JOSÉ ANTONINO DE LIMA 
Dicionário de Ecologia
Dicionário de Ecologia

 

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Abelha é a denominação comum de vários insetos pertencentes à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea, subgrupo Anthophila, aparentados das vespas e formigas. Vivem em comunidades. O representante mais conhecido é a Apis mellifera, oriunda do Velho Mundo, criada em larga escala para a produção de mel, cera e própolis.

Abiogênese (do grego a-bio-genesis, "origem não biológica") designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir de matéria não viva. No entanto há que se fazer distinções entre diferentes ideias ou hipóteses às quais o termo pode ser atribuído. Atualmente, o termo é usado em referência à origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos originados abioticamente. Esta designação entretanto, é ambígua, pois muitos pequisadores se referem ao mesmo processo utilizando o termo “biogênese”. Ideias antigas de abiogênese também recebem o nome de geração espontânea, e essas foram, há muito tempo, descartadas pela ciência; consistiam basicamente na suposição de que organismos mais complexos, dos que se observa diariamente, não se originassem apenas de seus progenitores, mas de qualquer ser inanimado.

Abiótico. Influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento e outros.

 Abissal. Relativo ao abismo, de muito grande profundidade submarina: regiões abissais. Zona abissal é a expressão da biologia marinha que se refere ao ecossistema situado na região mais profunda dos oceanos, ou planícies abissais, para além do assoalho oceanico, onde o leito oceânico situa-se a uma profundidade entre 6000 e 11000 metros, onde a luz do Sol jamais chega e a pressão chega a atingir 11 000 psi.

Abrolhos, Parque Nacional de. O arquipélago de Abrolhos é formado por cinco ilhas, porém, só é permitido o desembarque e visita em uma delas, a Siriba. As maiores atrações, portanto, ficam na água. Nos mergulhos pode-se apreciar os recifes e toda a fauna marinha. A observação de baleias-jubarte é a grande diversão dos passeios de barco.

Ação Direta. Uma das grandes armas de pressão do movimento ecológico. Na maioria das ações diretas, os ambientalistas se colocam como escudo à frente do objeto a ser atingido por atividades antiecológicas, numa manifestação pacífica de grande impacto junto à mídia. As ações diretas são sempre planejadas em segredo e o seu choque repentino é usado para parar momentaneamente um processo e despertar a conscientização popular.

Ação do Homem. O alcance dos estragos do maior predador da natureza é de extensão considerável. Já nos anos 1400 da nossa era, cerca de 75% das reservas florestais do planeta estavam destruídos. De 1945 até hoje, foi dizimada mais da metade dos bosques tropicais do mundo, e com eles, um inestimável patrimônio genético, fonte de remédios e novos tipos de alimentos. Apesar de toda a consciência ecológica acumulada nos últimos trinta anos, apenas 5% das selvas existentes são amparadas por reservas. E de acordo com alguns biólogos, nos próximos 50 anos, a humanidade pode acaver com um terço das espécies vivas que existem hoje e que demoraram cerca de 500 milhões de anos até surgir. Recordes inimagináveis para uma das espécies mais jovens da Terra.

Acidente ambiental. Qualquer acidente que possa vir a causar danos ao meio ambiente.

Aclimatação é a colocação de uma espécie animal ou vegetal em ambientes fora do seu habitat. A aclimatação é sempre realizada pelo homem, geralmente interessado em variar o alimento que consome. Fazem parte da nossa mesa de todos os dias frutas e verduras de origens muito distantes: figos, ameixas e lentilhas do Oriente Médio; cebola, alho, cenoura, espinafre, uvas e maçãs, da Ásia Central; café e mostarda, da África; abacate, tomate, mamão e batata-doce do México; manga e pimenta-do-reino da Índia; limões, tangerinas, arroz e cana-de-açúcar, do Sudoeste Asiático.

Acumulação ou Concentração. Esse processo ocorre quando um organismo vivo acumula ou concentra nos seus tecidos uma substância em níveis proporcionalmente mais elevados do que os do próprio alimento. Pode ser útil, como o ácido para certas espécies, mas também pode ser um sintoma de uma incapacidade orgânica para eliminar ou transformar um alimento anormal. A acumulação pode dar origem a muitas doenças não só a um indivíduo, seja animal ou vegetal, mas a vários conjuntos de indivíduos, caso entgre na cadeia alimentar de um ecossistema. A concentração nos tecidos pode ser química, causada por poluentes industriais, adubos ou pela chuva ácida, e também radioativa, potencialmente cancerígena, como no caso de estrôncio presente no gado contaminado pela radiação.

Adaptação é o conjunto de uma ou mais modificações orgânicas de uma espécie na tentativa de se adaptar a um novo ambiente. Um exemplo disso poderia ser o aumento dos glóbulos vermelhos no ser humano, na tentativa de sobreviver em melhores condições em grandes altitudes. Nesse caso, trata-se de um ajuste individual, de uma reação a uma modificação do ambiente. A capacidade de adaptação é transmitida geneticamente, transformando-se na força motriz da evolução.

Aditivos Alimentares são substâncias naturais ou artificiais que são incorporados aos alimentos para melhorar o seu aspecto, conservação, sabor e consistência. Os corantes naturais já eram conhecidos pelso egípcios e Cristóvão Colombo andava atrás de especiarias da Índia que adicionavam um novo sabor às receitas da época. A partir de 1900, a indústria química passou a produzir aditivos artificiais, alguns deles com provável teor cancerígeno, como o corante da manteiga, posteriormente proibido em diversos países. Ainda existe muita polêmica com relação aos efeitos indiretos ou a longo prazo de alguns aditivos alimentares, a exemplo do propinato, usado como conservante ou o bromato, adicionado ao pão. Processos tradicionais (pasteurização ou esterilização) ou modernos (embalagenm a vácuo, atmosfera controlada) permitem a conservação de produtos sem aditivos.

Adubos. Os adubos orgânicos (alga verde, sangue seco, pó de osso, etc.) garantem elementos nutritivos indispensáveis às plantas, enquanto os corretivos orgânicos (estrume, resíduos de colheitas), corrigem as características físicas e químicas do solo. Os adubos também podem ser minerais de origem natural (pó de rochas) ou os adubos minerais químicos, fabricados industrialmente. Todos os adubos se decompõem em elementos químicos no solo, mas certos adubos industriais, como os superfostatados, podem apresentar vestígios tóxicos de metais e metalóides que contaminam a terra e os lençóis freáticos. Os adubos nitrogenados aumentam a quantidade de nitritos nos vegetais que, no aparelho digestivo do homem, transformam-se em nitratos, causando anemia grave, principalmente em crianças. Os adubos químicos também tornam as plantas mais sensíveis aos parasitas, incentivando o uso de agrotóxicos.

Aeróbio. Organismo que necessita de oxigênio para sobreviver.

Aerobiose. Processo comum à maioria das espécies que utilizam o oxigênio (livre ou dissolvido em água) como fonte de energia e como receptor final do hidrogênio. O processo contrário, a anaerobiose, a vida sem oxigênio, pode ser encontrado em pouquíssimas espécies, como as bactérias do tétano, que morrem em contato com o ar. As bactérias anaeróbicas contribuem para a putrefação de cadáveres.

Aerossol. Conjunto de gotículas que escapam da lei da gravidade, com tendência a se elevarem para a atmosfera. Podem estar presentes nos nevoeiros naturais ou no smog (camada de poluição estacionada sobre uma cidade). As latas de aerossóis frequentemente contem gases (fréons), como o CFC (Clorofluorcaboneto) que podem atacar a camada de ozônio, permitindo a entrada de raios ultravioletas de perigosa ação cancerígena.

Afluentes. Curso de água que deságua em outro curso de água, considerado principal, ou em um lago, contribuindo para lhes aumentar o volume.

África. Continente onde se encontram alguns dos ecossistemas mais ameaçados da Terra e onde sobrevive o maior número de mamíferos de grande porte do planeta. Guerras tribais, fome crescente e a transformação de povos nômades e seminômades em agricultores e criadores de gado ameaçam a vida de centenas de espécies, muitas delas na famosa lista vermelha de perigo iminente de extinção do Real Data Book, publicado pela U.I.C.N. (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos seus Recursos). Uma das soluções para o desequilíbrio ecolôgico que ameaçava o continente foi a criação de reservas e grandes parques nacionais que dependem basicamente do ecoturismo. Como o Parque Nacional Kruger, na África do Sul, com dezenove confortáveis acampamentos para os 700 mil turistas que o visitam anualmente ou o prestigiado Parque Nacional de Seringueti (Tanzânia), na região da cratera de Ngorongoro, habitado por panteras, leopardos, antílopes, girafas, elefantes e rinocerontes. Verdadeiras reservas de biodiversidade podem ser encontradas, por exemplo, no Canal Kazinga, em Uganda, que reúne o maior índice de concentração de hipopótamos do mundo (cerca de 33 mil), crocodilos, elefantes, leões, leopardos e milhares de antílopes. No mesmo país pode ser visto o Parque de Floresta Impenetrável de Bwindi, onde viviam os últimos gorilas de montanha.

Agenda 21. Documento de planificação global para os últimos anos do século XX e o início do século XXI, elaborado durante a Eco-92, no Rio de Janeiro. São diretrizes que estabelecem os princípios que norteiam o desenvolvimento sustentado em várias áreas ambientais. A Agenda 21 é uma proposta concreta de melhoria de qualidade de vida sem agressões à natureza, elaborada por cientistas, pesquisadores, políticos e representantes de ONGs.

Agregados. Família de moluscos acéfalos, sem concha, caracterizada pela reunião de muitos indivíduos da mesma espécie dentro duma pele comum, que lhes confere a aparência de um indivíduo único

Agricultura é basicamente, a cultura do solo. Se não foi bem conduzida, a agricultura pode provocar consequências desastrosas para o meio ambiente. A destruição de florestas, o cultivo de solos silvestres ou a irrigação ocasionaram, em muitas regiões do planeta, a acidificação, a salinização e a desertificação de enormes quantidades de terras. 

Agricultura Biológica. O seu objetivo é garantir a qualidade biológica dos produtos e respeitar o equilíbrio ecológico do seu ambiente de origem. Hoje existem diversos métodos de agricultura biológica e um número crescente de agricultores interessados na sua aplicação. As suas técnicas seguem alguns pontos básicos de fertilização com adubos orgânicos complementada com fertilizantes minerais naturais; rotações de culturas para não empobrecer o solo; inseticidas biológicos poucos tóxicos e ações preventivas naturais contra parasitas, como o emprego de variedades mais resistentes.

Água, Poluição da. A mesma proporção de água em um organismo vivo (70% a 80%) é observada na Terra, que tem 29% de superfície terrestre para 71% de água. No planeta, a imensa maioria da água é salgada (99,35%) contra 2,15% de gelo e 0,68% de água doce, o que revela a sua inestimável preciosidade para a vida orgânica. Segundo o Atlas do Meio Ambiente da WWF, cerca de 25 mil pessoas morrem todos os dias por beber água poluída – a maior assassina do homem no mundo e um dos seus maiores problemas ecológicos. Em 1992, cerca de 1,2 bilhão de pessoas não tinham acesso a água potável e 1,8 bilhão não dispunham de infraestrutura sanitária, isto é, os seus dejetos ajudariam a poluir a pouca água restante. Cerca de 80% de todas as mortes do Terceiro Mundo tem um elo flagrante de água poluída. As águas podem ser contaminadas por esgotos urbanos e emissões de indústrias, alguns dificilmente biodegradáveis. Certas substâncias poluentes são altamente tóxicas, como os fenóis produzidos por indústrias químicas, alguns pesticidas, como o DDT (diclorodifenitricloroetano), agente plastificante como o PCB (policlorobifenil), usado em resinas plásticas e tintas ou os nitratos e fosfatos dos adubos químicos, que penetram no solo e se envolvem na cadeia alimentar.

Alasca é o primeiro Estado dos EUA a despertar para a conscientização ecológica, que depois passou a ser nacional. Foi onde se originaram as primeiras ações do movimento ambientalista norte-americano e também onde começou a luta pelos direitos indígenas. Em 1968, após a descoberta de uma fenomenal bacia de petróleo em Prudhoe Bay, no Nordeste do Alasca, foi propposta a construção de um oleoduto de 1.200 quilômetros, de North Slope a Valdez, o último porto livre de gelo da região. Por sete anos, conservacionistas, ambientalistas e líderes esquimós lutaram contra as companhias de petróleo, exigindo normas estritas de segurança contra vazamentos na área. As normas foram compridas, os nativos indenizados e hoje 85% da renda do Estado vem do petróleo. Apesar disso, os riscos continuam. Em 1989, após um acidente, entre o superpetroleiro Exxon Valdez e as rochas da Baía de Valdez, foram derramados 43 milhões de litros de óleo cru no oceano, poluindo mais de 2 mil quilômetros de litoral.

Álcool é uma importante fonte de combustível líquido e substitui o diesel e o petróleo (gasolina) em vários países, inclusive o Brasil. No final dos anos 70, com as sucessivas altas nos preços do petróleo, o governo brasileiro criou o programa Pró-Álcool e estimulou, através de subsídios maciços, o plantio de cana-de-açúcar para a produção do etanol. Nos anos 90, com a redução do preço do petróleo, o uso do etanol se reduziu muito. O álcool é um combustível bem menos poluente, mas o plantio excessivo da cana pode empobrecer o solo.

Alergia. Os alérgenos, substâncias causadoras de alergias, se multiplicam cada vez mais à medida que o meio ambiente é modificado. Hoje, um grande número de substâncias químicas fixam-se nas moléculas proteicas do organismo, que as rejeitam, às vezes, violentamente. Certas alergias eram praticamente inexistentes há alguns anos, quando os índices dos alérgenos encontrados em concentrações de algumas plantas (pela agricultura) e de alguns animais (com criação de gado) era muito baixo.

Algas. As suas dimensões são extremamente variáveis, de alguns microns até talos de 300m de comprimento. São consideradas como um dos alimentos mais adequados para vencer a desnutrição mundial nos próximos 20 anos, principalmente as algas de água doce (Chlorella, Spirulina etc.), de fácil reprodução e alto teor energético. No Japão, o homem já utiliza as algas como alimento (Laminaria, Gelidium, Phorfira). As algas são plantas clorofilinas, isto é, que produzem a clorofila, e podem ser classificadas como algumas das espécies mais antigas do planeta.

Altitude. A maioria dos gases poluentes não sobrevive mais de 100 metros acima do solo – nas grandes altitudes o ar torna-se mais puro. Por ser mais leve, a massa de ar situada sobre os locais elevados diminui a pressão atmosférica, com consequências negativas para o organismo animal. A passagem do oxigênio para o sangue torna-se mais lenta, o que dificulta o esforço muscular e a pressão arterial dilata os vasos, o que pode causar hemorragia interna. O aumento dos glóbulos vermelhos é a resposta do organismo para combater esses efeitos, mas, no ser humano, ela se efetua apenas depois de 15 a 20 dias no local. (ver adaptação).

Alumínio. Um dos metais mais abundantes na face da terra, o alumínio é extraído da bauxita, a maior parte encontrada nas regiões tropicais (Jamaica, Brasil, Guiana). O seu processamento é caro (em termos de consumo de energia) e poluidor. A reciclagem de alumínio (latas de refrigerantes, de conservas, panelas) é recomendada por grupos ambientalistas por ser mais barata e mais limpa do que a mineração da bauxita. O alumínio é uma das substâncias contidas na chuva ácida, que contamina rios, lagos, peixes, aves e, por fim da cadeia alimentar, os seres humanos. Pequenas doses de alumínio, ingeridas a longo prazo, pode provocar o surgimento precoce de doença de Alzheimer.  

Amazonas, Rio. O Amazonas é o maior rio do mundo, com 6.686 quilômetros. Durante muitos anos disputou o primeiro lugar com o Nilo, como o mais longo, mas novas pesquisas lhe acrescentaram  450 quilômetros, e assim, o Guiness Book lhe concede a primazia. Atravessa quase toda América do Sul – de oeste a oeste. Em linha reta, equivaleria, aproximadamente, a distância de Londres a Varsóvia. O Rio Amazonas nasce a 190 quilômetros do Pacífico e desagua no Atlântico, jogando um volume d’água (16 mil toneladas por segundo) suficiente para empurrar as águas salgadas do oceano por mais de 150 quilômetros de distância da sua foz. São mais de mil afluentes e sete deles tem mais de 1.600 quilômetros. O mais longo é o Madeira, com 3.200 quilômetros.

Amazônia, Parque Nacional da. Criado em 1974, tem mais de 1 milhão de hectares, mas não é o maior da Amazônia, que é o Parque Nacional de Jaú, com 2.720 hectares. A implantação de uma infraestrutura eficiente para fiscalizar o seu imenso território é uma das dificuldades do Ibama na administração da área. Faltam guarda-parques, equipamentos e transportes adequados para a região.

Amazônica, Floresta. A Amazônia (também chamada de Floresta Amazônica, Selva Amazônica, Floresta Equatorial da Amazônia, Floresta Pluvial ou Hileia Amazônica) é uma floresta latifoliada úmida que cobre a maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul. Esta bacia abrange sete milhões de quilômetros quadrados, dos quais cinco milhões e meio de quilômetros quadrados são cobertos pela floresta tropical. Esta região inclui territórios pertencentes a nove nações. A maioria das florestas está contida dentro do Brasil, com 60% da floresta, seguido pelo Peru com 13% e com pequenas quantidades na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa). Estados ou departamentos de quatro nações têm o nome de Amazonas por isso. A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e compreende a mais biodiversidade de floresta tropical do mundo. É um dos seis grandes biomas brasileiros.

Ambiente.  Local em que os seres vivem de acordo com sua natureza ,lugar, habitat, espaço próprio.

Amianto. O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas propriedades físico-químicas (alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, facilidade de ser tecida etc.), abundância na natureza e, principalmente, baixo custo tem sido largamente utilizado na indústria. É extraído fundamentalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial. Os nomes latino e grego, respectivamente, amianto e asbesto, têm relação com suas principais características físico-químicas, incorruptível e incombustível. Está presente em abundância na natureza sob duas formas: serpentinas(amianto branco) e anfibólios (amiantos marrom, azul e outros), sendo que a primeira - serpentinas- correspondem a mais de 95% de todas as manifestações geológicas no planeta. Já foi considerado a seda natural ou o mineral mágico, já que vem sendo utilizado desde os primórdios da civilização, inicialmente para reforçar utensílios cerâmicos, conferindo-os propriedades refratárias. A maior mina de amianto do Brasil está situada e sendo explorada na cidade de Minaçu, estado de Goiás. Andar de Vegetação. À primeira vista, uma floresta pode parecer um emaranhado de vegetação que cresce desorganizadamente, mas na verdade é possível identificar na sua cobertura vegetal vários andares ou extratos, caca um com plantas e animais característicos. Essas faixas de vegetação são mais ou menos densas, de acordo com a energia solar que as folhas recebem e a que tipo de floresta pertencem.

Amigos da Terra (Friends of the Earth). Grupo de proteção ao meio ambiente formado nos Estados Unidos em 1970. Opera em 54 países, inclusive no Brasil. Atua principalmente no planejamento de campanhas, concentrando-se na conscientização do público e pressionando organismos governamentais e instituições financeiras que pretendam implantar ou financiar programas antiecológicos. O seu trabalho independe de pesquisa e sobre o meio ambiente é muito respeitado por autoridades governamentais e outras ONGs.

Andes, Cordilheira dos. A Cordilheira dos Andes é uma vasta cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa ocidental da América do Sul, sendo a formação geológica da mesma datada do período Terciário. A cordilheira possui aproximadamente 8000 km de extensão. É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento), e em seus trechos mais largos chega a 160 km do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de 4000 m e seu ponto culminante é o pico do Aconcágua com 6962 m de altitude. A Cordilheira dos Andes se estende desde a Venezuela até à Patagônia, atravessando todo o continente sul-americano, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, também conhecidos como países Andinos. Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica e se prolonga até quase alcançar o Mar do Caribe. Em sua parte meridional serve de longa fronteira natural entre Chile e Argentina. Na zona central, os Andes se alargam dando lugar a um planalto elevado conhecido como Altiplano, partilhado pelo Peru, Bolívia e Chile. A cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela.

Angra I e Angra II. Construídas no Estado do Rio de Janeiro, na Praia de Itaorna (pedra podre em tupi-guarani, designação que já indica a precariedade do terreno), as duas usinas nucleares brasileiras somam um índice de erros que seriam dignas de figurar no Guiness Book. Angra I foi apelidada de vaga-lume – em quinze anos de funcionamento, foi paralisada por mais de sessenta vezes – e Angra II levou vários anos para ser inaugurada depois de consumir 4,6 bilhões de dólares. (Dicionário Ilustrado de Ecologia – Revista Terra).

Anidrido Sulfuroso. Lançado na atmosfera por fontes poluentes variadas (incineração de lixo, fumaça de carros, aquecimento doméstico e centrais térmicas, responsáveis por 50%  da quantidade total) e também através da fumaça dos vulcões, com concentrações menos elevadas. Por ano, são 160 milhões de toneladas jogadas na atmosfera, 80 milhões produzidas pelo homem. Do anidrido sulfuroso pode formar-se um aerossol de ácido sulfúrico extremamente tóxico para as plantas.

Animais Ameaçados de Extinção. A maioria das espécies que já habitaram o planeta não existe mais. A extinção pode ser um processo natural – cerca de 10% de todas as espécies, vegetais e animais, é continuamente eliminada pela natureza. Mas a partir da ação do homem, esse processo tornou-se alucinante. De 1600 a 1900, uma espécie era extinta a cada quatro anos, em 1974, esse número pulou para mil espécies por anos, em 1990, o ritmo era de uma espécie por hora e, até o final do século passado, a velocidade subiu para 100 espécies por dia. Hoje, mais de 370 espécies de mamíferos estão em perigo, ou seja, sessenta tipos de felinos (tigres, onças, leopardos etc.) das espécies de ursos, quatro de rinocerontes, 23 tipos de baleia, gorilas de montanha e elefantes africanos – entre outras. Diversas ONGs, entre elas a WWF, UICN e a Conservation International, possuem programas de proteção aos animais ameaçados.

Animais Extintos.Ao longo da história, várias espécies de animais desapareceram. Entre os motivos para essa extinção, podemos citar as catástrofes naturais, competições entre espécies, evoluções adaptativas, extensos períodos de calor extremo ou frio, etc. No entanto, o maior responsável pela extinção de tantas espécies talvez seja o homem. Segundo dados do WWF (Fundo Mundial para a Natureza), houve uma queda significativa na quantidade de espécies entre os anos de 1970 a 1995. Só nesse período, 35% dos animais de água doce e 44% dos animais marinhos foram completamente extintos. Dessa forma, vemos que até hoje o homem moderno não conseguiu estabelecer um convívio harmonioso com a natureza. Vejamos agora, alguns exemplos de animais extintos: moa gigante, quagga, tigre da Tasmânia, entre outras espécies.

Antártida. A Antártica  ou Antártida, do grego ανταρκτικως, antarktikos, "oposto a ártico", é o mais meridional dos continentes e um dos menores, com uma superfície de catorze milhões de quilômetros quadrados. Rodeia o Polo Sul, e por esse motivo está quase completamente coberta por enormes geleiras (glaciares), exceção feita a algumas zonas de elevado aclive nas cadeias montanhosas e à extremidade norte da Península Antártica. Sua formação se deu pela separação do antigo supercontinente Gondwana há aproximadamente 100 milhões de anos e seu resfriamento aconteceu nos últimos 35 milhões de anos. É o continente mais frio, mais seco, com a maior média de altitude e de maior indíce de ventos fortes do planeta. A temperatura mais baixa da Terra (-89,2 °C) foi registrada na Antártica, sendo a temperatura média na costa, durante o verão, de apenas -10 °C; no interior do continente, é de -40 °C. Muitos autores o consideram um grande deserto polar, pela baixa taxa de precipitação no interior do continente. A altitude média da Antártica é de aproximadamente 2.000 metros. Ventanias com velocidades de aproximadamente 100 km/h são comuns e podem durar vários dias.Ventos de até 320 km/h já foram registrados na área costeira. Juridicamente, a Antártica está sujeita ao Tratado da Antártida, pelo qual as várias nações que reivindicavam territórios no continente (Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido) concordam em suspender as suas reivindicações, abrindo o continente à exploração científica. Por esse motivo, e pela dureza das condições climáticas, não tem população permanente, embora tenha uma população provisória de cientistas e pessoal de apoio nas bases polares, que oscila entre mil (no inverno) e quatro mil pessoas (no verão).

APA. (Área de Preservação Ambiental) Área de ocupação humana, geralmente localizada próximo à cidade, a propriedade privada é permitida. Existe mais no sentido de facilitar o preordenamento territorial.

Aparados da Serra. O Parque Nacional de Aparados da Serra é uma unidade de conservação de proteção integral brasileira localizada na Serra Geral, encampando os desfiladeiros na fronteira entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, na região sul do Brasil. Está localizado na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o extremo sul do estado de Santa Catarina, na borda da na formação Geológica Serra Geral. O acesso ao parque dá-se tanto atravésda rodovia RS-020 como da rodovia BR-101, passando por Praia Grande/SC via Serra do Faxinal. As cidades mais próximas à unidade são Cambará do Sul e Praia Grande. Cambará do Sul fica a cerca de 190 km de distância da capital gaúcha, Porto Alegre, enquanto Praia Grande está a 294 km da capital catarinense, Florianópolis. A entrada no parque é feita no Posto de Informações e Controle, que fica em Praia Grande.

APP. Área de Preservação Permanente.

Aquecimento Global. Aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra. A maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação. O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerosois atmosféricos que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido pelos gases de efeito de estufa.

Aquífero. Unidade geológica que contém e libera água em quantidades suficientes de modo que pode ser utilizado como fonte de abastecimento.

Aquífero Guarani. É a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo. A maior reserva atualmente é o Aquífero Alter do Chão. A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero — cerca de 1,2 milhão de km² — está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes. Mato Grosso do Sul (213 700 km²); Rio Grande do Sul (157 600 km²); São Paulo (155 800 km²); Paraná (131 300 km²); Goiás (55 000 km²); Minas Gerais (51 300 km²)/ Santa Catarina (49 200 km²); Mato Grosso (26 400 km²). Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1.800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso.

Aral, Mar de. Mar de Aral era um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias cazaques de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma usbeque de Caracalpaquistão (ao sul). O nome (em português, Mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação. A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades econômicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já teria provocado a mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos. Atualmente, existe um esforço contínuo no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do Mar de Aral. Como parte deste esforço, um projecto de uma barragem foi concluída em 2005 e em 2008 o nível de água nesse local já havia subido doze metros a partir de seu nível mais baixo em 2003. A salinidade caiu e os peixes são encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as perspectivas para o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido chamado de "um dos piores desastres ambientais do planeta".

Araguaia, Parque Nacional do. O Parque Nacional do Araguaia foi criado durante a gestão do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 31 de dezembro de 1959, no norte do Goiás, atualmente Tocantins. Inicialmente, o Parque Nacional do Araguaia ocupava toda a área da Ilha do Bananal, cerca de 2 milhões de hectares. Atualmente, após duas mudanças em seus limites, o Parque Nacional ocupa uma área equivalente a cerca de 562 mil hectares. Está localizado no terço norte da Ilha do Bananal, sudoeste do Estado do Tocantins, abrangendo parte dos municípios de Pium e Lagoa da Confusão. O Parque Nacional do Araguaia está situado em uma faixa de transição entre Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal, é constituído por diversas espécies da fauna, presentes nestes três biomas, além de uma cobertura vegetal bastante diversificada, apresentando vários cenários naturais de raras belezas. Esta unidade de conservação deve propiciar não somente o recebimento de turistas e visitantes, mas também a conservação da alta taxa de diversidade biológica presente e garantir os direitos das populações indígenas residentes no seu interior. Hoje, o Parque Nacional do Araguaia é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), por meio do Escritório local localizado na cidade de Pium, Tocantins.

Ártico (O nome Ártico vem do grego ρκτικός arktikos, "perto do urso, áctico") ou Região Ártica é geralmente definido como aquele onde a temperatura média do mês mais quente é inferior a 10ºC na região setentrional do planeta Terra. Na região árctica se encontra o Oceano Ártico e o Pólo Norte e essa região se encontra praticamente toda inscrita no Círculo Polar Ártico. Durante o inverno a área toda é coberta pelo gelo e a temperatura atinge geralmente -60ºC. Durante o verão a tundra é a vegetação principal, mas nas áreas mais aquecidas pode se encontrar salgueiros e bétulas. A vida animal é pobre no tocante ao número de espécies, existindo, por exemplo, ursos-polares, focas árticas e bois-almiscarados. Os países da zona têm disputado os recursos da região

Árvore. Segundo os termos usados em ecologia, a árvore e um indíviduo vegetal de grandes proporções, geralmente acima de 5 metros de altura e de forte lenhificação. Uma árvore exerce um verdadeiro domínio ecológico ao redor de si: suas raízes drenam o solo, as suas folhas absorvem a luz solar e uma série de espécies animais e vegetais dependem do seu abrigo. Ela pode conter um pequeno ecossistema em si mesma, com diversas cadeias alimentares: as suas folhas alimentam os insetos, que alimentam as aves, que alimentam as serpentes e assim por diante. Podem ser criaturas extremamente velhas: uma oliveira pode alcançar 4 mil anos de idade; uma sequóia, 4 mil (e 84 metros de altura); e determinados tipos de pinheiros, mais de 7 mil anos. 

