos ex-escravos, utilizando forças federais para assegurar o direito de voto e combater as ações do Ku Klux Klan. Entretanto, buscou a discrição necessária para não ofender sentimentos do povo do sul. Combateu a crise econômica, conhecida como Pânico de 1873, com uma política de austeridade governamental. Reduziu a dívida pública, os gastos governamentais, os juros e a inflação. Entretanto, a sua gestão foi extremamente conturbada politicamente. Surgiram inúmeros escândalos envolvendo subordinados de Grant, mas nenhum o presidente pessoalmente.

Após retirar-se da presidência, Grant transformou-se em sócio de uma financeira, que acabou falindo após ser fraudada pelo outro sócio. Garantiu o sustento da sua família em grande parte com os direitos da publicação do seu livro de memórias.

Faleceu em Nova York, em 23 de julho de 1885, vítima de um câncer na garganta.

 

RUTHERFORD BIRCHARD HAYES (Delaware, Ohio, 4 de outubro de 1822 – Fremont, Ohio, 17 de janeiro de 1893) foi um advogado e político estadunidense. Foi o décimo nono presidente dos Estados Unidos da América, de 1877 a 1881. Hayes foi eleito presidente por um voto eleitoral bastante disputado, após a eleição de 1876, mas perdeu o voto popular para o seu adversário, Samuel Tilden.

Hayes nasceu em Delaware, Ohio, em 4 de outubro de 1822. Era filho de Rutherford Hayes e de Sophia Birchard. Seu pai, um comerciante descendente de imigrantes escoceses no Connecticut, faleceu dez semanas antes de seu nascimento. Nisso, um tio, Sardes Birchard, que morava com a família, serviu como guardião de Hayes. Birchard esteve próximo ao sobrinho durante toda sua vida, e tornou-se figura de um pai para ele.

Hayes marcou presença na escola comum e da Academia Metodista em Norwalk. Ele se formou a partir de Kenyon College, em Gambier, em agosto de 1842, como um dos primeiros de sua classe. Após uma breve leitura da lei, em Columbo, ele formou-se em dois anos na Universidade de Harvard, em janeiro de 1845. Hayes foi contratado em um bar em 10 de maio de 1845, e iniciou a prática da Baixa Sandusky (agora Fremont). Após a dissolução da parceria, em Fremont, em 1849, ele mudou-se para Cincinnati, onde retomou a prática da Lei.

Mais tarde, em 30 de dezembro de 1852, casou com Lucy Hayes Ware Webb. Em 1856, foi nomeado para as eleições municipais, mas acabou desistindo da disputa. Em 1858, aceitou nomeação como advogado da Câmara Municipal de Cincinnati, e venceu as eleição mediante essa posição em 1859, mas perdendo a reeleição em 1860.

Carreira Militar

Após mudar-se para Cincinnati, Hayes havia se tornado um membro proeminente de uma organização social, o Clube Literário de Cincinnati, cujos membros incluíam Salmon P. Chase e Edward Noyes, entre outros. Após a eclosão da Guerra de Secessão, o Clube Literário tornou-se uma empresa militar. Nomeado um dos principais soldados do 23º Regimento de Ohio, pelo então governador de Ohio, William Dennison Jr., Hayes servia originalmente como juiz-defensor regimental, mas, depois, foi promovido a tenente-coronel, e após provar sua competência no comando das tropas nos campos de batalha, foi promovido, em agosto de 1862, a coronel, recebendo logo depois o comando de seu regimento original, após ser ferido em ação. Embora outros presidentes houvessem servido na Guerra de Secessão, Hayes foi o único que saíra ferido, o que lhe ocorreu quatro vezes.

Às vésperas de tornar-se brigadeiro-general, em dezembro de 1862, Hayes comandou a Primeira Divisão de Brigada do Exército da Virgínia Ocidental rechaçando várias tropas inimigas. Em 1864, Hayes mostrou particular astúcia ao liderar um ataque frontal (e temporariamente assumindo o comando de George Crook) na Batalha da Montanha Cloyd. Hayes continuou comandando sua Brigada durante o Campanhas do Vale de Shenandoha em 1864, participando de grandes batalhas, tais como a Batalha de Opequon, a Batalha de Fisher Hill, e a Batalha de Cedar Creek. No final da campanha Shenandoah, Hayes foi promovido a brigadeiro-general em outubro de 1864, e depois a major-general. Hayes havia sido ferido três vezes, e teve quatro montarias eliminadas a tiros durante sua atuação militar.

Carreira Política

Hayes iniciou sua vida política sobre o bilhete do Partido Whig, mas em 1853, ingressou na festa do Solo Livre, como um delegado, na nomeação de Salmon P. Chase para o governo de Ohio.

Embora ainda na Shenandoah, em 1864, Hayes recebeu a candidatura republicana ao Congresso de Cincinnati. Mesmo assim, recusou-se a seguir com a campanha, afirmando: "Eu tenho outros negócios agora. Qualquer homem que ia deixar o exército, neste momento, galopinar para o Congresso deveria ser escalpelado.".

Apesar disto, Hayes foi eleito, e serviu no 39º, e novamente, no 40º Congresso, de 4 de março de 1865 a 20 de julho de 1867, quando demitiu-se do encargo para concorrer ao governo de Ohio. Através da poderosa voz de seu amigo e subordinado da Guerra de Secessão, James M. Comly, do Ohio State Journal (um dos mais influentes jornais do estado), Hayes ganhou a eleição, e serviu como governador de 1868 a 1872. Como era um candidato vitorioso das eleições de 1872 para o 43º Congresso, Hayes tinha planejado se aposentar da vida pública, mas essa idéia foi redigida pela Convenção Republicana de 1875, na qual reelegeu-se governador, servindo de janeiro de 1876 a 2 de março de 1877. Hayes recebeu um chamado nacional para a liderança republicana de uma vassourada anteriormente Democrata no governo de Ohio.

Eleições de 1876

Como republicano pela sua convenção, Hayes tornou-se presidente graças aos anos tumultuosos e cheios de escândalos da administração Grant. Ele tinha uma reputação de honestidade, que remontava os anos da sua Guerra Civil. Hayes era bastante conhecido por sua habilidade de não ofender ninguém. Henry C. Adams, um proeminente jornalista e político do Washington Insider, afirmava que Hayes era "uma terceira taxa zero, cuja única recomendação é que ele é desagradável para qualquer um.". Compreensivelmente, por causa do relativo anonimato e insignificância de Hayes, seu opositor na eleição presidencial, o democrata Samuel J. Tilden, era o favorito para vencer as eleições presidenciais e, de fato, conquistou o voto popular por cerca de 250.000 votos (com cerca de 8.5 milhões de eleitores no total).

Os votos de quatro colégios eleitorais foram impugnados. No intuito de vencer, os candidatos tiveram que reunir 185 votos: Tilden foi apenas um curto, com 184 votos, Hayes tinha 165, com 20 votos que representam os quatro estados que foram contestados. Para piorar tudo, três desses estados (Flórida, Louisiana e Carolina do Sul) estavam no sul do país, que ainda se encontrava sob ocupação militar (o quarto foi Oregon). Além disso, os historiadores notam que, a eleição não foi justa por causa do uso abusivo de fraude e intimidação perpetrada por ambos os lados, tanto democratas como republicanos. Uma popular frase do dia cognomeou a eleição "sem um escrutínio livre e justo um conto". Nos quatro anos que se seguiram, os Democratas remetiram à Hayes como "Rutherfraud B. Hayes", alegando para sua eleição ilegítima, como ele tinha perdido o voto popular por cerca de 250.000 votos.

Para decidir pacificamente os resultados da eleição, as duas câmaras do Congresso instituíram a Comissão Eleitoral do Bi-partidarismo, para investigar e decidir sobre o real vencedor. A Comissão era composta por 15 membros: cinco da Câmara, cinco do Senado e cinco do Supremo Tribunal. No total, a Comissão é composta por 7 democratas, 7 republicanos e 7 Intendentes de Justiça livres, entre eles David Davis, que após ser eleito para o senado, se demitiu. Joseph P. Bradley, do Supremo Tribunal da Justiça, tomou o seu lugar na assembléia. No entanto, Bradley era um Republicano e, portanto, a decisão seguiu nas entrelinhas: 8 a 7 votaram em Hayes, vencedor de todos os 20 votos eleitorais.

Os Democratas, porém, concordaram, mas sobre um acordo. Aos democratas do Sul, foram dadas garantias, no Compromisso de 1877, que tornou Hayes o presidente: ele ia puxar as tropas federais para fora do Sul, e no final, reconstruí-lo. Um acordo foi feito entre eles e os republicanos: se o gabinete de Hayes possuisse, pelo menos, um habitante do sul, e ele retirasse todas as tropas da União do Sul, então ele iria se tornar presidente. Este acordo restaurou o controle local sobre os estados do sul.

Presidência (1877 – 1881)

Sendo o dia 4 de março de 1877 um domingo, Hayes prestou o juramento do cargo em 3 de março, na Sala vermelha da Casa Branca, tornando-se o primeiro presidente a tomar a posseo do cargo na Casa Branca.

Esta cerimônia foi realizada em segredo, já que as eleições do ano anterior haviam sido amargamente divisionistas. Nisso, o presidente cessante, Ulysses Grant, temia uma insurreição por apoiantes do candidato derrotado, Samuel J. Tilden, e queria garantir que qualquer tentativa de adulteração Democrata do público na cerimônia de posse fosse um fracasso, tendo sido Hayes empossado secretamente. Hayes tomou o juramento de novo publicamente, em 5 de março de 1877, sobre o Pórtico Leste do Capitólio dos Estados Unidos, e serviu na presidência estadunidense até 4 de março de 1881.

Política Interna

Hayes vetou emendas que revogavam a aplicação dos direitos civis quatro vezes antes de finalmente assinar a exigência dos direitos dos negros. Contudo, a sua tentativa posterior de conciliar-se com a sua oposição democrata do sul, fornecendo-lhes prestígio das funções públicas e nomeações prejudicaram a sua própria tentativa anteriores de reforma da função pública.

O mais polêmica decisão interna de Hayes veio com a sua resposta ao Great Railroad Strike, de 1877, no qual os empregados de Baltimore e Ohio Railroad saíram do trabalho e juntaram-se em todo o país a milhares de trabalhadores em suas próprias e simpáticas indústrias. Quando as disputas trabalhistas explodiram em tumultos em várias cidades, as Tropas Federais, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, dispararam sobre os trabalhadores grevistas, matando mais de setenta pessoas. Embora as tropas finalmente houvessem conseguido restabelecer a paz, industriais e trabalhadores similares ficaram descontentes com a intervenção militar do presidente Hayes. Os trabalhadores temiam que o governo federal houvesse se voltado definitivamente contra eles, enquanto os industriais temiam que, tais ações brutais desencadeassem uma revolução, nos moldes das Revoluções de 1848, ocorridas na Europa.

Durante a sua presidência, Hayes aprovou uma série de projetos, incluindo um, de 15 de fevereiro de 1879 que, pela primeira vez, permitiu às mulheres advogadas argumentarem casos perante o Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

Política Externa

Em 1878, Hayes foi solicitado pela Argentina para atuar como mediador na sequência da Guerra do Paraguai. Os argentinos esperavam que Hayes lhes desse a região de Gran Chaco; porém, ele decidiu em favor dos paraguaios. Sua decisão fez dele um herói. No Paraguai, uma cidade (Villa Hayes) e um departamento (Presidente Hayes) foram nomeados em sua honra. Ele também pretendia construir uma canal controlados pelos Estados Unidos no Panamá. Embora não tenha levado a idéia à frente, o Canal do Panamá foi construído anos depois pelo presidente Theodore Roosevelt.

Pós-presidência

Hayes não procurou a reeleição em 1880, mantendo a sua promessa de que não iria correr para um segundo mandato. Ele teve, em seu discurso inaugural, um prazo proposto e um limite para a presidência, combinada com um aumento no cumprimento do prazo para seis anos.

Hayes serviu no Conselho de Curadores da Universidade Estadual de Ohio, a escola que ele ajudou a fundar durante o seu mandato como governador de Ohio, a partir do final da sua presidência até a sua morte.

Rutherford Birchard Hayes faleceu de complicações de um ataque cardíaco, em Fremont, no Condado de Sandusky, em Ohio, ào meio-dia da terça-feira de 17 de janeiro de 1893. Suas últimas palavras foram: "Eu sei que estou indo para perto de minha Lucy". O sepultamento foi no cemitério de Riverwood. Seguindo os restos mortais de sua casa para o estado de Ohio, para a Spiegel Grove State Park, onde foi enterrado novamente, e onde permanece desde 1915.

 

JAMES ABRAM GARFIELD (Moreland Hills, 19 de novembro de 1831 – Long Branch, 19 de setembro de 1881) foi um advogado, militar e político estadunidense. Foi o vigésimo presidente dos Estados Unidos da América, em 1881. Garfield foi assassinado por Charles Julius Guiteau, após seis meses e quinze dias como presidente.

Em resumo, no dia 2 de julho de 1881, em uma estação de trem em Washington, um americano atirou contra o presidente Garfield, que agonizou na Casa Branca por semanas. Durante a comoção nacional que se instalou devido ao estado de saúde do presidente, Alexander Graham Bell – inventor do telefone – tentou encontrar a bala no corpo de Garfield com um dispositivo elétrico, mas não teve sucesso. Garfield faleceu dois meses depois, por infecções e hemorragias internas. Garfield também demonstrou o Teorema de Pitágoras, na Matemática, com um Trapézio.

Antes de sua eleição para presidente, Garfield serviu como um general no Exército dos Estados Unidos, e como um membro da Câmara dos Representantes Nacional, e também como membro da Comissão Eleitoral de 1876. Garfield foi o segundo presidente a ser assassinado na história dos Estados Unidos; Abraham Lincoln foi o primeiro. O Presidente Garfield, um republicano, esteve em um escritório escasso durante quatro meses, quando foi baleado e ferido mortalmente em 2 de julho de 1881. Ele viveu até 19 de setembro do mesmo ano, depois de ter servido na presidência durante seis meses e quinze dias. Até o momento, Garfield foi o único membro da Câmara de Representantes a ter sido eleito presidente dos Estados Unidos.

 

CHESTER ALAN ARTHUR (Vermont, 5 de outubro de 1829 – Nova Iorque, 18 de novembro de 1886) foi um advogado, militar e político estadunidense. Foi o vigésimo primeiro presidente dos Estados Unidos, de 1881 a 1885. Assumiu a presidência em 19 de setembro de 1881, após a morte do titular, James A. Garfield.

Filho de um pregador irlandês da Igreja Batista, Arthur se formou no Union College, em 1848. Atuou como professor, entrou para a ordem dos advogados e praticou advocacia em Nova Iorque. Na Guerra Civil, serviu como general intendente do Estado de Nova Iorque.

Em 1871, quando o presidente Ulysses Grant o nomeou coletor do porto de Nova Iorque, Arthur proveu a Alfândega de mais funcionários do que o necessário, mantendo-os por serem membros do partido em vez de funcionários do governo, numa clara demonstração de corporativismo republicano.

O presidente Rutherford B. Hayes (1877 - 1880), tentando reformar a Alfândega, afastou Arthur em 1878. Republicanos como Rosco Conkling, diretor da Alfândega, e aliado de Arthur, lutaram pela reindicação de Grant em 1880. Ao fracassarem, eles relutantemente aceitaram a indicação de Arthur para a vice-presidência, na chapa do partido.

Durante seu breve exercício da vice-presidência, Arthur permaneceu ao lado de Conkling em sua luta contra o presidente Garfield. Mas quando Arthur o sucedeu na presidência, ele estava disposto a provar que estava acima da máquina política.

Evitando velhos amigos políticos, ele se associou às elites de Washington, Nova York e Newport. Para a indignação dos republicanos "stalwart" (resolutos, leais), Arthur agora defendia a reforma do serviço civil. A pressão popular forçou um Congresso desajeitado a atender ao presidente.

Em 1883, ele aprovou a Lei Pendleton, que estabelecia uma Comissão de Serviço Civil bipartidária e exigia um "sistema de avaliação" que tornava a seleção para alguns cargos do governo apenas por concurso com exames escritos. O sistema também protegia os funcionários contra afastamentos por motivos políticos.

Ao sancionar a primeira lei federal geral de imigração, o governo Arthur aprovou uma medida em 1882 que excluía pobres, criminosos e portadores de deficiência mental. O Congresso suspendeu a imigração chinesa por dez anos, posteriormente tornando a restrição permanente.

Arthur também tentou reduzir as taxas para que o governo não ficasse embaraçado devido a superávits anuais de receita. Mas o Congresso elevou praticamente na mesma proporção em que ele abaixou.

Quando Arthur sancionou a Lei Tarifária de 1883, habitantes enfurecidos do Oeste e do Sul se voltaram para o Partido Democrata para alterá-la, fazendo com que a questão despontasse como uma grande disputa política entre as partes.

Arthur demonstrou como presidente que estava acima das facções dentro do Partido Republicano, apesar de não acima do partido em si. Talvez seu motivo fosse, em parte, um segredo bem-guardado do qual tinha conhecimento desde o ano posterior à sua ascensão à presidência: o de que estava sofrendo de uma doença renal fatal. Ele disputou a indicação presidencial em 1884 para não parecer que temia a derrota, mas não foi indicado novamente. Chester A. Arthur faleceu em 1886, em Nova Iorque.

 

STEPHEN GROVER CLEVELAND (Caldwell, 18 de março de 1837 - Princeton, 24 de junho de 1908) foi um advogado e político estadunidense. Foi o vigésimo segundo (1885 - 1889) e o vigésimo quarto (1893 - 1897) presidente dos Estados Unidos da América. Foi o único Democrata eleito para a presidência durante a era Republicana, ocorrida entre a Guerra de Secessão e a eleição de Woodrow Wilson, em 1912.

Cleveland foi por três vezes, o vencedor do voto popular para a presidência, em 1884, 1888 e 1892. Os admiradores de Cleveland elogiam-lhe por sua honestidade, independência, integridade e compromisso com os princípios do liberalismo clássico. Como um líder dos Democratas, ele opôs-se aos ´impostos, subsídios e políticas inflacionistas do Imperialismo, mas como um reformador, também trabalhou contra a corrupção e o clientelismo.

Algumas das ações de Cleveland causaram polêmica, até mesmo dentro de seu próprio partido. Sua intervenção no Pullman Strike, em 1894, a fim de manter as ferrovias que se deslocavam, irritou as centrais sindicais, além de seu apoio ao padrão-ouro e oposição para a liberação de prata alienada aos fazendeiros Democratas. Além disso, os críticos reclamavam que ele possuía "pouca imaginação" e parecia dominar-se pelas catástrofes econômicas da nação e greves em seu segundo mandato. Mesmo assim, a sua reputação de honestidade e bom caráter sobreviveram à perturbação de seu segundo mandato. O biógrafo Allan Nevins escreveu: "em Grover Cleveland a grandeza reside em vez de invulgares qualidades típicas". Não tinha dotes que milhares de homens não têm. Possuía ele honestidade, coragem, firmeza, independência e senso comum. Porém, possuía-as a um grau diferente dos outros homens".

Um dos momentos altos de sua carreira política foi, sem dúvida, a construção da Estátua da Liberdade, inaugurada em Nova York em 1886. Em 2 de junho do mesmo ano, Cleveland casou-se com Frances Cleveland, na Sala Azul da Casa Branca. Ele foi o segundo presidente a se casar no ofício do cargo, e o único presidente a ter o casamento celebrado na Casa Branca. Foi o único presidente americano com dois mandatos não-consecutivos.

 

BENJAMIN HARRISON VI (North Bend, 20 de agosto de 1833 – Indianápolis, 13 de março de 1901) foi um advogado e político estadunidense. Foi o vigésimo terceiro presidente dos Estados Unidos da América, de 1889 a 1893. Era neto do ex-presidente William Henry Harrison.

Durante a Guerra Civil Americana, Harrison serviu como brigadeiro-general no XXI Corpo do Exército da Cumberland. Depois da guerra, disputou o governo de Indiana, mas sem sucesso, sendo eleito mais tarde senador pelo mesmo estado.

Harrison, um Republicano, foi eleito para a Presidência dos Estados Unidos em 1888, derrotando o Democrata Grover Cleveland. Ele foi o primeiro e único presidente vindo do estado de Indiana. Sua administração presidencial é mais conhecida pela sua legislação econômica, incluindo as tarifas, os McKinley Sherman Anti-Trust Acts, e os impostos anuais para gastos federais, que chegaram a um bilhão de dólares pela primeira vez, em seu governo. Democratas usaram esse pretexto, mais tarde, para derrotar o Partido Republicano, tanto em meados de 1890 até a tentativa de reeleição de Harrison, em 1893.

Benjamin Harrison não venceu por uma vitória unânime, mas por um legado político e econômico desconhecido até à data. Em primeiro lugar, e pela primeira vez, em décadas, o Partido Republicano detinha a maioria tanto no Senado como na Câmara dos Representantes. E em segundo, a União conseguiu um superávit de 1 bilhão de dólares, convertidos em uma série de grandes obras públicas, como a melhoria de numerosas instalações portuárias e fluviais. Várias empresas foram subsidiadas pelo governo, desde engarrafamentos de bebidas a carnes enlatadas; além de pagamentos de pensões a veteranos de guerra, que era, ao mesmo tempo, o retorno dos impostos cobrados durante a Guerra Civil Americana para os estados da União, um dos maiores gastos da época.

O Sherman Act, projetado contra os trustes, ratificada em 1890, que declarava ilegal qualquer concentração de empresas que restringisse as trocas comerciais entre Estados ou com nações estrangeiras. No entanto, essa lei não foi muito eficaz, pelo menos não imediatamente.

A esposa de Harrison, Mary Harrison, faleceu perto do fim do mandato presidencial do marido. Sem conseguir a reeleição, voltou a levar uma vida privada, em sua casa, em Indianápolis, onde escreveu um livro e, mais tarde representou a República da Venezuela em um processo internacional contra o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.

Em 1900, Harrison viajou para a Europa, como parte do processo e, após uma breve estadia, retornou para Indianápolis, onde faleceu no ano seguinte, em 1901, devido à complicações decorrentes de uma gripe.

 

STEPHEN GROVER CLEVELAND – 2º MANDATO (Caldwell, 18 de março de 1837 – Princeton, 24 de junho de 1908) foi um advogado e político estadunidense. Foi o vigésimo segundo (1885 - 1889) e o vigésimo quarto (1893 - 1897) presidente dos Estados Unidos da América. Foi o único Democrata eleito para a presidência durante a era Republicana, ocorrida entre a Guerra de Secessão e a eleição de Woodrow Wilson, em 1912.

Cleveland foi por três vezes, o vencedor do voto popular para a presidência, em 1884, 1888 e 1892. Os admiradores de Cleveland elogiam-lhe por sua honestidade, independência, integridade e compromisso com os princípios do liberalismo clássico. Como um líder dos Democratas, ele opôs-se aos ´impostos, subsídios e políticas inflacionistas do Imperialismo, mas como um reformador, também trabalhou contra a corrupção e o clientelismo.

Algumas das ações de Cleveland causaram polêmica, até mesmo dentro de seu próprio partido. Sua intervenção no Pullman Strike, em 1894, a fim de manter as ferrovias que se deslocavam, irritou as centrais sindicais, além de seu apoio ao padrão-ouro e oposição para a liberação de prata alienada aos fazendeiros Democratas. Além disso, os críticos reclamavam que ele possuía "pouca imaginação" e parecia dominar-se pelas catástrofes econômicas da nação e greves em seu segundo mandato. Mesmo assim, a sua reputação de honestidade e bom caráter sobreviveram à perturbação de seu segundo mandato. O biógrafo Allan Nevins escreveu: "em Grover Cleveland a grandeza reside em vez de invulgares qualidades típicas". Não tinha dotes que milhares de homens não têm. Possuía ele honestidade, coragem, firmeza, independência e senso comum. Porém, possuía-as a um grau diferente dos outros homens".

Um dos momentos altos de sua carreira política foi, sem dúvida, a construção da Estátua da Liberdade, inaugurada em Nova York em 1886. Em 2 de junho do mesmo ano, Cleveland casou-se com Frances Cleveland, na Sala Azul da Casa Branca. Ele foi o segundo presidente a se casar no ofício do cargo, e o único presidente a ter o casamento celebrado na Casa Branca. Foi o único presidente americano com dois mandatos não-consecutivos.

 

WILLIAM MCKINLEY JR. (Niles, 29 de janeiro de 1843 – Buffalo, 14 de setembro de 1901) foi um advogado e político estadunidense. Foi o vigésimo quinto presidente dos Estados Unidos da América, de 1897 até 1901, quando foi assassinado pelo jovem anarquista Leon Czolgosz.

Seu mandato é lembrado pelos estadunidenses como um período de expansão dos territórios e colônias dos Estados Unidos, por meio de anexações, invasões e conquistas, incluindo Cuba e as Filipinas, após a Guerra Hispano-Americana, e o Havaí. Mackinley também anexou os Territórios Índios do Oeste, sem o consentimento de nenhum dos povos habitantes destes.

Durante 1880, McKinley foi um líder nacional republicano, sua assinatura em questão foi elevar tarifas sobre as importações como uma fórmula para a prosperidade, tal como caracterizado por sua pauta de 1890. Como o candidato republicano na eleição presidencial de 1896, ele manteve o padrão ouro, promovendo o pluralismo entre os grupos étnicos. Sua campanha, concebida por Mark Hanna, introduziu um novo estilo de campanha publicitária que revolucionou campanhas técnicas práticas, o que o fez vencer a cruzada do seu arqui-rival, William Jennings Bryan. A eleição de 1896 é, muitas vezes, considerada um realinhamento eleitoral que marcou o início da Era Progressista. Após sua morte, McKinley foi sucedido por seu vice-presidente, Theodore Roosevelt

 

THEODORE "TEDDY" ROOSEVELT, JR. (Nova Iorque, 27 de outubro de 1858 – Nova Iorque, 6 de janeiro de 1919) foi um estadista norte-americano, filho de Theodore Roosevelt e Martha Bulloch. Foi o vigésimo quinto vice-presidente e o vigésimo sexto presidente dos Estados Unidos, de 1901 a 1909. Roosevelt assumiu a presidência após a morte do então titular, William McKinley, sendo o mais jovem presidente dos Estados Unidos,

Foi igualmente um historiador, naturalista, explorador, escritor e soldado. Membro do Partido republicano, foi sucessivamente chefe da polícia de Nova Iorque (1895-1897), adjunto do secretário da Marinha (1897-1898), voluntário na Guerra hispano-americana de 1898, e finalmente governador do Estado de Nova Iorque (1898-1900).

Seu rosto está esculpido no Monte Rushmore ao lado de outros três presidentes: George Washington, Thomas Jefferson e Abraham Lincoln.

Em sua vida acadêmica estudou direito nas universidades de Harvard e de Columbia. Em 1906, foi o primeiro estadunidense a receber o Nobel da Paz.

Genealogia

Os Roosevelts estiveram em Nova Iorque desde meio do Século XVII. Theodore Roosevelt nasceu no seio de uma família abastada de origem alemã; no Século XIX, a família cresceu em riqueza, poder e influência através dos lucros de vários negócios incluindo a importação de placas de vidro. A família tinha uma filiação política fortemente Democrática até os anos de 1850, quando se juntaram ao Partido Republicano. O pai de Theodore, conhecido na família como Thee, era um comerciante, filantropo de Nova Iorque e sócio na empresa da família Roosevelt and Son. Era um proeminente torcedor de Abraham Lincoln e do esforço da União durante a Guerra Civil Americana. A sua mãe, Mittie Bulloch, era uma mulher de classe alta sulista, de uma família dona de escravos de Roswell, Georgia, e simpatizava com a Confederação. O irmão de Mittie, James Dunwoody Bulloch, tio de Theodore, foi um oficial da Marinha dos Estados Unidos e tornou-se almiral da lado Confederado. Outro tio, Irvine Bulloch, era cadete no navio Confederado CSS Alabama; ambos permaneceram em Inglaterra após a guerra. Desde casa dos seus avós, o jovem Roosevelt testemunhou a procissão do funeral de Abraham Lincoln.

Infância

Theodore Roosevelt nasceu a 27 de outubro de 1858, na 28 East 20th Street, segundo filho de quatro de Theodore Roosevelt, Sr. (1831–1878) e Mittie Bulloch (1835 -1884). Tinha uma irmã mais velha, Anna, apelidada de "Barnie" quando criança e "Bye" em adulta por estar sempre a sair, e dois irmãos mais novos - Elliot (o pai da futura Primeira Dama Eleanor Roosevelt), e a sua irmã Corinne (avó do colunista Joseph e de Stewart Alsop).

Asmático quando criança, Roosevelt ficava frequentemente doente. Apesar disso, era uma criança hiperativa, mas que sofria severamente de surdez de tom. O seu interesse em zoologia formou-se com sete anos após ver um pinípede morto num mercado local. Após a obtenção da cabeça do animal, o jovem Roosevelt e dois dos seus primos formaram o que chamaram de "Museu Roosevelt de História Natural". Aprendendo a arte da taxidermia, encheu o seu museu com animais que matava ou apanhava, estudava, e preparava para exibição. Com nove anos, descreveu a sua observação de insetos num livro que intitulou "A História Natural dos Insetos".

Para combater a sua pobre condição física, o seu pai encorajou o jovem Roosevelt na prático do exercício físico. Roosevelt começou com lições de boxe.. Duas viagens ao estrangeiro tiveram um impacto permanente: Europa em 1869 e 1870, e Médio Oriente de 1872 a 1873.

Influências paternais

Theodore, Sr. tinha grande influência em seu filho. Sobre ele, Roosevelt escreveria: "Meu pai, Theodore Roosevelt, foi o melhor homem que alguma vez conheci. Combinava força e coragem com gentileza, ternura, e grande altruísmo. Não tolerava em nós crianças egoísmo ou crueldade, ociosidade, cobardia, ou falsidade."

Mencionou à sua irmã Corinne que nunca tomara nenhum passo sério ou qualquer decisão vital para o seu país sem antes pensar no que o seu pai fariaMuita coisa sobre ele.

 

WILLIAM HOWARD TAFT (15 de setembro de 1857 a 8 de março de 1930) foi o vigésimo sétimo presidente dos Estados Unidos, de 1909 a 1913. Taft foi governador geral das Filipinas antes de se tornar presidente norte-americano. Na tentativa da reeleição, foi derrotado por Thomas Woodrow Wilson na eleição de 1912, que conseguiu 27 estados, 55% dos votos e 54% dos delegados.

 

THOMAS WOODROW WILSON (Staunton, Virgínia, 28 de dezembro de 1856 – Washington, DC, 3 de fevereiro de 1924), foi eleito presidente dos Estados Unidos por duas vezes seguidas, ficando no cargo de 1912 a 1921. Era membro do Partido Democrata, tendo também sido reitor da Universidade de Princeton e laureado com o Nobel da Paz em 1919. Foi o presidente americano durante a Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918. Interrompeu uma série de mais de 16 anos de presidentes do Partido Republicano. Foi a figura chave por trás da Liga das Nações - fundada durante a Primeira Guerra Mundial para manter a paz internacional.