Arco-Íris. Um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. No entanto, a grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais. Ver também o artigo sobre as cores para informações sobre o espectro de cores do arco-íris. O efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador em uma baixa altitude ou ângulo. O mais espetacular arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador está em um local com céu claro. Outro local propício à apreciação do arco-íris é perto de cachoeiras.

Associação Vegetal. São possíveis cinco tipos de aproximação vegetal em um tipo de terreno: a) aproximação por estratos. Os andares de vegetação acolhem várias plantas que se associam entre si. No estrato herbáceo de uma floresta tropical estão associadas avencas e samambaias, por exemplo; b) aproximação por densidade de povoamento. Certas plantas se agrupam de acordo com a sua “sociabilidade” (não competem entre si), periodicidade (vicejam no mesmo período) ou pela sua vitalidade (tem o mesmo nível de resistência); c) aproximação por formação. Estão juntas porque vivem sob certas condições. Formações são florestas, savanas ou mangues, por exemplo; d) aproximação dinâmica. São formados agrupamentos de acordo com a dinâmica do crescimento de um ecossistema (camadas vegetais de acordo com a idade de uma floresta); e) aproximação ecológica. Espécies que vivem sob as mesmas condições ecológicas. As associações também podem existir no reino animal e, mais ainda, entre o mundo animal e vegetal, como nos casos das orquídeas.

Associação vegetal/animal. Um exemplo: O zangão “copula” com uma orquídea. Por um erro de visão e cálculo, o zangão confunde a orquídea com uma abelha e tenta copular com a flor. Nesta posição, suas antenas distribuem uma chuva de polén no interior da orquídea, assegurando sua fertilização – um caso de associação vegetal/animal.

Assoreamento. Obstrução, por areia ou por sedimentos quaisquer, de um rio, canal ou estuário, geralmente em conseqüência de redução da correnteza.

Aterro Sanitário. Depósito de resíduos sólidos, compactados ou dispostos em camadas, e que visa minimizar a agressão ao meio ambiente; lixão.

Atmosfera. Uma atmosfera (do grego antigo: τμός, vapor, ar, e σφαρα, esfera) é uma camada de gases que envolve (nem em todos os casos) um corpo material com massa suficiente. Os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for baixa. Alguns planetas consistem principalmente de vários gases e portanto têm atmosferas muito profundas (um exemplo seria os planetas gasosos). O termo atmosfera estelar é usada para designar as regiões externas de uma estrela e normalmente inclui a porção entre a fotosfera opaca e o começo do espaço sideral. Estrelas com temperaturas relativamente baixas podem formar compostos moleculares em suas atmosferas externas. A atmosfera terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioleta e também serve como um estoque, fazendo com que o gás oxigênio não escape.

Atmosfera, Camadas da. A atmosfera terrestre consiste, da superfície até o espaço, da troposfera de 0 a 12 quilômetros, onde voam os aviões e se formam as nuvens), da extratosfera (de 12 a 50 quilômetros, onde o ar é seco e sem nuvens), mesosfera ((de 50 a 80 quilômetros, uma zona de turbulência), ionosfera (de 80 a 700 quilômetros, onde se formam as auroras boreares)  e exosfera  (de 700 a 30 mil quilômetros). Cada uma destas camadas apresentam gradiente adiabático saturado, definindo as mudanças de temperatura conforme a altura. A nossa atmosfera também protege a vida na Terra impedindo que os nocivos raios ultravioletas do Sol cheguem diretamente ao planeta.

Atmosfera, Composição da. A composição inicial da atmosfera de um corpo geralmente reflete a composição e a temperatura da nebulosa solar local durante a formação planetária e o subsequente escape dos gases interiores. Estas atmosferas originais sofrem uma evolução com o decorrer do tempo, sendo que a variedade dos planetas se reflete em muitas atmosferas diferentes. Por exemplo, as atmosferas de Vênus e Marte são compostas primariamente de dióxido de carbono, com pequenas quantidades de nitrogênio, argônio e oxigênio, além de traços de outros gases. A composição atmosférica terrestre reflete as atividades dos seres vivos. As baixas temperaturas e a alta gravidade dos planetas gasosos permitem a eles reter gases com baixas massas moleculares. Portanto, estes contêm hidrogênio e hélio e subsequentes compostos, formados pelos dois. Titã e Tritão, satélites de Saturno e Netuno, respectivamente, apresentam composições atmosféricas não desprezíveis, primariamente constituídas de nitrogênio. Plutão também apresenta uma atmosfera semelhante, mas esta se congela quanto o planeta-anão se afasta do Sol.

Atmosfera, Importância da. Do ponto de vista de um geólogo planetário, a atmosfera é um agente evolucionário essencial na morfologia de um planeta. O vento transporta poeira e outras partículas que degradam a superfície (erosão eólica). Precipitações atmosféricas, tais como a queda de gelo (neve, granizo, etc.) e chuva, que dependem da composição atmosférica, também influenciam o relevo. Mudanças climáticas podem influenciar a história geológica de um planeta. De modo oposto, o estudo da superfície de um planeta, principalmente a Terra, pode levar a um entendimento sobre a história da atmosfera e do clima no planeta. Para um meteorologista, a composição da atmosfera determina o clima e suas variações. Para um biólogo a composição atmosférica mantém uma íntima relação com o aparecimento da vida e de sua evolução.

Atmosférica, Poluição. A poluição atmosférica (ou do ar) pode ser definida como a introdução na atmosfera de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades dessa atmosfera, afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato com essa atmosfera, ou mesmo que venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais que tenham contato com ela. (Gil Portugal). As fontes de poluição atmosférica são inúmeras e inúmeras são também as formas de impedir ou de aliviar a poluição. A legislação ambiental é rica em detalhes que começam por dois grandes ramos: o controle das emissões e a qualidade do ar, ambos regulamentados pelo CONAMA. Fontes de poluição atmosférica não controladas, com certeza, de uma hora para outra, serão identificadas pelos órgãos fiscalizadores e o controle será exigido. Dessa forma, há que se contratar projetos para controlar as fontes emissoras de poluentes. Existem dezenas de maneiras para controlar a poluição atmosférica e a escolha de um deles tem que ser acertada, por motivos da eficiência exigida e principalmente pelo custo envolvido..

Atmosféricos, Poluentes. A capacidade de regeneração da atmosfera reduz consideravelmente à medida que o quantitativo de emissões de poluentes cresce exponencialmente com a industrialização e o aumento do número de veículos automóveis no planeta. Atualmente são inúmeros os poluentes da atmosfera sendo as fontes que os originam e os seus efeitos muito diversificados. Desta forma, podem distinguir-se dois tipos de poluentes: - Poluentes Primários são aqueles que são emitidos diretamente pelas fontes para a atmosfera, sendo expelidos diretamente por estas (por exemplo, os gases que provêm do tubo de escape de um veículo automóvel ou de uma chaminé de uma fábrica). Exemplos: monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx) constituídos pelo monóxido de azoto (NO) e pelo dióxido de azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2) ou as partículas em suspensão. - Poluentes Secundários, os que resultam de reações químicas que ocorrem na atmosfera e onde participam alguns poluentes primários. Exemplo: o ozônio troposférico (O3), o qual resulta de reações fotoquímicas, isto é realizadas na presença de luz solar, que se estabelecem entre os óxidos de azoto, o monóxido de carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV).

Atol das Rocas, Reserva Biológica do. O Atol das Rocas, localizado em mar territorial brasileiro (a aproximadamente 267 km da cidade de Natal - RN e 148 km do Arquipélago de Fernando de Noronha - PE), foi descoberto pelo navegador português Gonçalo Coelho em 1503 e, desde então, sua história é pontuada por inúmeros naufrágios. Rocas representa o único atol do Oceano Atlântico Sul e tem importância ecológica fundamental por sua alta produtividade biológica e por ser uma importante zona de abrigo, alimentação e reprodução de diversas espécies animais. Daí ter-se transformado na primeira Reserva Biológica da Marinha do Brasil, em 5 de junho de 1979.

Aurora Boreal. A Aurora Polar é também conhecida como Aurora Boreal, no hemisfério norte – ela é assim chamada por Galileu Galilei, em homenagem à deusa romana do alvorecer, e ao deus que rege os ventos do Norte, seu filho, Bóreas -, e Aurora Austral, no hemisfério sul, designada desta forma pelo navegador inglês James Cook, ao se referir à sua localização, o Sul. Este fenômeno, um sublime espetáculo de luzes e cores, é na verdade um evento inerente ao campo visual, próprio do espaço polar de nosso Planeta, embora não se limite apenas à Terra, ocorrendo também em Júpiter, Saturno, Marte e Vênus. Ele acontece em virtude do choque produzido por partículas de vento solar no perímetro magnético terrestre. Geralmente estas luzes se manifestam nos períodos que vão de setembro a outubro e de março a abril. Apesar da beleza natural deste processo, ele pode ser igualmente reproduzido por meio de explosões nucleares ou em pesquisas laboratoriais. A Aurora Boreal pode se expressar de diversas formas – sob a aparência de pontos de luz, como faixas horizontais ou pequenos círculos luminosos -, embora estejam constantemente ajustados à linha do campo magnético do Planeta. Em vários momentos estas luzes se exprimem em diversas cores, simultaneamente. Em outros, elas compõem semicircunferências que se metamorfoseiam o tempo todo. A Aurora Polar da Terra é desencadeada pela manifestação de elétrons portadores de uma carga energética equivalente a um espectro que vai de um a quinze keV, somados a prótons e partículas alfa, e a luz emerge justamente quando eles se chocam com os átomos do espaço no qual respiramos, principalmente com fragmentos de oxigênio e nitrogênio, normalmente em altitudes que variam entre 80 e 150 km. Processa-se então um fenômeno de ionização, dissociação e estimulação de partículas. Durante a ionização, os elétrons são deslocados do átomo, levam consigo a energia despertada e geram uma espécie de efeito em cadeia da produção de espécies químicas eletricamente carregadas, por perda de elétrons, em outros átomos. Este estímulo tem como conseqüência um ato de emissão energética, gerando no átomo uma condição de total inconstância. Estes estados de instabilidade enviam ondas luminosas em freqüências vibratórias típicas, enquanto tendem a encontrar o equilíbrio.

Automóvel. Os automóveis sem dispositivos de controle de poluição (como injeções eletrônicas) chegam a liberar 350 gramas de gases e aerossóis poluentes por litro de gasolina. São responsáveis por 90% do monóxido de carbono emitido para a atmosfera e 60% dos hidrocarbonetos. O chumbo dos supercarburantes pode contaminar as plantações ao longo das estradas e o ruído emitido por um ônibus ou um caminhão pode chegar até o limite traumatizante de 100 decibéis. O transporte de um passageiro em um carro é cerca de 50 vezes mais caro do que em um trem e as rodovias ocupam, no mínimo, quinze vezes mais espaço do que uma estrada de ferro, causando um impacto ambiental muito maior. No Brasil, desde 1995, os novos veículos produzidos são obrigados a usar dispositivos de controle contra as emissões de gases poluentes.

Autoecologia é análise de relação de uma espécie animal ou vegetal com o seu meio ambiente. Para cada uma das ecofases do animal determina-se, por exemplo, o seu habitat ideal, o seu predador, a superfície territorial útil para cada casal, a sua taxa natural de fertilidade ou a resistência a variações de temperatura etc. Cria-se assim um quadro das condições ideais de vida de uma determinada espécie. Esse estudo tem grande utilidade na tentativa de recuperação das espécies ameaçadas de extinção. A autoecologia considera os organismos, como representantes de uma espécie, e como estes reagem aos factores ambientais, tanto bióticos, como abióticos. Nos estudos de autoecologia pretende verificar-se como cada espécie se adaptou a um determinado biotopo, tanto do ponto de vista da fisiologia, como da etologia, incluindo as suas migrações e as suas relações com outras espécies que coabitam o mesmo ecossistema.

Autótrofo. Organismo que se mostra capaz de sintetizar sua própria matéria orgânica seja através da fotossíntese (plantas clorofiladas) seja através da quimiossíntese.

Bactérias. (do grego bakteria, bastão) são organismos unicelulares, procariontes (não possuem envoltório nuclear, nem organelas membranosas). Podem ser encontrados na forma isolada ou em colônias e pertencem ao Domínio homônimo Bacteria. Podem viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias), ou ainda serem anaeróbias facultativas. As bactérias são um dos organismos mais antigos, com evidência encontrada em rochas de 3,8 bilhões de anos. Segundo a Teoria da Endossimbiose, dois organelos celulares, as mitocôndrias e os cloroplasto teriam derivado de uma bactéria endossimbionte, provavelmente autotrófica, antepassada das atuais cianobactérias. As bactérias são geralmente microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas com uso de um microscópio eletrônico). Suas dimensões variam de 0,5 a 5 micrômetros. Exceções são as bactérias Epulopiscium fishelsoni isolada no tubo digestivo de um peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm e Thiomargarita namibiensis, isolada de sedimentos oceânicos, que atinge até 0,75 mm de comprimento. Bactérias são os organismos mais bem sucedidos do planeta em relação ao número de indivíduos. A quantidade de bactérias no intestino de uma pessoa é superior ao número total de células humanas no corpo dela, por exemplo.

Baikal, Lago. O Lago Baikal (russo: О́зеро Байка́л (Ozero Baykal)) é um lago no sul da Sibéria, Rússia, entre Oblast de Irkutsk no noroeste e Buryatia no sudeste, perto de Irkutsk. Com 636 quilômetros de comprimento e 80 km de largura, é o maior lago de água doce da Ásia, o maior em volume de água do mundo, o mais antigo (25 milhões de anos) e o mais profundo da terra, com 1.680 metros de profundidade. A superfície do Lago Baikal é de 31 500 km². É tão grande que se todos os rios na terra depositassem as suas águas no seu interior, levaria pelo menos um ano para encher. Alguns sítios ultrapassam os 1.600 metros de profundidade (dados mais recentes indicam 1680m), sendo responsável por 20% da água doce líquida do planeta. Deságuam nele cerca de 300 rios. É um habitat rico em biodiversidade, com cerca de 1085 espécies de plantas e 1550 espécies e variedades de animais, sendo conhecido como as "Galápagos" da Rússia. Mais de 60% dos animais são endémicos: por exemplo, das 52 espécies de peixes, 27 são endêmicas.

Balneabilidade. Qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, sendo este entendido como um contato direto e prolongado com a água (natação, mergulho, esqui-aquático, etc.), onde a possibilidade de ingerir quantidades apreciáveis de água é elevada.

Báltico, Mar. Mar interior do norte da Europa, rodeado por nove Estados altamente industrializados. Suas águas apresentam uma alta taxa de poluição proveniente de numerosos poluentes organoclorados, que provocam uma baixa fecundidade entre vários tipos de população de animais marinhos e peixes. Como o Mar de Barents, há uma queda acentuada de quantidades de biomassa disponível, agravada pelas emanações de gás sulfuroso formado pela poluição orgânica presente no lago há mais de 40 anos. Esses poluentes são ricos em matérias orgânicas de alta fermentação, espalhadas por vastas superfícies do bénthos lacustre. Os países com costa no Mar Báltico são: Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha.

Barents, Mar de. O Mar de Barents (norueguês: Barentshavet, russo: Баренцево море) é parte do Oceano Glacial Árctico e situa-se a norte da Noruega e da Rússia. Recebeu o nome do navegador neerlandês Willem Barents. Tem uma profundidade média de 230 metros. Os portos de Murmansk, na Rússia, e de Vardø, na Noruega, permanecem livres de gelo ao longo de todo o ano, devido à acção da corrente do Atlântico Norte, uma corrente quente ligada à corrente do Golfo. Os maiores arquipélagos do mar de Barents são os da Nova Zembla (Rússia) e de Svalbard (Noruega). Antes da Guerra de Inverno, o território da Finlândia também atingia o mar de Barents, e o porto de Petsamo era o único porto finlandês livre de gelo no inverno. A contaminação nuclear de despejos de reatores navais russos é um problema ambiental sério no mar de Barents. O Mar de Barents é centro de extracção de petróleo desde a década de 1970, tanto na parte norueguesa como na russa.

Barreira Ecológica. É um dos conceitos mais interessantes dentro do estudo da Ecologia. Um terreno ideal está longe de ser ocupado por todas as espécies que poderiam viver ali – predomina, no caso, a lei do primeiro ocupante. As espécies vegetais ou animais quando ocupam um terreno pela primeira vez tornam-se pouco disponíveis a deixá-lo. Espalham suas sementes ou disseminam de tal forma que fica quase impossível a entrada de espécies exóticas (ou “estrangeiras”). Forma-se aí uma barreira ecológica. O termo serve também para os obstáculos, de origem natural ou humana (cordilheiras, rios, rodovias, canais ou desmatamentos), que impedem a troca biológica de duas vizinhas. Rios e montanhas podem atuar como uma barreira ecológica, dividindo o território de várias plantas e animais.  

Barulho. Incômodos provocados por sons de intensidade muito forte. Dentro do âmbito da escala de barulho, existem sons que podem provocar lesões auditivas irreversíveis e que estão além do limite da dor. O barulho está estreitamente relacionado com a deflagração de estados psicológicos negativos.

Beneficiamento. Conjunto de intervenções que visam a melhorar ou reparar determinados aspectos de um imóvel.

Bentônico, Ecossistema. O bénthos, o conjunto de seres vivos que habitam o fundo dos mares e lagos, é infinitamente mais rico em biodiversidade que o fundo dos oceanos. Os seres bentônicos encontram alimento entre os inúmeros cadáveres de animais e vegetais disponíveis, garantindo sua sobrevivência. São os fundos litorâneos (7% do total) que respondem pela maioria dessa imensa biodiversidade, ao contrário das superfícies sem luz e sem vida vegetal dos níveis mais profundos (os outros 93%). Da faixa litorânea fazem parte as algas, esponjas, anêmonas, moluscos, ostras, caranguejos, ouriços, estrela-do-mar e os peixes responsáveis por 95% do produto mundial de pescas marinhas.

Benzopireno. Presente nos escapamentos dos motores movidos a diesel é um perigoso hidrocarburante policíclico, produzido a partir de combustões incompletas. O benzopireno também resultar da combustão do tabaco, como o mais prejudicial dos alcatrões. Hoje o benzopireno pode ser encontrado em quase todo os ecossistemas terrestres e aquáticos do mundo e até mesmo nas biomassas marinhas.

Bhopal, Tragédia de. A tragédia de Bhopal foi um desastre industrial que ocorreu na madrugada de 3 de dezembro de 1984, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É o pior desastre industrial ocorrido até hoje. Mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadores, foram expostas aos gases e pelo menos 27 mil morreram por conta disso. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, se negou a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como conseqüência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região filhas de pessoas afetadas pelos gases também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química(Dow Chemicals), informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e no entorno da antiga fábrica.

 Benzeno é um hidrocarboneto classificado como hidrocarboneto aromático, e é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos os aromáticos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático. O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia. Também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre, graxas, ceras, etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes como fenol, anilina, trinitrotolueno, plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas. A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida principalmente da destilação do petróleo que possui faixa de ebulição próxima ao benzeno.

Bioacumulação. A Bioacumulação é um processo que ocorre quando um composto químico, um elemento químico ou um isótopo se acumulam em elevadas concentrações nos organismos, independente do nível trófico. O processo pode ocorrer de forma directa, efectuada directamente a partir do meio ambiente, ou indirecta, quando ocorre por meio de alimentação, frequentemente de forma simultânea, em especial em ambientes aquáticos. A exposição de um ser vivo aquático a uma água contaminada por metais pesados pode provocar a absorção pelo organismo, entrando assim nos seus tecidos, e posteriormente, ao servir de alimento a seres de um nível trófico mais elevado, contaminará esse outro organismo, fazendo com que o contaminante suba na cadeia alimentar. A contaminação da cadeia alimentar provoca um aumento da concentração do contaminante a cada nível trófico, designando-se o processo por bioampliação.

Biociclo. Parte da biosfera com características próprias.

Biodegradável. É todo material que após o seu uso pode ser decomposto pelos microorganismos usuais no meio ambiente. Desta forma o material quando se decompõe, perde as suas propriedades químicas nocivas em contato com o meio ambiente.

Biodiversidade. A existência, numa dada região, de uma grande variedade de espécies, ou de outras categorias taxonômicas (como gêneros, etc.) de plantas ou de animais. Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do século XX. Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos. A biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência. Não há uma definição consensual de biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas. Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos: diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie; diversidade de espécies - diversidade entre espécies; diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético. A diversidade de espécies é a mais fácil de estudar, mas há uma tendência da ciência oficial em reduzir toda a diversidade ao estudo dos genes. Isto leva ao próximo tópico.

Biofenil Policlorado. Da mesma família do DDT, pode ser usado como inseticida, mas por ser uma substância de utilização industrial, é frequentemente encontrado nas fumaças de fábricas de muitos setores diferentes (plásticos, eletroquímicos). A sua presença é tão difundida que chegou a ser detectada (0,7%) nos tecidos adiposos dos peixes encontrados na Antártida.

Biogeografia.Ciência que estuda a distribuição dos seres vivos na natureza. A Biogeografia, é a ciência que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos no espaço através do tempo, procurando entender padrões de organização espacial e processos que resultaram em tais padrões. É uma ciência multidisciplinar que relaciona informações de diversas outras ciências como geografia, biologia, climatologia, geologia, ecologia e evolução. É descritiva na primeira etapa e interpretativa na etapa seguinte. Os métodos biogeográficos históricos podem ser utilizados como ferramentas para a escolha de áreas com o propósito da conservação.A biogeografia está estritamente relacionada com a biogeografia evolutiva, pois a biogeografia baseia-se nos conceitos ecológicos e evolutivos das espécies, e em que diferentes condições ecológicas criam pressões selectivas diferentes. Estas pressões levam a que haja alguma coincidência entre as transições ecológicas e os limites de distribuição de espécies aparentadas. Esta disciplina científica originou em grande parte a partir do trabalho de Alfred Russel Wallace no Arquipélago Malaio. Wallace descreveu muitas espécies deste arquipélago e notou que a norte de uma determinada zona, as espécies eram relacionadas com espécies do continente asiático enquanto a sul dessa linha estreita, as espécies eram mais relacionadas com as espécies australianas. Esta linha foi batizada de Linha de Wallace em honra do seu descobridor. Com base nestes critérios e nas associações de espécies prevalecentes em determinadas regiões, a Terra foi dividida em várias regiões biogeográficas. Estas grandes regiões têm características comuns, mas podem ainda ser subdividas, para efeitos de estudo e de conservação em unidades menores, normalmente ao nível do ecossistema.

Bioindicador. Uma espécie ou grupo de espécies que reflete o estado biótico ou abiótico de um meio ambiente, o impacto produzido sobre um habitat, comunidade ou ecossistema, ou também indicar a diversidade de um conjunto de táxons ou biodiversidade de determinada região. Biogêneses.

Biomas. Grande comunidade, ou conjunto de comunidades distribuídas numa grande área geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante. O termo "Bioma" (bios, vida, e oma, massa ou grupo) foi utilizado pela primeira vez em 1943 por Frederic Edward Clements definindo-o como uma unidade biológica ou espaço geográfico cujas características específicas são definidas pelo macroclima, a fitofisionomia, o solo e a altitude. Podem, em alguns casos, ser caracterizados de acordo com a existência ou não de fogo natural. Com o passar dos anos, a definição do que é um bioma passou a variar de autor para autor.

Biomassa. Do ponto de vista da geração de energia, o termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a sua produção. Do ponto de vista da ecologia, biomassa é a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal.

Biopirataria. A biopirataria consiste na apropriação indevida de recursos diversos da fauna e flora, levando à monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso desses recursos.

Biosfera. Conjunto de todos os ecossistemas da Terra. (do grego βίος, bíos - vida; e σφαίρα, sfaira - esfera; esfera da vida). O termo foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Foi criado por analogia com outros conceitos que já existiam para nomear partes da estrutura interna da Terra, tais como litosfera (o conjunto dos sólidos da Terra), atmosfera (o conjunto dos gases da Terra) e hidrosfera (o conjunto das águas da Terra). Seguindo a mesma lógica, o termo biosfera designa o conjunto dos seres vivos da Terra e seus habitats.

Biota. O conjunto dos seres animais e vegetais de uma região.

Biótico. Em ecologia, chamam-se fatores bióticos a todos os efeitos causados pelos organismos em um ecossistema que condicionam as populações que o formam.

Biótopo. A palavra vem do grego bios, vida e topos, lugar. É o lugar onde vive a biocenose (microorganismo, plantas ou animais). O conjunto dos fatores abióticos (os componentes físicos e químicos do ambiente) forma o biótopo, isto é, a área que contem o solo, os sais minerais, a água e a atmosfera (gases, umidade, temperatura e luminosidade). Uma biocenose (biota) interagindo com os fatores abióticos do biótopo cria um ecossistema de longa duração. A biocenose pode influenciar um biótopo – uma floresta que torna o clima mais úmido, por exemplo – e um biótopo pode afetar a biocenose – grandes períodos de seca, por exemplo, exterminam boa parte da fauna de uma região. É a parcela ecológica que é possível discernir geograficamente.

Botânica. Parte da biologia que estuda as plantas; estudo da morfologia e da fisiologia dos vegetais. Grande subdivisão da botânica, que se ocupa dos aspectos gerais do estudo das plantas: forma (morfologia), função (fisiologia) e desenvolvimento desde a fecundação (embriologia).

Bocage. Os campos cultivados europeus, principalmente na França e Inglaterra, geralmente são separados por pequenos bosques ou cercas vivias – essas regiões são chamadas bocage. Hoje milhares de quilômetros de bosques e sebes são destruídos nos dois países em nome da mecanização agrícola. As regiões de bocage mantinham um notável equilíbrio ecológico, pois eram refúgios de dezenas de espécies de plantas e pequenos mamíferos.

Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrada em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 800.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil). Ocupando cerca de 800.000 km2 (aproximadamente 10% do território nacional), é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vem revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipo de solos e relevo. Uma primeira divisão que pode ser feita é entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a Mata Atlântica, característica da Zona da Mata. Já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Estas regiões são usualmente conhecidas como Seridó, Curimataúcu, Caatinga e Carrasco. Segundo esta distinção, a caatinga seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea. Cariri é o nome da caatinga com vegetação menos rústica. Já o Carrasco corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas, caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre, sobretudo, na Bacia do Meio Norte e Chapada do Araripe. Nas serras, que apresentam mais umidade, surgem os brejos de altitude.

Cadeia Alimentar. A cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos que dependem uns dos outros para se alimentar. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de um ecossistema, incluindo os produtores, os consumidores herbívoros e carnívoros (predadores) e os decompositores. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, num ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar (perde-se na forma de calor), não sendo reaproveitável. A energia tem portanto um percurso acíclico. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia. A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias). Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.

Cádmio. O cádmio é um metal raro que é mais facilmente encontrado em ambientes aquáticos e possui a propriedade de ser insolúvel, por isso se acumula nas gramíneas, em aves, gado, cavalos e no organismo humano. O cádmio foi considerado carcinogênico e seu acúmulo no organismo acarreta vários problemas de saúde, como desenvolvimento de hipertensão e doenças do coração. A acumulação de cádmio ainda é responsável pela doença “Itai-Itai”, essa doença produz problemas no metabolismo de cálcio, gerando complicações: descalcificações e reumatismos. O organismo humano acumula cádmio e na idade de 50 anos o homem pode estar com uma carga de 20 a 30 mg, concentrando-se nos rins e nas paredes das artérias. Efeitos mais graves são decorrentes dessa alta concentração de cádmio: destruição do tecido testicular e das hemácias sanguíneas. A explicação Bioquímica para os efeitos do cádmio, é que esse metal inativa numerosos sistemas enzimáticos, por ligar-se aos grupos sulfidril das moléculas de proteína. Fontes de contaminação: o cádmio está presente em mariscos, ostras e peixes de água salgada, alguns tipos de chá e na fumaça do cigarro. Outras fontes incluem soldas, pigmentos (pinturas), ripas galvanizadas, baterias, combustão dos automóveis, e em alguns suplementos naturais, como: dolomita e medula óssea (tutano).  Absorção e excreção: não existe sistema que regule o metabolismo de absorção e excreção de cádmio. Uma das formas do cádmio entrar no nosso organismo é através dos pulmões, quando presente na fumaça do cigarro ou em forma de pó oxidado. Doenças causadas pela Toxicidade: Enfisema pulmonar; Hipertensão arterial; Doenças renais; Fibrose e edema pulmonar; Anemia; Diminuição da testosterona; Diminuição da produção de anticorpos. Sintomas da intoxicação por cádmio - diminuição da temperatura corporal, hiperatividade, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, perda de dentes, dores articulares. O metal cádmio já foi usado como amálgama por dentistas, atualmente tem aplicação em baterias de celulares e em pilhas recarregáveis, justamente essa é a grande preocupação: a poluição ambiental resultante do descarte de baterias de telefones celulares e pilhas elétricas que contém os metais tóxicos níquel e cádmio.