Woodrow Wilson é considerado um pai do idealismo, lutou por uma Alemanha livre e com condições para um desenvolvimento econômico e democrático. Principal impulsionador da Sociedade das Nações, projeto que só não falhou por completo porque muitas das estruturas da SDN foram utilizadas futuramente na ONU e pelo fato de ter resolvido alguns pequenos conflitos entre nações na Europa e na América do Sul, tudo fez para que os políticos se tornassem sensíveis às populações que representavam, mostrando que estas são as mais prejudicadas com a guerra, e que as massas deviam ter uma opinião quanto à política externa do seu país (chamava mesmo inconstitucionais muitas das medidas tomadas pelos regimes da época). O fracasso da SDN está intimamente ligado com o facto dos EUA não terem aderido, apenas parcial e sucessivamente, à organização.

Woodrow Wilson também ficou conhecido por suas convicções racistas: reduziu bruscamente a participação de negros na política em muitos estados dos EUA, apesar de em sua campanha apregoar os Direitos Civis. Além disso, foi um grande interventor militar na América Latina, invadindo Nicarágua, México, Panamá e Haiti.

Os 14 pontos da proposta de paz de Woodrow Wilson

O presidente americano Woodrow Wilson (1913-1921) foi um dos personagens centrais no processo de paz que sucedeu a Primeira Guerra (1914-1918). Foi Wilson quem redigiu o tratado dos 14 pontos que determinou as diretrizes para a paz e foi o embrião da Liga das Nações, o primeiro esforço diplomático global. Por seu trabalho com o tratado, o americano ganhou o Nobel da Paz de 1919. Os 14 pontos foram apresentados em 8 de janeiro de 1918 ao Congresso dos EUA, que o rejeitou, sob a forte influência do isolacionismo na política externa americana. A rejeição deixou os EUA de fora da Liga --que anos mais tarde falhou em evitar a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Depois das complexas negociações entre as nações vencedoras e aliadas, que envolveram discussões sobre a retomada de terras dominadas e conflitos anteriores à Primeira Guerra, uma versão reformulada do tratado de 14 pontos foi aprovada. Um mês depois, em 28 de junho de 1919, em Paris, o estatuto da Liga das Nações foi assinado como parte do Tratado de Versalhes, que definiu as cláusulas do fim da guerra. A primeira assembléia geral da Liga foi realizada em 15 de novembro de 1920, na neutra Genebra.

Conheça os 14 pontos da proposta de paz de Woodrow Wilson:

1) Inaugurar pactos de paz, depois dos quais não deverá haver acordos diplomáticos secretos, mas sim diplomacia franca e sob os olhos públicos;

2) Liberdade absoluta de navegação nos mares e águas fora do território nacional, tanto na paz quanto na guerra, com exceção dos mares fechados completamente ou em parte por ação internacional em cumprimento de pactos internacionais;

3) Abolição, na medida do possível, de todas as barreiras econômicas entre os países e o estabelecimento de uma igualdade das condições de comércio entre todas as nações que consentem com a paz e com a associação multilateral;

4) Garantias adequadas da redução dos armamentos nacionais até o menor nível necessário para garantir a segurança nacional;

5) Um reajuste livre, aberto e absolutamente imparcial da política colonialista, baseado na observação estrita do princípio de que a soberania dos interesses das populações colonizadas deve ter o mesmo peso dos pedidos equiparáveis das nações colonizadoras;

6) Retirada dos Exércitos do território russo e solução de todas as questões envolvendo a Rússia, visando assegurar melhor cooperação com outras nações do mundo. O tratamento dispensado à Rússia por suas nações irmãs será o teste de sua boa vontade, da compreensão de suas necessidades como distintas de seus próprios interesses e de sua simpatia inteligente e altruísta;

7) Bélgica, o mundo inteiro concordará, precisa ser restaurada, sem qualquer tentativa de limitar sua soberania a qual ela tem direito assim como as outras nações livres;

8) Todo território francês deve ser libertado e as partes invadidas restauradas. O mal feito à França pela Prússia, em 1871, na questão da Alsácia e Lorena, deve ser desfeito para que a paz possa ser garantida mais uma vez, no interesse de todos;

9) Reajuste das fronteiras italianas, respeitando linhas reconhecidas de nacionalidade;

10) Reconhecimento do direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria-Hungria, cujo lugar entre as nações queremos ver assegurado e salvaguardado;

11) Retirada das tropas estrangeiras da Romênia, da Sérvia e de Montenegro, restauração dos territórios invadidos e o direito de acesso ao mar para a Sérvia;

12) Reconhecimento da autonomia da parte da Turquia dentro do Império Otomano e a abertura permanente do estreito de Dardanelos como passagem livre aos navios e ao comércio de todas as nações, sob garantias internacionais;

13) Independência da Polônia, incluindo os territórios habitados por população polonesa, que devem ter acesso seguro e livre ao mar;

14) Criação de uma associação geral sob pactos específicos para o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial dos grandes e pequenos Estados.

 

WARREN GAMALIEL HARDING (2 de novembro de 1865 a 2 de agosto de 1923) foi o vigésimo nono presidente dos Estados Unidos da América, de 1921 a 1923. Harding morreu de infarto agudo do miocárdio ainda no seu mandato, durante uma viagem à costa oeste dos Estados Unidos, sendo sucedido pelo vice-presidente Calvin Coolidge.

Foi senador pelo Ohio, conseguindo a nomeação como candidato presidencial pelo Partido Republicano. Eleito com um programa conservador, refreou as reformas progressistas dos seus antecessores. A sua administração foi caracterizada por escândalos no final do seu mandato que implicaram vários colaboradores próximos e que foram denominados como "o bando do Ohio" (dos quais pelo menos dois se suicidaram enquanto eram investigados) e que em parte motivaram a crise cardíaca que lhe custou a vida.

Os historiadores têm o hábito de considerar Harding como o pior presidente na história dos Estados Unidos por causa da corrupção que grassava na sua administração. Porém, com o decorrer do tempo, esta visão tem evoluído e a sua imagem parece hoje menos negativa. De facto, não teve nenhuma responsabilidade jurídica nos escândalos da sua presidência, e a sua morte prematura impediu uma avaliação justa dos seus talentos políticos.

 

JOHN CALVIN COOLIDGE, JR. (Plymouth, Vermont, 4 de julho de 1872 – 5 de janeiro de 1933) foi o 30º presidente dos Estados Unidos da América entre 1923 e 1929, após a morte do anterior, Warren G. Harding.

Único presidente nascido no Dia da Independência, cujo governo ficou conhecido por causa do seu liberalismo econômico e a não intervenção estatal na vida dos cidadãos, o que fez com que os Estados Unidos tivessem, nessa época, um dos períodos de maior crescimento econômico de sua história, tendo aumentado a renda e a qualidade de vida dos norte-americanos, a essa altura já elevadas. Por outro lado, sua política econômica é acusada, pela esquerda, de ter encorajado a especulação financeira. Primeiro filho de John Calvin e Victoria Josephone Moor Coolidge, estudou na Black River Academy, em Ludlow, e pós-graduou-se na St. Johnsbury Academy.

Resolvendo abraçar uma carreira política, graduou-se no Amherst College e praticou advocacia em Northampton, Massachusetts. Casou-se em 1905 com a professora Grace Anna Goodhue Coolidge (1879 - 1957), graduada na Universidade de Vermont em 1902.

Filiado ao Partido Republicano, após exercer uma série de cargos públicos em Massachusetts e depois de ser prefeito de Northampton, foi senador da federação entre 1912 e 1915 e eleito governador daquele estado em 1919, quando ganhou notoriedade nacional por usar a milícia estatal para sufocar uma greve policial.

Eleito como vice-presidente dos Estados Unidos da América na chapa de Warren G. Harding em 1920, assumiu a presidência após a repentina morte do titular, vítima de um ataque cardíaco em 1923.

Foi eleito em 1924 para o próximo mandato presidencial, derrotando sem dificuldades o democrata, John W. Davis, e desistiu de concorrer à reeleição em 1928.

Saindo da vida pública, faleceu em Northampton, Vermont, quatro anos depois.

 

HERBET CLARK HOOVER (West Branch, 10 de agosto de 1874 - Nova Iorque, 20 de outubro de 1964) foi o 31º presidente dos Estados Unidos entre 1929 e 1933. Era o presidente em vigência durante a Crise de 29 e ficou conhecido como um dos piores presidentes da história do país.[carece de fontes?]

 

 

FRANKLIN DELANO ROOSEVELT (Nova Iorque, 30 de janeiro de 1881 – Warm Springs (Geórgia), 12 de abril de 1945) foi o 32.° presidente dos Estados Unidos (1933-1945), realizou quatro mandatos e morreu durante o último, foi o primeiro presidente a conseguir mais de dois mandatos, e será o único devido à 22.ª emenda. Durante sua estada na Casa Branca, teve de enfrentar o período da Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Em 1939, foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a aparecer na televisão, mesmo ela tendo sido inventada com Calvin Coolidge no cargo.

Roosevelt é uma forma anglicizada do sobrenome neerlandês 'Van Rosevelt', ou 'Van Rosenvelt', significando 'originário do campo das rosas’,

Uma das famílias mais antigas e ricas do estado de Nova Iorque, os Roosevelts se distinguiram em áreas que não a política. Uma prima-irmã de Franklin, Ellen Roosevelt, foi campeã em simples e duplas do Campeonato Nacional de Tênis dos Estados Unidos de 1890 e integra o International Tennis Hall of Fame.

Sua mãe batizou-o com o nome de seu tio favorito, Franklin Delano. O progenitor da família Delano nas Américas, chegado em 1621, foi Philippe de la Noye, o primeiro huguenote que desembarcou no Novo Mundo, cujo nome de família foi anglicizado para Delano,

Primeiros anos

Franklin Delano Roosevelt nasceu em 30 de janeiro de 1882, no Vale Hudson, cidade de Hyde Park, Nova Iorque. Seu pai, James Roosevelt, e sua mãe, Sara, eram cada um de antigas famílias abastadas de Nova York, de ascendências holandesa e francesa, respectivamente. Franklin era seu filho único. Sua avó paterna, Maria Rebecca Aspinwall, era prima de Elizabeth Monroe, esposa do quinto presidente dos Estados Unidos, James Monroe. Um de seus antepassados foi John Lothropp, também um antepassado de Benedict Arnold e Joseph Smith, Jr. Um de seus parentes distantes do lado materno é a escritora Laura Ingalls Wilder. Seu avô materno, Warren Delano II, um descendente dos passageiros do Mayflower Richard Warren, Isaac Allerton, Degory Priest e Francis Cooke, durante um período de doze anos que passou na China fez fortuna de mais de um milhão de dólares no comércio de chá em Macau, Cantão e Hong Kong, mas ao retornar aos Estados Unidos, perdeu tudo no Pânico de 1857. Em 1860, retornou à China e fez fortuna no notório e altamente rentável fornecimento de medicamentos à base de ópio para o Departamento de Guerra dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Americana, embora não exclusivamente.

Atuação na Presidência

Franklin Delano Roosevelt foi o responsável pela entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial após o ataque a Pearl Harbor. Foi um grande amigo e parceiro de Sir Winston Churchill, primeiro-ministro britânico. Em 1943, os três maiores governantes do mundo (Stalin, Roosevelt e Churchill) reuniram-se em Teerã, e em 1945 em Yalta para decidirem entre outros, o destino da Alemanha e da Polônia. A grande maioria dos historiadores acadêmicos afirma que Franklin Delano Roosevelt recuperou os EUA após a crise de 29 (dando condições melhores de trabalho aos americanos, alcançando metas militares e industriais, levando energia elétrica e modernidade às regiões mais pobres do país), traçando o destino dos estadunidenses.

Roosevelt foi o único presidente norte-americano a se eleger para mais de dois mandatos, e era conhecido por suas iniciais FDR. Ganhou a primeira de suas quatro eleições em 1932, quando os Estados Unidos estavam no fundo da Grande Depressão. A combinação do otimismo natural de FDR com políticas econômicas keynesianas são usualmente considerados como sendo os principais responsáveis por se ter evitado que a crise econômica se transformasse numa crise política. FDR conduziu os Estados Unidos através de quase toda a Segunda Guerra Mundial e morreu no cargo, de uma hemorragia cerebral, pouco antes da guerra terminar.

Roosevelt denominou sua política, de combate à situação econômica caótica que herdara, como New Deal; ela consistia tanto em legislação aprovada pelo Congresso americano quanto em Ordens Executivas [Executive orders (United States)]. Dentre as principais Ordens Executivas incluem-se o Emergency Banking Act, declarado assim que tomou posse, legislação criando novas agências governamentais, tais como a Works Progress Administration e a National Recovery Administration, que visava criar novos empregos para os quinze milhões de estadunidenses desempregados que FDR herdara de Herbert Hoover. Outras leis criaram uma rede de assistência direta para os indivíduos, como a Social Security Act (lei de Seguridade Social), que permanece em vigor até hoje.

Roosevelt dominou o cenário político estadunidense não só durante seus doze anos como presidente, mas também nas décadas seguintes. A coligação de FDR unia elementos tão díspares quanto os brancos do sul e os afro-americanos das cidades do norte dos Estados Unidos.

 

HARRY S. TRUMAN (Lamar, Missouri, 8 de maio de 1884 - Kansas City, Missouri, 26 de dezembro de 1972) foi um político estadunidense, 33º presidente dos Estados Unidos, governando de 1945 a 1953.

Truman lutou na Primeira Guerra Mundial e em 1922 entrou para o Partido Democrata, tendo sido eleito senador em 1934 e 1940. Em 1944, concorreu à eleição como Vice-Presidente com Franklin D. Roosevelt e a 7 de novembro foram eleitos. Com a morte de Roosevelt, em 12 de abril de 1945, Truman assumiu o cargo de Presidente dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi um dos principais responsáveis pelo lançamento das bombas sobre Hiroshima e Nagasaki.

De 17 de julho a 2 de agosto de 1945 participou juntamente com Stalin e Churchill da Conferência de Potsdam, onde dividiram a Alemanha e Berlim, criando assim a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, assim como a Berlim Oriental e a Berlim Ocidental.

Harry Truman, em agosto de 1945, autorizou o bombardeio com armas de destruição em massa (bombas atômicas) sobre Hiroshima e Nagasaki, matando quase 200 mil civis inocentes. O principal argumento utilizado para o lançamento das bombas era que o Japão não queria conceder rendição incondicional, considerada uma condição necessária para o fim da guerra, evitando, assim, a repetição do que ocorrera após o fim da Primeira Guerra. Além disso, o outro argumento era o de que, baseado nas estimativas de possíveis baixas, poderia haver de 500 mil a 1 milhão de mortes de soldados caso a guerra se prolongasse, e com a bomba atômica o número de baixas seria menor. Mas existe também o argumento de que a intenção era consolidar o poderio americano frente a ameaça soviética de Stálin, que já apresentava sinais de discórdia com os EUA desde a Conferência de Postdam, a respeito da questão da Polônia, o prenúncio da Guerra Fria. A racionalidade desses argumentos, porém, não retira o caráter trágico do bombardeio atômico sobre aquelas cidades.

Em junho de 1947, autorizado pelo Congresso, o Presidente americano criou a CIA e forneceu a ajuda do Plano Marshall, sem a qual os países envolvidos na guerra não conseguiriam sair da miséria, e a Doutrina Truman para impedir a expansão do comunismo stalinista.