Calcário. Os calcários (do latim "calx -cis" , "cal") são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Quando o mineral predominante é a dolomita (CaMg{ CO3}2 ou CaCO3. MgCO3) a rocha calcária é denominada calcário dolomítico. As principais impurezas que contém o calcário são as sílicas, argilas, fosfatos, carbonato de magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de ferro e magnésio, sulfetos, siderita, sulfato de ferro dolomita e matéria orgânica entre outros. A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escuro. Muitos calcários apresentam tons de vermelho, amarelo, azul ou verde dependendo do tipo e quantidade de impurezas que apresentam. As impurezas dos calcários variam muito em tipo e quantidade, entretanto merecem exame, sob o aspecto econômico, se elas afetam a utilidade da rocha. Essas impurezas acompanham o processo de deposição do CaCO3 ou ocorreram em estágios posteriores à deposição. Desse modo, surgiram as impurezas dos calcários, as quais podem ser fatores limitantes ao aproveitamento econômico dos mesmos, essencialmente, quando utilizados para fins nobres. Talvez, a impureza mais comum nas rochas carbonatadas em todo o mundo seja a argila. Os argilominerais – principalmente caulinita, ilita, clorita, smectita e outros tipos micáceos – podem estar disseminados por toda a rocha ou, ainda, concentrados em finos leitos no seu interior. Neste contexto, a alumina em combinação com sílica encontra-se nos calcários sob a forma de argilominerais, embora outros aluminiosilicatos, em forma de feldspato e mica, possam ser encontrados. Quando ocorrem em quantidade apreciável, as argilas convertem um calcário de alto cálcio em marga (rocha argilosa). Esse tipo de calcário, quando calcinado, produz cal com propriedades hidráulicas. Calcários contendo entre 5 e 10% de material argiloso produzem cal fracamente hidráulica, entretanto, com uma contaminação entre 15 e 30% resultam numa cal altamente hidráulica. Outras impurezas silicosas, que não argilominerais, comprometem o aproveitamento econômico do calcário. Assim, a sílica que ocorre como areia, fragmentos de quartzo e, em estado combinado, como feldspato, mica, talco e serpentinito, produz efeitos nocivos ao calcário. Basta lembrar que os calcários para fins metalúrgicos e químicos devem conter menos que 1% de alumina e 2% de sílica. Os compostos de ferro no calcário são prejudiciais à sua aplicação para vários fins industriais como: cerâmicos, tintas, papel, plásticos, borracha, além de outros. Na obtenção de cal, essas impurezas, raramente, são prejudiciais, desde que um produto final muito puro não seja exigido. Em geral, os compostos de ferro estão na forma de limonita (hidróxido férrico) e pirita. Hematita, marcasita e outras formas de ferro são encontradas no calcário, porém atípicas. Os compostos de sódio e potássio são raramente encontrados nos calcários e não constituem objeções ao uso da rocha, salvo se produtos finais com elevada pureza sejam exigidos. Quando presentes em pequenas proporções, essas impurezas podem ser eliminadas durante a queima do calcário. Isso só é válido para o processamento da rocha ao qual está inserida uma etapa de calcinação, como acontece com a obtenção da cal. Igualmente, os compostos de enxofre e fósforo (sulfetos, sulfatos e fosfatos) são impurezas prejudiciais aos calcários. Nas indústrias metalúrgicas são exigidos calcários puros para uso, em geral, como fluxantes e os teores de enxofre e fósforo não devem ultrapassar os valores de 0,03 e 0,02%, respectivamente.

Caducifólia. Em botânica, caducifólia, caduca ou decídua é o nome dado às plantas que, numa certa estação do ano, perdem suas folhas, geralmente nos meses mais frios e com chuva (outono e inverno). É a forma que as plantas encontram para não perder água pelo processo de evaporação, pelas folhas. Às vezes ficam só os galhos e o caule. Desta forma elas armazenam a água sem perder praticamente nada pela evaporação. Algumas plantas de pequeno porte, ficam com suas folhas aparentemente murchas quando os raios solares incidem sobre elas. É uma forma de não perder a umidade, também, pois assim elas fecham os "poros" das folhas. Plantas que apresentam o atributo contrário têm folhas persistentes (espécie perenefólia).

Camada de Ozônio. Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta. Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte. Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

Câncer. Muitas formas de câncer são produzidas pela ação do meio ambiente – por intermédio da poluição dos alimentos, atividades profissionais e radiações. A poluição atmosférica, por meio de substâncias lançadas na atmosfera, o  benzopireno ou aldeídos (também presentes na fumaça do cigarro), pode aumentar o risco de câncer.  Na alimentação, o corante “amarelo” da manteiga foi usado durante muito tempo até ser provado que era altamente cancerígeno e medicamentos como o bismuto foram retirados de circulação pelo mesmo motivo. Os nitratos de adubos se transformam em nitritos no processo de digestão do ser humano e também podem se tornar potencialmente perigosos. A poluição está igualmente relacionada com cânceres profissionais. Um trabalhador em uma fábrica de amianto que também fume, por exemplo, corre 92 vezes mais risco de contrair câncer do pulmão que uma pessoa normal. O cloreto de vinilo, usado na fabricação de matérias plásticas, também pode causar sérios riscos aos operários.

Campo Limpo. Campo limpo é o nome dado a extensão de terras sem mata, recoberto por plantas herbáceas, principalmente gramíneas, podendo ter árvores esparsas (cerrado). Ocorre em terrenos planos, em vales e colinas. Consiste de uma camada rasteira de gramíneas e ervas, sem árvores ou arbustos que se destaquem acima desse extrato. Essa demominação é usada para fitofisionomias do Cerrado. Também é usada para os Pampas brasileiros. A massa da vegetação por unidade de área é menor por problemas de água, por condições oligominerais e porque nos campos existem muitos consumidores primários.

Carbamatos. Designa toda a família de pesticidas de ação neurotôxica, criados para substituir o DDT na década de 60, quando se provou a violenta ação tóxica deste composto organoclorado. Embora menos agressivo que o DDT, ainda apresentam uma razoável índice de toxicidade aos vertebrados de sangue quente. Os carbamatos incluem inseticidas de contato (carboril), herbicidas, fungicidas e fumigadores de solo. São suspeitos de serem cancerígenos e podem matar diretamente alguns tipos de peixes e aves. Os carbamatos são amplamente usados na agricultura não orgânica e apresentam um baixo grau de dissolubilidade na água.

Carbono. O carbono (do latim carbo, carvão) é um elemento químico, símbolo C , número atômico 6 (6 prótons e 6 elétrons), massa atómica 12 u, sólido à temperatura ambiente. Dependendo das condições de formação, pode ser encontrado na natureza em diversas formas alotrópicas: carbono amorfo e cristalino, em forma de grafite ou ainda diamante. Pertence ao grupo (ou família) 14 (anteriormente chamada IVA). É o pilar básico da química orgânica, se conhecem cerca de 10 milhões de compostos de carbono, e forma parte de todos os seres vivos.

Carvão. É um combustível fóssil, de origem vegetal, que apresenta um elevado índice de carbono. As reservas carboníferas representam, em termos energéticos, uma fonte tão importante quanto a do petróleo. Calcula-se, porém, elas estariam esgotadas antes mesmo do ano de 2400. como o carvão mineral começou a ser retirado a partir de 1900, as reservas terminariam em apenas cinco séculos de extração. Hoje, o carvão não cobre mais do que 10% das necessidades energéticas do planeta. Muitas das técnicas de extração ainda são consideradas primitivas, mas elas não impedem um ritmo intenso de produção, com um alto ambiental. 

Cerrado. O Cerrado é um bioma do tipo biócoro savana que ocorre no Brasil, constituindo-se num dos seis grandes biomas brasileiros. As "savanas brasileiras" – o Cerrado e a Caatinga – são uma forma de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que ocupam do território do país. É uma área zonal, como as savanas da África, e corresponde grosso modo ao Planalto Central. O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 (25% do território brasileiro), abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal. Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade. Ecossistemas do bioma cerrado do Brasil: cerrado, cerradão, campestre, floresta de galeria, cerrado rupestre. Há também os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o Cerrado. As suas árvores baixas e retorcidas, arbustos e gramínias abrigam uma fauna rica e expressiva: é o mundo do tatu-canastra, do tamamduá-bandeira, da suçuarana, do lobo-guará e do veado-campeiro, que vive também nos campos limpos. A variedade de aves é infindável. Veja mais. Veja minhas fotografias.

Cetáceos. Os cetáceos (latim científico: Cetacea) constituem uma ordem de animais marinhos, porém, pertencentes à classe dos mamíferos. O nome da ordem deriva do grego ketos que significa monstro marinho. Os cetáceos estão divididos em duas sub-ordens: As baleias sem dentes (subordem Mysticeti) são caracterizadas pelas cerdas bucais, que são estruturas parecidas com peneiras localizadas na parte superior da boca e são feitas de queratina. As baleias utilizam as "cerdas" para filtrar plâncton da água. Elas compreendem as maiores espécies de animais; As baleias com dentes (subordem Odontoceti) têm dentes e se alimentam de peixes e lulas. Uma habilidade notável deste grupo é a de localizar a suas presas por ecolocalização. Tal como todos os mamíferos, os cetáceos respiram ar por pulmões, são de sangue-quente (i.e., endotérmicas) e amamentam os juvenis, mas têm muito poucos pelos. As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais. Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis. Debaixo da pele existe uma camada de gordura. Serve como reservatório de energia e também como isolamento. Os cetáceos possuem um coração de quatro cavidades. As vértebras do pescoço estão fundidas na maior parte dos cetáceos, o que fornece estabilidade durante a natação às custas da flexibilidade. Os cetáceos respiram por meio de espiráculos localizados no topo da cabeça, o que permite ao animal ficar submerso. As baleias sem dentes possuem dois, enquanto que as baleias com dentes apenas têm um espiráculo. Quando respiram, os cetáceos lançam um jacto de água, cuja forma é uma característica que ajuda à sua identificação. O seu sistema respiratório permite-lhes ficar submersos durante muito tempo sem respirar: o cachalote, por exemplo, pode ficar duas horas sem respirar. Especialmente notória é a baleia-azul, o maior animal que alguma vez viveu. Pode atingir 30 metros de comprimento e pesar 180 toneladas.

Chapada Diamantina, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Chapada Diamantina é um dos mais fascinantes parques naturais Brasileiros. O cenário montanhoso abriga uma extraordinária variedade de ecossistemas como Cerrado, Mata Atlântica, Campos rupestres, Caatinga. As bromélias e orquídeas encontraram ai um ambiente privilegiado, adaptando-se as diferenças de clima, altitude e solo. As serras que culminam a 1.700 metros no Esbarrancado oferecem sustento a Jaguatiricas, onças, mocós, veados, teiús e seriemas. Os maciços de quartzito resistiram a erosão iniciada no Pré- Cambriano formando torres minerais ou morros. Os índios Maracás e Cariris dominaram a região antes da chegada dos primeiros bandeirantes por volta de 1750. Os morros mais representativos com altitudes médias de 1450 metros se espalham pelos municípios de Palmeiras, Lençóis e Mucugê: O monte Tabor (Morrão), Calumbi (Morro do Camelo), o Pai Inácio e o Morro Branco do Paty desafiam o tempo e alimentam as lendas locais. As cidades que rodeiam o Parque Nacional abundam em prédios de arquitetura colonial, lembranças vivas da riqueza do ciclo do diamante que fez do Brasil o primeiro produtor mundial no início do século vinte.. As trilhas abertas pelos garimpeiros são percorridas hoje por amadores de trekking vindos do mundo inteiro. Ainda é possível encontrar velhos garimpeiros que conheceram a época em que as riquezas jorravam das serras. Os principais rios da Bahia escondem suas nascentes nas encostas da Chapada, os rios Paraguaçu e de Contas cavaram profundos cânions nas serras e planícies, gerando cenários de divina beleza na Cachoeira da Fumaça, nas grutas de Iraquara e no Poço Encantado. O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi decretado em 1985 e está atualmente em processo de implementação, sendo administrado pelo Ibama com sede em Palmeiras. As associações de guias presentes em todas as localidades devem ser solicitadas para realizar qualquer roteiro dentro do Parque por razões de segurança e de proteção ao meio ambiente.

Chapada dos Guimarães, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é uma unidade de conservação brasileira, situada no Estado de Mato Grosso, no município de Chapada dos Guimarães e Cuiabá, que recebeu a guarida federal através do Decreto 97.656, de 12 de abril de 1989. Possui uma área total de 33 mil hectares. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os rios que cortam o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães integram a Bacia do Alto Paraguai e são tributários do rio Cuiabá, um dos principais formadores da Planície Pantaneira. A proteção destes rios foi um dos motivos que levaram diversos segmentos sociais a se mobilizarem pela criação do Parque.

Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional da. Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961, protege uma área de 65.514 ha do Cerrado de altitude. São diversas formações vegetais; centenas de nascentes e cursos d água; rochas com mais de um bilhão de anos, além de paisagens de rara beleza, com feições que se alteram ao longo do ano. O Parque também preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local e foi declarado Patrimônio Mundial Natural em 2001 pela UNESCO.Além da conservação, o Parque tem como objetivos a pesquisa científica, a educação ambiental e a visitação pública. A caminhada e banhos de cachoeira são as principais atividades no Parque nas imensas paisagens da Chapada numa viagem pelo Cerrado brasileiro em antigas rotas usadas por garimpeiros, que hoje são utilizados pelos visitantes. Localizado ao Nordeste do Estado de Goiás, no centro da Chapada dos Veadeiros, o Parque está a 260 km de Brasília e a 480 km de Goiânia, com parte nos municípios de Cavalcante (60%) e Alto Paraíso (40%), onde se situa a Vila de São Jorge, local de entrada dos visitantes. A visita ao Parque Nacional oferece oportunidades de contemplação e convivência com a natureza da Chapada dos Veadeiros. Já ao longo da estrada de acesso (GO-239), vale observar o Morro da Baleia no km 18 e as Veredas do Jardim de Maytréia (km20). Por sua vez na GO-118 avista-se o ponto mais alto de Goiás (1676 m) no mirante do Pouso Alto. A partir de Brasília, chega-se ao Parque, pelas rodovias BR-020 e GO-118 (220 km), que levam a Alto Paraíso, seguindo-se depois pela GO-239 (36 km) até o povoado de São Jorge. Chegando ao Parque, a recepção, orientações e escolha dos passeios acontecem no Centro de Visitantes.

Chernobil. O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas. Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso. O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da ONU de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo. O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência: “Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na usina nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle.”

Chorume. Líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se encarregam de lixiviar compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente.

Chuva Ácida. Inicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6. Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos metais, para o calcário e outras substâncias. Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente por fábricas e carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores, monumentos, etc. Outra parte circula na atmosfera e se mistura com o vapor de água. Passa então a existir o risco da chuva ácida. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição. Monumentos históricos também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas. A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai. Outro efeito das chuvas ácidas é a formação de cavernas.

Ciclos da Biosfera. A vida na Terra se desenvolve por meio de uma reciclagem constante. Pode-se dizer que ela está continuamente sendo recriada a partir dos mesmos átomos, que circulam em cadeias biogeoquímicas. Nesses sistemas, as bactérias  e fungos decompositores desempenham um papel essencial. Após a morte dos organismos, a matéria é decomposta por eles, e os elementos químicos resultantes são novamente colocados à disposição do ambiente (atmosfera, solo, água) e de outros seres vivos. Morte, destruição e decomposição são apenas o início de um novo elo de vida e novas estruturações. Elementos vitais – como o carbono, o oxigênio, o nitrogênio, o fósforo, o enxofre ou o cálcio – deslocam-se nessas cadeias onde a vida se perpetua. Alguns dos ciclos mais importantes como o da água, do carbono e do nitrogênio, podem exemplificar esse movimento circular da vida.

Ciclo do Carbono. Originalmente o carbono é um elemento disponível na atmosfera. São as plantas e as algas que retiram o carbono atmosférico por meio da fotossíntese. Os átomos de carbono passam a fazer parte das suas moléculas, que serão ingeridas pelos herbívoros e, posteriormente pelos carnívoros. Parte do carbono, portanto, fica retido na biomassa, enquanto o restante é devolvido à atmosfera pela respiração dos seres vivos. O carbono da biomassa retorna à terra pelos excrementos e cadáveres dos animais e restos dos vegetais, que serão decompostos em elementos químicos por meio dos decompositores. Assim o carbono, torna-se disponível aos captadores de energia (plantas), sendo absorvidos pelas suas folhas. Quando os cadáveres dos seres vivos e o resto de plantas não são atacados pelos decompositores se transformam em fósseis, e o carbono permanece durante milhões de anos dentro da terra, em forma de carvão e petróleo.

Ciclo da Água. Um dos ciclos básicos para a vida na Terra, o ciclo da água tem seu início com a evaporação das águas dos oceanos, lagos e rios. Essa evaporação se dá por causa do calor provocado pelo Sol e pela ação dos ventos, transformando a água do estado líquido para o estado gasoso. O vapor de água, por ser mais leve que o ar, sobe na atmosfera formando nuvens. Quando as nuvens são atingidas por temperaturas mais baixas, o vapor de água se condensa e se transforma em gotículas que se precipitam de volta à superfície em forma de chuva. Nas regiões muito frias, essas gotículas se transformam em flocos de neve ao se precipitarem. As águas da chuva ficam retidas no solo nas áreas onde há vegetação. Essa água é usada pelas plantas. Outra parte da água acaba indo para os rios e lagos. A água não utilizada pelas plantas passa através de pedras permeáveis e acaba se dirigindo para grandes reservatórios no subterrâneo, formando os chamados lençóis de água, que fluem de volta para os oceanos. A evaporação das águas da superfície terrestre é constante e novos ciclos se formam a todo instante.  O homem, os animais e as plantas também contribuem para a formação de vapor de água, por expiração durante o processo de respiração.

 Ciclo do Nitrogênio. Ao contrário do carbono, que pode fixar na terra durante milhões de anos antes de voltar para a atmosfera por meio de sua combustão, o nitrogênio se restringe a trocas rápidas efetuadas entre o ar, o solo e os seres vivos. Certas bactérias ou as microscópicas algas azuis retém o nitrogênio na sua biomassa, enriquecendo o solo quando morrem. O nitrogênio também pode se alojar nas raízes das plantas, por meio das bactérias nitrificantes (Rhizobium) que o fixam nas suas raízes transformando-o em nitratos. Esses elementos passam a fazer parte das moléculas dos vegetais e, da mesma forma que o carbono, eles são ingeridos pelos herbívoros e depois pelos carnívoros. O nitrogênio é devolvido à terra a partir da excreção dos resíduos nitrogenados dos seres vivos (amônia) e transformados em nitritos. O nitrogênio pode voltar à atmosfera a partir da ação de bactérias denitrificantes, que o liberam diretamente, em forma de gás carbônico.

Cinturão Verde. A maioria das cidades antigas foram urbanisticamente estruturadas sem considerar a inclusão interna ou externa de espaços verdes. A idéia de que o verde era vital para a qualidade de sobrevivência nas cidades é relativamente recente – na civilização ocidental, parques e jardins eram construídos apenas para embelezar palácios, castelos ou ricas mansões burguesas. Raramente se pensava nessas áreas como de domínio público. O cinturão verde inovou e ampliou o conceito de espaço verde de cidades, circundadas a partir desses novos projetos por áreas destinadas à agricultura para a produção de hortaliças. No Brasil, a maior parte das grandes cidades litorâneas também possui um cinturão verde natural de remanescentes florestais, pois foram edificadas em cima da Mata Atlântica.

Clima. O clima (do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo de rotação da terra e seu plano de translação) compreende um padrão dos diversos elementos atmosféricos que ocorrem na atmosfera da Terra. Fenômenos como frente frias, tempestades, furacões e outros estão associados tanto às variações meteorológicas preditas pelas leis físicas determinísticas, assim como a um conjunto de variações aleatórias dos elementos meteorológicos (temperatura, precipitação, vento, umidade, pressão do ar) cuja principal ferramenta de investigação é a estatística. As semelhanças em várias regiões da Terra de tipos específicos caracterizam os diversos tipos de clima, para o que são consideradas as variações médias dos elementos meteorológicos ao longo das estações do ano num período de não menos de 30 anos. A definição pelo glossário do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) é: "Clima, num sentido restrito é geralmente definido como 'tempo meteorológico médio', ou mais precisamente, como a descrição estatística de quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período de tempo, que vai de meses a milhões de anos. O período clássico é de 30 anos, definido pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Essas quantidades são geralmente variações de superfície como temperatura, precipitação e vento. O clima num sentido mais amplo é o estado, incluindo as descrições estatísticas do sistema global."

Cites. Três volumosos livros regem o comércio internacional das espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. Concluído em Washington em 1973 e implementado em 1975, o Cites (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora) é assinado por mais de 100 países e regula este tipo especial de comércio. A Convenção, com o apoio da opinião pública, golpeou profundamente o tráfico de marfim, a partir da denúncia de que os elefantes poderiam ser extintos em vinte anos, caso o ritmo de matança não fosse imediatamente interrompido. Embora sete países não houvesses assinados a Convenção, ficou provada a eficácia do Cites e muitos casos – o comércio de marfim, ao contrário da espécie ameaçada, praticamente extinguiu-se.

Clímax. Na chamada sucessão, o fim de uma evolução da série é representado por uma biocenose ou comunidade estável, em equilíbrio com o Meio. Etapa final de um povoamento vegetal, geralmente de uma floresta. Nessa etapa, a massa vegetal apresenta um clímax, isto é, cada hectare de terra suporta a vegetação máxima possível dentro das condições ambientais apresentadas. O clímax pode se apresentar em qualquer espécie de vegetação, por exemplo, no cerrado, na caatinga e nos mais diferentes tipos de florestas.

Coação. É a influência que os organismos exercem uns sobre os outros.

Coleta Seletiva. Termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são passíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.

Competição. Quando duas espécies ou dois indivíduos lutam pelo mesmo bem essencial (alimentação, luz, espaço) eles estão em competição, uma lei básica da natureza. As árvores dominantes de uma floresta, por exemplo, conseguem mais luminosidade por causa de sua altura, enquanto as dominadas devem adequar-se à pouca luz – e a sua não adaptação significa a morte.

Compostagem. Conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).

Comunidade. O conjunto de diferentes espécies de plantas e animais que se interrelacionam e ocupam o mesmo espaço é chamado de comunidade (como as abelhas, por exemplo). Uma comunidade simples pode abrigar um pequeno número de espécies, mas numa comunidade complexa (um lago, por exemplo) pode haver centenas delas. As espécies diferentes que habitam essa área geralmente pertencem à mesma cadeia alimentar e muitas espécies dependem de outras que ali estão para sobreviver.

Consumidores. Organismos que não conseguem sintetizar a substância orgânica a partir de substâncias inorgânicas.

Consumo. Abrigo contra o frio ou o calor, alguns vestuários, alimentação na base de 3 mil calorias por dia e conforto psicológico – essas podem ser consideradas as necessidades do ser humano. Portanto, na sua maior parte, o consumo se alicerça sobre bases de necessidades fictícias. A autodisciplina para não adotar integralmente todas as necessidades criadas pela sociedade de consumo e a consciência de que a maioria dos produtos oferecidos por ela resulta em vários tipos de poluição são essenciais para a transformação do planeta.

Conservation International. A Conservação Internacional (Conservation International ou CI em inglês), é uma organização não governamental sediada em Washington D.C., que visa a proteção da hotspots de biodiversidade da Terra, áreas selvagens ou regiões marinhas de alta biodiversidade ao redor do globo. O grupo também é conhecido por suas parcerias locais com ONG e povos indígenas. A CI foi fundada em 1987 e possui agora um quadro de pessoal com mais de 900 funcionários. Seu trabalho se desenvolve em mais de 40 países, principalmente em países em desenvolvimento na África, na Orla do Pacífico e nas florestas tropicais das América do Sul e Central. A missão da Conservação Internacional é conservar a herança viva natural da Terra, nossa biodiversidade global, e demonstrar que as sociedades humanas são capazes de viver em harmonia com a natureza.

Convergência. Espécies sem parentesco algum podem apresentar semelhanças morfológicas – é o que em Biologia se chama de convergência. Esse processo pode ocorrer por adaptação, pelo processo evolucionário e também pelo mimetismo, quando uma espécie vulnerável assume, para se defender, a morfologia de uma espécie mais agressiva, como certos tipos de borboletas que “imitam” a forma de uma vespa. A convergência pode ser fortuita e sem maior significado. Golfinhos, baleias e toninhas têm o mesmo formato pisciforme, que lembra o dos peixes (especialmente os tubarões), apesar de serem mamíferos. A convergência adaptativa os faz parecerem iguais porque vivem no mesmo meio aquático – um processo evolucionário adaptou esses cetáceos com a morfologia ideal para se movimentarem na água. O mesmo acontece com os morcegos e os pássaros.

Cooperação. Ocorre quando as duas espécies formam uma associação, mas esta não é indispensável, podendo cada qual viver isoladamente, mas a associação traz vantagens para ambas.

Coral ou recife de corais ou ainda antozoários são animais cnidários e uma das maravilhas do mundo submarino. Os corais constituem colônias coloridas e de formas espantosas que crescem nos mares e podem formar recifes de grandes dimensões que albergam um ecossistema com uma biodiversidade e produtividade extraordinárias. O maior recife de coral vivo encontra-se na Grande Barreira de Coral, na costa da Queensland, Austrália. Ele também é considerado o maior indivíduo vivo da Terra. Porém, devido à poluição e aquecimento marinho, está morrendo. A maioria dos corais desenvolve-se em águas tropicais e subtropicais, mas podem encontrar-se pequenas colónias de coral até em águas frias, como ao largo da Noruega. Os corais são os membros da classe Anthozoa que constroem um "exoesqueletos" que pode ser de matéria orgânica ou de carbonato de cálcio. Os restantes membros desta classe que não formam exosqueleto são as anêmonas. Quase todos os antozoários formam colônias, que podem chegar a tamanhos consideráveis (os recifes), mas existem muitas espécies em que os pólipos vivem solitários. Os pólipos têm a forma de um saco (o celêntero) e uma coroa de tentáculos com cnidócitos (células urticantes) na abertura, que se chama arquêntero. Os antozoários não têm verdadeiros sistemas de órgãos: nem sistema digestivo nem sistema circulatório, nem sistema excretor, uma vez que todas as trocas de gases e fluidos se dão no celêntero, uma vez que a água entra e sai do corpo do animal através de correntes provocadas pelos tentáculos. No entanto, esta classe de celenterados tem algumas particularidades na sua anatomia: uma faringe, denominada neste grupo actinofaringe que liga a “boca” ao celêntero e que, muitas vezes, contem divertículos chamados sifonoglifos, com células flageladas, em posições diametralmente opostas, dando à anatomia do pólipo uma simetria bilateral; os mesentérios - um conjunto de filamentos radiais que unem a faringe à parede do pólipo. O grupo inclui os importantes construtores de recifes conhecidos como corais hermatípicos, encontrados nos oceanos tropicais. Os últimos encontrados, são conhecidos como corais de pedra, visto que o tecido vivo que cobre o esqueleto é composto de carbonato de cálcio. Os corais hermatípicos obtêm muitos nutrientes para suas necessidades.

Cousteau, Jacques. Jacques-Yves Cousteau (Saint André de Cubzac, 11 de Junho de 1910 — Paris, 25 de Junho de 1997) foi um oficial da marinha francesa, oceanógrafo mundialmente conhecido por suas viagens de pesquisa, a bordo do Calypso. Cousteau foi um dos inventores, juntamente com Émile Gagnan, do aqualung, o equipamento de mergulho autônomo que substituiu os pesados escafandros, e também participou como piloto de testes da criação de aparelhos de ultra-som para levantamentos geológicos do relevo submarino e de equipamentos fotocinematográficos para trabalhos em grandes profundidades. Jacques Cousteau consquistou o Oscar em 1956 com o documentário O Mundo Silencioso, filmado no Mediterrâneo e no Mar Vermelho. Mas o próprio Cousteau confessa que, em seus primeiros filmes, não tinha nenhum tipo de preocupação ecológica. No total, foram quatro longas-metragens e setenta documentários para a televisão. Em 1965, Cousteau criou uma casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de profundidade. Em 1990, o músico francês Jean Michel Jarre lançou um álbum em homenagem a seu 80º aniversário, com o título Waiting For Cousteau.

Crédito de Carbono. São certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa.

Darwin, Charles Robert. Durante cinco anos, de 1831 a 1836, Charles Darwin viajou pelo mundo, a bordo deum navio de pesquisa. Coletou milhares de informações sobre os mais diferentes animais e plantas do planeta. Voltou para a Inglaterra cm a firma convicção de que as espécies evoluíram e passou vários anos acumulando dados para alicerçar a sua teoria. Em 1859, ao saber que o naturalista Alfred Wallace havia chegado ás mesmas conclusões, acabou reunindo coragem para publicar o seu revolucionário livro, A Origem das Espécies. As idéias de Charles Darwin (1809-1882) foram confirmadas pela descoberta da genética, que mostrou como as mutações poderiam ocorrer (por meio dos genes) e como essas mudanças evolutivas eram transmitidas.

DDT. O DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é o primeiro pesticida moderno, tendo sido largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate aos mosquitos causadores da malária e do tifo. Sintetizado em 1874, suas propriedades inseticidas contra vários tipos de artrópodes só foram descobertas em 1939 pelo químico suíço Paul Hermann Müller, que, por essa descoberta,recebeu o Prêmio Nobel de Medicina de 1948. O pesticida é sintetizado pela reação entre o cloral e o clorobenzeno, usando-se o ácido sulfúrico como catalisador. O estado químico do DDT é sólido em condições de temperatura entre 0° a 40 °C. É insolúvel em água, mas solúvel em compostos orgânicos como a gordura e o óleo e tem um odor suave. Trata-se de inseticida barato e altamente eficiente a curto prazo, mas a longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde humana, como demonstrou a bióloga norte-americana Rachel Carson, em seu livro Primavera Silenciosa (ou Silent Spring, no original). De acordo com Carson, o DDT pode ocasionar câncer em seres humanos e interfere com a vida animal, causando, por exemplo, o aumento de mortalidade entre os pássaros. Por este e outros estudos, o DDT foi banido de vários países na década de 1970 e tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes. No Brasil, só em 2009 o DDT teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009.