Truman foi reeleito Presidente dos Estados Unidos em 4 de novembro de 1948. Em 25 de junho de 1950, a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul para reunificar a Nação.

Os Estados Unidos financiaram a Coréia do Sul e intervieram no conflito chamado de Guerra da Coréia, no ocidente. A China entrou na guerra.

Em 1952, o Presidente americano e o Congresso instituíram o Comitê de Investigações das Atividades Anti-Americanas, comandado pelo Senador Joseph MacCarthy, no episódio conhecido como "Caça às Bruxas"; um movimento de delação e perseguição à colaboradores do comunismo. As atitudes extremistas do senador, porém, não tinham o respaldo de Truman.

Os "anos dourados" iniciavam uma forte influência da propaganda e do capital ocidental para fazer frente à chamada "cortina de ferro".Harry Truman, em 1953, terminando seu mandato Presidencial, retirou-se da política.

 

DWIGHT DAVID "IKE" EISENHOWER (Denison, Texas, 14 de outubro de 1890 –  Washington, 28 de março de 1969) foi presidente dos Estados Unidos da América entre 1953 e 1961 e comandante supremo das Forças Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido designado para este posto em 1943. Coube a ele o comando do desembarque na Sicília pelos Aliados. E graças a seus esforços diplomáticos foi possibilitado o desembarque aliado na Normandia - o Dia D.

Foi um dos pioneiros em entender que a guerra consistia muito mais em uma logística bem elaborada e organizada do que em soldados capazes e armas modernas. Sua iniciativa em criar uma frente ampla para combater os alemães ajudou na derrota destes, em maio de 1945. Encontrou-se com Georgy Zhukov, comandante-em-chefe do Exército Vermelho, tornando-se seu amigo pessoal.

Escolhido para o comando das forças armadas da OTAN em 1950, teve de abandonar esse posto precocemente, por ter sido escolhido candidato presidencial pelo Partido Republicano dos Estados Unidos. Assim sendo, em 1952, tendo Richard Nixon como vice-presidente, derrotou nas urnas o democrata Adlai Stevenson e encerrou vinte anos de domínio democrata na política americana. Como presidente, presenciou o nascimento da Guerra Fria e foi muito criticado por não estar a tom com os desdobramentos políticos desse evento (por exemplo, o envio ao espaço pelos soviéticos da nave Sputnik).

Foi em 1952, o primeiro candidato à contratar uma agência de publicidade (BBDO), e primeiro também a realizar a primeira pesquisa boca de urna, o tornando o precursor do marketing político moderno. Eisenhower morreu em 1969, vítima de insuficiência cardíaca.

 

JOHN FITZGERALD KENNEDY (Brookline, Massachusetts, 29 de maio de 1917 – Dallas, 22 de Novembro, 1963) foi um político estadunidense, o 35° presidente de seu país (1961–1963) e uma das grandes personalidades do século XX. Sua morte violenta, no auge da carreira política, abalou o mundo inteiro, desencadeando um extenso período de turbulência na política e na sociedade norte-americana.

Sua família era de ascendência irlandesa e tradicionalmente católica. Kennedy era filho de Joseph P. Kennedy. Formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido na Batalha de Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral. Ainda quando jovem, participou do Movimento Escoteiro.

Vida e carreira política

Em 1946, foi eleito pelo Partido Democrata como deputado federal pelo estado de Massachusetts. Reeleito em 1948 e 1950. Em 1952, ganhou de Henry Cabot Lodge Jr., do Partido Republicano, a vaga de seu estado no Senado Federal.

Kennedy casou-se em 12 de setembro de 1953 com Jacqueline Bouvier com quem teve 4 filhos, Caroline, John F. Kennedy, Jr., uma filha nati-morta e outro que morreu com dois dias de vida. Nessa época, sofreu duas cirurgias para correção de problemas na coluna vertebral, vindo a quase falecer, recebendo duas vezes o ritual de extrema-unção.

Eleições presidenciais de 1960

No início de 1960, Kennedy declarou-se candidato democrata às eleições presidenciais daquele ano. Vencedor de todas as primárias, Kennedy foi designado pelo Partido Democrata como candidato à Presidência, escolhendo para compor sua chapa o senador Lyndon B. Johnson, do Texas. O oponente republicano era o então vice-presidente, Richard Nixon. A 8 de novembro de 1960, após uma disputadíssima campanha, Kennedy vence por uma diferença de 112 881 votos, numa das eleições mais apertadas da história americana: 0,2% dos votos. Muitos atribuem a vitória de Kennedy a forma como aparecia na recente televisão, o carisma e a jovialidade eram passados com convicção. Kennedy foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido no século XX.

Presidência

Kennedy tomou posse, sucedendo a Dwight Eisenhower, a 20 de janeiro de 1961. Tão logo assume a presidência, tem que enfrentar uma crise causada pela invasão de Cuba por exilados cubanos com o auxílio da CIA. Assume a responsabilidade pelo fracasso, mas mantém a popularidade. Em junho tem seu primeiro encontro com o premier soviético, Nikita Krushchev, em Viena. Dois meses depois o Muro de Berlim é construído. 1962 é um ano turbulento. A crise dos Mísseis em Cuba leva o mundo próximo ao conflito nuclear, mas Kennedy já mais entrosado com o poder, age com firmeza e ganha admiração mundial. O conflito no Vietnã começa a se agravar e Kennedy envia consultores militares para o sudeste asiático.

Internamente, o governo Kennedy leva a economia a uma recuperação. Porém enfrenta forte oposição do Congresso a levar adiante algumas de suas propostas. No sul do país, a tensão racial se agrava e o Presidente é obrigado a enviar tropas para garantir os direitos civis da população negra. Foi um presidente que defendeu abertamente as causas das minorias e do papel de cada cidadão no seu país. Entre 1961 e 1963 vários países sul-americanos recebiam ajudas no setor de vestuário e alimentação ("Aliança para o Progresso"), hoje pessoas de países como o Brasil vivas na época confirmam o fato. Queria uma aproximação maior com a União Soviética e uma gradual desmilitarização, já que não via num choque entre as duas potências uma solução das desavenças, fato que desagradou a maior indústria de armamento do mundo, a própria indústria americana. Promoveu trocas de membros do alto-escalão do governo e da CIA, por julgá-los ultrapassados.

Foi um dos principais líderes mundiais do século XX e seus discursos gravados até hoje causam emoção ao serem vistos. Sabia utilizar a mídia e tinha o dom da oratória.

Desafio da conquista da Lua

Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar a Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. No famoso discurso em 1961 Kennedy lançou o desafio de "enviar homens a Lua e trazê-los de volta a salvo".

Assassinato

No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma eventual reeleição nas eleições de 1964. As perspectivas eram boas, visto que o candidato republicano deveria ser o senador Barry Goldwater, um conservador bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de fundamental importância, a administração estava perdendo popularidade para os republicanos. Foi então programada uma visita do presidente às principais cidades do estado em 21 e 22 de novembro.

Tendo visitado San Antonio, Houston e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, desfila em carro aberto, e encontra uma multidão entusiasmada. Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro, passando pela Dealey Plaza, Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço (que também atinge o Governador do Texas John Connally) e outro fatal na cabeça. Jackie Kennedy que estava ao seu lado, sobe em desespero na traseira do carro em movimento. Kennedy morreu em menos de trinta minutos depois do atentado. Um ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que trabalhava num depósito de onde foram vistos os disparos, foi detido e acusado pelo homicídio de Kennedy. No dia 24, quando Oswald seria transferido para outra prisão, acabou por ser também assassinado por Jack Ruby, ligado à Máfia americana e portador de uma doença terminal.

 

LYNDON BAINES JOHNSON (Stonewall, 27 de agosto de 1908 – Stonewall, 22 de janeiro de 1973) foi o trigésimo sexto presidente dos Estados Unidos, de 1963 a 1969.

Johnson era vice-presidente de John Kennedy, e assumiu o cargo de presidente com o assassinato do mesmo. Foi em seu governo que os EUA entram totalmente na Guerra do Vietnã. Ele completou o mandato de Kennedy e foi eleito presidente em uma vitória na eleição presidencial de 1964.

Johnson era um grande líder do Partido Democrata dos Estados Unidos e como presidente foi responsável pela criação da lei da "Grande Sociedade", programa que incluia os direitos civis, sistema de saúde pública, conhecido nos EUA por Medicare, assistencia à educação e a "Guerra contra a Pobreza". Simultaneamente, ele envolveu o país na Guerra do Vietnã, começando com 16 mil soldados norte-americanos em 1963 e passando a 500 mil no começo de 1968.

Johnson foi deputado dos Estados Unidos pelo Estado do Texas de 1937 a 1949 e senador dos Estados Unidos (assim como seu avô, quando o presidente ainda era pequeno) de 1949 a 1961. Depois de se candidatar pela nomeação democrata de 1960, na qual não obteve sucesso, Johnson foi selecionado por John F. Kennedy para ser seu vice na eleição presidencial de 1960. A popularidade de Johnson como presidente caiu depois da eleição do Congresso de 1966, e sua reeleição à presidência dos Estados Unidos em 1968 teve um colapso devido a rumores no Partido Democrata relacionado à oposição do partido à Guerra do Vietnã.

Johnson morreu após sofrer seu terceiro ataque cardíaco, em 22 de janeiro de 1973

 

RICHARD MILHOUS NIXON (Yorba Linda, 9 de janeiro de 1913 – Nova Iorque, 22 de abril de 1994) foi o 37° presidente dos Estados Unidos (1969-1974) e foi o único presidente a renunciar na história dos Estados Unidos.

Em 1953, foi eleito vice-presidente enquanto Dwight Eisenhower se elegia presidente dos Estados Unidos.

Em 1960, fora derrotado pelo democrata John Kennedy na eleição presidencial, por menos de 80 mil votos de diferença e por pequena margem no Colégio Eleitoral. Persistente, voltou a candidatar-se pelo Partido Republicano em 1968, vencendo a eleição contra o democrata Hubert Humphrey. Em 1972, foi reeleito com esmagadora maioria no Colégio Eleitoral (520 votos a 17) sobre o oponente George McGovern.

Nixon negociou a retirada das forças dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, aproximou os Estados Unidos da República Popular da China e viajou a Moscou, onde deu impulso às negociações com a União Soviética sobre a redução de armamento. Nixon sempre se posicionou de forma contrária à difusão do comunismo, chamando essa ideologia de "ameaça".

Na política interna, Nixon travou dura luta contra a inflação, mediante o controle de preços e salários e a redução dos gastos públicos.

Renunciou em 9 de agosto de 1974, em virtude do escândalo Watergate, pouco antes da votação pelo Congresso da cassação de seu mandato - o impeachment. O trauma político causado pelo episódio foi grande (tanto que os americanos acabariam por escolher na eleição seguinte Jimmy Carter, um candidato religioso e apegado a valores morais). Nixon só retornaria à vida pública americana 20 anos depois do fiasco de Watergate, ao qual está permanentemente ligada a sua declaração: I'm not a crook (Eu não sou um criminoso). Morreu no dia 22 de abril de 1994, aos 81 anos.

Um fato curioso é que o Presidente Dwight Eisenhower morreu no mandato de Nixon, Eisenhower escolheu Nixon para ser seu candidato a vice-presidente dos Estados Unidos (ambos foram eleitos).

 

GERALD RUDOLPH FORD, JR. (Omaha, 14 de julho de 1913 – Rancho Mirage, 26 de dezembro de 2006) foi o quadragésimo (1973–1974) vice-presidente e o trigésimo-oitavo (1974–1977) presidente dos Estados Unidos. Nascido Leslie Lynch King, Jr., seu nome foi mudado depois da adoção.

Permanece ainda como o único a servir como presidente sem ser eleito, quer para a Presidência, quer para a Vice-Presidência, pois Spiro Agnew, vice-presidente de Nixon, também havia renunciado junto a este, depois de comprovado seu envolvimento com negócios ilícitos. Após assumir o cargo deixado vago por Richard Nixon, Ford fez um discurso no qual "anistiou o presidente Nixon de todos os crimes cometidos em sua presidência".

Foi derrotado pelo democrata Jimmy Carter na eleição presidencial de 1976. Em 14 de julho de 2004 tornou-se o segundo presidente dos EUA, sucedendo a Reagan, a atingir o 91º aniversário. No dia 12 de novembro de 2006, torna-se o ex-Presidente dos Estados Unidos com maior longevidade (93 anos e 121 dias, ultrapassando Ronald Reagan, que morreu com 93 anos e 120 dias). Ford morreu no dia 26 de dezembro do ano de 2006, em sua casa, no Estado da Califórnia, aos 93 anos e 165 dias de idade.

Considerado, em retrospecto, um político honesto e ideologicamente moderado, que enfrentou inflação crescente, descrédito com o mundo da política, promoveu os Direitos Humanos no âmbito do Conselho da Europa, o fim do regime branco na antiga Rodésia (atual Zimbábue) e concluiu a saída dos EUA do Vietnã. Ford construiu uma reputação como anticomunista e patriota. Foram assessores de Ford personalidades que no futuro teriam destaque no estamento dos Estados Unidos, como Dick Cheney e Alan Greenspan. Sua decisão de conferir a Richard Nixon absoluto perdão presidencial foi à época muito criticada, mas, nos anos 1990 e 2000, a opinião pública norte-americana tinha a percepção majoritária de que sua escolha fora a mais adequada para evitar a continuidade do Caso Watergate.

Foi durante a sua presidência que foi sancionada a lei federal que permitiu o ingresso de mulheres nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Presidente "por acidente", Ford, até então, almejava, no máximo, tornar-se porta-voz do Senado. Depois, no início da década de 1980, chegou-se a cogitar Gerald Ford para ser o vice-candidato de Ronald Reagan à Presidência dos EUA.

Na imprensa tem havido cobertura, ao longo das décadas, para o companheirismo entre Gerald Ford e sua esposa, Betty Ford, especialmente no tocante à luta desta contra o câncer e o alcoolismo.

No programa Larry King Live, da CNN, de 27 de dezembro de 2006, foi divulgada gravação de entrevista de Gerald Ford a Bob Woodward, de julho de 2004, quando o ex-Presidente dos Estados Unidos criticou George W. Bush e Dick Cheney por invadirem o Iraque usando o argumento das armas de destruição em massa. Ford determinou que a divulgação da entrevista ocorresse após sua morte. Bob Woodward publicou matéria jornalística sobre o assunto no jornal The Washington Post de 28 de dezembro de 2006, na reportagem intitulada Ford Disagreed With Bush About Invading Iraq.

Atentados

Ford enfrentou duas tentativas de assassinato durante a sua presidência, ocorrendo dentro de três semanas uma da outra. Em Sacramento, Califórnia, em 5 de setembro de 1975, Lynette 'Squeaky' Fromme, uma seguidora de Charles Manson, apontou uma pistola Colt calibre 45 para Ford. Quando Fromme puxou o gatilho, Larry Buendorf, um agente do Serviço Secreto, pegou a arma e conseguiu inserir o seu polegar sob o gatilho, impedindo que a arma de fogo efetuasse os disparos. Foi averiguado mais tarde que, embora a arma estivesse carregada com quatro cartuchos, era uma pistola semi-automática e os slides não tinham sido puxados para colocar uma bala na câmara de disparo, tornando impossível que a arma disparasse. Fromme foi levado em custódia. Ela foi mais tarde julgada por tentativa de assassinato ao presidente e foi condenada à prisão perpétua.

Logo após a segunda tentativa de assassinato, o Serviço Secreto começou a manter Ford a uma distância mais segura da multidão anônima, uma estratégia que pode ter salvado sua vida dezessete dias depois. Quando ele deixou um hotel em San Francisco, Sara Jane Moore, em pé entre uma multidão de pessoas atravessando a rua, apontou o revólver para ele. Pouco depois ela disparou, o ex-Marinheiro Oliver Sipple pegou na arma e desviou o seu disparo, uma pessoa ficou ferida. Moore foi condenado à prisão perpétua. Ela estava em liberdade condicional da prisão em 31 de dezembro de 2007, tendo servido 32 anos.

 

JAMES EARL "JIMMY" CARTER, JR., conhecido como Jimmy Carter, (Plains, Geórgia, 1 de outubro de 1924) é um político norte-americano, tendo sido o 39° presidente dos Estados Unidos.

Jimmy Carter nasceu em uma família batista, que viveu no estado da Geórgia por gerações. Seu bisavô, Private L.B. Walker Carter (1832–1874), serviu ao Exército dos Estados Confederados, que defendia a causa escravagista. Sendo oriundo de uma família sulista tradicional, ela tinha interesses no setor agrícola e plantadora de amendoins - negócio no qual ele prosperaria. Após se formar pela Academia Naval de Annapolis (Maryland) em 1946, casou-se com Rosalynn Smith, depois Rosalynn Carter. Deste matrimônio nasceram quatro filhos: John William (Jack), James Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy Lynn.

Foi governador do seu estado natal, de 1971 a 1974.

Eleição presidencial

Venceu o republicano Gerald Ford na eleição presidencial de 1976, por pequena margem no voto popular e no Colégio Eleitoral. Esteve à frente do governo dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, convertendo-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O acordo de Camp David, de 1978, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menachem Begin, primeiro-ministro israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Begin e Sadat foram, inclusive, agraciados com o Nobel da Paz por esse acordo. Sadat, inclusive, acabaria sendo assassinado por radicais islâmicos contrários à paz com Israel.

Política de paz

Carter assinou um tratado com o Panamá, segundo o qual os EUA devolveriam o canal em 2000 ao controle panamenho. O tratado foi assinado com presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou uma política de distensão com os países comunistas, estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2 com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares e reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba, governada por Fidel Castro.

Alguns acordos com Cuba resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Também houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das águas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), amenizando, além disso, o embargo contra Cuba. Mais de vinte anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba.

Direitos Humanos

Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores republicanos, influenciou o processo de abertura democrática de países da América Latina, quase todos então governados por ditaduras militares. Em 1977, Jimmy Carter encontrou-se com o então presidente brasileiro Ernesto Geisel e influenciou a ala de militares brasileiros ligados a Geisel para um processo de abertura, que seria continuado por João Figueiredo.

Controvérsias

Antes de projetar-se internacionalmente como presidente dos EUA, fora governador na Geórgia, um estado tradicionalmente governado por democratas. Este partido, no sul, foi responsável por impor as leis Jim Crow. Durante a eleições em 1970, questões raciais era alvo de debates, e Carter, nas primárias, criticou seu adversário Carl Sanders por apoiar Martin Luther King Jr., em um esforço para tirar votos brancos de Sanders. Carter disse: "Eu posso vencer esta eleição sem um único voto negro". Carter foi eleito governador, embora com visões progressistas, pró-aborto e contra a pena de morte, fez uma campanha racista e não recebeu quase nenhum apoio da comunidade Afro-americana. Entretanto, em 2008, defendeu a candidatura de Barack Obama, criticando os oposicionistas a ele de racistas.

Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, diminuindo o tom beligerante da Guerra Fria, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características que não foram bem recebidas pelo eleitorado americano.

Após a Revolução Iraniana de 1979 e o sequestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerã, foi acusado de ineficiência na administração do caso.

Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou. Além disso, uma recessão na economia estadunidense no período contribuiu para que as suas chances de reeleição fossem praticamente nulas.

Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais. Também foi observador internacional de muitas eleições em países que voltavam ao regime democrático ou que tentavam implantar tal regime em substituição a ditaduras.

Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, direitos humanos, democracia e tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Nobel da Paz.

Jimmy & São Paulo

No dia 3 de maio de 2009, Jimmy foi agraciado pelo governador do estado de São Paulo, José Serra, com a Ordem do Ipiranga.

 

RONALD WILSON REAGAN (Tampico, Illinois, 6 de fevereiro de 1911 – Los Angeles, 5 de junho de 2004) foi um ator e político estadunidense, 33º governador da Califórnia e 40º presidente dos Estados Unidos.

Nascido em Illinois, Reagan mudou-se para Los Angeles, Califórnia na década de 1930, onde trabalhou como ator e se tornou presidente da Screen Actors Guild (SAG), e porta-voz da General Electric (GE). Sua carreira política tem suas origens durante seu trabalho para a General Eletric. Originalmente membro do Partido Democrata, Reagan mudou para o Partido Republicano em 1962, tendo na época 51 anos de idade, creditando tal mudança às posições cada vez mais esquerdizantes do Partido Democrata, afirmando que o Partido Democrata o havia abandonado, ao deixar de ser o partido de Thomas Jefferson, Andrew Jackson e Grover Cleveland para se tornar o partido de Karl Marx, Vladimir Lênin, e Josef Stálin.

Após realizar o seu famoso discurso A Time for Choosing, em apoio à candidatura de Barry Goldwater à presidência dos Estados Unidos em 1964, Reagan tornou-se um fenômeno no Partido Republicano, ganhando forte apoio entre os eleitores do partido e sendo persuadido a candidatar-se ao cargo de Governador da Califórnia. Foi eleito para o cargo dois anos depois, em 1966, e reeleito em 1970. Em 1968 e 1976, Reagan participou das primárias republicanas para escolha do candidato do partido à presidência, sendo derrotado em ambas as oportunidades. No entanto, em 1980 Reagan finalmente foi escolhido como candidato republicano e, logo após, elegeu-se presidente dos Estados Unidos, tornando-se o mais velho a ser eleito para o cargo (69 anos e 349 dias).

Como presidente, Reagan implementou uma série de ousadas iniciativas econômicas e novas políticas. Sua política de recuperação econômica através do estímulo à oferta (supply-side economics), popularmente conhecida como "Reaganomics", incluiu medidas de desregulamentação e cortes de impostos, implementadas já no seu primeiro ano de mandato em 1981.

Seu nome (Ronald) inspirou o nome de Cristiano Ronaldo.

Reagan nasceu em Tampico, Illinois, o segundo de dois filhos de John (Jack) Reagan e Nelle Wilson. Em 1920, depois de anos se mudando de cidade em cidade, a família estabeleceu-se na cidade de Dixon em Illinois. Em 1921, com dez anos de idade, Reagan foi batizado na igreja de sua mãe, a Discípulos de Cristo, em Dixon, e em 1924 ele começou a frequentar a Dixon's Northside High School. Formou-se em economia em 1932 na Universidade de Eureka, IL.

Em 1927, com dezesseis anos de idade, Reagan começou um trabalho no verão como salva-vidas em Lowell Park, a três quilómetros de Dixon na vizinha Rock River. Ele continuou a trabalhar como um salva-vidas em Rock River pelos sete anos seguintes, tendo salvo 77 pessoas de afogamento. Posteriormente, Reagan faria uma piada de que nenhuma dessas ter-lhe-ia agradecido.

Primeiro mandato

Em seu primeiro mandato, Reagan sobreviveu a uma tentativa de assassinato. Enfrentou uma greve dos controladores de tráfego aéreo, encerrando a greve após dar um ultimato aos grevistas e intimá-los a se apresentarem ao trabalho ou procurarem outro emprego. Ordenou a Invasão de Granada, derrubando o recém-instaurado regime pró-soviético, alegando a necessidade de proteger os cidadãos americanos residentes na ilha.

Reagan foi reeleito em 1984 em uma vitória massacrante, ganhando em todos os Estados americanos, exceto em Washington, DC e no estado natal de seu oponente (Walter Mondale).

Segundo mandato

O segundo mandato de Reagan foi marcado principalmente por suas políticas externas, especialmente o fim da Guerra Fria, os ataques aéreos a Líbia em resposta ao sequestro de aviões comerciais americanos e o auxílio americano à resistência afegã. Reagan durante seu segundo mandato renunciou à estratégia de apaziguamento (détente) com a União Soviética, aumentando maciçamente os investimentos militares americanos. Reagan descreveu publicamente a URSS como "um Império do Mal" e deu amplo apoio a movimentos anticomunistas e de resistência na América Latina, África, Ásia e Europa. Reagan também negociou com Mikhail Gorbachev um acordo de não proliferação nuclear, resultando na diminuição do arsenal nuclear de ambos os países.

Em 1989, Reagan deixou a presidência dos Estados Unidos obtendo os maiores índices de aprovação popular do século XX nos Estados Unidos.

Em 1994, anunciou em carta à nação que sofria do Mal de Alzheimer. Morreu 10 anos depois, aos 93 anos de idade. De todos os presidentes dos Estados Unidos, foi o segundo mais longevo (depois de Gerald Ford) 93 anos, 120 dias) e o que foi eleito com idade mais avançada (69 anos, 349 dias).

Atividade política

Assumindo-se como membro da facção mais conservadora do Partido Republicano, Reagan conseguiu ser eleito governador da Califórnia em 1966, vindo a desempenhar o cargo até 1974. Nesse período reprimiu manifestações estudantis contrárias à Guerra do Vietnã em universidades californianas. Tentou depois, em 1968 e em 1976, ser o candidato do seu partido às eleições presidenciais, mas só em 1980 conseguiu a nomeação.

Derrotando o então presidente Jimmy Carter, tornou-se o quadragésimo presidente dos Estados Unidos. Cumpriu dois mandatos, de 1981 a 1989, tendo sempre como vice-presidente George Bush, que lhe viria a suceder no cargo.

Os anos da presidência foram marcados por importantes acontecimentos no plano interno e, sobretudo, no internacional. Reagan foi alvo de um atentado a tiro em 1981, ao qual sobreviveu mas que o deixou gravemente ferido. Entretanto, optou por praticar uma política externa agressiva, investindo na esfera da defesa e da diplomacia com o objectivo claro de combater o comunismo internacional, tendo dado apoio, inclusive, a vários ditadores de direita, como Ferdinand Marcos, das Filipinas. De fato, uma das marcas de sua postura política foi o anticomunismo.

Os anos finais na presidência de Reagan foram perturbados por uma descoberta comprometedora: com o dinheiro resultante da venda ilegal de armas ao Irã estariam a ser apoiados os guerrilheiros Contra que se opunham ao regime de esquerda da Nicarágua. Esse episódio se tornaria conhecido como "escândalo Irã-contras". Embora não houvesse indícios claros de envolvimento ou sequer conhecimento da situação por parte do presidente, o caso abalou a credibilidade do próprio Reagan e a pressão da opinião pública levou ao afastamento de certos membros da sua administração.

Quando o então presidente Reagan visitou o Brasil em uma missão diplomática no ano de 1982, cometeu uma gafe quando em um banquete em Brasília, Ronald Reagan se levantou e propôs um brinde ao "povo da Bolívia". Estava ao seu lado o então ministro das relações exteriores do Brasil, Ramiro Elísio Saraiva Guerreiro

Relações com os Soviéticos

Logo no início de seu mandato, Reagan já fazia diversas piadas a respeito dos soviéticos, cubanos e comunistas, sendo a maioria delas provocativas, o que irritou as autoridades soviéticas, que iniciaram, sob a voz de Leonid Brejnev, uma onda de novas piadas, discursos irônicos e retóricas, que, para não deixara barato à Reagan, faziam ironias a respeito do sistema capitalista, enquanto os americanos também às lançavam, do final da década de 1970 até o início da de 1980, iniciava-se uma batalha suja, de pensamentos apocalípticos e piadas xenófobas e ideológicas entre ambos países, o que faria voltar o temor de uma guerra nuclear, que só terminaria com a morte do líder soviético em 1982.

No seu segundo mandato, porém, Reagan manifestou abertura ao diálogo com o líder reformista soviético Mikhail Gorbachev. Os dois chegaram a acordo quanto à necessidade de ser efectuado um desarmamento progressivo de parte a parte, assim pondo fim à chamada Guerra Fria.

Vida pessoal

Foi o mais longevo presidente dos EUA. Sua mão dominante era a esquerda, embora fosse considerado um ambidestro - possivelmente, um sinal de que foi forçado a treinar a escrita com a mão direita, na infância.

Ele e a esposa eram hexacosioihexecontahexafóbicos, tanto que mudaram sua casa em Bel-Air do número 666 para o 668.

Casou-se com Nancy Reagan em 4 de março de 1952 na igreja Little Brown Church, em Valley, secretamente. Antes, já havia sido o terceiro marido da actriz Jane Wyman (entre 26 de janeiro de 1940 e 28 de junho de 1948). (Ela se casou posteriormente pela quarta e última vez.)

Carreira cinematográfica

Após ter se graduado em economia em Eureka (1932), Reagan mudou-se para Iowa, onde trabalhou em uma estação de rádio; posteriormente trabalhou na rádio WOC em Davenport, e na rádio WH, em Des Moines, quando passou a ser o apresentador do time de baseball Chicago Cubs. Enquanto viajava com os Cubs, na Califórnia, Reagan fez um teste para o cinema, em 1937, assinando um contrato de sete anos com a Warner Brothers.

Inicialmente participou de alguns filmes B; em 1937, teve o primeiro filme creditado, Love Is on the Air, e em 1939 atuou em 19 filmes. Em 1940 atuou em Santa Fe Trail, e em 1942, alcançou sucesso com o filme Kings Row, de Sam Wood. Em uma cena desse filme, o personagem interpretado por Reagan, Drake McHugh, que teve as pernas amputadas por um sádico cirurgião, após voltar da anestesia diz: "Onde está o resto de mim"? ("Where's the rest of me?"). Reagan usou essas palavras no título de sua autobiografia em 1965. Reagan e muitos críticos consideravam Kings Row seu melhor filme. Apesar de Reagan ter se tornado uma estrela com seu desempenho, ele não pôde aproveitar seu sucesso, pois estava servindo nas Forças Armadas na Segunda Guerra Mundial. Após voltar da guerra, Reagan ainda atuou em diversos filmes, mas nunca mais voltou a fazer o mesmo sucesso que fez em Kings Row.

 

GEORGE HERBERT WALKER BUSH (Milton, 12 de junho de 1924) é um político dos Estados Unidos da América, o 41º presidente do país (1989-1993). Anteriormente, ele já tinha servido como embaixador na ONU (1971-1973), diretor da CIA (1976-1977), e o 40º vice-presidente dos Estados Unidos na gestão do presidente Ronald Reagan (1981-1989).

Seu filho, George W. Bush, viria a ser o 43º presidente dos Estados Unidos, até ser sucedido pelo democrata Barack Obama. O Bush mais velho é agora chamado por vários apelidos e títulos, como "ex-presidente Bush", "Bush o Velho", "Bush Senior", "Bush Pai", "Papa Bush", "Bush 41", "o primeiro Presidente Bush", "Daddy [Papai]" ou simplesmente "41" para evitar possíveis confusões entre a sua presidência e a do seu filho. Durante seu mandato ele era conhecido simplesmente por Presidente George Bush, sem nenhuma inicial, já que seu filho não tinha entrado para a política ainda e não era bem conhecido pelo público. Tecnicamente falando, por protocolo oficial, seu filho é "O Ex-Presidente" e ele é "Ex-Presidente Bush".

Suas origens

George Herbert Walker Bush é filho de Prescott Bush e Dorothy Walker. Seu pai serviu como senador do estado de Connecticut e era um parceiro da proeminente firma de investimento bancário Brown Brothers Harriman. Ele foi o primeiro presidente a ter dois nomes do meio, e o primeiro presidente a nascer em junho. Agora há aniversários de presidentes em todos os meses do ano.