Decantação. Separar, por gravidade, impurezas sólidas que se contenham em (um líquido). Limpar, livrar, purificar. Utilizada principalmente em misturas bifásicas, como sólido-líquido (areia e água), sólido-gás (poeira-gás), líquido-líquido (água e óleo) e líquido-gás (vapor d’água e ar). Sendo esse processo fundamentado nas diferenças existentes entre as densidades dos componentes da mistura, e na espera pela sua decantação. A mistura é colocada em repouso num recipiente, de preferência fechado. Após a separação visual (fases), o processo pode ser feito através de vários métodos, que podem mudar o nome Decantação para Sifonação ou Funil de Decantação: - Decantação: Separa-se um do outro através de um bastão de vidro, vertendo o líquido lentamente com a ajuda do bastão, até a substância menos densa passar para o outro recipiente. Este método evita que o líquido escorra para fora do recipiente, passando perfeitamente pelo bastão, e muito utilizado em separações de misturas sólido-líquido, como areia e água. - Funil de Bromo ou Funil de Decantação: Neste método é usado para separar líquido-líquido, como óleo e água. O líquido mais denso passa controladamente através de uma válvula que é fechada imediatamente quando sua separação se completa, ou seja, antes que o líquido menos denso passe pela válvula e se misture novamente com o outro recipiente.

Decomposição. Em biologia e ecologia, decomposição, mineralização e em alguns casos, apodrecimento, é o processo de transformação da matéria orgânica em minerais, que podem ser assimilados pelas plantas para a produção de matéria viva, fechando assim os ciclos biogeoquímicos. Este processo, não só fornece aos ecossistemas os compostos necessários ao desenvolvimento dos produtores primários, mas liberta-o igualmente de material que, se acumulado, poderia prejudicá-lo. A decomposição dos animais e plantas mortos, ou suas partes, dos dejetos ou outras excreções dos animais e de restos de comida é um processo complexo. Nos tecidos dos organismos mortos inicia-se a autólise das células pelas enzimas contidas nos lisossomas. Esses tecidos são ainda triturados e parcialmente consumidos pelos detritívoros. A parte não consumida ou que não faz parte da alimentação desses animais é então atacada por vários tipos de bactérias; as partes interiores, onde não existe oxigênio livre, são consumidas por bactérias anaeróbicas, causando a putrefação, que resulta em aminas como a putrescina e a cadaverina, que têm um odor "pútrido"; este é o processo conhecido vulgarmente como apodrecimento. Finalmente, intervêm as bactérias mineralizantes – os decompositores –, que transformam as moléculas orgânicas libertadas pelos processos anteriores em água, dióxido de carbono e sais minerais. Estes processos dependem de muitos fatores bióticos e abióticos, como a abundância e tipos de decompositores no biótopo, a humidade, a temperatura e outros.

Defeso. Época do ano em que é proibido caçar ou pescar, a fim de proteger os ciclos de reprodução; veda. Exemplos com a palavra defeso na imprensa: “Todos os anos, cardumes de tainha deixam o estuário da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, à procura de águas mais quentes para a desova. Passado o defeso, quando a captura é proibida pelo Ibama, chegam ao litoral catarinense e, entre maio e julho, atraem os pescadores da região, menos por sua carne e mais por suas ovas.” Folha de São Paulo, 04/07/2009. “14º edição do Festival do Camarão de Caraguatatuba acontece das 10h às 24h, na praça de Eventos, e marca o fim do defeso (período do ano em que é proibido caçar ou pescar).”Folha de São Paulo, 22/06/2011

Degradação. Variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.

Densidade das Populações. A densidade de uma população é o número de indivíduos presentes por unidade de superfície ou volume.

Desenvolvimento Sustentável. Forma socialmente justa e economicamente viável de exploração do ambiente que garanta a perenidade dos recursos naturais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a diversidade biológica e os demais atributos ecológicos em benefício das gerações futuras e atendendo às necessidades do presente. Em poucas palavras é o desenvolvimento “limpo” sem altos custos ambientais. Durante a Conferência sobre o Meio Ambientee Desenvolvimento convocada pela ONU cunhou-se a expressão ecodesenvolvimento, substituida, através do tempo, por desenvolvimento  sustentado (ou sustentável).

Desertificação. Transformação de uma região em deserto pela ação de fatores climáticos ou humanos. Desaparecimento de toda a atividade humana numa região aos poucos transformada em deserto. Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de uma área num deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas". Considera as áreas suscetíveis aquelas com índice de aridez entre 0,05 e 0,65. A ONU adotou o dia 17 de Junho como o Dia Mundial de Combate à Desertificação.

Desmatamento. Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. A desflorestação é diretamente causada pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas ou para extração de madeira, por parte da indústria madeireira. Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global. Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento, porém essa medida é apenas parcialmente aceita pelos ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar em conta apenas à eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região. O reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma aparecer na floresta natural. No pior dos casos, se plantam árvores não nativas e que em certas ocasiões danificam o substrato, como ocorre em muitas plantações de pinheiro ou eucalipto. Segundo dados da FAO (sigla de Food and Agriculture Organization) anunciados em março de 2010, o Brasil reduziu a área líquida desmatada em 20 anos, mas continua líder no ranking, seguido por Indonésia e Austrália. Cerca de 4 milhões de hectares são perdidos anualmente na América do Sul. Há três importantes fatores responsáveis pela desflorestamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores. No Brasil, os estados mais atingidos pela desflorestamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos. A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).

Desperdício. É o excesso daquilo que deveria ser utilizado, que acaba sendo jogado fora – e desperdiçado. A sociedade de consumo é, por si mesma, uma sociedade de desperdício. Necessidades fictícias são criadas e, portanto, uma quantidade maior de produtos industriais acaba sendo desenvolvida. A ideia de que os objetos possam ser consertados,  reaproveitados e reciclados foi substituída pela noção de que tudo que se quebra ou se torna velho deve ser trocado por algo novo. Os produtos passam a ser mais frágeis, descartáveis, de puçá durabilidade e facilmente ultrapassados. O desperdício pode ser visto também em outras áreas – na agricultura, nos tipos de energia e combustíveis empregados, nas terras não produtivas e, principalmente, na alimentação altamente calórica.

Detergente. As imagens das espumas poluentes formadas nas águas do Rio Tietê, em São Paulo, sempre fizeram parte dos telejornais do país. O uso doméstico dos detergentes biodegradáveis apontado com uma das soluções do problema não resolveu a situação. Como em outras “soluções” ambientais atenuantes, um problema não substitui o outro:a toxidade dos detergentes biodegradáveis é muito maior do que a dos detergentes normais. Parte da flora responsável pela biodegradação é morta exatamente nesse processo. E moluscos como os mexilhões e ostras podem suportar uma dose 400 vezes maior de detergente comum do que o seu similar biodegradável. Detergentes usados para dissolver a maré negra causada pelos derramamentos de petróleos no mar realmente degradam os hidrocarbonetos, mas para a fauna marinha, podem ser mais tóxicos que o petróleo.

Dioxina. É a base de vários inseticidas, herbicidas e desfolhantes e um produto formado durante a síntese do triclorofenol.  O principal tipo de dioxina – existem muitos deles – é conhecido como T.C.D.D., sigla que resume um conjunto de substâncias na palavra tetraclorobenzolparadioxina. A consequência mais perigosa desse tipo de dioxina consiste numa ação mutagênica e teratogênica – foram constatadas anomalias genéticas na descendência de vários mamíferos que se alimentaram de plantas expostas ao produto, mesmo em doses muito fracas (0,3μ por quilo). Além da forte toxidade o T.C.D.D. é um produto pouco degradável na natureza – a sua presença pode ser detectada durante muitos anos após a sua aplicação.

Distribuição. Quando os ecologistas estudam a distribuição dos organismos vivos em uma determinada área, procuram identificar quais os fatores físicos e biológicos que influenciaram na presença ou ausência da espécie estudada. Um levantamento histórico desses fatores também deverá fazer parte de suas análises assim como projeções que indicarão como determinada espécie poderá se desenvolver – ou extinguir-se – no futuro. Como as superfícies das áreas a ser analisadas são muito grandes, o estudo é delimitado por amostragens. Para isso, usam uma moldura quadrada de madeira, vazada por dentro e de um tamanho predeterminado, para dessa forma classificar o número de espécies e indivíduos de um local para poder ampliar esse número para a área total.

Diversidade. Variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.

Doenças. A degradação do meio ambiente tem um estreito vínculo com muitos tipos de doenças, especialmente as “doenças da civilização”, como o câncer e as patologias cardiovasculares. As condições de vida nas grandes cidades geram, principalmente, enfermidades relativas ao estresse (doenças nervosas e cardiopáticas); a poluição e o tabaco favorecem doenças broncopulmonares, assim como contribuem para a eclosão de diversas formas de alergias; intoxicações por mercúrio e por diversos pesticidas podem causar necroses renais; e a absorção repetida de certos medicamentos, aditivos alimentares ou alimentos contaminados por agrotóxicos pode originar lesões no fígado e alguns tipos de câncer. Inseticidas organoclorados e os PCB (bifenil policlorado, substância usada em matérias plásticas e inseticidas) podem causar alterações genéticas.

Eco-92. No dia 3 de junho de 1992 começava a maior reunião planetária sobre o meio ambiente e desenvolvimento econômico já realizada pela humanidade. A conferência mundial convocada pela Organização das Nações Unidas foi preparada nos quatro anos anteriores – todas as suas convenções, cartas e a célebre Agenda 21 já estavam previamente alinhavadas por conferências preparatórias. O Rio de Janeiro serviu como centro de encontro de 114 chefes de Estado, 10 mil jornalistas e uma população visitante avaliada em 500 mil pessoas. Pela primeira vez, estadistas e representantes de organizações não-governamentais, a voz da sociedade civil, reuniram-se para discutir o futuro do mundo. O pomposo nome da Eco-92, ou Rio-92 – II Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – e a importância de seus acordos não impediram que ela fosse uma festa. No Aterro do Flamengo, representantes das ONGs e a população da cidade festejaram em forma da Árvore da Vida; manifestações aconteciam a qualquer momento sintetizavam o espírito de uma grande celebração pela vida.

Ecofase. Na vida de um ser vivo podem existir várias fases ecológicas, chamadas de ecofases ou biofases.  A borboleta pode servir como exemplo. Durante a sua fase de larva, pode comer folhas de uma determinada espécie de plantas, ao passo como borboleta irá se interessar por néctar das mais variadas flores. A larva pode ter parasitas que depositam ovos em seu corpo, enquanto como borboleta adulta é mais ameaçada pelas aves. Portanto, durante as ecofases de um organismo, podem variar o seu predador natural, o tipo de alimentação, a sua vulnerabilidade, o modo de deslocamento, o tipo de proteção etc. O sexo também pode determinar ecofases distintas na mesma espécie – o mosquito alimenta-se da seiva das plantas; a fêmea, de sangue.

Ecologia. A Ecologia é a ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição. As interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego "oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica, do lugar onde se vive.O cientista alemão Ernst Haeckel usou pela primeira vez este termo em 1869 para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. A Ecologia pode ser dividida em Autoecologia, Demoecologia e Sinecologia. Entretanto, diversos ramos tem surgido utilizando diversas áreas do conhecimento: Biologia da Conservação, Ecologia da Restauração, Ecologia Numérica, Ecologia Quantitativa, Ecologia Teórica, Macroecologia, Ecofisiologia, Agroecologia, Ecologia da Paisagem. Ainda pode-se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e Animal e ainda em Ecologia Terrestre e Aquática. O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento, através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente e a sua qualidade determinam o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático de alteração do meio ambiente por organismos é a construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos. As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema também influencia na distribuição e abundância deles próprios. Como exemplo, incluem-se a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o parasitismo e outras. A maior compreensão dos conceitos ecológicos e da verificação das alterações de vários ecossistemas pelo homem levou ao conceito da Ecologia Humana que estuda as relações entre o homem e a biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não só física, mas também social. Com o passar do tempo surgiram também os conceitos de conservação que se impuseram na atuação dos governos, quer através das ações de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a disseminação do conhecimento sobre estas interações entre o homem e a biosfera. Há muitas aplicações práticas da ecologia, como a biologia da conservação, gestão de zonas úmidas, gestão de recursos naturais (agricultura, silvicultura e pesca), planejamento da cidade e aplicações na economia.

Ecologizar. Esverdear, tornar sustentável. Aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas e a sabedoria da consciência ecológica às ações humanas. Aplica-se aos governos e às administrações públicas, às empresas, à educação e à cultura, aos valores sociais. Em princípio, tudo pode ser ecologizado, no sentido de que se podem adotar formas de pensar, de comunicar e de agir menos agressivas ao ambiente, menos danosas, mais harmonizadas com os processos naturais, no sentido amplo da ecologia.

Economia. A segunda conferência convocada pela ONU sobre meio ambiente, a Eco-92, teve uma grande vantagem sobre a primeira, a de Estocolmo. Na reunião realizada no Rio de Janeiro, ficou definitivamente provado que ecologia e economia estão intimamente interligadas. Reconhecia-se oficialmente que a qualidade ambiental depende basicamente dos modelos econômicos adotados. Ficou evidente, então, que o mundo falava linguagens diferentes: a do Hemisfério Norte (a dos países ricos) e a do Hemisfério Sul (a dos países pobres). Enquanto o Sul reivindicava a livre circulação de conhecimentos e a exploração da biogenética das suas florestas, o Norte apresentava as suas patentes de remédios; enquanto o Norte discursava sobre a proteção do meio ambiente, o Sul o acusava de já ter depredado os seus recursos naturais, e assim por diante. A única solução para o impasse parece ser a aplicação do modelo de desenvolvimento sustentado, como substituição do atual modelo predatório do desenvolvimento econômico.

Ecossistema. (grego oikos (οἶκος), casa + systema (σύστημα), sistema: sistema onde se vive) designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades. Consideram-se como fatores bióticos os efeitos das diversas populações de animais, plantas e bactérias umas com as outras e abióticos os fatores externos como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento. Em um determinado local, seja uma vegetação de cerrado, mata ciliar, Caatinga, Mata Atlântica ou Floresta Amazônica, por exemplo, a todas as relações dos organismos entre si, e com seu meio ambiente chamamos ecossistema. Ou seja, podemos definir ecossistema como sendo um conjunto de comunidades interagindo entre si e agindo sobre e/ou sofrendo a ação dos fatores abióticos. São chamados agroecossistemas quando além destes fatores, atua ao menos uma população agrícola. A alteração de um único elemento pode causar modificações em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. O conjunto de todos os ecossistemas do mundo forma a Biosfera. A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a síntese de matéria orgânica não é luz mas a energia liberada nas reações químicas de oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por muitas bactérias terrestres e aquáticas. Dentro de um ecossistema existem vários tipos de consumidores, que juntos formam uma cadeia alimentar, destacam-se: Consumidores primários: São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, as espécies herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os consumidores primários podem ser desde microscópicas larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos que se alimentam do fitoplâncton ou do microfitobentos, até grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante. Consumidores secundários: São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros. Consumidores terciários: São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacionais. Decompositores ou biorredutores: São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo. A seqüência de organismos relacionados pela predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não ramificada.

Ecoturismo. Andar a pé, mergulhar, cavalgar, escalar – esses são os verbos mais praticados pelos adeptos do ecoturismo, uma modalidade de turismo começou a crescer no Brasil. A busca de uma integração maior com a natureza, o abandono dos divertimentos programados dos grandes centros urbanos e o desejo de liberdade e aventura levam milhares de pessoas aos parques nacionais e estaduais, a trilhas abertas em zonas de florestas ou a expedição no fundo do mar. O Brasil começa a demarcar suas melhores trilhas ou recuperar caminhos centenários entre vegetação fechada, como acontece nos Estados Unidos. Portanto, o ecoturismo cresce como uma das faixas de mercado que mais se desenvolveram nos últimos anos. Mas, nem sempre o ecoturismo está integrado à natureza. Ecossistemas altamente sensíveis, como os corais, podem ser afetados por ele. Um toque de um mergulhador pode condenar á morte um aglomerado de coral, como denunciam os últimos relatórios do Greenpace.

Educação Ambiental é uma novidade da educação, já praticada em alguns países, foi proposta em 1.999 no Brasil, tem o objetivo de disseminar o conhecimento sobre o ambiente. Sua principal função é conscientizar à preservação do meio ambiente e sua preservação, utilização sustentável. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas. No Brasil, a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude. A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.Desde muito cedo na história humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e outros instrumentos para modificar o ambiente, devido aos avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua. "A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação." "A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida. Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999: "Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - sugerem que o tema meio ambiente seja de cunho transversal. Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos, sem distinção. Trata-se de processo pedagógico participativo permanente para incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. Aquele que prática a educação ambiental no âmbito de ensino, é conhecido como Educador ambiental e não necessariamente trata-se de um professor. Qualquer indivíduo da sociedade pode-se tornar um educador ambiental desde que tenha seu trabalhado voltado aos temas ligados. Ver mais em Educador ambiental. No entanto, conforme preconizado pela Resolução CFBio nº 010/2003 é atribuído ao biólogo a expertise de atuar na área, uma vez que, tratando-se de uma atividade que envolve múltiplos conhecimentos e, tratando-se este de um profissional de abrangência e conhecimento ímpar, por mais que outras áreas atuem neste campo do conhecimento, cabe ao biólogo desenvolver de fato esta área do saber.

Educomuniçação. É o ato de educar utilizando os meios de comunicação de massa e as tecnologias. Conjunto de ações destinadas a ampliar o coeficiente comunicativo das ações educativas, sejam as formais, as não formais e as informais, por meio da ampliação das habilidades de expressão dos membros das comunidades educativas, e de sua competência no manejo das tecnologias da informação, de modo a construir ecossistemas comunicativos abertos e democráticos, garantindo oportunidade de expressão para toda a comunidade (NCE/USP).

Efeito Estufa. O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido, e assim, garantir a manutenção da vida. O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que destabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenómeno conhecido como aquecimento global. O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Organização das Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente diz que a maior parte deste aquecimento,observado durante os últimos 50 anos, se deve muito provavelmente a um aumento dos gases do efeito estufa. Os gases de estufa (dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s (CFxClx) absorvem alguma radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30 °C mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».

Efluentes. É uma denominação técnica muito usada nos trabalhos de avaliação de poluição industrial. Os efluentes são os dejetos líquidos ou gasosos emitidos por industrias ou mesmo por residências. Normalmente se designa como efluentes os lançamentos de material líquido nos rios vizinhos às indústrias ou todo elemento diluído emitido por uma fonte poluidora. Os efluentes necessitariam sempre de um tratamento especial antes de serem jogados nos rios, no mar ou no ar.

EIA/Rima. Esta sigla – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – resume um avanço significativo das conquistas ambientais conseguidas por gruposde pressão como ONGs ou políticos comprometidos com a questão ambiental. Hoje, toda obra empreendida  a nível púbico – sejam uma barragem, uma usina ou uma estrada – deve ser submetida a um estudo de impacto ambiental, realizado por uma equipe multidisciplinar de técnicos. Para ser aprovado, o estudo e o seu relatório são submetidos a uma análise criteriosa feita com a participação de ONGs e de outros representantes da sociedade civil, em audiéncias públicas. Em termos políticos, O EIA/Rima é um freio dos desmandosdo poder nas questões ambientais e uma conquista  da expressão política de grupos ligados à preservação do meio ambiente.

El Nino. Os fenômenos El Niño são alterações significativas de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima.  Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño). Seu papel no aquecimento e arrefecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso. O El Niño foi originalmente reconhecido por pescadores da costa oeste da América do Sul, observando baixas capturas, à ocorrência de temperaturas mais altas que o normal no mar, normalmente no fim do ano – daí a designação, que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal. Durante um ano “normal”, ou seja, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no sentido oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonésia que no Equador. Isto provoca a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo imensas populações de peixes – a pescaria de anchoveta no Chile e Peru já foi a maior do mundo, com uma captura superior a 12 milhões de toneladas por ano. Estes peixes, por sua vez, também servem de sustento aos pássaros marinhos abundantes, cujas fezes depositadas em terra, o guano, servem de matéria prima para a indústria de fertilizantes. Quando acontece um El Niño, que ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com uma média de 3 a 4 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. Outra consequência de um El Niño é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas em África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño. La Niña é o fenômeno inverso, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño.

Elefante. As duas espécies de elefantes existentes – a africana e a asiática – são consideradas ameaçadas de extinção. Os elefantes asiáticos, que hoje não passam de 40 mil em toda a Ásia, vivem frequentemente em cativeiro. Menores e sem as presas de marfim que caracterizam a espécie africana, os elefantes asiáticos são usados como tração animal. Na Índia, os elefantes tem o status de quase divindade. Na África, o efetivo caiu de um milhão e meio em 1975 para 400 mil na década de 90, por causa da caça ao marfim. 

Emas, Parque Nacional das. extremo sudoeste do estado de Goiás, próximo às divisas com o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Representa uma das mais importantes Unidades de Conservação do Cerrado devido à sua extensão e integridade de habitats, riqueza faunística e presença de espécies raras e ameaçadas de extinção, sendo que foi recentemente incluído nas Ações prioritárias para Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Pantanal (MMA, 1999) como área de importância biológica extremamente alta. Os campos arbustivos formam 70% da vegetação do Parque, sendo que 1,2% é formado por matas. A vegetação nativa do entorno foi ocupada por extensas lavouras de grãos (principalmente milho e soja) e pela pecuária extensiva. Possui uma rica biodiversidade e abundância de espécies como a onça-pintada, a onça-parda, o tatu-canastra, o queixada, o lobo-guará, a anta, o veado-campeiro, a jaguatirica, o cachorro-do-mato, a ema, entre outros. A fragmentação do habitat natural fez com que o Parque e as reservas legais das propriedades adjacentes se tornassem refúgios para a fauna nativa. Os limites do Parque não representam barreiras para os animais, que se deslocam entre o parque e as propriedades rurais.

Endemia. Doença que existe constantemente em determinado lugar e ataca número maior ou menor de indivíduos. Designa-se como endemia qualquer factor mórbido ou doença espacialmente localizada, temporalmente ilimitada, habitualmente presente entre os membros de uma população e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos limites de uma faixa endêmica que foi previamente convencionada para uma população e época determinadas. Difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e restrito a uma determinada área. Assim, por exemplo, no Brasil, existem áreas endêmicas de febre amarela na Amazônia, áreas endêmicas de dengue, etc. Em Portugal, a hepatite A pode ser considerada como endemia, já que existem, constantemente, novos casos. Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo, nesse caso, uma doença endemo-epidémica. Esta oposição entre endemia e epidemia, entretanto, tem sido esbatida com os novos conhecimentos adquiridos quanto aos factores ecológicos que condicionam o desenvolvimento de uma doença. O termo "endémico" passou a referir-se, de forma mais ajustada, ao grau de prevalência de uma doença, ou seja à proporção entre o número total de casos da doença e o número de indivíduos em risco de a adquirir, numa área geografica e temporalmente bem definida. Ao viajar para uma área endêmica é aconselhável e, por vezes, necessário que o viajante seja vacinado.

Endemismo. Endêmicas são as espécies (ou doenças) características de um só local, região ou país. Diversos centros de endemismo são espalhados pelo mundo, a maioria deles em florestas tropicais. São centros de endemismo também a fauna e a flora insulares (das ilhas). Madagascar, por exemplo, uma ilha no sudeste da África, tem 80% de suas espécies endêmicas. Centros de endemismo também pode ser verificados em regiões extensas, como a Mata Atlântica, que possui diversas “ilhas” de populações endêmicas e o maior índice de plantas endêmicas do mundo.

Energia. Os diversos elementos que compõem a vida orgânica e inorgânica sobre a Terra se caracterizam por uma troca constante de energia, nas suas mais diversas formas.  O consumo de energia que o ser humano precisa para se alimentar, se aquecer ou se locomover aumentou consideravelmente com o advento da eletricidade e dos meios de transportes modernos. Para suprir essa demanda, o homem poluiu, destruiu e desmatou. Hoje, há uma tendência atual ditada pela conscientização ecológica de que as energias renováveis e limpas (solar, eólica ou biomassa) sejam adotadas e aprimoradas em detrimentos das energias tradicionais poluentes ou extremamente perigosas, como a nuclear.

Energia de Biomassa. A energia de biomassa pode ser usada como combustível ou como geradora de energia elétrica, a partir da decomposição de matéria orgânica em biodigestores ou caldeiras. A decomposição gera gás e vapor, que acionam uma turbina, que move um gerador. A energia produzida por biodigestores pode fornecer calor, energia elétrica e gás metano. É fonte renovável,mas exige altos investimentos para ser utilizada em alta escala.

Energia dos Combustíveis Fósseis. Combustível fóssil ou, mais corretamente, combustível mineral, é um grupo de substâncias formadas de compostos de carbono, usados para alimentar a combustão. São usados como combustíveis, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural. Os combustíveis fósseis são recursos naturais não renováveis. Os combustíveis fósseis são possivelmente formados pela decomposição de matéria orgânica, através de um processo que leva milhares de anos e, por este motivo, não são renováveis ao longo da escala de tempo humana, ainda que ao longo de uma escala de tempo geológica esses combustíveis continuem a ser formados pela natureza. O carvão mineral, os derivados do petróleo (tais como a gasolina, óleo diesel, óleo combustível, o GLP - ou gás de cozinha -, entre outros) e ainda, o gás natural, são os combustíveis fósseis mais utilizados e mais conhecidos. O carvão mineral pôs em movimento, durante décadas, veículos como as locomotivas, chamadas no Brasil de "Marias-fumaça" e navios a vapor. Atualmente, o carvão mineral garante o funcionamento de usinas termoelétricas. Um grande problema desses combustíveis é o fato de serem finitos, o que faz com que a dependência energética a partir deles seja um problema quando esses recursos acabarem, embora de acordo com as teorias abiogênicas os combustíveis minerais são muito abundantes. Por isso o interesse em energias renováveis é crescente. Outro problema é que, com a queima de combustíveis minerais, são produzidos gases que produzem o efeito estufa, como o gás carbônico e libertados metais pesados, como por exemplo o mercúrio. Dentre as consequências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida.e mudança global do clima.

Energia Eólica. A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos. Tem grandes vantagens: não necessita ser implantada em áreas de produção de alimentos, não contribui para o efeito estufa. Mas para se usar esse tipo de energia são necessários grandes investimentos para a sua transmissão. Os moinhos podem causar poluição sonora e interferir  em transmissões de rádio e TV.

Energia Nuclear é a energia liberada numa reação nuclear, ou seja, em processos de transformação de núcleos atómicos. O curto passadoda usina nuclear mostra o quanto os acidentes provocados por centrais como Chernobyl ou Three Mille Island podem ser perigosos. Na verdade, esse alto fator de risco pode invalidar algumas vantagens trazidas pelas usinas nucleares, como energia barata e “limpa”. No caso de acidentes ou incidentes (ocorrências menos graves), podem-se produzir resíduos radioativos agressivos, tanto líquidos como gasosos, colocando em risco a população da área. A lista das desvantagens é imensa. Depois de três anos de funcionamento, quando a usina atinge a sua capacidade máxima, os fenômenos de corrosão e deterioração das centrais começam a manifestar-se. Com o aumento da radiotividade do coração da central e o desgaste dos equipamentos periféricos, canalizações e geradores, cada incidente leva mais tempo para ser corrigido, porque nas zonas contaminadas o tempo de permanência é mínimo. Nos EUA chegou-se a um ponto em que existe falta de técnicos, pois a maioria deles já foi exposta ao limite máximo de radiação permitido.

Energia Hidrelétrica.  É considerada uma energia “limpa”, porque  não emite poluentes e não influi no efeito estufa. É produzida por uma turbina movida por energia liberada  de uma grande queda d’água que aciona um gerador produtor de energia elétrica. Apresenta dois grandes inconvenientes: o impacto ambiental provocado pelas barragens, que inundam grandes áreas deslocando populações, e o tempo e os recursos que são necessários para a sua construção.

Energia Solar.  O aprimoramento das técnicas de captação de energia solar pode transformá-la em opção preferencial nestes últimos tempos. Apresenta um vasto leque de vantagens: não é poluente, é renovável, não influi no efeito estufa e não precisa de geradores o turbinas para a produção de energia elétrica. É obtida por placas recobertas de material semicondutor, como o silício. A luz solar excita os elétrons do silício, que formam uma corrente de energia elétrica. O único problema da energia solar é o seu aproveitamento: a tecnologias das células fotossensíveis ainda é muito cara, embora possa ser barateada ao longo do tempo.

Entropia. Medida da quantidade de desordem de um sistema. Função termodinâmica de estado, associada à organização espacial e energética das partículas de um sistema. Medida do grau de desorganização que pode levar a falência de um sistema.

Enxofre. Como o calcário, o nitrogênio ou carbono, o enxofre também se move dentro de ciclos da biosfera. Os sulfatos constituem-se na principal fonte de enxofre para os seres vivos, pois não são assimilados pelas proteínas, incorporando-se na estrutura da matéria viva. O ciclo do enxofre apresenta uma forte característica sendimentar: a lenta  acumulação do enxofre nos sedimentos é novamente liberada na biosfera pelos vulcões, pela erosão e pela extração das minas. Os meios de aquecimento dos grandes centros urbanos são uma grande fonte de poluição, liberando o enxofre contido nos combustíveis fósseis.

Epífitas. nome científico epitus ormoscatis, são, por etimologia, plantas sobre plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas. O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais, onde a competição por luz e espaço não permite que plantas herbáceas prosperem sobre o solo. Desta forma, certas espécies que conseguiam germinar sobre a casca das árvores, acima do nível do solo, foram selecionadas, e hoje encontram-se milhares de espécies com hábito epifítico. São tipos de vegetais que não enraízam no solo, fixam-se em outras árvores ou em objetos elevados; rochas; telhas; construções; etc; tem porte discreto, se fixam nos tecidos superficiais dos troncos e galhos para receber luz solar e umidade com mais facilidade do que diretamente no solo. Dispõem de sistemas específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação mineral da poeira que recai sobre si; necessitam de grande quantidade de umidade e de luz. Em geral, as epífitas vicejam sobre o tronco das árvores e dispoem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível. Muitas vezes, as raízes são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por vezes, o epífito não absorve matéria prima da superfície da árvore ou arbusto, e suas raízes podem ser atrofiadas ou ausentes, de modo que o epífito utiliza seu hospedeiro apenas como suporte para alcançar seu ambiente ideal nos estratos da floresta. As epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, não há qualquer relação de parasitismo. Ou seja, a presença de epífitas não prejudica a árvore ou arbusto onde elas vegetam. A incidência de espécies epífitas diminui à medida que se aumenta a distância para a Linha do Equador, ou afasta-se das florestas úmidas para áreas mais secas. Alguns exemplos de epífitas são as polipodiáceas (fetos ou samambaias); cactáceas (flor-de-maio); as bromeliáceas (bromélias ou gravatás); as orquidáceas (orquídeas). Espécies epífitas são particularmente comuns entre as Bryophyta, Pteridophyta, Orchidaceae, Gesneriaceae, Begoniaceae, Bromeliaceae e Araceae. Há também certas algas verdes que vivem sobre árvores em terra firme.

Equilíbrio. Um dos conceitos-chaves dentro da ecologia. Um sistema está em equilíbrio quando se efetuam trocas de energia de maneira balanceada, quando o efetivo da perda (morte, emigração, queda de natalidade, falta de alimentos) é compensado pelo efetivo ganho (procriação, crescimento, imigração, fartura). O desequilíbrio ecológico geralmente é motivado pelo desejo de se obter lucros e rendimento rapidamente. As consequências ambientais não pesam na avaliação do modelo de desenvolvimento predatório. 

Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando expande o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água. A erosão é um problema muito sério, devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema. Em solos cobertos pela vegetação a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as vegetações, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação. Muitas ações feitas pelo homem apressam o processo de erosão, como por exemplo: os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas; o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno; as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas; e a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.

Escassez. Qualidade de escasso; pouca abundância. Falta, diminuição, carência, Privação de recursos econômicos e naturais.

Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas. Conforme o uso predominante: comercial, industrial ou doméstico essas águas apresentarão características diferentes e são genericamente designadas de esgoto, ou águas servidas. A devolução das águas residuais ao meio ambiente deverá prever, se necessário, o seu tratamento, seguido do lançamento adequado no corpo receptor que pode ser um rio , um lago ou no mar através de um emissário submarino. As águas residuais podem ser transportadas por tubulações diretamente aos rios, lagos , lagunas ou mares ou levado às estações de tratamento, e depois de tratado, devolvido aos cursos d'água. O esgoto pluvial ou , simplesmente , água pluvial pode ser drenado em um sistema próprio de coleta separado ou misturar-se ao sistema de esgotos sanitários. O esgoto não tratado pode prejudicar o meio ambiente e a saúde das pessoas. Os agentes patogênicos podem causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras. A solução é um sistema adequado de saneamento básico que pode ou não incluir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, conforme o caso a ser estudado.

Espécie. Conjunto de organismos vivos que apresentam as mesmas características morfológicas, fisiológicas e comportamentais (etológicas) e que podem cruzar entre si, produzindo descententes férteis. Quando indíviduos de uma espécie ficam isolados do seu grupo de origem por um longo periodo, podem assumir características tão diferentes que invibializem o cruzamento entre si, formando assim uma nova espécie. A classificação de um gato doméstico inicia-se com o nome da sua espécie, que é o menor grupo completo da classificação geral dos seres vivos. O gênero contém uma ou mais espécie associadas a uma família. As famílias são agrupadas em ordem a elas, em classes. O filo (ou divisão, quando se tata de plantas) contém uma ou mais classes, e o menor grupo de toda a classificação é o reino, com diversos grupos de filos.

Espécies Exóticas. Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária

Estação de Tratamento. Conjunto de instalações, dispositivos e equipamentos destinados ao tratamento. Quando dedicada a tratar água bruta para uso público ou industrial, chama-se estação de tratamento de água (ETA); para tratamento de esgotos domésticos, estação de tratamento de esgotos (ETE); para esgotos industriais, estação de tratamento de despejos industriais (ETDI) ou estação de tratamento de efluentes industriais (ETEI).

Estação Ecológica. Uma Estação Ecológica é uma unidade de conservação e tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional e a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável. A área da estação é representativa de ecossistemas brasileiros, apresenta no mínimo 90% da área destinada à preservação integral da biota. É de posse e domínio públicos. De acordo com o SNUC, na estação ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de: I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas; IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de 1 501 hectares. As Estações Ecológicas Federais serão criadas por Decreto do Poder Executivo, mediante proposta do Ministro do Meio Ambiente, e terão sua administração coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O ato de criação da Estação Ecológica definirá: - Os seus limites geográficos; - Sua denominação; - A entidade responsável por sua administração; e -O zoneamento que aprove a realização de pesquisas ecológicas que venham a acarretar modificações no ambiente natural. Para a execução de obras de engenharia que possam afetar as Estações, será obrigatória audiência prévia do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

Estratégia. Para dividir o alimento disponível de um ecossistema, animais e plantas se organizam de maneira que cada espécie consiga o que lhe é necessário para a sua sobrevivência. Os organismos vivos dispõem de diferentes estratégias para a sua sobrevivência – algumas espécies se multiplicam o mais rápido possível, por exemplo. Esse expediente é conhecido em ecologia como “estratégia r”, (com r de rapidez), medindo o quão rápido é uma família de espécie possa se reproduzir. Essas espécies tendem a ser pequenas e com um ciclo de vida curto. Outras se reproduzem mais lentamente, investindo energia em um pequeno número de descendentes com um tipo de ciclo de vida mais longo, como, em geral, os grandes mamíferos. Essa é a estratégia k, um termo matemático para a capacidade de carga.

Extrativismo. Sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis.

Estuário. Nas águas dos rios que encontram o mar forma-se um dos mais ricos ecossistemas aquáticos da Terra. A fauna de peixes e moluscos ali existentes adapta-se às flutuações de salinidade resultantes do encontro das águas doce e com a água do mar. Os ecossistemas encontrados nos estuários são tão ricos quanto os recifes de corais – o encontro do material orgânico trazidos pelos rios com os detritos pelas marés formam  um campo fértil para o nascimento e crescimento de dezenas de espécies. Mesmo que a água turva pelos detritos impeça em parte a realização da fotossíntese, a lama rica pelos detritos orgânicos é mais do que  suficiente para sustentar a vida de milhares de plantas e animais. Nas águas dos deltas ou estários, como as do complexo estuarino do Lagamar ou como o Delta do Parnaíba, a fauna marinha e fluvial é abundante – um grande incentivo à pesca, algumas vezes predatória.

Ética. Enquanto campo de pensamento, a Ecologia desenvolveu laços profundos com a ética, área da Filosofia que estuda as virtudes, os valores morais, em resumo, o que é certo ou errado. A natureza como tema de reflexão, proposta não só pelos filósofos pré-socráticos como também por pensadores do século 18  (Rousseau) e do século 20 (como Bertrand Russell), trouxe consigo um questionamento profundo das regras éticas que poderiam influir em um tipo de sociedade que trazia novos valores para a relação entre o homem e o meio ambiente. Áreas do pensamento, como as da Ecologia Profunda, resgatam elos de ligação com a ética para tentar estabelecer as  condutas morais e os valores espirituais que fariam parte do universo conceitual desse novo homem. 

Eucalipto. Originários da Austrália, os eucaliptos já foram apontados no passado como a solução para o reflorestamento de áreas desmatadas, pois são árvores resistentes que crescem com muita rapidez.  A realidade mostou-se outra: a sua resistência à seca e a sua adaptação em regiões semiáridas deve-se, principalmente, à sua capacidade de procurar água a dezenas de metros, com suas raízes profundas, que acabam ressecando os lençóis freáticos. Suas folhas, ricas em tanino, são dificilmente biodegradáveis e mesmo depois de sua decomposição o húmus não é favorável para o aproveitamento de outras árvores. Além disso, os eucaliptais, se tornam muito mais sensíveis às pragas e insetos, pois não fazem parte de um ecossistema equilibrado.

Eutrofização. Denominamos Eutrofização ou Eutroficação o fenômeno no qual o ambiente aquático caracteriza-se por uma elevada quantidade de nutrientes – principalmente nitratos e fosfatos. Este fenômeno é resultante da poluição das águas por ejeção de adubos, fertilizantes,detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio que provocam o aumento de minerais e, consequentemente, a proliferação de algas microscópicas que localizam-se na superfície. Desse modo, cria-se uma camada espessa de algas que impossibilitam à entrada de luz na água e impedem a realização dafotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas, o que ocasiona a morte das algas, a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Consequentemente começa a faltar oxigênio na água o que gera a mortandade dos peixes e outros organismos aeróbicos. Na ausência do oxigênio, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (que causa o cheiro forte característico do fenômeno). A eutrofização causa a destruição da fauna e da flora de muitosecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto. Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.

Exxon Valdez (atualmente chamado Dong Fang Ocean e anteriormente conhecido também como Exxon Mediterranean, SeaRiver Mediterranean, S/R Mediterranean e Mediterranean) é um navio petroleiro que ganhou notoriedade em 24 de março de 1989, quando 50.000 m³ a 150.000 m³ (aproximadamente 257.000 barris) do petróleo que transportava foram lançadas ao mar, na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound). Em conseqüência, houve um grande desastre ambiental. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de bilhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.

FAO. A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) é a primeira agência da ONU especializada em programs específicos e, ainda hoje, a maior. Originalmente foi criada para realizar projetos e sugerir políticas na área da agricultura, mas atualmente, é encarregada também de gerenciar e aplicar os seus próprios projetos. Faz parte da ação da FAO apresentar estudos e planejamentos que contenham propostas para a utilização racional dos recursos agrícolas e identificação de processos de desertificação ou erosão de solos.

Fauna. O homem é o mais foraz predador da natureza – e a fauna ressente-se de sua ação, que condenou e ainda condena várias espécies de animais. A destruição dos habitats é a primeira grande causa da extinção de espécies animais. Fauna é o termo coletivo para a vida animal de uma determinada região ou período de tempo. O termo correspondente para plantas é flora. Flora, fauna e outras formas de vida como os fungos são coletivamente chamados de Biota. Zoólogos e paleontólogos geralmente usam o termo fauna para se referir a uma coleção de animais tipicamente encontrados em um período específico ou lugar específico, por exemplo a "Fauna do Deserto de Sonora" ou "a fauna de Burgess Shale".Paleontólogos se referem a uma sequência de cerca de 80 estágios de fauna, que são séries de rochas contendo fósseis similares.

Fermentar. Produzir fermentação, fazer decompor-se, levedar, entrar ou estar em agitação.

Fernando de Noronha. É um arquipélago pertencente ao estado brasileiro de Pernambuco, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Constitui um Distrito estadual de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser um território federal, cuja sigla era FN, e a capital era Vila dos Remédios. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km de Recife. Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris), que se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta. O centro comercial em Noronha é Vila dos Remédios, mas não é considerada capital por ser a ilha um distrito estadual. O parque nacional é hoje administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), A ilha, ao ter sido descoberta pelo reino de Portugal, foi designada de Ilha de São João da Quaresma, provavelmente por Gaspar de Lemos, em 1500, ou por uma expedição da qual Duarte Leite erroneamente terá atribuído o comando a Fernão de Noronha, realizada em 1501–1502. Porém o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho.O facto de já ser chamada Ilha de Fernão de Noronha por Frei Vicente do Salvador, tal como hoje é conhecida, está justificado por provir do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária, Fernão de Noronha ou Fernão de Loronha, após doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504. O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses, voltando ao controle português em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737. Pela Constituição Federal de 1988, mas especificamente o artigo 15 que trata das disposições constitucionais e transitoriais, o território de Fernando de Noronha foi extinto e sua área foi reincorporada ao estado de Pernambuco. A partir da Constituição Estadual de Pernambuco, de 1988, a região tornou-se um distrito estadual, estatuto que detém até hoje

Fertilizantes. Com a descoberta durante a Segunda Guerra Mundial, de adubos sintéticos capazes de fixar o nitrogênio nas plantas, iniciou-se um novo capítulo na agricultura – e também na história da polução industrial. Para a produção desses adubos, é necessária uma grande queima de combustíveis fósseis, que contribuem acentuadamente para a formação do efeito estufa e da chuva ácida. Além disso, os adubos enriquecem de tal maneira os solos que, contaminadas por eles, as águas que escorrem para os leitos dos rios provocam o efeito da eutroficação. Com isso, algas e bactérias que consomem as substâncias nitrogenadas se multiplicam (pululam) velozmente, consumindo o oxigênio das águas e matando peixes.

Fitoterápicos.  A fitoterapia é o emprego de princípio ativo das plantas para a fabricação de chás, tinturas e extratos. É eminentemente natural e faz parte do seu acervo as tradições de muitas culturas diferentes: a africana, a asiática, a indígena das Américas e a europeia. Estima-se que, no Brasil, o mercado de remédios naturais – feitos à base de plantas – já chega a meio bilhão de dólares. Na França, cerca de 82% da população faz tratamentos naturais, e nos Estados Unidos, esse mercado já alcança a fantástica cifra de 4 bilhões de dólares. Hoje, no Brasil, aproximadamente 2 mil farmacêuticos manipulam 3 mil diferentes tipos de remédios a partir de vegetais. 

Flora é o conjunto de espécies vegetais (plantas, árvores, etc) de uma determinada região ou ecossistema específico. É um termo muito utilizado em botânica. A flora numa determinada região pode ser muito rica, ou seja, com muita variedade de espécies. É o que acontece com a flora brasileira, pois em nosso país existem diversos ecossistemas como, por exemplo, Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, entre outros. Cada ecossistema possuí flora específica, adaptada às condições ambientais da região.  Algumas espécies da flora brasileira: Flora da Mata Atlântica: pau-brasil, bromélias, palmito-juçara, quaresmeira, begônias, citronela, salvia, acácia, passiflora; Flora da Amazônia: seringueira, annona, attalea, fabaceae; Flora do Cerrado: jacarandá, terminalia, connarus, andirá, salácia, antonia, murici, jatobá, pequi, baru, ipês (várias espécies), miconia, rustia formosa; Flora da Caatinga: cecropia, cleome, combretum, sicana, cucumis, dioclea, abrus, acácia.

Floresta. A maioria da superfície terrestre era recoberta de florestas antes de o homem começar a destruí-las. Foram dizimadas enormes extensões de florestas no continente europeu e asiático no Período Neolítico, quano o ser humano desenvolveu as primeiras técnicas de agricultura, queimando árvores para plantar. As florestas tropicais e a taiga, maior floresta do mundo em extensão, respondem hoje por grande parte das reservas florestais do planeta. Cerca de dois terços das superfícies animais e vegetais da Terra vivem nas florestas tropicais – o Rio Amazonas possui mais peixes do que todos os rios dos EUA, e uma área de apenas 10 hectares de florestas na Ilha de Bornéu, no Sudoeste Asiático, apresenta a mesma quantidade de espécies vegetais que a América do Norte. 

Flúor é um elemento químico, símbolo F, de número atômico 9 (9 prótons e 9 elétrons) de massa atômica 19 u, situado no grupo dos halogênios (grupo 17 ou VIIA) da tabela periódica dos elementos. Em sua forma biatômica (F2) e em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido. É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos. Em sua forma ionizada (F) é extremamente perigoso, podendo ocasionar graves queimaduras químicas se em contato com tecidos vivos. Em CNTP, o flúor é um gás corrosivo de coloração amarelo-pálido, fortemente oxidante. É o elemento mais eletronegativo e o mais reativo dos ametais e forma compostos com praticamente todos os demais elementos, incluindo os gases nobres xenônio e radônio. Inclusive em ausência de luz e baixas temperaturas reage explosivamente com o hidrogênio. Jatos de flúor no estado gasoso atacam o vidro, metais, água e outras substâncias, que reagem formando uma chama brilhante. O flúor sempre se encontra combinado na natureza e tem afinidade por muitos elementos, especialmente o silício, não podendo ser guardado em recipientes de vidro. Em solução aquosa de seus sais, o flúor apresenta-se normalmente na forma de íons fluoretos, F. Outras formas são complexos de flúor como o [FeF4], ou o H2F+. Os fluoretos são compostos nas quais os íons fluoretos estão ligados a algum resto químico de carga positiva. O flúor é um elemento químico essencial para o ser humano. Apesar disso, nenhuma doença jamais foi ligada a uma deficiência de fluoreto.

Flutuação.Grande variação que sofre uma população.

Fluvial, Ecossistema. Importantíssimas do ponto de vista ecológico, as matas ciliares (palavra derivada de “cílios”) que acompanham os rios que fazem parte dos ecossistemas fluviais são responsáveis por uma série de benefícios ambientais. As matas ciliares impedem que os solos vizinhos aos rios semam erodidos, evitando o assoreamento das águas e detritos. Além disso, abrigam uma fauna específica, que alimenta os animais que ali vem beber água., alicerçando vários tipos de cadeias alimentares. Como última vantagem, evitam que uma grande quantidade de substâncias tóxicas proveniente de zonas agriculturáveis (herbicidas, fungicidas, inseticidas e fertilizantes industriais) contamine as águas dos rios.

Focas. As focas são mamíferos da família dos focídeos (latim científico Phocidae), super-família dos pinípedes (Pinnipedia), adaptadas à vida marinha. O corpo de uma foca é hidrodinâmico, semelhante a um torpedo, com os membros posteriores e anteriores em forma de nadadeira. Outro detalhe interessante é que as focas não possuem orelhas, o que as distingue da família Otariidae (leões marinhos). Todas essas características fazem das focas excelentes nadadoras, mas em contrapartida as focas não tem habilidade em terra firme sendo presas fáceis para ursos polares e caçadores. As focas são carnívoras e alimentam-se de peixes e cefalópodes. Geralmente, reproduzem-se em colónias. As fotografias de imensas extensões de gleo encharcadas de sangue mostraram, há trinta anos, o massacre de bebê-foca, mortos a pancada no Canadá para serem vendidos para a fabricação de pele. Os filhotes eram arrancados da mãe, que era morta em primeiro lugar. O horror chocou a opinião pública, mas a caça ainda é praticada no sistema de cotas. Como argumento, justifica-se a matança dizendo que um número excessivo de focas ameaçaria o bacalhau, peixe do qual elas se alimentam. Esse beco sem saída ecológico tornou-se ainda mais complicado:o bacalhau acabou mesmo sumindo – e não por causa das focas. Pescado intensivamenrte em águas poluídas, foi o homem o primeiro a acabar com ele.

Fome.  A fome pode ser expressa de duas formas: aberta ou epidêmica; e oculta ou endêmica. A fome aberta ocorre em períodos em que acontecem guerra em um determinado lugar, desastres ecológicos ou pragas que compromete drasticamente o fornecimento de alimentos, isso acarreta a morte de milhares de pessoas. Atualmente esse tipo de fome não tem ocorrido. Hoje existem vários organismos humanitários que fornecem alimentos às áreas afetadas por conflitos etc. A fome oculta possui outra característica, é aquela no qual o indivíduo não ingere a quantidade mínima de calorias diárias, o resultado disso é a desnutrição ou subnutrição que assola 800 milhões de pessoas em todo mundo. A subnutrição fragiliza a saúde tornando a pessoa acessível a doenças. Houve uma diminuição relativa no mapa da fome, mas a realidade ainda é alarmante. Observando o panorama de muitos países, principalmente no continente africano, nota-se que a fome ou subnutrição não é decorrente da produção insuficiente de alimentos, pelo contrário, ano após ano a produção tem aumentado o volume, e é fato que a produção de alimentos é mais do que suficiente para suprir as necessidades da população mundial. 

Forésia é a associação entre indivíduos de espécies diferentes (relação ecológica inter-específica), na qual um transporta outro, sem se prejudicarem. A forésia também pode ser definida como um caso específico do comensalismo. Um exemplo de forésia é a relação entre o mosquito-da-dengue (Aedes aegypti) e o vírus da dengue. O vírus utiliza o mosquito para o transporte mas não o prejudica, sendo uma relação neutra para o mosquito e positiva para o vírus da dengue. Outro exemplo de forésia é a dispersão do ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus), que além de se dispersar pelo vento através de partes de plantas infestadas, ou pelo contato entre a folhagem de plantas diferentes, também é dispersado pela relação forética com o Piolho-verde-do-pessegueiro (Myzus persicae) e com as moscas-brancas dos gêneros Bemisia e Trialeurodes

Fóssil. Um fóssil é o resultado da mineralização de um ser vivo, seja planta ou animal. Na maioria dos casos, a fossilização ocorre quando as células dos esqueletos ou de retos de um vegetal vão sendo substituídos por compostos minerais. Os fósseis mais comuns são aqueles que conservam os vestígios das partes duras dos animais, isto é, esqueletos ou conchas. Os fósseis que preservam as partes moles, como insetos presos no âmbar, uma resina solidificada, são muito mais raros. O estudo dos fósseis é muito importante para a compreensão de como era a biosfera há milhões de anos, uma tarefa da ecopaleotologia. Espécies presentes na Terra há milhões de anos podem ser localizadas ainda hoje – vivas – em certos ecossistemas muito limitado geograficamente ou de dificil acesso. São “fósseis vivos” alguns peixes da fauna abissal ou o celecanto, espécie de peixe de Madagascar que está na Terra há 300 milhões de anos e que resistiu  bravamente às mudanças ambientais do planeta. Entre os vegetais, as cicas, espécies que podem ser vistas em muitos jardins, são exemplos bem conhecidos de “fósseis vivos”.

Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para a sua sobrevivência. Como acontece? A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido. A fotossíntese também desempenha outro importante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera. A fotossíntese é uma das principais fontes de energia da natureza, não só para os vegetais, mas para vários outros seres vivos. Sendo assim, os vegetais estão na origem da cadeia alimentar fornecendo para os animais, entre eles, o homem. A energia acumulada nas plantas é também aproveitada pelo homem através da queima do petróleo, da lenha e do carvão. Até pouco tempo, acreditava-se que a região amazônica era a grande responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio da terra, sendo popularmente chamada de ‘pulmão da terra’. Porém, recentes pesquisas descobriram a existência de um novo “pulmão”: as algas marinhas. Apesar de se apresentar nas cores verdes, azuis, marrons, amarelas e vermelhas, todas as algas possuem clorofila e fazem fotossíntese. Como são muito numerosas, que se atribui a sua fotossíntese a maior parte de oxigênio existente no planeta.

Foz do Iguaçu, Parque Nacional de. De raiva, “M´Boi, filho de Tupã, contraiu os músculos, desnivelando a terra e revoltando as águas. Naipi caiu na Garganta do Diabo, onde vive até hoje em meio à espuma, enquanto Tarobá se transformou em árvore e, plantado, contempla sua amada para toda a eternidade.” A lenda trata da origem da oitava maravilha do mundo, as Cataratas do Iguaçu, a potava maravilha do muno, rodeadas por um importante ecossistema. Para protegê-los foi criado o Parque Nacional do Iguaçu que, mesmo sendo um dos mais visitados, corre o risco de perder o título de Patrimônio Natural da Humanidade, devido à abertura de uma estrada ilegal. As Cataratas do Iguaçu estão protegidas pelo Parque Nacional do Iguaçu, que abrange 185.265 hectares. Sua criação data de 10 de junho de 1939, seguindo os passos da Argentina, que criou o Parque Nacional del Iguazú em 1934, apesar da idéia de preservação existir desde o século 19. Historicamente foi cenário das missões jesuítas para a catequese dos Tupi-Guaranis, posteriormente os Bandeirantes paulistas expulsaram os jesuítas espanhóis, permanecendo assim sob o domínio de Portugal toda aquela região. A área abriga grande quantidade de sítios arqueológicos. A origem da palavra Iguaçu é indígena-guarani e significa "água grande". O Parque Nacional do Iguaçu foi incluído na "lista dos Patrimônios Naturais da Humanidade", em Novembro de 1986. As Cataratas do Rio Iguaçu, o maior do Paraná, resultam do mais extenso processo de vulcanismo de fissura do mundo, que ocorreu há cerca de 250 milhões de anos. Elas são formadas por 272 quedas ao longo de 2.700m de extensão e com até 82m de altura. A vegetação possui três formações diferentes: a floresta estacional semidecidual, com araucárias, perobas e begônias; a floresta ombrófila mista, com pinheirais típicos, e a mata ciliar, com árvores menores. A fauna é bastante diversificada apresentando mais de 340 espécies de aves, aproximadamente 50 espécies de mamíferos, 60 de répteis, 12 de anfíbios, 18 de peixes e cerca de 700 de borboletas. O clima da região é temperado, sem estação seca, com temperatura média anual entre 18ºC e 20ºC. As chuvas freqüentes o ano todo, são abundantes, porém mais rápidas, no verão. O frio do inverno dificulta a observação dos animais. O Parque Nacional do Iguaçu pode ser visitado durante o ano todo. Contudo, as épocas para se aproveitar melhor a viagem e a visita ao parque são as estações de baixa temporada, onde as áreas de contemplação e os passeios não apresentam grande lotação, como nas estações de alta temporada (meses de dezembro, janeiro, julho e semana santa).

Fragmentação. Todo processo de origem antrópica que provoca a divisão de ecossistemas naturais contínuos em partes menores instaladas.

Fragmentação dos Habitats.  As florestas são ecossistemas mais sensíveis à fragmentação devido principalmente às queimadas e desmatamentos. A fragmentação forma ilhas de florestas que se tornam cada vez menores e dispersas, condenando animais e plantas à extinção. Espécies raras ou aquelas que necessitam de um espaço maior para se alimentar e procriar são particularmente afetadas pela fragmentação do seu habitat. A possibilidade de extinção de uma espécie está diretamente relacionada com a fragmentação do seu habitat.

Fréons. Nome comercial que designa os CFCs (clorofluorcabonetos), liberados principalmente por aerossóis, geladeiras, condicionadores de ar e usados na fabricação de espumas plásticas e isopor, que respondem por 40% de sua utilização na indústria. No meio da década de 80, a liberação de fréons alcançou o seu auge: 1,15 milhão de toneladas, afetando diretamente a camada de ozônio. Na alta atmosfera, os CFCs se desassociam sob a ação dos raios infravermelhos e a partir dessa reação, passam a decompor moléculas de ozônio.

Fundação Biodiversitas. A Fundação Biodiversitas é uma organização não-governamental sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais que visa a conservação da natureza brasileira e promove ações de caráter técnico-científico no Brasil desde 1989. A Biodiversitas é um centro de referência no levantamento e aplicação do conhecimento científico para a conservação da diversidade biológica. Os projetos desenvolvidos pela Fundação visam a interação entre o meio ambiente e o ser humano, buscando meios de conciliar a conservação da natureza e o desenvolvimento econômico e social. A Fundação Biodiversitas publicou o Livro Vermelho das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Fundação SOS Mata Atlântica. É uma organização não-governamental criada em 1986. Trata-se de uma entidade privada sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável, bem como promover a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobilizando, capacitando e estimulando o exercício da cidadania socioambiental. A entidade desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas.

Fungicida é um pesticida que destrói ou inibe a ação dos fungos que geralmente atacam as plantas. A utilização de fungicidas sintéticos é muito comum na agricultura convencional, e representa um sério risco ao homem e ao meio-ambiente, por se tratar de um produto muito tóxico e perigoso. No caso da agricultura alternativa, mais conhecida como agricultura orgânica, o controle dos fungos é realizado com produtos naturais e com técnicas de manejo alternativas.

Fungos. Um dos cinco reinos em que são classificados os seres vivos. Inicialmente, essa classificação se restringia a apenas dois reinos: animais e plantas. Com o avanço das pesquisas científicas, porém, as diferenças entre os reinos (plantas, animais, fungos, moneras e protistas) tornou-se mais evidente, embora se assemelhem a plantas, como os congumelos que crescem debaixo das árvores, os fungos não tem folhas e não realizam a fotossíntese, isto é não produzem o seu próprio alimento, consumindo substâncias simples. O reino dos fungos abrange cerca de 100 mil espécies – contra 400 mil de plantas. 

Furacão. A palavra “furacão” tem origem entre os maias (povo que habitava a América Central antes da chegada dos conquistadores espanhóis, no final do século XV). De acordo com a mitologia maia: “Huracan era o deus responsável pelas tempestades.” Os espanhóis absorveram a palavra, transformando-a no que ela é hoje. Os furacões são fenômenos climáticos (ciclones) caracterizados pela formação de um sistema de baixa-pressão. Formam-se, geralmente, em regiões tropicais do planeta. São eles os responsáveis pelo transporte do calor da região equatorial para as latitudes mais altas. São classificados numa escala de 1 a 5 de acordo com a força dos ventos. Esta escala é denominada Saffir-Simpson. Aquele que atinge a escala 1 possui ventos de baixa velocidade, enquanto o de escala 5 apresenta ventos muito fortes. Quando ganham muita força, transformam-se em catástrofes naturais, podendo destruir cidades inteiras. Há casos em que os ventos podem ultrapassar 200 km/h.Eles percorrem determinados caminhos, carregando casas, automóveis e quase tudo que encontram pela frente. Existem estações meteorológicas que monitoram constantemente este tipo de fenômeno climático, avisando a população local em caso de evidências de desastre. Felizmente, o Brasil não é um país onde é comum a formação de furacões. A área do Atlântico Sul não é propícia para a formação destes ciclones tropicais. Porém, em março de 2004, houve a formação de um furacão que atingiu a região sul do Brasil. Com ventos de até 170 km/h, a tempestade atingiu áreas litorâneas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Foi um dos maiores e mais violentos furacões brasileiros já registrados.