George Bush prestou a Academia Phillips em Andover, Massachusetts de 1936 a 1942, aonde ele logo demonstrou liderança, sendo capitão do time de beisebol e membro de uma fraternidade exclusiva chamada A.U.V, ou "Auctoritas, Unitas, Veritas" – em latim "Autoridade, Unidade, Verdade". Seu colega na escola era um jovem homem chamado Edward G. Hooker. Foi na Academia Phillips que Bush ficou sabendo do ataque surpresa em Pearl Harbor e após graduar-se em junho de 1942, alistou-se na Marinha.

Ele foi um aviador naval durante a Segunda Guerra Mundial, o mais novo daquela época. Em 1942, quando George H. W. Bush ainda era um jovem recém saído do secundário, ele aproveitou-se da influência de seu pai, o Senador Prescott Bush, para passar por cima dos regulamentos da Marinha estadunidense - que exigiam um mínimo de dois anos completos de faculdade para os candidatos a piloto - e tornar-se o "mais jovem piloto da aviação naval".

As consequências desse privilégio chegam dois anos depois, em 2 de setembro de 1944, quando o bombardeiro TBM Avenger que pilotava é atacado. Apesar de atingido, o jovem piloto continuou sua missão, lançando suas bombas sobre o alvo e voando ainda cerca de 7 milhas, quando saltou de pára-quedas junto com os demais membros da tripulação. O pára-quedas de um dos tripulantes não abriu, sendo que o segundo acabou afogando-se no mar. Nunca se soube qual deles sofreu qual destino. Por essa missão, Bush recebeu uma Distinguished Flying Cross.

Outras medalhas e condecorações que recebeu são a Medalha da Vitória da Segunda Guerra Mundial, a Distinguished Flying Cross e a Medalha da Campanha Asiática-Pacífica pelo fato de que enquanto servia no Pacífico como um piloto bombeador de torpedos, ele acabou sendo atingido pela defesa japonesa e foi resgatado da água pelo submarino USS Finback.

Após a guerra ele foi estudar na Universidade Yale onde ele juntou-se na fraternidade Delta Kappa Epsilon, e foi induzido a sociedade secreta Skull and Bones, ajudando-o a criar amizades e apoio político. Quem juntou-se a Skull and Bones um ano depois, a pedido de Bush, foi William Sloane Coffin, um amigo e colega da Phillips Academy. Ele continuariam amigos, e, às vezes, inimigos, através de suas vidas, apesar de Coffin tornar-se um notável ativista antiguerra da esquerda política.

Ele casou-se com Barbara Pierce em 6 de janeiro de 1945. Seu casamento produziu seis filhos: George W., Pauline Robinson "Robin" (20 de dezembro de 1949 –11 de outubro de 1953, faleceu de leucemia); John (Jeb); Neil; Marvin e Dorothy Walker (18 de agosto de 1959). A família foi construída no sucesso político dele e de seu pai, com seu filho George W. Bush acabando presidente depois de ser governador do Texas e Jeb Bush governador da Flórida. A dinastia política dos Bush foi comparada àquela de John Adams e da família Kennedy. O avô materno de Bush era George Herbert Walker Sr., o fundador da G.H. Walker & Co. O tio de Bush, George Herbert Walker Jr., é o atual chefe da companhia. O primeiro primo de Bush, George Herbert Walker III, é o embaixador dos EUA na Hungria.

Bush aventurou-se no negócio do petróleo no Texas após a guerra, com resultados mistos. Ele segurou uma posição com a Dresser através da relação dos investimentos bancários de seu pai com a companhia. Seu filho, Neil Mallon Bush, recebeu seu nome em homenagem a seu empregado da Dresser, Neil Mallon, um amigo íntimo da família. A Dresser, décadas depois, numa fusão com a Halliburton, da qual seus antigos presidentes incluem Dick Cheney, o secretário da Defesa de George H. W. Bush durante a Guerra do Golfo e agora vice-presidente dos Estados Unidos e ex-gerente da campanha de George W. Bush.

Presidência

Como Presidente dos Estados Unidos, George Bush é talvez melhor conhecido por liderar a coalizão das Nações Unidas na Guerra do Golfo (1990–1991). Em 1990, comandado por Saddam Hussein, o Iraque invadiu seu vizinho rico em petróleo, o Kuwait. A larga coalizão removeu as forças iraquianas do Kuwait e assegurou-se de que o Iraque não invadisse a Arábia Saudita.

Em uma ação de política externa que seria questionada mais tarde, o presidente Bush conseguiu uma vitória militar incompleta, permitindo que Saddam Hussein ficasse no poder seguindo o conselho de seu então Secretário da Defesa, Dick Cheney. Cheney alegava que invadir o Iraque deixaria os Estados Unidos "metidos no pântano dentro do Iraque". Mais tarde Bush explicou que ele não queria dar a ordem de invasão do Iraque porque haveria "custos humanos e políticos incalculáveis. Seríamos forçados a ocupar Bagdá e, em efeito, comandar o Iraque", The Memory Hole, Snopes. Explicando aos veteranos da Guerra do Golfo porque ele escolheu não invadir, ele disse, "E as vidas daqueles que estariam em minha mão já que sou o comandante em chefe, porque eu, unilateralmente, fui além da lei internacional, fui além da missão programada, e dizer que fomos mostrar nosso poder? Nós estamos entrando em Bagdá. Nós vamos ser um poder ocupante – a América numa terra Árabe – sem aliados ao nosso lado. Seria um desastre".

A popularidade do Presidente Bush nos EUA aumentou durante e imediatamente após o aparente sucesso das operações militares, mas mais tarde caiu devido a uma recessão econômica. Bush, assim como seu antecessor Ronald Reagan, teve o anti-comunismo como bandeira.

O final da recessão do fim da década de 1980, que havia atingido a maior parte do mandato de Bush, foi um fator que contribuiu para sua derrota na eleição presidencial dos EUA de 1992. Muitos outros fatores foram chave para sua derrota, incluindo o apoio aos democratas no Congresso que queriam aumentar os impostos, apesar de sua célebre frase: "Leia meus lábios. Nada de novos impostos". Fazendo isso, Bush alienou muitos membros de sua base conservadora, perdendo seu apoio para sua reeleição. Outro grande fator, que pode ter ajudado Bill Clinton a ganhar de Bush na eleição de 1992 foi a candidatura de Ross Perot. Perot ganhou 19% do voto popular, e Clinton, ainda um político um tanto desconhecido no meio político, venceu as eleições.

O último ato de controvérsia de Bush durante seu mandato foi o perdão dado a seis ex-empregados do governo que implicaram no escândalo Iran-Contra em 24 de dezembro de 1992, entre esses o ex-Secretário da Defesa Caspar Weinberger e o ex-embaixador dos EUA nas Honduras e atual embaixador dos EUA no Iraque, John Negroponte. Weinberger tinha um julgamento marcado para o dia 5 de janeiro de 1993 por mentir para o Congresso sobre seu conhecimento de venda de armas para o Irã e esconder 1700 páginas de seu diário pessoal detalhando discussões com outros oficiais sobre as vendas de armas. Já que as notas de Weinberger continham referências ao conhecimento de Bush sobre os envios secretos de armas para o Irã, alguns acreditam que o perdão foi para evitar que Bush tivesse de se apresentar diante de um júri ou possivelmente para evitar acusações contidas nas notas de Weinberger. Em adição a Weinberger, Bush perdoou Duane R. Clarridge, Clair E. George, Robert C. McFarlane, Elliott Abrams e Alan G. Fiers Jr., todos esses que tinham sido acusados ou declarados culpados no caso.

 

WILLIAM "BILL" JEFFERSON CLINTON (Hope, Arkansas, 19 de agosto de 1946), nascido William Jefferson Blythe III e mais conhecido como Bill Clinton, foi o 42º presidente dos Estados Unidos, por dois mandatos, entre 1993 e 2001. Antes de servir como presidente, Clinton foi governador do estado do Arkansas por cinco mandatos.

Juventude

Bill Clinton, originalmente William Jefferson Blythe III, nasceu na cidade de Hope, Arkansas e foi criado em Hot Springs, Arkansas. Seu pai, William Jefferson Blythe Jr. era um comerciante que faleceu em um acidente de carro três meses após o seu nascimento. Sua mãe, Virginia Dell Cassidy casou-se então com Roger Clinton em 1950. Billy, como era chamado, foi criado por sua mãe e seu padrasto, tendo usado o nome “Clinton” a partir do Ensino Fundamental, porém só formalizou quando tinha 15 anos. Clinton cresceu em uma tumultuada família. Seu padrasto era jogador, alcoólatra e maltratava sua mãe e seu meio irmão Roger Clinton Jr. Bill Clinton é o primeiro (e, até agora, único) membro da Ordem DeMolay a ser presidente dos EUA. Também pertenceu ao Movimento Escoteiro ainda quando criança.

Eleição a presidência

Bill Clinton foi eleito presidente em novembro de 1992, batendo George H. W. Bush e acabando com doze anos de gestão republicana na presidência. Na Convenção Democrata daquele ano, fora escolhido o candidato deste partido após a deserção de muitos caciques democratas, que não acreditavam na possibilidade de derrotar H. Bush devido à popularidade por este amealhada após a Guerra do Golfo. Mas o desemprego e a recessão econômica, somados à imagem jovial de Clinton e às dissidências internas entre os republicanos, acabaram por sepultar as chances de H. Bush de se reeleger.

Curiosamente, devido ao modelo estadunidense eleitoral, Clinton elegeu-se presidente sem precisar obter a maioria absoluta dos votos (o terceiro colocado naquelas eleições, Ross Perot, obteve cerca de 19% dos votos, enquanto Clinton e H. Bush receberam 41 e 37%, respectivamente). Já durante a campanha eleitoral, Clinton sofreu acusações de assédio sexual por parte de Gennifer Flowers, sem que sua imagem fosse seriamente prejudicada.

Durante os seus dois mandatos teve como vice-presidente Albert Gore Jr., senador por Tennessee. Gore viria a ser derrotado por George W. Bush, mesmo recebendo a maioria dos votos populares, nas controvertidas eleições presidenciais de 2000.

Presidência, 1993-2001

Tendo assumido o cargo, as prioridades domésticas de Clinton incluíam reformas na área de educação, restringir vendas de armas, fortalecer leis de proteção ao meio ambiente e proteger o emprego de pais que têm que cuidar de seus filhos doentes. Internacionalmente, suas prioridades incluíram reduzir barreiras de comércio (NAFTA) e mediar os conflitos na Irlanda do Norte e entre israelenses e palestinos. Foram anos de grande desenvolvimento econômico da nação, com o déficit fiscal da era Reagan sendo reduzido.

Clinton se tornou o segundo presidente estado-unidense a sofrer um processo de impeachment, como resultado do escândalo envolvendo a estagiária Monica Lewinsky, mas acabou sendo absolvido pelo Senado. Ele foi o terceiro mais novo presidente dos EUA. Workaholic, ao deixar o cargo, ele teve as mais altas taxas de aprovação para um presidente na história moderna dos Estados Unidos (58% de imagem positiva).

O presidente Clinton foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido após o fim da Segunda Guerra Mundial. Sua eleição marcou uma diferença dos ex-presidentes que eram na sua maioria veteranos da Segunda Guerra Mundial e que passaram pelo início da Guerra Fria nos anos 50. Ele foi considerado o símbolo dos baby-boomers, a geração de estado-unidenses nascidos após a Segunda Guerra. Na segunda metade do século XX foi o único presidente dos EUA integrante do Partido Democrata a conseguir a reeleição.

 

GEORGE WALKER BUSH (New Haven, 6 de julho de 1946) é um político estadunidense, tendo sido o 43º presidente dos Estados Unidos, de 2001 a 2009 e o 46º governador do Texas, de 1995 a 2000.

George é o filho mais velho de George H. W. Bush (o 41º presidente) e Barbara Bush, fazendo-o um dos apenas dois presidentes norte-americanos a serem filhos de um presidente anterior. Após graduar-se pela Universidade Yale em 1968, e a Harvard Business School em 1975, Bush trabalhou na empresa de petróleo de sua família. Casou-se com Laura Welch em 1977 e, sem sucesso, candidatou-se para a Câmara dos Representantes logo em seguida. Ele depois co-possuiu o time de beisebol Texas Rangers, após derrotar Ann Richards nas eleições governamentais do Texas de 1994. Em uma eleição fechada e controversa, Bush foi eleito Presidente em 2000 como o candidato republicano, recebendo uma maioridade dos votos eleitorais, porém perdeu nos votos populares para o então-Vice Presidente Al Gore.

Depois de oito meses de Bush iniciar o seu primeiro mandato como presidente, os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 ocorreram. Em resposta, Bush anunciou uma guerra global contra o terrorismo, ordenou uma invasão ao Afeganistão no mesmo ano, e uma invasão ao Iraque em 2003. Além das questões de segurança nacional, Bush promoveu políticas de reforma na economia, saúde, educação, e segurança social. Ele assinou leis de corte geral de impostos, o No Child Left Behind Act e a Medicare para idosos. Sua posse viu um debate nacional sobre a imigração e Segurança Nacional.

Bush concorreu, com êxito, à reeleição contra o democrata John Kerry em 2004, conquistando 50,7% dos votos populares contra 48,3% de seu oponente. Após sua reeleição, Bush recebeu críticas cada vez mais fervorosas de conservadores. Em 2005, a Administração de Bush sofreu as críticas generalizadas sobre movimentação do furacão Katrina. Em dezembro de 2007, os Estados Unidos entraram na maior recessão pós-Segunda Guerra Mundial. Isto levou a administração de Bush a ter um controle mais direto da economia, adotando vários programas econômicos destinados a preservar a estrutura financeira do país. Apesar de Bush ter sido um presidente popular em seu primeiro mandato, sua popularidade declinou drasticamente no segundo mandato.

Após deixar o cargo, em 2009, na posse de seu sucessor, Barack Obama, Bush retornou ao Texas. Ele é atualmente um orador público e está escrevendo um livro sobre sua presidência.

George W. Bush nasceu no estado de Connecticut, filho de George e Barbara Bush. Seu avô paterno, Prescott Bush, também foi um influente senador e empresário. George Bush foi levado ainda muito jovem à cidade de Midland, na zona petrolífera do Texas. Lá criou-se, mudando-se mais tarde com sua família a Houston, uma cidade bem maior, também no Texas. Teve quatro irmãos mais novos: Jeb, Neil, Marvin, e Dorothy. Uma irmã mais nova, Robin, morreu de leucemia em 1953 aos três anos de idade.

Seguindo a tradição familiar, Bush foi enviado a Academia Phillips, em Andover, Massachusetts, onde passou os anos de 1961 a 1964. Após sua formatura, entrou para a Universidade Yale em setembro, 1964. Obteve diploma em História em 1968.

É casado com Laura Bush, e tem as gêmeas Barbara Bush e Jenna Bush (nascidas em 1981). O ex-primeiro ministro da Alemanha, Gerhard Schröder, deu declarações dizendo que acredita que boa parte das decisões políticas que George W. Bush toma são oriundas das consultas diárias a Deus que ele alega ter, apesar de nunca ter declarado publicamente sua religião.