Gabeira, Fernando. Jornalista, ex-guerrilheiro, fundador do Partido Verde na década de 80, Fernando Gabeira sempre se viu à vontade nas lutas ecológicas e sociais. Sua atuação contribuiu para o aperfeiçoamenteo de uma das legislações mais modernas e avançadas sobre meio ambiente do mundo – a brasileira. O autor do livro O Que É Isso, Companheiro? continua polêmico e provocador: hoje discute a descriminalização da maconha e as leis que uniriam casais do mesmo sexo. Fernando Gabeira não se notabiliza apenas pela defesa da barreiras ecológicas. Símbolo de uma irreverência ousada, está à frente das discussões de muitas questões sociais, que causam grande repercussão na mídia impressa e eletrômica.

Gaia, Hipótese. Dois pesquisadores com formação acadêmica, o biólogo e professor inglês James Lovelock e a bióloga americana Lynn Margulis revolucionaram, no fim da década de 60, as teorias científicas já formuladas sobre a Terra, a partir da publicação do livro Hipótese Gaia. Com base em dados estatísticos e pesquisas científicas os autores formularam uma hipótese arriscada: a de que o planeta se comportaria como uma entidade viva, capaz de realizar alguns processos metabólicos, como a homeostase, um mecanismo orgânico autoregulador. Ao caracterizá-la como uma “entidade” – chamada com o nome da deusa grega Gaia – e não como uma “coisa”, Lovelock e Margulis enfrentaram corajosamente a ciência oficial, mas também deram origem fa certos exageros “new agenianos”. Lovelock corrigiu a rota nos livros e ensaios posteriores.

Galápagos. As Galápagos (ou Arquipélago de Colombo) formam um grupo de 58 ilhas, das quais apenas quatro são habitadas, situadas no Oceano Pacífico a aproximadamente mil quilômetros a oeste da costa do Equador, país a que pertencem e ponto continental mais próximo. Administrativamente as ilhas estão reunidas na província homônima. O arquipélago apresenta uma biodiversidade elevada e é o habitat de uma fauna peculiar que inclui muitas espécies endémicas como as tartarugas das Galápagos. A totalidade das ilhas constitui uma reserva de vida selvagem administrada pelo governo do Equador e que é, desde a visita de Charles Darwin, o principal laboratório vivo de biologia do mundo. Principais ilhas: Ilha de São Cristóvão; Ilha Isabela - nome em homenagem a rainha Isabel, esposa de Fernando Rei da Espanha que patrocinaram a viagem de Colombo às Galápagos. Com uma área do km² 4.640, é a maior ilha do arquipélago equatoriano. Seu ponto mais elevado é vulcão do lobo com uma altura de 1.707 metros. É habitada e sua maior cidade é Puerto Villamil, é localizado na ponta do sudeste da ilha; Ilha de Santa Cruz; Ilha de Santa Maria; Ilha de Española; Ilha Seymour; Ilha de Santa Fé; Ilha de Genovesa; Ilha de Fernandina - nome dado em homenagem ao rei Fernando da Espanha que patrocinou a viagem de Colombo. Tem uma área do km² 642 com uma altura máxima de 1.494 metros. Com intenso movimento vulcânico ainda encontra-se em expansão. Possui uma rica fauna composta por pinguins, pelicanos, leão marinho, iguanas; Ilha de Bartolomé - homenagem ao tenente David Bartholomew da marinha britânica. Com uma área de 1,2 Km², altura máxima de 114 metros; Ilha de Wolf; e Ilha Pinta. História: As ilhas apareceram pela primeira vez em dois mapas do século XVI, um desenhado por Mercator (1569) e o outro por Abraham Ortelius (1570). Foram chamadas de "Ilhas das Tartarugas" (Insulae de los Galopegos). Em seus quatro anos de isolamento na ilha de Juan Fernandez, fora da costa chilena, Alexander Selkirk (o protótipo de Robinson Crusoe), visitou as ilhas Galápagos por volta de 1709, com o capitão Woodes Rogers. O primeiro morador de Galápagos foi um irlandês chamado Patrick Watkins, abandonado por lá em 1807. Ele passou dois anos plantando vegetais e trocava-os por rum com os visitantes. Em 1809, ele roubou um barco e fugiu para Guayaquil. Galápagos foi oficialmente anexada ao Equador em 1832 e foi nomeada "Archipiélago del Ecuador". Entretanto, parece que seu nome oficial é Arquipélago de Cólon. O arquipélago de Galápagos é um conjunto de 58 ilhas vulcânicas a quase 1.000  quilômetros da costa continental do país. O mais famoso visitante da ilha foi o jovem Charles Robert Darwin, que viajou no seu navio "H.M.S. Beagle" do capitão Robert Fitz Roy, em 15 de Setembro de 1835, permanecendo até 20 de outubro. Darwin visitou somente 4 ilhas, primeiramente San Cristóbal (Chatham Island), depois Floreana (Charles Island), Isabela e Santiago, durante os 35 dias em que permaneceu nessas terras, fez grandes coletas de plantas e animais, assim como observações da vida.

Ganges. Além de acolher muitos fiéis de toda a Índia, o Ganges também recebe muitos polluentes industriais e agrotóxicos. Mecúrio, pesticidas, fertilizantes e esgotos não tratados contaminam continuamente o “rio sagrado”. Cerca de 65% de todas as doenças na Índia tem origem na água não tratada; e o Ganges responde por boa parte da água que serve a milhares de cidades situadas ao longo do seu leito. O Ganges ve do Himalaia, atravessa todo o sudeste da Ìndia antes de entrar em Bangladesh e desaguar na fétil Baía de Bengala.

Garrigue. Os pinheiros-de-alepo, tão característicos das regiões mediterrâneas, não passam de restos degradados da floresta original, conhecidos como garrigue ou maquis. Constituida por uma formação vegetal aberta, semeada em terrenos onde despontam rochas esbranquiçadas, a garrigue surgiu após as contínuas queimadas realizadas, desde o Período Neolítico.

Gás Natural. O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma participação superior a 70 % em volume. A composição do gás natural pode variar bastante dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é produzido, processo de produção, condicionamento, processamento, e transporte. O gás natural é um combustível fóssil e uma energia não-renovável. O gás natural é encontrado no subsolo através de jazidas de petróleo, por acumulações em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas impermeáveis, associadas ou não a depósitos petrolíferos. É o resultado da degradação da matéria orgânica de forma anaeróbica oriunda de quantidades extraordinárias de microorganismos que, em eras pré-históricas, se acumulavam nas águas litorâneas dos mares da época. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades e, por isto, sua degradação se deu fora do contato com o ar, a grandes temperaturas e sob fortes pressões. Seu constituinte principal é o metano, que ainda existe em grandes reservas mundiais. O gás natural não deve ser confundido com o gás de cozinha, que é um gás liquefeito de petróleo (GLP).

GEF. O Fundo Nacional Para o Meio Ambiente (Global Environment Facilities, GEF) é um fundo multilateral para providenciar recursos financeiros para projetos de conservação do meio ambiente que ultrapassem fronteiras nacionais e que possam produzir benefícios globais. Organismos de funcionamento como a GEF foram recomendados no relatório “Nosso Futuro Comum”, apresentado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como Comissão Bruntland) e que denunciou a falta de recursos mundiais para programas de conservação do meio ambiente. O GEF, cuja primeira reunião ocorreu em maio de 1991, é implementado pelo Banco Mundial, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Geia. Palavra que vem do latim e significa Terra.

Gêiser. Um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar. O nome gêiser provém de Geysir, o nome de uma nascente eruptiva em Haukadalur, na Islândia; este nome deriva por sua vez do verbo gjósa, "jorrar". A formação de gêiseres requer uma hidrogeologia favorável, o que existe apenas em poucos locais na Terra; logo são fenômenos razoavelmente raros. Existem cerca de mil em todo o mundo, e metade destes no Parque Nacional de Yellowstone nos Estados Unidos, entre os quais um dos mais conhecidos e regulares é o Old Faithful (ou "Velho Fiel"). Os gêiseres são encontrados em areas de subdução. Processo de formação: A água subterrânea que se encontra nas fissuras, cavidades e lençóis freáticos, em contacto com rochas e principalmente a lava vulcânica encontrada abaixo à elevada temperatura, vai aquecendo a água gradualmente. A elevada pressão a que a água se encontra faz aumentar o ponto de ebulição da água e, quando a temperatura da água atinge um ponto crítico, entra rapidamente em ebulição. O vapor de água obriga então a água a subir de forma violenta, em forma de jacto, dando origem a esta manifestação de vulcanismo. Esses jactos podem atingir cerca de 80 metros de altura e apresentar temperaturas de 70 °C a 100 °C. A maioria dos gêiseres se forma em lugares onde não há rocha vulcânica, como o riolito, que é dissolvido em água quente e as formas de depósitos minerais chamados conglomerados siliciosos, ou geiseritas juntos dentro de sistemas de canalização. Ao longo do tempo, esses depósitos de rocha fortemente consolidadas, reforçam as paredes do canal e permitem a atividade do fenômeno da natureza.

Geleiras. As geleiras ou glaciares são grandes e espessas massas de gelo formadaa em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. É dotada de movimento e se desloca lentamente, em razão da gravidade, relevo abaixo, provocando erosão e sedimentação glacial. As geleiras ou glaciares podem apresentar extensão de vários quilômetros e espessura que pode também alcançar a faixa dos quilômetros. A neve que restou de uma estação glacial dá-se o nome de nevado (usa-se também o termo alemão Firn e o francês nevé). O nevado é uma etapa intermediária da passagem da neve para o gelo. À medida que se acumulam as camadas anuais sucessivas, o nevado profundo é compactado, recongelando-se os grânulos num corpo único. O gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra. Dentre as características geológicas criadas pelas geleiras estão as morenas, ou moreias terminais ou frontais, mediais, de fundo e as laterais, que são cristas ou depósitos de fragmentos de rocha transportados pela geleira; os vales em forma de U e circos em suas cabeceiras, e a franja da geleira, que é a área onde a geleira recentemente derreteu. O português geleira, do século XIX, preferível ao castelhanismo ventisqueiro e diferentemente do galicismo glaciar, é derivado do português gelo (do latim gelu, “gelo, geada, frio intenso”) e o sufixo -eira, que, no caso, traduz a ideia de “intensidade, aumento, acúmulo”. O espanhol hielo, “gelo”, de 1220-1250, permite datar o português gelo no século XVI, ainda que seu primeiro registro seja o do dicionário de António de Morais Silva (1813). Embora predomine na América Hispânica (principalmente na Argentina) e no português europeu o galicismo glaciar, do século XX, o vocábulo espanhol que traduz o português geleira é vestiquero, do século XVII, derivado do espanhol viento, de fins do século X, do latim ventus, “vento”. O francês glacier, de 1572, que passou ao inglês glacier, de 1744, deriva do francês glace, latim vulgar glacia, latim glacies, “gelo”. Palavra dos falares alpinos, o francês glacier torna-se usual a partir do século XVIII, quando ainda concorre com glacière, de 1640, hoje obsoleto nesse sentido. O italiano ghiacciaio e o alemão gletscher (desde o século XVI), ambos “geleira”, ganham curso no século XVIII como derivados do latim glacies.

Genética. Genética (do grego genno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Bateson numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data de 18 de Abril de 1908. Os humanos, já no tempo da pré-história utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas. Atualmente, a genética proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interações genéticas. No interior dos organismos, a informação genética está normalmente contida nos cromossomos, onde é representada na estrutura química da molécula de DNA. História: Em 1866, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras, mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples. Embora nem todas as características mostrem estes padrões de hereditariedade mendeliana, o trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade. A partir da sua análise estatística, Mendel definiu o conceito de alelo como sendo a unidade fundamental da hereditariedade. O termo "alelo" tal como Mendel o utilizou, expressa a ideia de "gene", enquanto que nos nossos dias ele é utilizado para especificar uma variante de um gene. Só depois da morte de Mendel é que o seu trabalho foi redescoberto, entendido (início do século XX) e lhe foi dado o devido valor por cientistas que então trabalhavam em problemas similares. Mendel não tinha conhecimento da natureza física dos genes. O trabalho de Watson e Crick em 1953 mostrou que a base física da informação genética eram os ácidos nucléicos, especificamente o DNA, embora alguns vírus possuam genomas de RNA. A descoberta da estrutura do DNA, no entanto, não trouxe imediatamente o conhecimento de como as milhares de proteínas de um organismo estaria "codificadas" nas seqüências de nucleotídeos do DNA. Esta descoberta crítica para o surgimento da moderna Biologia Molecular só foi alcançada no começo da década de 1960 por Marshall Nirenberg, que viria a receber o Nobel em 1968, assim como Watson e Crick cinco anos antes. A manipulação controlada do DNA (Engenharia Genética) pode alterar a hereditariedade e as características dos organismos. Mendel teve sucesso onde vários experimentadores falharam devido que também faziam cruzamentos com plantas e com animais falharam totalmente. O fracasso desses pesquisadores explica-se pelo seguinte: eles tentavam entender a herança em bloco, isto é, considerando todas as características do individuo ao mesmo tempo; não estudavam uma característica de cada vez, como fez Mendel. Somente quando se compreendia o mecanismo de transmissão de certa característica é que Mendel se dedicava a outra, verificando se as regras valiam também nesso caso. O sucesso de Mendel deveu-se também a algumas particularidades do método que usava: a escolha do material, a escolha de características constantes e o tratamento dos resultados. Além de ele ter escolhido ervilhas para efetuar seus experimentos, espécie que possui ciclo de vida curto, flores hermafroditas o que permite a autofecundação, características variadas e o método empregado na organização das experimentações eram associados à aplicação da estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.

Geoecossistema. Unidade da paisagem que se individualiza por apresentar características a nível biótico, abiótico e humano que lhes conferem uma unidade. É configurado por uma estrutura, função e dinâmica, variáveis no tempo e no espaço, e produzidas historicamente sob a ação de forças naturais e humanas geofácies Setor fisionomicamente homogêneo, onde se desenvolve uma mesma fase de evolução geral do geossistema. Representa uma pequena malha na cadeia de paisagens que se sucedem no tempo e no espaço no interior de um mesmo geossistema.

Geomorfologia. Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre, sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a análise dos processos formadores da paisagem. Pode ainda ser inserido o estudo das feições submarinas.

Geotérmica, Energia. Energia Geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior. Geo significa terra e térmica significa calor, por isso geotérmica é a energia calorífica que vem da terra. O calor da terra existe em toda parte por baixo da superfície do planeta, mas em algumas partes está mais perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a sua utilização. Em certos locais, fazendo furos de apenas 1 centena de metros é possível alcançar calor útil, assim como existem zonas onde existem nascentes de agua quente completamente espontâneas. Mas na maior parte do mundo é necessário fazer furos de centenas a quilômetros de profundidade para encontrar calor significativo. (Tipicamente na crosta terrestre o calor aumenta 25º a 30º centígrados por cada quilometro de profundidade em direcção ao centro da terra). A energia Geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para aquecer habitações, piscinas, estufas de agricultura e produzir energia elétrica. Devido a necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de energia pouco poluente. Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico.

Glaciação. Quantas glaciações já tivemos? Quatro? Oito? Depende da forma de interpretação do fenômeno.  O clima da Terra já sofreu muitas mudanças. No passado, ele já esteve mais quente ou mais frio. Em tempo geológico relativamente recente, a Terra viveu períodos glaciais, em que as geleiras cobriram grandes extensões, atingindo por vezes quase toda a superfície terrestre. Como o próprio nome sugere é um período de frio intenso quando a temperatura média da Terra baixou, provocando o aumento das geleiras nos pólos e um grande acúmulo de gelo nas zonas montanhosas próximo às regiões de neves eternas (que nunca derretem). Atualmente as geleiras ocupam 10 % da área total do planeta e a maioria está localizada nas regiões polares como a Antártica e a Groenlândia, mas nem sempre foi assim. Nos períodos glaciais o gelo cobria cerca de 32 % da terra e 30 % dos oceanos. As glaciações provocaram grandes mudanças no relevo continental e no nível do mar. Quando a temperatura global diminuiu ocorreu como conseqüência o aumento das geleiras ou seja, as baixas temperaturas provocaram o congelamento da água nos pólos aumentando a quantidade de gelo nas calotas polares. Outra conseqüência deste processo foi que a formação das geleiras não ficou mais restrita às regiões polares. A neve e o gelo foram se acumulando nas zonas montanhosas próximas aos picos ano após ano até que seu próprio peso, juntamente com a força da gravidade fizeram com que se deslocassem lentamente provocando grandes alterações de relevo no caminho por onde passam, formando profundos vales em forma de U. Esta massa de gelo e neve são os glaciares que foram deslizando lentamente até alcançar zonas mais quentes quando foram se derretendo e formando a cabeceira de um rio ou dando origem aos lagos glaciais. Outra conseqüência foi o rebaixamento do nível dos mares devido à retenção de água nos pólos. O mar se afastou da linha da costa, das praias, por exemplo, expondo grandes extensões de terra e ligando ilhas e continentes entre si. Entre os períodos glaciais há os períodos interglaciais em que a temperatura da Terra se elevou. O período em que vivemos nada mais é do que um Interglacial. Há 18.000 anos atrás, no auge da última glaciação, denominada de Wisconsin, duas extensas capas de gelo (glaciares) cobriam grande parte da América do Norte sendo no Leste denominado de Glaciar Laurenciano e a Oeste, Glaciar da Cordilheira. As geleiras ocupavam tanto a região Sul quanto o Norte da Pensilvânia, Ohio, Indiana, Illinois, alcançando partes do Estado de Nova Iorque. Cobria o Canadá e se juntava a outra geleira concentrada na Groenlândia. Processo semelhante ocorreu para a Europa com a expansão de uma grande capa de gelo sobre a Escandinávia denominada Eurasiana. Durante o Pleistoceno houve quatro grandes glaciações separadas por períodos Interglaciais em que a temperatura subiu revertendo o processo de congelamento com o degelo dos glaciares e conseqüente aumento do nível dos mares. A última glaciação é chamada de Wisconsin e se iniciou acerca de 70.000 mil anos antes do presente. Neste período o mar baixou cerca de 100 metros, expondo várias extensões de terra e ligando o Estreito de Bering na Ásia com o continente americano, através do Alasca possibilitando, assim a passagem do homem de um continente para o outro, ou seja, da Ásia para a América do Norte, caminhando por terras secas, provavelmente cobertas de vegetação e com rios. Esta hipótese é a mais aceita pelos cientistas. Que homem é este? Quem chega a América do Norte parece foi o Homo sapiens sapiens, o homem atual, biologicamente falando, muito parecido com os asiáticos (você já viu como algumas nações indígenas se assemelham aos povos da Mongólia e da Sibéria?). Eu e você somos pertencentes a esta espécie seja qual for a sua descendência ou cor ou cultura. A migração de um continente ao outro, se deu muito provavelmente, em busca de alimentos, atrás da caça ou na exploração e posse de novos territórios. Nesse processo desenvolveram novos hábitos, criaram novas formas de sobreviverem no novo ambiente e foram se deslocando continuamente para o sul.

Globalização. Fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados.

Goiânia, Césio 137. O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado, na zona central de Goiânia, no estado de Goiás. Foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. O instrumento, irresponsavelmente deixado no hospital, foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. O Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) era um instituto privado, localizado na Avenida Paranaíba, no Centro de Goiânia. O equipamento que gerou a contaminação na cidade entrou em funcionamento em 1971, tendo sido desativado em 1985, quando o IGR deixou de operar no endereço mencionado. Com a mudança de localização, o equipamento de teleterapia foi abandonado no interior das antigas instalações. A maior parte das edificações pertencentes à clínica foi demolida, mas algumas salas - inclusive aquela em que se localizava o aparelho - foram mantidas em ruínas. Houve onze mortes e 600 pessoas foram contaminadas, mas muitos alegam ser impossível medir em números o tamanho de uma catástrofe nuclear.

Goldemberg, José. Um dos maiores especialistas brasileiros na área de ciências e tecnologia e autor de vários livros e artigos que relacionam a física nuclear com o meio ambiente, o professor José Goldemberg atuou em áreas que influenciaram os rumos da politica ambiental brasileira. Ministro da Educação, secretário interino e Meio Ambiente e secretário de Ciências e Tecnologia da Presidência da República, Goldemberg trabalhou com projetos e programas de energia usando o desenvolvimento sustentável como referència. Como resultado, recebeu o Prêmio Mitchell para o Desenvolvimento Sustentável nos Estados Unidos, em 1991 e, em 1989 um prêmio pela sua contribuição ao desenvolvimento da economia energética e sua literatura, concedido pela Associação Internacional de Economia Energética. Em 2000 recebeu o Prêmio Ambiental Volvo e em 2008 o Prêmio Planeta Azul, concedido pela Asahi Glass Foundation, considerado um dos maiores da área do meio ambiente. Desde 1991, Goldemberg é considerado doutor honoris causa pelo Instituto Israelense de Tecnologia e foi homenageado com a cátedra “José Goldemberg” de Física da Atmosfera, na Universidade de Telaviv.

Golfinhos. Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis. São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos. Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.

Golfo Pérsico. O Golfo Pérsico é um golfo localizado no Médio Oriente, como um braço do mar da Arábia, entre a península da Arábia e o Irã. Trata-se de um mar interior com cerca de 233 000 km², ligado ao mar da Arábia a leste pelo estreito de Ormuz e pelo golfo de Omã, e com seu limite a oeste marcado pelo delta do Shatt al-Arab, chamado Arvand-Rood pelos iranianos, que carrega as águas dos rios Eufrates e Tigre. Os países com litoral banhado pelo Golfo Pérsico, em ordem horária, são: Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar (que ocupa uma península avançada sobre o golfo), Bahrein (uma ilha no golfo), Kuwait, Iraque, e Irã. Todos estes países, com exceção dos dois últimos (Iraque e Irã), formam uma união econômica denominada Conselho de Cooperação do Golfo. O Golfo Pérsico e suas áreas costeiras são a mais rica e mais usada fonte de petróleo do mundo; as indústrias derivadas da sua extração e refino dominam a região. Existem diversas ilhas no golfo, algumas das quais são contestadas por estados vizinhos. O nome "Golfo Pérsico" foi emprestado de numerosas línguas antigas (inclusive o grego), sendo utilizado amplamente desde a Antiguidade, em razão de ali ter existido a nação-estado da Pérsia (onde hoje é o Irã). Em meados da década de 1960, com o surgimento do nacionalismo árabe, os países da região passaram a chamar o golfo de "golfo da Arábia". O Irã, então, enviou duas petições para as Nações Unidas (em 1971 e 1984) exigindo o reconhecimento oficial da região como "Golfo Pérsico". A maioria dos países denomina a região "Golfo Pérsico", mas alguns países árabes usam o termo "golfo da Arábia" ou simplesmente "o Golfo", havendo ainda uma proposta para o denominar "o golfo entre o Irã e a península Arábica". O Irã tem feito uma campanha para garantir que o golfo localizado entre o país e a Península Árabe seja conhecido como Golfo Pérsico, e não como golfo Árabe.

Gorilas da Montanha. Descobertos pela bióloga americana Dian Fossey, na década de 60, os gorilas das montanhas de Virunga (na fronteira entre Ruanda e Uganda) correm o sério risco de extinção, vítimas da guerra e da caça. A maioria do que se conhece sobre eles até hoje foi documentado por Dian, que arranjou muitos inimigos por isso – acabou sendo morta no Natal de 1985. Outra biológa, também chamada Dian (Dorey), manteve viva  e hoje administra uma entidade que ajuda a preservar raríssimos gorilas: o Centro de Primatas de Karisoke, financiado pelo Dian Fossey Gorila Fund.

Grand Canyon. O Grand Canyon é uma imensa falha no terreno, medindo quatrocentos e quarenta quilômetros de comprimento, quase dois quilômetros de profundidade e largura variando de 200 metros a 27 quilõmetros e é considerado como uma das maiores maravilhas da  natureza. Além do vento, chuva e erosão, outro grande responsável por esta maravilha foi o rio Colorado, que ao longo dos séculos abriu caminho a força por entre aquelas rochas, moldando a pedra e criando um fantástico zigzag de corredeiras de água entre os paredões verticais de pura rocha. Na verdade o trabalho do rio continua, de forma quase imperceptível, e se tivéssemos olhos mais atentos, poderíamos perceber que alguma coisa, bem pequenina, está agora um pouquinho diferente do que estava naquela primeira visita ao parque, há trinta anos. A primeira impressão que o Grand Canyon costuma causar é de espanto, devido à grandiosidade do lugar e à sensação de sem fim, tanto em distância como em profundidade. A seguir percebemos as formas estranhas, os diferentes matizes de cores, a perspectiva que se perde ao longe, entre picos, rochedos, encostas,  e ficamos meio embasbacados com as maravilhas que a natureza pode fazer quando o homem não se mete a atrapalhar seu curso natural. A rocha mais antiga do conjunto tem idade estimada em 1,7 bilhões de anos, e a mais nova 250 milhões de anos. O Grand Canyon situa-se ao norte do estado do Arizona, no oeste Americano. Para chegar lá o ideal é tomar como ponto de partida a cidade de Flagstaff, e seguir rumo norte pela estrada 180 e depois pela 64. De Flagstaff até a entrada do Grand Canyon National Park são cerca de 90 minutos de carro. Paga-se uma taxa para acessar o parque, e se você pretende fazer este passeio nos meses do verão americano, prepare-se para encontrar pela frente prováveis congestionamentos, pois muita gente vai lá nesta época. Ao lado a torre de pedra conhecida como Watch Tower, situada a cerca de 20 km a este da entrada principal, e 2.260 m acima do nível do mar. O Grand Canyon tem dois acessos, conforme o lado em que você se aproxima dele: South Rim (lado sul do canyon) e North Rim (lado norte). Como tem acesso mais fácil e próximo de rodovias importantes, o South Rim é muito mais visitado que o lado norte, concentrando as melhores opções de infraestrutura, restaurantes, hotéis etc, enquanto o lado norte é freqüentado principalmente por quem vem daquela parte do país, ou procura isolamento e distância dos barulhentos turistas. Para passar de um ao outro lado é preciso dar a volta em todo o Grand Canyon, e já que não há estradas através do desfiladeiro, este contorno corresponde a uma jornada de centenas de quilômetros. A importância turística do Grand Canyon é tão importante para o Arizona, que o estado adotou como seu lema a expressão The Grand Canyon State, ou seja O Estado do Grand Canyon. E justifica-se a homenagem, porque o parque é responsável pela maior parte dos turistas que visitam o Arizona. O Grand Canyon já era habitado por indígenas há mais de três mil anos. Atualmente ainda moram na região índios das tribos Hualapai, Havasupai, Navajo, Hopi, e Paiute. Sua redescoberta para o mundo foi em 1857, graças ao explorador Joseph Christmas, sendo que  em 1919 foi criado o Grand Canyon National Park, administrado pelo governo americano. Atualmente mais de 2,5 milhões de pessoas visitam o parque a cada ano. Ao lado, imagem de um brasileiro exausto, descansando um pouquinho durante caminhada por uma trilha. Um dos momentos mágicos do Grand Canyon é ao cair da tarde, quando o sol bate nas rochas e cria incríveis visuais, entre jogos de luz, sombra e cores diversas. Vale a pena ficar até mais tarde por lá para presenciar este evento. No Brasil estamos acostumados com as belezas exuberantes de nosso planeta, na forma de verdes matas, o azul do mares, areias brancas das praias etc. Mas ao visitar o Grand Canyon foi impossível não constatar, que a natureza tem muitas outras formas maravilhosas de se expressar. E o Grand Canyon deixa isto bem claro para seus visitantes, ao mostrar o lado árido, rústico, agressivo, dramático e estonteantemente belo que a natureza também pode assumir.

Grande Barreira de Coral. A Grande Barreira de Coral é uma imensa faixa de corais, composta por cerca de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis de coral, situada entre as praias do nordeste da Austrália e Papua-Nova Guiné, que possui 2.300 quilômetros de comprimento, com largura variando de 20 km a 240 km. Neste ecossistema complexo vivem em torno de 1500 espécies de peixe, 360 espécies de coral, 5000 a 8000 espécies de moluscos, 400 a 500 espécies de algas marinhas, 1330 espécies de crustáceos e mais de 800 espécies de equinodermes. A área também é preservada pela presença de cubozoários, um grupo de cnidários conhecidos pelas toxinas perigosas para o Homem. Apesar da biodiversidade que representa, a grande barreira coralina corre risco de extinção, em razão da poluição marítma e do aquecimento anormal das águas, causado pelo fenômeno climático El niño. O processo de branqueamento (perda de pigmentos e de algas associadas aos tecidos dos corais) produz um número crescente de vítimas no recife, interferindo em sua biodiversidade. Para resolver ou minimizar o problema, o Fundo Mundial para a Natureza vem aumentando a sua área de proteção na grande barreira coralina, que é considerada um patrimônio da Humanidade.

Grande Carajás. O solo da região de Carajás, no Pará, abriga a maior jazida de minério de ferro do mundo, cujo estoque é suficiente para os próximoas 400 anos. Os trilhos das suas ferrovias têm um movimento tão intenso que nunca esfriam e nem o maior trem do planeta, com 204 vagões e três locomotivas, é suficiente para escoar em bom ritmo produção. Explorada pela Vale do Rio Doce, a jazida não é a única riqueza da Carajás – mais de 40 tonelada de ouro forma exploradas em Serra Pelada, que chegou a ter mais de 100 mil garimpeiros em suas terras. A região registra igualmente conflitos sangrentos com os sem-terras, que culminaram com a chacina de duas dezenas de pessoas em Eldorado dos Carajás. A província de Carajás é uma das mais ricas e violentas do país e também uma das mais ambientalmente afetadas.

Grande Sertão Veredas, Parque Nacional de. O Parque Nacional Grande Sertão Veredas situa-se na divisa dos estados de Minas Gerais e Bahia, com sede localizada no município de Chapada Gaúcha. Possui uma área de 231.668 ha. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O nome do parque é uma homenagem a João Guimarães Rosa, um dos maiores escritores da literatura brasileira, cuja obra-prima foi Grande Sertão: Veredas, onde destaca a luta dos sertanejos. O parque preserva parte do planalto chamado Chapadão Central, que divide as bacias dos rios São Francisco e Tocantins. A vegetação é dominada pelo cerrado, fazendo do parque o maior do país com essa predominância. Há mata de galeria nas margens dos rios, onde podem ser encontrados muitos buritis. São comuns o pacari e o ipê-amarelo.  Entre as aves, destaca-se a presença de emas. Notam-se também a presença do tamanduá-bandeira, lobo-guará e do veado-campeiro. A caça, presença de carvoarias e os desmatamentos constantes caracterizam os principais problemas do parque.

Greenpace É uma organização não-governamental com sede em Amsterdã, nos Países Baixos, e escritórios espalhados por 40 países. Atua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazônia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, transgênicos e energia renovável. A organização busca sensibilizar a opinião pública através de atos, publicidades e outros meios. Sua atuação é baseada nos pilares filosóficos-morais da desobediência civil e tem como princípio básico  a ação direta. Fundado em 1971 no Canadá por imigrantes americanos, tem atualmente cerca de três milhões de colaboradores em todo o mundo - quarenta mil no Brasil (Greenpeace Brasil) - que doam quantias mensais que variam de acordo com o país. Entre os primeiros ativistas que ajudaram a fundar a organização na década de 1970 havia pessoas com estilo de vida hippie e membros de comunidades quakers americanas, que migraram para o Canadá por não concordarem com a guerra do Vietnã. As campanhas procuram confrontar e constranger os que promovem agressões ao meio ambiente. Dessa forma o grupo conseguiu textos e ações do Greenpeace que procuram atrair a atenção da mídia para assuntos urgentes e conquistou ao longo de sua história algumas importantes vitórias como o fim dos testes nucleares no Alasca e no Oceano Pacífico, o fechamento de um centro de testes nucleares americano, a proibição da importação de pele de morsa pela União Europeia, a maratona à caça de baleias e a proteção da Antártida contra a mineração. No Brasil, o Greenpeace conseguiu vitórias principalmente na Amazônia, denunciando a extração ilegal de madeira da região. A instituição mantém, ainda, vigilância sobre a exploração do urânio na cidade baiana de Caetité, tendo veiculado o vazamento do minério e a contaminação da água no município por diversas ocasiões, tendo inclusive levado água caetiteense contaminada por vazamento de urânio até ministros do governo Lula, como Carlos Minc, sem que medidas concretas de proteção tenham sido adotadas.

Grutas. As cavernas são galerias rochosas formadas, geralmente, pela ação da água no decorrer de milhões de anos. Às vezes usadas como sinônimos de cavernas, as grutas podem fazer parte desses sistemas de galerias; apresentam formações calcárias de drara beleza, como estalagmites e estalactites. As cavernas mais famosas se formam, na maioria das vezes, em regiões de pedras calcárias, erodidas pelas chuvas. No Brasil, são conhecidas as cavernas do Petar, no Vale do Paraíba, que são mais de 300, e as grutas de Maquine, em Minas Gerais.

Guano é o nome dado às fezes das aves e morcegos quando estas se acumulam. Pode ser usado como um excelente fertilizante devido aos seus altos níveis de nitrogênio. O solo que é deficiente em matéria orgânica pode tornar-se mais produtivo com a adição de fezes. O guano é composto de amoníaco, ácido úrico, ácido fosfórico, ácido oxálico, ácido carbônico, sais e impurezas da terra. O guano é coletado em várias ilhas do Oceano Pacífico (principalmente nas do Peru) e em outros oceanos. Estas ilhas tem sido o habitat de colônias de aves marinhas por séculos, acumulando vários metros deste material. O guano das ilhas peruanas foi exportado durante o século XIX e princípios do século XX, e foi o seu grande produto de exportação. Continua existindo uma grande demanda por guano peruano, por este ser um fertilizante natural.

Hábitat. Cada espécie vive em um lugar característico, o seu hábitat, onde pode conviver com outras espécies. O hábitat de uma minhoca, por exemplo, é o solo úmido; o hábitat dos liquens são as rochas e as árvores. Em seu livro Ecologia, Eugene Odum emprega uma analogia muito didática – o hábitat seria o “endereço” de uma determinada comunidade ou indíviduo. Já as suas atividades, interesses e associações estariam incluídos na definição de nicho ecológico, que determina como essa espécie se distribui e convive nesse espaço. As savanas são o hábitat de grandes mamíferos, como os elefantes, onde os mesmos encontram o seu alimento. A destruição dos hábitat é a principal causa da destruição da maioria das espécies. Animais-símbolo, como o panda e o mico-leão-dourado denunciam, respectivamente a morte de seus hábitat – os bambuzais da China e os ecossistemas integrados da Mata Atlântica. Equivalência ecológica: Condições climáticas e geográficas semelhantes condicionam o aparecimento de hábitats equivalentes, mesmo que estejam localizados em diferentes partes do globo. Os hábitats dos cangurus de campo da Austrália, por exemplo, são equivalentes ecológicos dos hábitats dos bisões e antílopes de campo dos Estados Unidos.

Herbicidas. São substâncias químicas, com maior ou menor toxidade,  borrifadas nas plantações para matar as assim chamadas ervas daninhas. São divididos em dois grupos: os herbicidas de contato, aplicados diretamente nas folhas, e os herbicidas que afetam a planta quando absorvidos por ela. Herbicidas de contato incluem o ácido sulfúrico, carbamatos e herbicidas dinitros, que contem moléculas com dois átomos de nitrogênio. São altamente tóxicos duranta a aplicação, mas de fraca ação residual. Seu uso está sendo revisto em muitos países. Efeitos perigosos: Alguns herbicidas podem ser produtos agrotóxicos inespecíficos, que acabam matando todas as plantas. Exemplo desses herbicidas “totais” são o clorato de sódio e os paraquats, produtos altamente altamente venenosos e intoxicantes. Atualmente, algumas empresas desenvolveram sementes resistentes a todos os herbicidas, estimulando um perigoso cartel econômico.

Heterótrofo. Organismo incapaz de sintetizar as substâncias orgânicas de seu corpo a partir de substâncias minerais e que, portanto, tem de absorver substâncias orgânicas do meio. São heterótrofos animais e vegetais aclorofilados. Os heterótrofos podem se dividir em consumidores primários, secundário, terciários ou quaternários, conforme a posição que ocupam dentro de uma cadeia alimentar.

Hibernação. A hibernação pode ser considerada como um tipo de estratégia de sobrevivência de algumas espécies de animais (répteis, insetos e anfíbios, por exemplo). Para sobreviver a um longo inverno em climas muito frios, algumas espécies reduzem suas necessidades e atividades corporais (metabólicas) a um nível mínimo – a hibernação é, portanto, um tipo de economia de energia. Além disso, durante o inverno, não há alimento disponível em quantidade suficiente para garantir a suborevivência dessas espécies. Os ursos podem hibernar dormindo profundamente, enquanto os esquilos hibernam acordando de tempo em tempo para comer as provisões que armazenam na primavera. Durante a hibernação, e pulsação e os batimentos cardíacos dos mamíferos descem a um nivel muito baixo, com uma acentuada queda de temperatura, embora não tão intensa quanto a do ambiente. O processo inverso, a estivação, pode ocorrer a outros tipos de animais sensiveis ao calor.

Hidrocarbonetos. Em química, um hidrocarboneto é um composto químico constituído essencialmente por átomos de carbono e de hidrogênio. Os hidrocarbonetos naturais são compostos químicos constituídos apenas por átomos de carbono (C) e de hidrogênio (H), aos quais se podem juntar átomos de oxigênio (O), azoto ou nitrogênio (N) e enxofre (S) dando origem a diferentes compostos de outros grupos funcionais. São conhecidos alguns milhares de hidrocarbonetos. As diferentes características físicas são uma consequência das diferentes composições moleculares. Contudo, todos os hidrocarbonetos apresentam uma propriedade comum: oxidam-se facilmente liberando calor. Os hidrocarbonetos naturais formam-se a grandes pressões no interior da terra (abaixo de 150 km de profundidade) e são trazidos para zonas de menor pressão através de processos geológicos, onde podem formar acumulações comerciais (petróleo, gás natural, carvão etc). As moléculas de hidrocarbonetos, sobretudo as mais complexas, possuem alta estabilidade termodinâmica. Apenas o metano, que é a molécula mais simples (CH4), pode se formar em condições de pressão e temperatura mais baixas. Os demais hidrocarbonetos não são formados espontaneamente nas camadas superficiais da terra.

Hidrófila é a vegetação adaptada ao meio aquático. Possui parte ou totalmente submersa na água. Vegetação adaptada à grande umidade. As raízes desses vegetais são pequenas e as suas folhas são grandes para facilitar a evapotraspiração, além de possuírem caules bastantes desenvolvidos. Exemplo: Bananeira.

Hidrosfera. Pode-se dizer que o mundo é muito mais um planeta água do que um planeta terra. A hidrosfera, que compreende rios, lagos, represas, mares e oceanos, ocupa uma superfície muito maior da crosta terrestre – 71% de água. As emissões industriais, esgotos, detritos e restos de agrotóxicos afetam profundamente os rios e lagos e se constituem no seu maior problema com referência à poluição; o petróleo derramado e a pesca irrefletida de determinadas espécies, por sua vez, são os grandes responsáveis pelos desastres ambientais que ocorrem nos mares e oeceanos. A solução do problema da fome no mundo se concentra ainda nos mares e oceanos, que podem ser explorados comercialmente de maneira inteligente. As pesquisas cientificas realizadas nos últimos anos podem apontar para novas utilizaçãoes dos recursos marinhos. Os oceanos e mares cobrem cerca de 81% do Hemisfério Sul e 61% do Hemisfério Norte, a quantidade de matéria viva produzida por fotossíntese dentro dos ecossistemas marinhos é maior do que nos ecossistemas terrestres – algas e fitoplanctos abosrvem tanta, ou até mais, energia solar do que as plantas. As grandes massas marinhas captam 71% da energia solar que chega ao planeta. A produção primária marinha é avaliada em 36 bilhões de toneladas por ano, incluindo quantidades enormes de pequenos organismos, como o krill, uma espécie de camarão minúsculo.

Hierarquia. Dentro das cadeias ecológicas organizadas nos ecossistemas, verifica-se um sistema hierárquico que pode se identificado e classificado – a hierarquia, portanto, não é uma invenção humana, mas um fenômeno observável na natureza. No estudo da etologia, que pesquisa o comportamento dos seres vivos, a hierarquia designa os níveis de dominância decrescente que que se estabelecem em individuos do mesmo grupo. Nesse contexto, a agressividade ou liderança de um indivíduo (ou de um pequeno grupo de individuos, considerando-se uma população maior) determina a “ordem de dominância”, um outro sinônimo de hierarquia, estabelecida entre os membros de uma população. A hierarquia também pode classificar um sistema mais geral, determinando a dominação das espécies de acordo com sua influência, número de indíviduos ou outro critério adotado. 

Higrófilos. Vegetais que podem viver em meio muito úmido, frequentemente saturados ou próximos da saturação.

Himalaia. O Himalaia, Himalaias ou Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia montanhosa do mundo, localizada entre a planície indo-gangética, ao sul, e o planalto tibetano, ao norte. A cordilheira abrange cinco países (Índia, China, Butão, Nepal, Paquistão) e contém a montanha mais alta do planeta, o Monte Everest. O nome Himalaia vem do sânscrito (pronunciada com um longo primeiro 'a' e um curto último 'a', como 'himaal-ya', em vez de 'him-u-l-yu' ou 'him-u-layaa') e significa "morada da neve". Os Himalaias espalham-se, de oeste para leste, do vale do rio Indo ao vale do rio Bramaputra, formando um arco de cerca de 2500 km de extensão e com uma largura variando de 400 km no oeste, na região da Caxemira-Tibete, a 150 km no leste, na região do Tibete-Arunachal Pradesh. Os Himalaias formam um grande sistema montanhoso, que incluem o Himalaia propriamente dito, o Caracórum, o Hindu Kush e o Pamir. Este sistema estende-se por cinco diferentes nações: Paquistão, Índia, Nepal, Butão e República Popular da China. Juntas estas cordilheiras, o sistema montanhoso do Himalaia é o teto do mundo, e lar dos picos mais altos do planeta, o Monte Everest (8 848 m) e o K2 (8 611 m). O pico mais alto fora dos Himalaias é o Aconcágua, nos Andes, com 6 962 m, e somente no Himalaia há mais de 100 picos excedendo os 7 200 m de altitude. Os Himalaias são fonte de duas das maiores bacias hidrográficas: a bacia do rio Indo e a bacia do Ganges-Bramaputra. Aproximadamente 1 000 milhões de pessoas vivem nas bacias hidrográficas de rios que nascem no Himalaia. Entretanto, a densidade populacional dos Himalaias é muito baixa e poucos são os centros populacionais, sobretudo na vertente meridional. O Himalaia influencia também fortemente o clima, a vegetação e a distribuição dos animais. O Himalaia está entre as formações montanhosas mais jovens do planeta. De acordo com a moderna teoria das placas tectônicas, sua formação é resultado de uma colisão continental, ou então, pelo processo de orogenia (isto é, processo de formação de montanhas) entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia. A colisão iniciou-se no Cretáceo Superior há cerca de 70 milhões de anos, quando a placa Indo-australiana se moveu rumo ao norte e colidiu com a placa da Eurásia. Há cerca de 50 milhões de anos, com a movimentação rápida da placa Indo-australiana, a junção já havia se estabelecido. Entretanto, a placa, continua a movimentar-se horizontalmente para baixo do planalto do Tibete, forçado a ascendência do planalto. As montanhas de Arakan-Yoma em Mianmar e as ilhas Andamão e Nicobar na Baía de Bengala também se formaram em decorrência dessa colisão. A placa Indo-australiana ainda se move numa proporção de 67 mm/ano, e nos próximos 10 milhões de anos avançará cerca de 1500 km para o interior da Ásia. Cerca de 20 mm/ano da convergência da Índia com a Ásia é absorvida pelo empuxo ao longo da frente sul do Himalaia. Isto, leva os Himalaias a elevar-se cerca de 5 mm/ano; fazendo com que eles sejam geologicamente ativos. O movimento da placa indiana em direção à placa asiática, também faz esta região ser sismicamente ativa, induzindo terremotos periodicamente.

Hiroshima. O calor infernal e o deslocamento de ar provocado pela Bomba de Hiroshima reduziu a pó uma cidade de 300 mil habitantes, em 6 de agosto de 1945. o mundo assistia ao primeiro grande ataque nuclear e ainda o saudava como uma grande descoberta bélica. O horror, as consequências da grande contaminação atômica, o desastre ecológico que a detonação de uma bomba poderia provocar, nada disso ainda era conhecido pelo público – o holocausto era festejado como uma grande vitória pela impressa da época. Hoje, muitos anos depoisda explosão, a cidade foi totalmente destruída. Restam ainda na alma de toda a humanidade as sombras da dor que mostrou a enorme capacidade do homem de provocar destruíção e morte.

Holístico. É um conceito empregado em Ecologia que foi passado a outras áreas do pensamento, sendo adotado integralmente pela New Age. Holismo, basicamente, significa integração, visão total. Em Ecologia, traduz um conceito segundo o qual toas as entidades físicas e biológicas formam um sistema interagente e unificado e que um um sistema completo é sempre maior e mais significante do que meramente a soma das partes que o compõe. Numa definição mais abrangente, as terapias holísticas, por exemplo, leva mais em consideração o “sistema” homem do que as doenças que o atacam. Essa, na verdade, seriam apenas o sintoma da vulnerabilidade e desequilíbrio dos sistema maior. Técnicas holísticas, como a homeopatia ou acumputura tratam o homem como um conjunto energético que pode sofrer avarias localizadas (doenças) decorrentes do desequilíbrio geral da energia no seu sistema.

Homeóstase. Fenômeno pelo qual um sistema biológicao consegue manter espontaneamente o seu equilíbrio interno em casos de vairação do meio ambiente. Essa capacidade, natural de todos os seres vivos, é também encontrável em sistemas ecológicos como populações ou comunidades, e alguns biólogos identificaram esse processo no planeta Terram analisado como um sistema ecológico autônomo. Um sistema metabólico similar é o da homeotermia, característico dos animais de sangue quente (embora alguns cientistas sustentem que os dinossauros também o possuíam), que conseguem garantir a temperatura corporal interna, quaisquer que sejam as condições atmosféricas exteriores. Para obter esse efeito, aves e mamíferos acionam um metabolismo intenso e dependem, também, de um revestimento cutâneo espesso: penas, peles ou, no caso do homem, roupas.

Homo. É o gênero que inclui a espécie humana atual e também todos os seus ancestrais mais imediatos, todos eles já extintos. A principal características do gênero Homo – e que diferencia de todos os hominídeos que também andavam em pé, como o Australophitecus – é que os seus exemplares possuiam um cérebro até três vezes maior do que os primeiros primatas que se assemelhavam à forma humana. Os primeiros hominídeos surgiram há 15 milhões de anos, evoluindo da sua famíla de origem, a dos primatas. O gênero Homo apareceu há cerca de 2 milhões de anos.

Hospedeiro. É uma das formas de interação entre dois seres vivos. Caracteriza-se pela utilização do apoio ou da energia de um ser vivo (o hospedeiro) em proveito do parasita. O hospedeiro de um parasita pode variar de acordo com a sua fase ecológica, isto é, pode passar do hospedeiro intermediário para o definitivo de acordo coma sua evolução. Um exemplo dessa relação pode ser o agente causador da moléstia de Chagas, o Trypnosoma cruzi, que é inoculado no ser humano após a picada do barbeiro, um inseto que vive em casas de pau-a-pique e que é o hospedeiro intermediário do ciclo. Os hospedeiros intermediários são encontrados na transmissão de outros tipos de doenças, como a malária. O parasita Plasmodium se aloja primeiramente nos mosquitos, que acabam transmitindo a malária ao homem.

Húmus. Microorganismos, bactérias e fungos decompõem, por meio  de processos químicos, os restos orgânicos de plantas e animais, formando assim o húmus. A sua presença é fundamental para a fertilidade e produtividade da terra, além de contribuir positivamente para o controle da erosão. De textura esponjosa, a aparência do húmus, uma substância orgânica, é uma terra marrom-escura, quase negra. A sua formação depende da atividade biológica dos solos e de fatores fisicoquímicos, como a areação, drenagem de água ou pH. 

Ibama. As queimadas da Amazônia em 1987 e 1988 estarreceram a opinião pública mundial e obrigaram o governo brasileiro a repensar a sua política de meio ambiente. A Constituinte elaborou novas leis ambientais (1988), foi regulamentado um novo órgão, o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturiais Renováveis (1989), e foi criado um novo ministério, o do Meio Ambiente (1990). As ações do Ibama são muito variasdas: administração de unidades de consrvação, sensoriamento remoto de florestas, fiscalização, apreensão, formulação de projetos e outras. A contenção do comércio clandestino de animais silvestres é um dos objetivos do Ibama, que dispõe de uma Linha Verde gratuita: 0800 618080. Para poder realizar uma fiscalização eficiente, o número efetivo de fiscais do Ibama deveria ser multiplicado muitas vezes. A falta de condições é total – não há homens, armas, boas instalações de acampamento ou transporte adequado.

Iguana. Iguana é um gênero de répteis da família Iguanidae, característico das zonas tropicais das Américas: América Central, norte do Brasil e região central do México. O iguana da espécie Iguana iguana, também chamado de iguana-verde, é um dos répteis mais criados em cativeiro. Têm hábitos arborícolas, isto é, vivem em árvores, podendo atingir 180 cm. Quando novos, os iguanas possuem uma coloração verde intensa, já quando maiores, apresentam, ao longo do corpo, listras escuras. A cauda de uma iguana possui dois terços do comprimento total do corpo. Iguanas podem ser criadas em terrário tropical húmido, por habitar florestas tropicais.

Ilhas. A definição escolar ainda vale – ilha é um pedaço de terra, menor do que um continente cercado de água por todos os lados, seja de um oceano, mar, seja de um rio ou lago. A Groelândia é considerada a maior ilha do mundo, com 2.670 quilômetros de comprimento e 1.288 quilômetros de largura – isso sem levar em conta a Austrália, que às vezes é chamada de ilha-continente. Nova Guiné, Bornéu, Madagascar, Baffin, Sumatra, Honxku e Grã-Bretanha são algumas das maiores ilhas do mundo. Uma ilha pode ser de origem vulcânica (os vulcões são grandes “produtores” de ilhas), coralina ou podem ser pedaços de terra que já fizeram parte do continente e que foram se desprendendo – o caso de grande parte das ilhas costeiras. As ilhas vulcânicas muitas vezes se agrupam em arcos insulares na junção de placas tectônicas, como acontece com Japão. 

Ilha de Queimada Grande. A fauna e a flora insulares apresentam uma forte tendência endêmica, mas a grande característica de Queimada Grande é que a enorme maioria da sua fauna é composta apenas por cobras – mais de 12 mil, de várias espécies. Ali se desenvolveu também um tipo único de jararaca, com um veneno tão potente que é capaz de matar um homem em poucos minutos dependendo do lugar da picada. Essa característica foi desenvolvida pelo processo revolucionário de seleção natural. 

Ilha de Trindade. O ponto mais afastado da costa brasileira, a 1.200 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, ou três dias de viagem em um mar encapelado, pode ser apontado como exemplo típico de uma ilha vulcânica. Um dos picos mais altos de uma cadeia montanhosa submarina que se estende pelo Ocano Atlântico, Trindade foi formada por um vulcão extinto há mais de 5 mil anos. Hoje, ali funciona um importante posto de observação meteorológico, mantido por uma guarnição de 32 homens da Marinha. 

Ilha do Caju. Na maior foz oceância das três Américas, o Delta do Parnaíba, entre a divisa do Maranhão e Piauí, existe um dos mais expressivos santuários ecológicos do país. Mas que difere da Ilha do Caju de outra reserva natural é o fato de ela ser particular, administrada por uma família meio brasileira, meio alemã, meio inglesa, os Mendonça Clark. As lagoas arduamente desalinizadas pelas treze famílias de colonos dessa ilha de 10 mil hectares tornam-se refúgio ideal para dezenas espécies de aves da região, numa área onde a floresta tropical se mistura às restingas e onde dunas gigantescas permeiam cursos d’água.

Ilha do Cajual. Há 80 milhões de anos, uma verdadeira assembleia de dinossauros tomava conta de um território que hoje não passa de uma ilha de pescadores no Maranhão. Morreram todos repentinamente, mas deixaram ovos fossilizados, vértebras, dentes e pegadas como testemunhas do maior cemitério de dinossauros do Brasil. Além de abrigar esse tesouro palentológico, a Ilha do Cajual também é um grande centro de reprodução natural de vários tipos de pássaros – tem uma população flutuantes de 150 mil aves migratórias e ali residem, pelo menos quinze espécies diferentes de aves.

Ilha do Coco. Nenhuma ilha do mundo tem tanta cara de paraíso perdido quanto a Ilha do Coco, a 500 quilômetros do litoral de Costa Rica. É uma ilha como Hollywood qualquer – desabitada, com vegetação luxuriante, um mar de azul-turquesa, 95 espécies de aves e 200 cascatas, algumas delas caindo diretamente no mar. Tem todo charme de prováveis e incontáveis tesouros escondidos por piratas e os seus arrecifes guardam outras riquezas:mais de 300 tipos de peixes que circulam em verdadeiros edifícios de corais submersos. A Ilha do Coco é tão paradisíaca, tão isolada do mundo e tão primitiva, que foi escolhida como o cenário perfeito do filme Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg.

Impacto Ambiental. As ações naturais são provocadas pelo homem produzem alterações sobre o meio ambiente ou em parte dele – os retulados dessas ações são chamados de impacto ambiental. Para se medir a amplitude desses efeitos, hoje em dia é obrigatória a elaboração de um estudo de impacto ambiental. Dquanto aplicados no caso de uma construção de uma barragem, por exemplo, os estudos se dividem em duas partes: uma de previsão do impacto antes que ele aconteça e outra de avaliação e monitoramento, em que se procura medir os efeitos durante e após a construção. Esses estudos tem base técnica e científica. São levados em audiência pública para a avaliação de sua viabilidade. Na tentativa de minimizar o impacto ambiental causado pelo reservatório da Usina de Serra da Mesa (GO, que inundaria uma área equivalente ao município de São Paulo – 1.794 quilômetros quadrados –, foram organizadas equipes de resgate de animais.

Imprensa. Tradicionalmente, além dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –, a imprensa é apontada como o quarto poder. Com o surgimento político das ONGs, que para alguns pensadores poderiam ser o embrião de um nascente quinto poder não-governamental, assim como a imprensa, surgiu uma inesperada aliança. Trabalhando juntas – as ONGS fornecendo dados e denúncias para a mídia impressa e eletrônica e essas divulgando as informações –, forma-se uma parceria com poder de fiscalizações governamentais ou projetos de organismos oficiais que possam afetar a sociedade como um todo ou o meio ambiente. Essa união provou ser eficiente em muitos casos, provocando ums suspensão imediata de processos antiecológicos, atuando com uma força fiscalizadora sobre os outros treês poderes. A imprensa contribui, também, para a conscientização ambiental da população. Um exemplo disso pode ser a Mata Atlântica. Quem ouviu falar dela há alguns anos, ou pensava em protegê-la antes que a imprensa divulgasse a sua destruição?

Incineração. Processo de tratamento que usa a combustão controlada para queimar lodos de estação de tratamento de esgotos ou resíduos de diferentes naturezas e origens, com a finalidade de reduzir seu potencial poluidor ou seu volume de disposição final.

Índios. Quem pretende saber alguma coisas sobre os povos indígenas do Brasil vai se encontrar diante de um desafio – existe pouquíssima informação sobre a sociodiversividade dos 280 mil índios que vivem em mais de 500 áreas, em todas as partes do Brasil. Os livros didáticos existentes são superficiais, quando não preconceituosos. Das 210 etnias e cerca de 170 línguas nativas usdas hoje no Brasil, pouco se conhece – talvem nem a metade do material linguístico já tenha sido estudado. A maior parte dos agrupamentos indígenas do Brasil é constituida de microssocieddes – só dois povos (guarani e ticuna) ultrapasssam os 20 mil indivíduos. Microssociedades: Das 210 etnias de índios que vivem no Brasil, mais de 71 são compostas por até 200 pessoas; 41 ficam entre 200 e 500; 32, de 500 a mil; 44, de mil a 5 mil; quatro povos entre 5 e10 mil indivíduos e três entre 10 e 20 mil (macuxi, caingange e guajajara). Anda existem grupos isolados (os avá-canoeiros, por exemplo em Minaçu, com a população de 6 pessoas apenas).

Índividuo. Na escala da hierarquia de vida, o indivíduo é a unidade básica. No estudo da Ecologia,u individuo (que pode ser uma pessoa, um pássaro ou uma planta, por exemplo) pode ser analisado sob vários aspectos. Pode ser determinadas as diferentes fases ecológicas, do nascimento à maturidade, identificando-se as características principais da sua espécie ou as particularidades de um determinado indivíduo em certas circunstâncias (superpopulação, por exemploo). As relações so indivíduo com o seu grupo (população) ou meio ambiente sob uma determinada circunstância também podem ser classificadas em diversos tipos de interação (simbioses, comensalismo, integração etc).

Industrialização é o processo socioeconômico que visa transformar uma área da sociedade inicialmente retrógrada em uma fonte de maior riqueza e lucro. Por meio da implantação de um maquinário próprio em indústrias de todos e quaisquer tipos, o qual substitui algumas funções antes exercidas pelo homem, muitas vezes produzindo mais do que esses, o processo de industrialização impulsiona uma gradual urbanização e crescimento demográfico na região em que ocorre. Suas principais características são: grande aumento na divisão de trabalho, grandes progressos em produtividade industrial e agrícola e crescimento rápido da renda per capita, da classe média e do padrão de consumo. A partir do Século XVIII ocorreram muitas industrializações no mundo, tendo a primeira e mais marcante delas ocorrido na Inglaterra, a chamada Primeira Revolução Industrial, com o surgimento da primeira máquina a vapor. As revoluções industriais foram divididas em três momentos definidos como primeira revolução, segunda revolução e terceira revolução industrial. A Primeira Revolução Industrial ou Primeira Revolução Tecnológica se caracterizou pela invenção da máquina a vapor e as consequentes mudanças na sociedade em virtude dessa nova tecnologia. Já a chamada segunda revolução foi marcada pela descoberta e disseminação da eletricidade e do uso intenso do petróleo como fontes de energia. Por fim, a terceira revolução industrial, conhecida também como a Revolução do Silício, se caracteriza pelo uso intensivo da informática e telemática nas relações sociais e, sobretudo, econômicas.