Serviço militar

Após sua formatura, Bush prestou o serviço militar, mas não lutou na Guerra do Vietnã. Alistou-se na Guarda Aérea Nacional do Texas (Texas Air National Guard). Em 1970 pilotou caças F-102, recebendo uma promoção a primeiro-tenente. Ainda em 1970, recebeu autorização para transferir-se a Guarda Aérea Nacional do Alabama, a fim que pudesse trabalhar como director político na campanha de Winton M. Blount para o senado nacional. Em setembro de 1973 foi autorizado pela Força Aérea a frequentar a Escola de Administração de Empresas de Harvard (em inglês Harvard Business School, da Harvard University). Bush recebeu um licenciamento honorável (honorable discharge), passando à reserva pouco antes de ser disponibilizado no dia 1° de outubro de 1973.

Em 2004, Bush tentou, sem muito sucesso, minimizar a polêmica sobre seu registro militar, depois de apresentar contracheques e fichas de serviço, que segundo seus assessores provam que ele cumpriu com seu dever durante a Guerra do Vietnã. Críticos o acusam de ter-se ausentado sem permissão em várias oportunidades entre 1972 e 1973.

Problemas com drogas e álcool

Durante sua primeira campanha à Presidência dos Estados Unidos, Bush admitiu ter tido problemas com álcool. Ao se eleger pela 1ª vez, agradeceu a Jesus por tê-lo ajudado a se curar do alcoolismo. Gravações secretas feitas por um amigo (Doug Wead), realizadas entre 1998 e 2000, mostram que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ferrenho defensor de valores conservadores, aparentemente admitiu ter fumado maconha na juventude, segundo o jornal "The New York Times". Nas conversas com Wead,ele reconheceu ter tido um "comportamento selvagem" e disse nunca ter negado o uso de cocaína.

Carreira profissional e política

Em 1978 Bush candidatou-se à Câmara dos Representantes e foi derrotado pelo Senador de Estado Kent Hance do Partido Democrata.

Bush começou a sua carreira na indústria do petróleo em 1979 quando iniciou a actividade da Arbusto Energy, uma companhia de exploração de petróleo e gás que formou em 1977 com fundos remanescentes do seu fundo fiduciário de educação. A crise do petróleo do fim dos anos 1970 atingiu a Arbusto Energy e, após a mudança do nome para Bush Exploration Co., Bush vendeu a companhia em 1984 à Spectrum 7, outra firma de exploração de petróleo e gás do Texas. De acordo com as condições de venda, Bush ficou CEO da Spectrum 7. A história repetiu-se quando a crise do petróleo de 1985-1986 levou a Spectrum 7 à falência. A Spectrum 7 foi posteriormente resgatada pela aquisição da Harken Energy Corp em 1986 e Bush ficou como director da Harken.

Bush foi acusado de utilizar conhecimentos internos na venda de acções, quando se encontrava em funções no Conselho Directivo da Harken Energy Corp. em 1991. Depois da venda das acções, a Harken registrou um prejuízo de 23,2 milhões de dólares no trimestre. Uma investigação SEC em 1992 apurou que Bush "não se envolveu em comércio interno ilegal". Os críticos de Bush alegam que a investigação foi influenciada pelo facto de Bush ser filho do Presidente dos Estados Unidos, embora também não tenha sido desencadeada qualquer acção durante a presidência de Bill Clinton.

Depois de trabalhar na campanha presidencial norte-americana de 1988 de seu pai, ele agregou um grupo de amigos íntimos de seu pai como parceiros para comprar a franquia de beisebol Texas Rangers, em 1989. Críticos de Bush alegam improbidade na empresa, que lucrou US$ 170 milhões, incluindo a tática de comprar tanto o time, quanto o estádio e a terra em que ele jogava, e também a sua venda posterior a uma família amiga que doaria dinheiro à campanha de Bush em 2000. Bush faturou US$ 15 milhões com a venda do time em 1998.

Bush tornou-se presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2001, sendo vitorioso em uma das mais acirradas eleições gerais da história dos Estados Unidos, derrotando o Vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, do partido Democrata, por apenas 5 votos do colégio eleitoral. Gore venceu no voto popular com uma vantagem de mais de 500 000 votos. O resultado foi definido por uma maioria de apenas centenas de votos populares na Flórida, estado governado na época por Jeb Bush, irmão de George W., e até a validade de votos foi centro de disputas judiciais. Até então, a última eleição em que o voto popular apontara um candidato diferente do colégio eleitoral havia sido a de 1888.

Popularidade

A seguir aos atentados de 11 de setembro de 2001, o Presidente Bush atingiu os mais altos índices de apoio da história, acima dos 90 por cento, de acordo com a maioria das sondagens. Altos índices de apoio são comuns para os Presidentes em tempo de guerra, mas Bush conseguiu mantê-los durante um ano após os atentados. Em novembro de 2002, Bush tinha índices de apoio mais altos do que qualquer outro Presidente durante eleições intercalares desde Dwight Eisenhower.

Nas eleições intercalares de 2002, o Partido Republicano retomou o controlo do Senado dos Estados Unidos e aumentou sua maioria na Câmara de Representantes, contrariando a tendência histórica. Historicamente, o partido na Casa Branca perde lugares nas eleições intercalares. Constituiu apenas a terceira vez desde a Guerra Civil Americana que um partido à frente da Casa Branca tenha ganho lugares em ambas as câmaras do Congresso em eleições intercalares (as outras vezes foram em 1902 e em 1934). Houve quem sugerisse que a vitória histórica fosse devida à popularidade de Bush e à sua vigorosa campanha a favor dos Republicanos em muitos círculos duvidosos. Houve, contudo, quem argumentasse que os Democratas perderam as eleições por causa da sua timidez em criticar Bush, um Presidente popular em "tempo de guerra".

Em 2003, os índices de apoio a Bush começaram uma lenta descida dos valores de 2001. Nos finais de 2003 os índices de apoio encontravam-se ao nível dos 50%, os mais baixos da sua presidência. Estes números, no entanto, eram ainda historicamente sólidos para o terceiro ano duma presidência, quando os opositores ao Presidente normalmente começam a sua campanha a sério. A maioria das sondagens relaciona a descida com a preocupação crescente sobre a ocupação do Iraque liderada pelos Estados Unidos e com a fraca recuperação da economia desde a recessão de 2001. Posteriormente, durante as eleições primárias dos Democratas, a maioria das principais sondagens dava Bush como perdendo para diversos candidatos Democratas por uma estreita margem.

Uma pesquisa conjunta entre o USA Today e o Instituto Gallup, feita em julho de 2007, revelou que somente 29% dos americanos apoiavam o governo, transformando Bush num dos presidentes mais impopulares das últimas décadas.

Política externa e segurança

A plataforma de política externa mais significativa de Bush antes de tomar posse envolvia o apoio a uma economia e relação política mais fortes com a América Latina, em especial o México, e uma diminuição do envolvimento na "nation-building" e noutros compromissos militares de menor dimensão.

A decisão de Bush de impor um imposto sobre o aço importado e de abandonar iniciativas globais tais como o Protocolo de Quioto, o Tratado ABM, e um tratado mineiro internacional, tem sido apontada como prova de que ele e a sua administração têm uma política de acção unilateral nas questões internacionais. A administração Bush, contudo, defendeu que em todos os casos esta política era a adequada. Declarou, por exemplo, que o Protocolo de Quioto era "desleal e inútil" porque deixava de fora 80 por cento do mundo e "causava sérios prejuízos à economia americana", e que o Tratado ABM era uma relíquia da Guerra Fria que deixava os Estados Unidos à mercê de ataques nucleares dos estados piratas.

Muitos governos criticaram o facto de os Estados Unidos não terem ratificado o Protocolo de Quioto, que fora assinado pelo Presidente Bill Clinton. Clinton recomendara ao seu sucessor (Bush) que "não" apresentasse o tratado a ratificação sem que o seu articulado reflectisse as preocupações dos Estados Unidos. Bush, que se opunha ao tratado, não apresentou a proposta do tratado ao executivo Estadounidense para aprovação. É duvidoso que o tratado passasse a lei nos Estados Unidos se fosse apresentado para ratificação ao Senado dos Estados Unidos pois, em 1997, antes de o Protocolo de Quioto ser negociado, o Senado aprovou, com uma votação de 95 a 0, a Resolução Byrd-Hagel, que estipulava que os Estados Unidos não deviam assinar nenhum protocolo que não incluísse metas e calendários tanto para as nações em desenvolvimento como para as industrializadas sob pena de que "resultariam sérios prejuízos para a economia dos Estados Unidos". Isto sem ter em conta de que Bush é um opositor ao tratado.

Imediatamente após os atentados de 11 de setembro, observou-se uma mudança de posições. No seguimento de debates e discussões no seio do seu recém-criado Gabinete de Guerra durante o fim de semana a seguir a 11 de Setembro, a política externa (e também a interna, embora em menor grau) de Bush foi definida, acima de tudo, pela Guerra contra o Terrorismo. Esta posição foi descrita em primeira mão numa "Comunicação a uma Sessão Conjunta do Congresso e do Povo Americano" especial no dia 20 de setembro de 2001, na qual Bush anunciou que os Estados Unidos estavam em guerra contra o terrorismo.

Em julho de 2002, Bush cortou 34 milhões de dólares ao financiamento do Fundo dos Povos das Nações Unidas (UNFPA). Este financiamento tinha sido estabelecido pelo Congresso em dezembro anterior. Bush alegou que a UNFPA apoiava o aborto e a esterilização forçada no continente da China. Esta sua justificação provinha dum grupo bipartidário de membros antiaborto do Congresso e duma organização antiaborto intitulada Instituto para Investigação sobre População, que afirmavam ter obtido provas originais gravadas em vídeo de vítimas de abortos forçados e esterilizações forçadas em regiões onde a UNFPA actuava na China. A decisão foi elogiada por muitos dos movimentos pró-vida, incluindo a maior organização americana de mulheres políticas públicas, a Mulheres Preocupadas com a América.

Os defensores do direito ao aborto criticaram a decisão, e sublinharam que o PRI recusara disponibilizar as informações que permitiriam ao grupo localizar as mulheres, e por isso não era possível uma verificação independente às acusações do PRI. Nem era possível confirmar que os fundos da UNFPA estivessem mesmo por detrás do aborto e da esterilização forçadas alegadas no vídeo. No entanto, enviaram para a China uma equipa de investigação dos factos para investigarem a situação, e a equipa relatou que os fundos da UNFPA não tinham sido utilizados em abortos nem em esterilizações forçadas.

A presidência de Bush também tem sido marcada por tensões diplomáticas com a República Popular da China e a Coreia do Norte. A Coreia do Norte, liderada por Kim Jong II, considerada por Bush como um dos governos que integram o Eixo do Mal, ignorando acordo internacional assinado em 1999, durante o governo Clinton, que previa a desativação de todas as pesquisas que pudessem produzir tecnologia nuclear, mais especificamente arsenal nuclear (como mísseis balísticos e bombas atômicas), lançou no dia 4 de julho de 2006, segundo fontes internacionais, sete mísseis balísticos. O país comunista afirmou ter o direito de testar tais mísseis, pois é um país soberano. Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul estudam pedir à ONU sanções econômicas contra a Coreia do Norte.

Bush tem o desejo de reatar o processo de paz em Israel e proclamou publicamente que gostaria que um estado palestino fosse criado antes de 2005. Ele rascunhou um caminho para a paz, em cooperação com a Rússia, a União Europeia e a ONU, que contava com exigências de ambos os lados (palestinos e israelenses), antes que um estado palestino pudesse ser criado.

George W. Bush recusou-se a assinar o Protocolo de Kyoto. Além disso, o presidente Estadounidense invadiu o Iraque com a justificativa de produção de armas químicas no país islâmico, contudo até hoje não foi encontrado nenhum vestígio dessa afirmação. Bush segue com sua política de guerra, recusando-se a retirar as tropas americanas do Iraque, mesmo com apelo da população dos Estados Unidos.

Afeganistão

Depois dos ataques do 11 de setembro de 2001, George W. Bush Ex-presidente do Estados Unidos da america ou EUA. George W. Bush decidiram invadir o Afeganistao em busca do maior terrorista da atualidade, Osama B. Laden. E isso fez que Osama bin laden se mudasse com seu grupo terrorista para o sul do Sudao chamada Malakal.

Iraque

A começar pelo Acordo de Libertação do Iraque aprovado como lei pelo Presidente Clinton em 1998, o governo Estadounidense exigiu uma mudança de regime no Iraque. A plataforma da campanha do Partido Republicano em 2002 exigia uma "completa implementação" do acordo e o afastamento do Presidente iraquiano, Saddam Hussein, insistindo na reconstituição de uma coligação, sanções mais graves, reinício das inspecções e apoio ao Congresso Nacional Iraquiano. Em novembro de 2001, Bush pediu ao Secretário da Defesa Donald Rumsfeld para começar a delinear um plano de guerra. Nos princípios de 2002 Bush começou a pressionar publicamente uma mudança de regime, indicando que o seu governo tinha razões para acreditar que o governo iraquiano tinha ligações a grupos terroristas, estava a fabricar armas de destruição em massa e não cooperava o bastante com os inspectores de armamento das Nações Unidas. Em Janeiro de 2003, Bush estava convencido que a diplomacia não estava a funcionar e começou a avisar os países aliados, tais como a Arábia Saudita, que a guerra era iminente. Em fevereiro de 2003, o então Secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, apresentou na ONU um relatório de inteligência que se provou falso e acusou o Iraque de mentir aos inspetores de armas. Embora não fosse assinado nenhum acordo autorizando o uso da força no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a guerra foi desencadeada em março de 2003.

Saddam Hussein foi deposto e pôs-se em fuga em 10 de abril quando Bagdá foi capturada, e foi subsequentemente localizado e capturado em dezembro.

Durante o decurso da guerra no Iraque, Bush foi muitas vezes alvo de árduas críticas.

Sobre os reais motivos que levaram os Estados Unidos para a guerra, O vice-secretário da Defesa dos Estados Unidos, Paul Wolfowitz, afirmou que "nadar em petróleo" foi a principal razão para a ação militar no Iraque: "A principal diferença é que no caso do Iraque, economicamente falando, nós simplesmente não tínhamos escolha. O país [Iraque] nada em um mar de petróleo".

O próprio Bush admitiu que não existiam armas de destruição em massa no Iraque: "Muitas agências de inteligência acreditaram que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa, e é verdade que essa informação se provou errada".

O saldo da Guerra do Iraque é de aproximadamente 3750 soldados norte-americanos mortos e 27 000 feridos. Estimativas sobre o número de iraquianos mortos pela violência da guerra variam de 70 000 a 150 000. Foram gastos cerca de US$ 3 trilhões nos 5 anos de ocupação.

Legislação

Entre as leis mais importantes de Bush estavam vários cortes de impostos, o ato "Nenhuma Criança Deixada para Trás", e as reformas no sistema de saúde. Enquanto os apoiantes de Bush alegam que os cortes de impostos aumentam a prosperidade da recuperação da economia e a criação de empregos, os seus oponentes os acusam dizendo que Bush está criando um déficit histórico.

Do orçamento de US$ 2,4 trilhões para 2005, aproximadamente 450 bilhões de dólares são planeados para serem gastos com defesa. O Congresso aprovou uma verba de US$ 87 bilhões para o Iraque e o Afeganistão em novembro, e já tinha aprovado mais US$ 79 bilhões na última primavera. A maioria destes fundos foram para as operações militares dos Estados Unidos nos dois países.

O ato "Nenhuma Criança Deixada para Trás" tem como alvo o aprendizado infantil, a medição do desempenho dos estudantes e também garante mais recursos para escolas.

 

BARACK HUSSEIN OBAMA II (Honolulu, 4 de agosto de 1961) é um advogado e político nos Estados Unidos, o quadragésimo quarto e atual presidente do país, desde 20 de janeiro de 2009, e o Nobel da Paz de 2009. Sua candidatura foi formalizada pela Convenção do Partido Democrata em 28 de agosto de 2008.

Até então, era senador pelo estado de Illinois. Obama foi o primeiro negro (afro-americano no contexto estadunidense) a ser eleito presidente estadunidense. Foi também o único senador afro-americano na legislatura anterior. Barack Obama também é canhoto, assim como alguns presidentes dos Estados Unidos como: Gerald Ford, Ronald Reagan, George H. W. Bush e Bill Clinton.

Graduou-se em Ciências Políticas pela Universidade Columbia em Nova Iorque, para depois cursar Direito na Universidade de Harvard, graduando-se em 1991. Foi o primeiro afro-americano a ser presidente da Harvard Law Review.

Obama atuou como líder comunitário e como advogado na defesa de direitos civis até que, em 1996, foi eleito ao Senado de Illinois (Órgão integrante da Assembléia Geral de Illinois, que constitui o poder legislativo local), mandato para o qual foi reeleito em 2000. Entre 1992 e 2004, ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago.

Tendo tentado, em 2000, eleger-se, sem sucesso, ao Congresso dos Estados Unidos, anunciou, em janeiro de 2003, sua candidatura ao Senado dos Estados Unidos. Após vitória na eleições primárias, foi escolhido como orador de honra para a Convenção Nacional do Partido Democrata em julho de 2004. Em novembro, foi eleito Senador dos Estados Unidos pelo estado de Illinois com 70% dos votos. Em 4 de janeiro de 2005 assumiu o atual mandato, o qual tem duração até 2011.

Como membro da minoria democrata no período entre 2005 e 2007, ajudou a criar leis para controlar o uso de armas de fogo e para promover maior controle público sobre o uso de recursos federais. Neste período, fez viagens oficiais para o Leste Europeu, o Oriente Médio e África. Na atual legislatura, contribuiu para a adoção de leis que tratam de fraude eleitoral, da atuação de lobistas, mudança climática, terrorismo nuclear e assistência para militares americanos após o período de serviço. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2009.

Após a derrota nas eleições intercalares do dia 2 de novembro de 2010, Obama caiu para a segunda posição como uma das pessoas mais poderosas do mundo, pesquisa que é feita pela revista Forbes. No dia 4 de novembro de 2010 que até então liderava esse ranking, o chinês Hu Jintao foi escolhido a pessoa mais poderosa do mundo.

Barack Hussein Obama II nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, no estado americano do Havaí, filho de Barack Obama, Sr., um economista queniano, nascido em Nyang’oma Kogelo, distrito de Siaya, Quénia e de Ann Dunham, antropóloga americana, branca, nascida em Wichita, no estado do Kansas, Estados Unidos. Seus pais conheceram-se enquanto frequentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro.

Eles separam-se quando Obama tinha cinco anos de idade, divorciando-se em seguida. Seu pai retornou ao Quênia, encontrando-se com o filho apenas mais uma vez antes de falecer em um acidente de automóvel em 1982, quando seu filho Obama tinha vinte e um anos. Após o seu divórcio, Ann Duham casou-se com o indonésio Lolo Soetoro. A família mudou-se para o país natal de Soetoro em 1967, tendo Obama frequentado escolas em Jakarta até os dez anos de idade. Ele então retornou para Honolulu para morar com seus avós maternos. Em Honolulu, frequentou a escola Punahou, desde a quinta série do ensino elementar americano, em 1971, até a graduação no ensino secundário, em 1979, com 18 anos.

A mãe de Obama retornou ao Havaí em 1972, quando o filho tinha 11 anos, lá permanencendo por muitos anos. Voltou à Indonésia por varios períodos para o desenvolvimento de trabalho de campo. Ela defendeu tese de doutoramento em antropologia pela Universidade do Havaí em 1992. Faleceu de câncer nos ovários em 1995, quando Obama tinha 34 anos.

Já adulto, Obama admitiu ter usado cocaína, maconha e álcool durante o ensino médio, tendo classificado, em evento na atual campanha eleitoral como seu maior erro do ponto de vista moral.

Após concluir o ensino secundário, com 17 anos, Barack Obama mudou-se para Los Angeles, onde estudou no Occidental College por dois anos. Em 1981, com 20 anos, transferiu-se para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde graduou-se 2 anos depois em ciência política, com especialização em relações internacionais. Seu pai faleceu neste período. Obama obteve o título de bacharel de artes em 1983, com 22 anos, quando foi trabalhar por um ano na empresa Business International Corporation, hoje parte do grupo que publica a revista The Economist e em seguida para a organização sem fins lucrativos New York Public Interest Research Group.

Após quatro anos na cidade de Nova Iorque, Obama mudou-se para Chicago com 24 anos, para trabalhar como agente comunitário entre junho de 1985 a maio de 1988 como diretor da Developing Communities Project (DCP), uma associação comunitária religiosa originalmente composta por oito paróquias católicas, na região da grande Roseland (Roseland, West Pullman, e Riverdale) ao sul de Chicago. Nos seus três anos como diretor da DCP, sua equipe passou de 1 para 13 pessoas e seu orçamento anual cresceu de 70 mil dólares para 400 mil dólares, tendo conseguido, entre outros resultados, auxiliar :

·         a criação de um programa de educação para o trabalho,

·         a criação de um programa de mentoria para a preparação para o estudo universitário, e

·         o estabelecimento de uma organização de defesa dos direitos de inquilinos na região de Altgeld Gardens, em Chicago.

Obama também trabalhou como um consultor e instrutor para a fundação Gamaliel, um instituto que dá consultoria e treinamento para associações comunitárias. Em meados de 1988, com 27 anos, ele viajou pela primeira vez para a Europa, onde permaneceu por três semanas, indo em seguida ao Quênia, onde permaneceu por cinco semanas, lá encontrando-se pela primeira vez com alguns de seus parentes.

Obama ingressou na escola de direito de Harvard no final do mesmo ano de 1988. Ao final do seu primeiro ano na escola, foi escolhido como editor da revista Harvard Law Review, em função das suas notas e de uma competição de redação. Em seu segundo ano na escola, foi escolhido presidente da revista, uma posição voluntária de tempo-integral, assumindo as responsabilidades de editor-chefe e supervisionando a equipe de 80 editores. A eleição de Obama como primeiro presidente afro-americano da revista teve ampla cobertura jornalística, sendo objeto de longas reportagem sobre ele. Ele obteve o título de doutor em direito por Harvard em 1991, com 30 anos, graduando-se com louvor. Retornou então para Chicago onde já havia trabalhado, inclusive nos períodos de férias de verão de 1989 e 1990, para os escritórios de direito Sidley & Austin e Hopkins & Sutter, respectivamente.

Em 1992, casa-se com Michelle Obama.Com quem possui duas filhas,Malia Ann e Natasha.

A publicidade associada à sua eleição como primeiro afro-americano presidente da Harvard Law Review resultou em um contrato e adiantamento para que ele escrevesse um livro sobre questões relacionadas à raça. Em um esforço para contratar Obama para o seu corpo docente, a escola de direito da Universidade de Chicago ofereceu a ele uma posição em pesquisa e um escritório onde poderia trabalhar no seu livro. Ele planejara terminar o livro em um ano, no entanto a tarefa consumiu muito mais tempo à medida que evoluiu para um livro de memórias. A fim de trabalhar sem interrupções, Obama e sua esposa, viajaram para Bali, onde passou meses escrevendo. O manuscrito foi finalmente publicado como Dreams from My Father em meados de 1995, quando Obama estava com 34 anos.

Obama dirigiu a iniciativa Project Vote em Illinois entre abril e outubro de 1992. O projeto, voltado para o registro de eleitores, contava com 10 funcionários e 700 voluntários. Ele atingiu seu objetivo de registrar 150 mil dos 400 mil afro-americanos não registrados do Estado, motivando a revista Crain's Chicago Business a incluir, em 1993, Obama na sua lista de líderes promissores com menos de 40 anos.

Obama ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago por doze anos.

Em 1993, Obama juntou-se à firma Davis, Miner, Barnhill & Galland, um escritório de direito composto por 12 advogados especializado em casos de direitos individuais e desenvolvimento econômico de vizinhanças, atuando como advogado associado por três anos, entre 1993 e 1996. Entre 1996 a 2004 possuiu o título de Counsel, posição de maior independência, não tendo porém atuado entre 2002 e 2004.

Em 1992, Obama foi membro fundador da mesa diretora da organização sem fins lucrativos Public Allies, renunciando ao cargo antes de sua esposa tornar-se a primeira diretora executiva da Public Allies, Chicago, no início de 1993. Entre 1993 e 2002, foi membro da mesa diretora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, que, em 1985, foi a primeira fundação a financiar o trabalho de Obama no DCP. Participou da mesa diretora da fundação Joyce entre 1994 e 2002. Entre 1995 e 2002 atuou na mesa diretora do Chicago Annenberg Challenge, tendo sido fundador e presidente. Participou também da mesa diretora das seguintes organizações: Chicago Lawyers' Committee for Civil Rights Under Law, Center for Neighborhood Technology, e Lugenia Burns Hope Center.

Carreira no Senado pelo Illinois

Fez sua carreira política em Chicago, Illinois, cidade onde trabalhou, conheceu sua esposa, constituiu família e onde durante anos foi líder comunitário e professor de Direito Constitucional numa universidade local.

Em 1996, Obama foi eleito senador estadual de Illinois.

Em 2004, fez campanha para o Senado dos Estados Unidos pelo lugar que o senador anterior, Peter Fitzgerald, deixara. Nas eleições primárias para a candidatura democrata, os seus opositores foram Blair Hull, um homem de negócios, e Dan Hynes, procurador do estado de Illinois. Obama começou abaixo de Hull nas sondagens de opinião, mas isso mudaria depois de um escândalo de violência doméstica que implicava Hull. A partir daí, melhorou notavelmente a sua imagem, começando a liderar nas sondagens. Foi recebendo apoios dos líderes democráticos. Nas primárias, Obama somou mais votos que os outros seis candidatos combinados, ganhando com 52% dos sufrágios.

Obama enfrentou o candidato Jack Ryan, o vencedor da primária republicana. Durante a campanha, contudo, um escândalo sexual implicou Ryan (foi acusado de levar a sua mulher a clubes de sexo). Devido a isso, Ryan retirou-se da campanha. O partido republicano no Illinois então escolheu como candidato conservador Alan Keyes para substituir Ryan. Finalmente, Obama venceu as eleições por uma diferença considerável: 70% contra 27% de Keyes.

Eleição presidencial de 2008

Em 16 de janeiro de 2007, anunciou a criação de um comité exploratório para recolha de fundos para uma candidatura à presidência; a 10 de fevereiro de 2007, declara-se candidato às primárias embora a sua pouca experiência governativa e a grande concorrência no seu partido, por parte de Hillary Clinton, sejam grandes obstáculos. A 15 de dezembro de 2007, recebeu o apoio do prestigiado jornal diário nacional The Boston Globe.

Obama ganhou a primeira eleição primária pelo Partido Democrata, em Iowa, no dia 3 de janeiro de 2008, saindo na frente de Hillary Clinton e John Edwards. Já na segunda, Hillary Clinton bateu Obama por três pontos percentuais nas primárias do Nova Hampshire.

Obama venceu em 26 de janeiro de 2008 com uma larga vantagem as primárias do partido democrata na Carolina do Sul, onde recebeu o dobro dos votos da senadora Hillary Clinton, devido ao grande apoio recebido dos negros que representaram metade dos cidadãos que foram votar.

Durante os cinco primeiros meses de 2008, Obama e a sra. Clinton protagonizaram uma renhida disputa pela nomeação que ficou decidida em fins de Maio, quando o senador ultrapassou os 2118 delegados necessários para lhe garantir a nomeação (2156 de Obama contra 1923 de Hillary Clinton). A 4 de Junho, depois de vencer as primárias do partido no estado de Montana, Barak Obama assumiu-se como o candidato dos democratas para as eleições de 4 de novembro, embora tenha ainda de aguardar pela convenção do Partido Democrata, a ter lugar em Agosto, em que será formalmente nomeado. No dia 7 de junho Hillary Clinton desiste a sua candidatura apoiando Obama a concorrer às presidenciais.

Em 28 de agosto de 2008, Obama foi nomeado oficialmente para concorrer à Casa Branca contra o republicano John McCain.

Devido à sua história pessoal (pai negro, mãe branca e padrasto asiático) é visto por muitos como um unificador, alguém que consegue transpor a barreira racial. O próprio Obama, já brincou com isso no programa da popular apresentadora estadunidense Oprah Winfrey, quando disse que jantares de sua família "são sempre uma mini-ONU, com parentes de todas as etnias". Ainda assim, chegou a ser acusado de racismo contra indivíduos de etnia branca, por ter participado da Igreja do Pastor Jeremiah Wright, considerado racista negro. Obama negou a associação. Associações racistas e nazistas consideraram-no um extremista racial negro, de origem islâmica, Daniel Pipes o considerou muçulmano, por ser filho de pai muçulmano, ainda que não praticante. Apesar disso, alguns grupos supremacistas brancos chegaram a declarar-lhe apoio.

Recebeu o importante apoio da Família Kennedy, sendo comparado muitas vezes ao ex-presidente John Kennedy na sua capacidade de animar os eleitores e oferecer uma nova liderança.

Ainda recebeu o apoio de artistas como o cantor Will.I.Am e a líder das Pussycat Dolls, Nicole Scherzinger, que chegaram a gravar um vídeo denominado Yes We Can para a campanha do senador.

Obama presta juramento como 44.º Presidente dos Estados Unidos.

Em 4 de novembro de 2008, Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, derrotando John McCain. No discurso de vitória, em Chicago, fez uma frase histórica:

“Se existe alguém que ainda duvide que os Estados Unidos sejam o lugar onde todas as coisas são possíveis, que ainda questione a força de nossa democracia, a resposta está aqui esta noite.”

Presidência

No pleito de 4 de novembro de 2008 Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos, vencendo seu adversário John McCain, por uma diferença de 52% a 47% no total de votos.

Entre a eleição e a tomada de posse, Obama formará a equipe da nova administração. Para ela têm sido apontados vários nomes, como o de Rahm Emanuel para Chefe de Gabinete da Casa Branca.

Durante seu mandato, em 2009 foi acusado de ser anti-semita por entidades extremistas judeus ao manifestar seu apoio para a criação de um Estado para os refugiados palestinos.

Nobel da Paz

Barack Obama foi premiado com o Nobel da Paz de 2009, "pelos extraordinários esforços para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos". Houve críticas a esta atribuição. Um dos motivos é o reforço de tropas norte americanas no Afeganistão, por parte de Barack Obama.

Segundo o Comitê do Nobel, em Oslo, o presidente dos Estados Unidos criou um "ambiente novo para a política internacional. Graças a seus esforços, a diplomacia multilateral recuperou sua posição central e devolveu às Nações Unidas e outras instituições internacionais seu papel protagonista". Ainda de acordo com o Comitê, "a visão de um mundo sem armas nucleares estimulou o desarmamento e as negociações para o controle de armamento. Graças à iniciativa de Obama, os Estados Unidos estão desempenhando um papel mais construtivo para fazer frente aos desafios da mudança climática que enfrenta o mundo". De acordo com fontes ligadas ao Comitê, a escolha do laureado visa sempre transmitir uma mensagem política ao mundo. Assim, Obama foi escolhido pelo que representa - e não propriamente por realizações efetivas, ainda nos primeiros nove meses do seu mandato.

 

Pesquisa, formatação e montagem: José Antonino de Lima

 

Fonte: www.wikipedia.org