Infiltração. Fluxo da água da superfície do solo para o subsolo, ou de um meio poroso para um canal, dreno, reservatório ou conduto. A infiltração tem um papel vital no ciclo das águas – é ela quem garante a alimentação dos lençóis freáticos. Ela regulariza a absorção dos solos, levando para as camadas profundas os excedentes de águas pluviais e restituindo-os em períodos de seca. A velocidade com que a água é absorvida pelo solo depende, básicamente da cobertura vegetal, da inclinação e da porosidade dos solos e também do seu grau de umidade inicial. As árvores interceptam  a quantidade de chuva que atinge o solo, facilitando a infiltração equilibrada. Em terrenos de pouca cobertura vegetal, a taxa de infiltração diminui e o escoamento acelera.

Influxo. Água que flui para um aqüífero, um trecho de um rio, um lago, um reservatório ou um depósito similar.

Insetos. Do total de animais vivos sobre a Terra, de três quartos são insetos, o grupo do reino animal que contém o maior aumento de espécies. Os insetos são tantos e tão diversificados que pelo menos 10 mil novas espécies são identificadas por ano e reunidas nas ordens existentes. Das cerca de 800 mil espécies catalogadas, mais de 400 mil pertencem ao grupo dos besouros (Coleóptera), insetos caracterizados por possuir carapaças duras. As borboletas (Lepidóptera) vêm logo depois, com 150 mil espécies; seguidas pelo grupo das formigas e abelhas (Hymenoptera) com 100 mildas moscas e pernilongos (Díptera), com 90 mil; e dos percevejos (Hemíptera), com 50 mil. Das ordens com o menor número de espécies, fazem parte os gafanhotos (Orthoptera), com 20 mil espécies caracterizadas por patas traseiras fortes – que permitem aos insetos se mover aos pulos –, as libélulas (Odonada), com mais de 5 mil espécies, e os cupins (Isoptera), com 2 mil.

Intemperismo. Chuvas, ventos, mudnças de temperatura e o movimento das águas exercem um forte papel na formação do solo. As águas das chuvas, rios ou mares podem atuar como lixas nas rochas, liberando partículas minerais que depois vão se constituir no solo. Esse mesmo processo pode ser observado no solo com o vento, que também deslocará partículas que posteriormente serão depositadas na terra. No estudo da Ecologia, o intemperismo também pode ser provocado pela ação de seres vivos, como os liquens que acabam desgastando lentamente as rochas, a partir de certas substâncias químicas. Sem intemperismo não haveria o desgaste contínuo das rochas e, portanto, o solo não seria formado.

Intemperização. Conjunto de processos devidos à ação de agentes atmosféricos e biológicos que geram a destruição física e a decomposição química dos minerais das rochas.

Interdependência das Espécies. É um dos conceitos básicos da Ecologia – as espécies são interdependentes, fazem parte de cadeias alimentares e são igualmente importantes para o sistema composto por elas (o ecossistema). A interação entre as espécies pode ser feita de muitas maneiras. Certas relações acabam beneficiando mutuamente os indivíduos que dela fazem parte (mutualismo), como no caso das flores e das abelhas, em ambas as espécies levam vantagens nessa interação simbiótica. Outras acabam prejudicando uma das partes envolvidas, como acontece com algumas plantas parasitas que acabam matando suas hospedeiras. Também existem interações em que somente uma da partes se beneficia, não prejudicando, porém, a outra, como os peixes-palhaços, que se alimentam entre as enêmonas sem ser atacados por elas. As relações também podem ser estabelecidas ecologicamente entre predador e presa. Um predador é sempre um animal que mata a sua presa para se alimentar.

Internet. Jornais, livros, revistas e vídeos são indispensáveis para quem gosta de se atualizar com os graves problemas ambientais do planeta ou conhecer mais profundamente uma determinada espécie ou o seu hábitat. Mas nada pode ser tão rápido, atual e eficiente do que o uso da Internet, ocm sites e home pages especializados em meio ambiente. Algumas ONGs possuem sites com a listagem das espécies ameaçadas, textos especializados sobre o assunto e links que podem detalhar qualquer um dos temas ecológicos.

Introdução de Espécies. Introduzir espécies em hábitat diferentes dos da sua origem é uma especialidade do ser humano, sempre preocupado em variar a sua alimentação. Embora consiga frequentemente resultados espantosos de adaptação (quem diria que a maioria das frutas, cereais e legumes que consumimos são de regiões tão distantes como Ásia Central ou Europa?), as espécies introduzidas podem dizimar as locais, causando a sua extinção.

Inversão Térmica. Em condiões normais, a temperatura do ar diminui com a altitude, provocando o deslocamento vertical das massas de ar quente, que se elevam do solo facilitando a dispersão dos poluentes atmosféricos. Mas nos meses de inverno pode ser formada uma massa de ar frio próxima do solo, invertendo as camadas de ar.  dispersDessa forma, os gases poluentes acabam ficando “presos” dentro dessa camada de ar frio, impedindo de se dispersar pela camada de ar quente, que atua como um bloqueio. Além disso, se a temperatura da camada fria for baixa, a umidade dpode provocar uma área de smog sobre a cidade, facilmente observável nos dias de inversão térmica.

Irrigação é uma técnica utilizada na agricultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes. Método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas. Cada método tem um ou mais sistemas associados, pelo que a escolha do mais adequado depende de diversos fatores, tais como a topografia (declividade do terreno), o tipo de solo (taxa de infiltração), a cultura (sensibilidade da cultura ao molhamento) e o clima (frequência e quantidade de precipitações, temperatura e efeitos do vento). Além disso, a vazão e o volume total de água disponível durante o ciclo da cultura devem ser analisados. A eficiência de um sistema de irrigação refere-se à percentagem de água de fato absorvida pela planta. O surgimento da irrigação foi fundamental ao florescimento da civilização, e os ganhos de produtividade agrícola permitidos por ela são, em grande parte, os responsáveis pela viabilidade da alimentação da população mundial. No entanto a irrigação também apresenta perigos ambientais. Deve ser utilizada com critério e consciência ecológica, pois um sistema mal-planejado pode causar sérios desastres ambientais. Alguns dos maiores desastres ambientais da história são oriundos de projetos de irrigação mal projectados, como foi o exemplo do secamento do Mar de Aral, ocorrido devido ao mau planejamento feito pelos soviéticos. Além de problemas gerados pela escassez das águas mal administradas, outro dano grave gerado pelo manejo incorreto da irrigação é a salinização. Nas regiões áridas e semi-áridas irrigadas, a salinização do solo é um dos importantes fatores que afetam o rendimento dos cultivos , limitando a produção agrícola e causando prejuízos. Nessas regiões, caracterizadas pelos baixos índices pluviométricos e intensa evapotranspiração, a baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente, contribuem para a aceleração do processo de salinização, tornando estas áreas improdutivas em curto espaço de tempo. No Brasil, antes de iniciar a construção de sistemas de irrigação, a legislação obriga os produtores a consultar as prefeituras locais, de forma a poder verificar se existem restrições ao uso de água para irrigação. Dependendo da região, obter uma autorização pode ser virtualmente impossível. Se o agricultor constrói o sistema à revelia, sem consulta aos órgãos públicos, corre o risco de ver a obra embargada e ter seus equipamentos confiscados, além de estar sujeito a multas.

ISA – Instituto Socioambiental. O Instituto Socioambiental (ISA) é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), desde 21 de setembro de 2001. Fundado em 22 de abril de 1994, o ISA incorporou o patrimônio material e imaterial de 15 anos de experiência do Programa Povos Indígenas no Brasil do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (PIB/CEDI) e o Núcleo de Direitos Indígenas (NDI) de Brasília. Ambas, organizações de atuação reconhecida nas questões dos direitos indígenas no Brasil. No final dos anos 1980, uma série de fatos e processos marcou um período de intensas interações entre diferentes segmentos organizados da sociedade civil brasileira, nas vertentes sociais e ambientais: o processo de formulação e aprovação dos direitos sociais coletivos e do meio ambiente na Constituição Federal (1987/88); a campanha da Aliança dos Povos da Floresta (1989); o Encontro dos Índios em Altamira (Pará) para protestar contra um grande plano oficial de aproveitamento hidrelétrico da Bacia do rio Xingu (1989) e a formação do Fórum Brasileiro de ONGs, Movimentos Sociais Preparatório para a Rio 92 (1990) e a própria Conferência das Nações Unidas (1992).  As pessoas que se juntaram para formular, fundar e implantar o Instituto Socioambiental, entre 1993 e 1995, tiveram participação decisiva e destacada na idealização e implementação dos processos acima mencionados.

Islândia. A Islândia é um país nórdico insular europeu situado no Oceano Atlântico Norte. O país possui uma população de cerca de 320 000 habitantes e uma área total de 103 000 km². Sua capital e maior cidade é Reiquiavique, cuja área metropolitana abriga cerca de dois terços da população nacional. Localizada na Dorsal Meso-Atlântica, a Islândia é muito ativa vulcânica e geologicamente, o que define sua paisagem. O interior é constituído principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, montanhas e geleiras, enquanto vários grandes rios glaciais correm para o mar através das planícies. Aquecida pela corrente do Golfo, a Islândia tem um clima temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável. Segundo Landnámabók, o povoamento da Islândia começou em 874, quando o chefe norueguês Ingólfur Arnarson se tornou o primeiro morador norueguês permanente da ilha. Outros exploradores já tinham visitado a ilha antes mas lá ficaram apenas durante o inverno. Nos séculos seguintes, os povos de origem Nórdica e Céltica se assentaram no território da Islândia. Até o século XX, a população islandesa era fortemente dependente da pesca e da agricultura e o território do país era, entre 1262 e 1918, parte das monarquias norueguesa e, mais tarde, dinamarquesa. No século XX, a economia e o sistema de proteção social da Islândia desenvolveram-se rapidamente e, nas últimas décadas, o país tem implementado o livre comércio no Espaço Econômico Europeu, acabando com a dependência da pesca e partindo para novos domínios econômicos no setor de serviços, finanças e de vários tipos de indústrias. A Islândia é uma economia de livre mercado com baixos impostos em comparação com outros países da OCDE. O país mantém um sistema de previdência social nórdico, com prestação de saúde universal e de ensino pós-secundário subsidiado para os seus cidadãos. A cultura islandesa é baseada no patrimônio das nações nórdicas e no seu estatuto como uma sociedade desenvolvida e tecnologicamente avançada. A herança cultural do país inclui a cozinha tradicional islandesa, a poesia e as sagas islandesas medievais. Nos últimos anos, a Islândia se tornou uma das nações mais ricas e desenvolvidas do mundo. Em 2007, o país foi classificado como o mais desenvolvido do mundo pelo Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas e com o quarto maior PIB per capita do planeta. Em 2008, entretanto, o sistema bancário do país falhou, causando contração econômica significativa e agitação política que levaram à antecipação das eleições parlamentares fazendo de Jóhanna Sigurðardóttir a nova Primeira-Ministra do país.

ISO 14001 Meio Ambiente. A ISO 14001 é uma norma internacionalmente reconhecida que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. A norma é desenvolvida com objetivo de  criar o equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental; com o comprometimento de toda a organização. Com ela é possível que sejam atingidos ambos objetivos. O que está na ISO 14001: Requisitos gerais; Política ambiental; Planejamento da implementação e operação; Verificação e ação corretiva; Análise crítica pela administração. Isto significa que devem ser identificados os aspectos de seu negócio que impactam o meio ambiente e compreender a legislação ambiental relevante à sua situação. O próximo passo é preparar objetivos para melhoria e um programa de gestão para atingi-los, com análises críticas regulares para melhoria contínua. A BSI pode periodicamente auditar o sistema e, caso conforme, certificar a sua companhia na ISO 14001. Para quem ela é relevante? Impactos ambientais estão se tornando um tema cada vez mais importante no mundo, com pressão para minimizar esse impacto oriunda de uma série de fontes: autoridades governamentais locais e nacionais, reguladores, associações comerciais, clientes, colaboradores e acionistas. As pressões sociais também aumentam em função da crescente gama de partes interessadas, tais como consumidores, organizações ambientais e não governamentais de minorias (ONGs), universidades e vizinhos. Então, a ISO 14001 é relevante para todas as organizações, incluindo desde: sites únicos até grandes companhias multinacionais; companhias de alto risco até organizações de serviço de baixo risco; indústrias de manufatura, de processo e de serviço; incluindo governos locais; todos os setores da indústria incluindo setores públicos e privados; e montadoras e seus fornecedores.

Itabira. O desastre ocorido em Itabira, Minas Gerais, difere de todos os outros ocorridos no Brasil – foi poeticamente documentado por Carlos Drummond de Andrade, cujo registro faz parte dos dois processos – um por danos ambientais e outro por danos econômicos – que a prefeitura da cidade moveu contra uma companhia de mineração. O motivo da briga é o esfacelamento do Pico do Cauê, uma montanha de 1.340m de altura reduzida a pó em mais de 50 anos de atividade da companhia, que extraiu do morro cerca de um bilhão de toneladas de minério de ferro. Dizia Drummond: “O maior trem do mundo leva meu tempo, minha vida, triturada em 163 vagões de trem.”

Itatiaia, Parque Nacional de. O Parque Nacional do Itatiaia é o mais antigo parque nacional do Brasil, fundado em 14 de junho de 1937, numa área que pertenceu ao empresário Mauá, através do Decreto Federal nº 1713, com uma área atual de 30.000 hectares (300 km2). O parque possui montanhas com quase 3.000 metros de altitude e mantém uma fauna e flora bastante diversificada devido à altitude e ao clima variado. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O nome Itatiaia é de origem tupi e significa "penhasco cheio de pontas". Situa-se geograficamente entre os paralelos 22º19’ e 22º45’ latitude sul e os meridianos 44º15’ e 44º50’ de longitude oeste. O parque está localizado no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fica no sul do estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Itatiaia e Resende, e no sul do estado de Minas Gerais, abrangendo os Municípios de Itamonte, Alagoa e Bocaina de Minas. No parque localiza-se a estrada mais alta do Brasil, pois atinge 2.350m de altitude. O parque se divide em dois ambientes distintos: Sede do Parque (Parte baixa): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR 116) até a cidade de Itatiaia, altura do km 316. O Centro de Visitantes, localizado na parte baixa do parque, possui um museu com informações básicas sobre a fauna e a flora da região, com animais empalhados e uma biblioteca;  Planalto (Parte alta): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até Engenheiro Passos, altura do km 330, seguindo pela rodovia BR-354 em direção a Itamonte. A área pertencia ao Visconde de Mauá e foi adquirida pela Fazenda Federal em 1908, para a criação de dois núcleos coloniais destinados ao cultivo de frutas. Foi em 1913 que o botânico Alberto Loefgren solicitou ao Ministério da Agricultura a criação de um Parque Nacional no maciço do Itatiaia. No mesmo ano a ideia de um parque nacional recebeu apoio de geólogos, botânicos e geógrafos numa conferência realizada na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Com a criação do parque em 1937, muitas áreas habitadas dentro dele foram desapropriadas, motivo pelo qual até hoje existem na região diversos sítios, hotéis e fazendas particulares. Na encosta voltada para o Vale do Paraíba predomina a Mata Atlântica com fauna e flora ricas e exuberantes, herbácea e possui o maior índice de endemismos, ou seja, é composta por espécies que só ocorrem ali, como bromélias e orquídeas entre outras. É uma das quatro únicas localidades onde pode ser encontrada uma árvore ameaçada de extinção, a Buchenavia hoehneana. A fauna da parte baixa é mais rica, propicia mais abrigo para mamíferos, como a paca, o quati e algumas espécies de maior porte, como porcos-do-mato e queixadas. Com grande diversidade de pássaros, como o beija-flor (colibri, beija-flor-de-cor-roxa entre outros), assim como tucanos-de-bico-verde e guachos. A importância do Itatiaia para a conservação de espécies de aves é grande tendo em vista os frugívoros de grande porte e as espécies habitantes das partes altas.

Itaúnas. As conseqüências do desmatamento da Mata Atlântica podem ser vistas claramente no vilarejo de Itaúnas, no norte do Espírito Santo: uma cidade foi completamente soterrada pelas areias das dunas locais, varridas pelos ventos que não encontravam mais a proteção das árvores da mata como anteparo. As dunas se transformaram numa calamidade pública por causa do desmatamento para lenha, cercas e casas. Cinco séculos de destruição, de Porto Seguro até Itaúnas, deixaram suas marcas não só na restinga (onde estão as dunas), mas também nos rios, mangues e matas de toda a região.

Ixtoc-One. Foi um dos mais graves acidentes já ocorridos em um poço submerino de petróleo. Causou uma gigantesca maré negra, como são chamadas as enormes manchas resultantes do derramento, que provocou efeitos devastadores durante meses no Golfo do México. Cerca de 500 mil toneladas de petróleo foram derramadas, afetando, não só os pássaros da região como também a pesca de camarões no norte do México e no Texas, nos EUA, e prejudicando economicamente toda a indústria pesqueira. Ixtoc-One era o nome do poço de petróleo onde aconteceu o acidente, ocorrido em 1979.

Jacarés. Hoje, eles são mais de 32 milhões, só no Pantanal – o que equivale a sessenta jacarés para cada habitante da região. Por isso, já se pensa no abate controlado e licenças para criação  de jacaré em fazendas foram concedidas. Depois de dois séculos de extrativismo alucinado e alguns anos de proibição total da caça, a espécie se recuperou da mortandade provocada pelos coureiros clandestinos do Pantanal, que lucravam com o contrabando de peles, feito através do Paraguai.

Jacinto d’água. Espécies de plantas aquáticas que flutuam na superfície de corpos d'água ricos em nutrientes e apresentam propriedade de reter en seus tecidos alguns poluentes. Originária da América tropical, essa espécie tem uma característica singular: simplesmente invade não só determinadas regiões como avança por países inteiros e até mesmo parte de continentes. Introduzida no Vietnã no ínício do século XX, por exemplo, ela se espalhou por todo o sul da Ásia, inclusive nas ilhas da Indonésia. Na África, ocupou quase todos os países ao sul do Saara. Com isso, lagos e rios ficaram cobertos por um grosso tapete vegetal, que prejudica a fauna de peixes local, atrapalhando o sistema de navegação.

Japão. O país, apesar da sua tradição milenar de respeito e convivência harmoniosa com a natureza, bate tristes recordes antiecológicos. As madeireiras japonesas puseram abaixo bilhões de árvores, não só no Japão, mas, sobretudo nos países próximos (Austrália, Malásia, Indonésia) e mesmo em lugares distantes como no Brasil. Os pesqueiros japoneses também relutam em aceitar a legislação internacional que protege as baleias ou peixes ameaçados de extinção. Entre esses empresários, o desejo de lucro rápido ultrapassa qualquer escrúpulo ecológico.

Jaú, Parque Nacional de. O Parque Nacional do Jaú é a quarta maior reserva florestal do Brasil e o terceiro maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. Localiza-se na Floresta Amazônica, abrangendo os municípios de Novo Airão e Barcelos, no estado do Amazonas, Brasil. Possui uma área de 2.377.889,00 (ha) (23.377 km2). O perímetro do parque é de 1.213.791 metros (1.213 km) de extensão. É administrado pelo ICMBio. Conta com a exuberância da Floresta Amazônica e toda sua biodiversidade de flora e fauna. O parque é ótimo para a prática de caminhada e canoagem e, claro, para contemplação das suas belezas naturais. Há fluxo de visitas ao rio Carabinani. A riqueza da Floresta Tropical e o maior lago amazônico, o Amaná, são os chamativos do parque. O local é representado por um maciço de vegetação, sendo composto por Floresta Densa Tropical ou Florestas Abertas. Uma curiosidade: no parque existe aproximadamente um jacaré por quilômetro, em todos os habitats. A criação do Parque foi proposta pelo IBAMA, com apoio dos estudos realizados pelo INPA (Instituto de Pesquisa da Amazônia), considerando a área valiosa para preservação de recursos genéticos. O Parque foi criado em 24 de setembro de 1980, pelo Decreto 85.200. Em 2000, o parque foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial.

Jazidas. "Massas individualizadas de substâncias minerais ou fósseis, encontradas na superfície ou no interior da terra, que apresentem valor econômico, constituindo riqueza mineral do País" (Moreira Neto, 1976).

Jazida mineral "Ocorrência anormal de minerais, constituindo um depósito natural que existe concentrado em certos pontos da superfície do globo terrestre. Consideram-se assim todas as substâncias minerais de origem natural, mesmo as de origem orgânica como carvão, petróleo, calcário etc." (Guerra, 1978).

Jurássico. Os dinossauros dominaram a Terra do Período Triássico ao Cretácio, tendo todo o Jurássico pelo meio. Isso significa, em termos de tempo, uma escala que vai de 230 63 milhões de anos atrás ou, em resumo, cerca de 167 milhõs de anos sobre o planeta – um período incrivelmente maior do que o do próprio homem, cujo gênero vive sobre a Terra só a 2 milhões de anos. O Jurássico caracteriza-se pelo gigantismo das suas espécies, que facilmente alcançavam os 10 metros de comprimento ou 5 ou 6 metros de altura. Os dinossauros (do grego “lagarto terrível”) originaram-se de pequenos répteis do período Triássico, os thecodontes.

Juréia, Estação Ecológica. Na década de 80, a batalha pela Estação Ecológica da Juréia (SP), entre empresários, governantes, militares e ecologistas, marcou a primeira grande vitória do movimento ambientalista brasileiro. Localizada em um dos cinco ecossistemas mais importantes do mundo, segundo a avaliação da União Intenacional de Conservação da Natureza, a Juréia poderia ter outro trágico destino: ou se transformaria num condomínio de prédios luxuosos nos seus 40 quilômetros de praia ou abrigaria uma central nuclear. Depois de muito barulho feito pelos ambientalistas e pressão da imprensa, Juréia foi finalmente deixada em paz.

Jusante. "Na direção da corrente, rio abaixo" (DNAEE, 1976). "Denomina-se a uma área que fica abaixo da outra, ao se considerar a corrente fluvial pela qual é banhada. Costuma-se também empregar a expressão 'relevo de jusante' ao se descrever uma região que está numa posição mais baixa em relação ao ponto considerado. O oposto de jusante é montante" (Guerra, 1978). "Diz-se de uma área ou de um ponto que fica abaixo de outro, ao se considerar uma corrente fluvial ou tubulação na direção da foz, do final. O contrário é montante" (Carvalho, 1981).

Kakadu. É inegável que a Grande Barreira de Coral seja mundialmente conhecida ou que as linhas arquitetônicas arrojadas da Ópera sejam uma marca registrada de Sidney, reconhecida em todos os países do mundo. Mas a Austrália é muito mais Austrália no Parque Nacional de Kakadu. Todas as espécies de cangurus, mais de 3.500 exemplares dos ferocíssimos crocodilos australianos de água salgada – e os de água doce, considerados inofencivos – 75 espécies de répteis, 280 de aves, 50 de mamíferos e mil de plantas povoam esse que é um dos mais fabulosos parques nacionais do planeta. O parque, no norte da Austrália, avança por mais de 200 quilômetros ao sul da costa e abrance cerca de 100 quilômetros de leste a oeste.

Kalahari. São 700 mil quilômetros de terrível aridez, sendo que a maior parte está em Botsuana, um país do tamanho da França, porém com uma população equivalente a de um bairro paulistano. Mas ao meio desse escaldante deserto surge o maior oásis do mundo, banhado pelas águas do Delta de Okavanco, que é também o maior delta interor do planeta. Nas águas do rio Okavanco matam a sede cerca de 60 mil elefantes, antílopes, hipopótamos, avestruzes, crocodilos, guepardos, flamingos e outras enormes quantidades de animais. A visão de Okavanco é impressionante para qualquer turista, que deve suportar também um calor de até 50 graus. “É o paraíso terrestre”, declara, encantado, o príncipe Charles, da Inglaterra.

Kamchatka. Ursos com mais de 3 metros de altura, renas gigantes e várias espécies de animais terrestres foram encontradas em uma região de frutas e flores abundantes, rios transparentes cheios de cardumes de salmão e vales de gêiseres que pulsam alternadamente ao ritmo da contração das entranhas da Terra. Esse tesouro natural ficou escondido por muitos anos, por ser uma zona de segurança estratégica da ex-União Soviética, mas, com a Glasnost, a enorme península ao nordeste da Rússia e ao norte do Japão foi finalmente liberada. A sua atração principal é o Vale do Gêiseres, onde o vapor de centenas de jatos de água fervente provocam uma profusão de arco-iris, num dos mais deslumbrantes espetáculos do mundo. 

Kiwi. É o nome de uma suculenta fruta de origem chinesa cultivada na Nova Zelândia, mas essa mesma palavra é usada para designar pássaros e pessoas. As aves são os resistentes e corajosos kiwis, que sobreviveram bravamente à colonização dos maioris e dos ingleses. Essas qualidades acabaram batizando o povo neozelandês, conhecidos igualmente como kiwis, viciados em adrenalina. Os kiwis são acostumados a escalar montanhas, saltar de pára-quedas, ou praticar outros esportes radicais, que acabaram reforçando a preferência nacional por tudo que oferece risco.

Kodiak. Assim como Fernando de Noronha é considerada a Esmeralda do Atlântico, a ilha Kodiak, no arquipélago do mesmo nome no Golfo do Alasca, é também chamada de Ilha Esmeralda, só que no Pacífico. Montanhas verdejantes, florestas, campos gramados, que no verão ficam repletos de gerânios e íris, contribuem para justificar esse apelido. Nesse paraíso ecológico são organizadas, anualmente, excursões para a caça ao salmão, uma das riquezas da ilha. Calcula-se que exista uma embarcação para cada dez pessoas, entre os 7 mil habitantes da ilha.

Komodo, dragão de. O mais jurássico animais vivos do planeta assemelha-se a um dragão, tem 3 metros de comprimento e vive em uma pequena ilha no arquipélago da Indonésia, Komodo (leia-se Komodô). Tem a alma de um Tyranossauro rex, alimenta-se babando e ofegando e estraçalha suas vítimas em minutos (que desconfia-se, poderiam ser até os elefantes que povoaram, um dia, na ilha). Sua violência só é equiparada à dos tubarões brancos e dirige-se também aos membros da própria espécie – o dragão de Komodo é canibal. A sua população é avaliada em 1.500 exemplares em Komodo e 900 em Rinca, uma ilha próxima. O dragão de Komodo sobreviveu porque tem a carne ruim, sua pele não tem nenhum valor e porque as ilhas são muito isoladas.

Krakatoa. É o mais célebre registro de dizimação total de espécies de um determinado lugar provocada por uma hecatombe natural: a erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 27 de agosto de 1883. Exatamente por causa dessa aniquilação, os pesquisadores puderam acompanhar quais as modalidades e a velocidade do repovoamento de um território virgem. Cerca de cinqüenta anos após a explosão, quatro espécies de mamíferos, 41 espécies de pássaros e 720 de insetos já tinham se instalado, vindo pelo ar ou pelo mar. Mas nenhum anfíbio tinha conseguido superar os 41 quilômetros que separavam o território da vizinha Java. Em compensação, já se podiam observar 219 espécies de flores, cujas sementes foram trazidas pelos insetos ou pelo vento.

Krill. O krill tem sido, até agora, o prato predileto das baleias, entre elas a baleia-branca, capaz de consumir sozinha, milhares de tonelada da espécie durante a sua vida. Com a rarefação desses cetáceos gigantes, o krill proliferou-se e tornou-se um candidato potencial a incorporar o cardápio cotidiano de uma outra espécie: a do Homo sapiens. Esse pequeno animal marinho, semelhante a um camarão de 1 a 15 centímetros e rico e vitamina, pode ser uma das principais fontes de alimento da humanidade durante os próximos anos (a comida do futuro). O krill vive em mar aberto em profundidades inferiores a 2 mil metros. À noite, sobe à superfície em enormes cardumes luminescentes em busca de microorganismos de que se alimentam.

Lago. As águas que fazem parte dos continentes dividem-se em dois grandes ecossistemas: o lêntico, que se refere às águas paradas, e o lòtico, do qual fazem parte rios e riachos, isto é, as águas correntes. A tendência natural de um lago é de ser aterrado no decorrer de centenas ou milhares de anos, conforme o seu tamanho e profundidade. Os lagos podem ter origens diversas e são particularmente sensíveis ás agressões ambientais, devido a sua lenta troca de águas. Os mares interiores, em certas classificações, são considerados “lagos salgados”. Todos eles apresentam problemas ecológicos diversos: o Mar Morto, por exemplo, tornou-se salgado demais e o Aral teve as suas águas reduzidas pela metade. "Um dos hábitats lênticos (de águas quietas). Nos lagos, as zonas limnéticas e profundas são relativamente grandes em comparação com a zona litoral" (Odum, 1972). "Massa continental de água superficial de extensão considerável" (DNAEE, 1976). "Depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos tranqüilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas. As formas, as profundidades e as extensões dos lagos são muito variáveis. Geralmente, são alimentados por um ou mais 'rios afluentes'. Possuem também 'rios emissários', o que evita seu transbordamento" (Guerra, 1978). Lago eutrófico "Lago ou represamento contendo água rica em nutrientes, surgindo como conseqüência desse fato um crescimento excessivo de algas" (ACIESP, 1980). Lago distrófico "Lago de águas pardas, húmicos e pantanosos. Apresentam alta concentração de ácido húmico e é freqüente a aparição de turfa nas margens" (Diccionario de la Naturaleza, 1987). Lago oligotrófico "Lago ou represamento pobre em nutrientes, caracterizado por baixa quantidade de algas planctônicas" (ACIESP, 1980).

Lagoa. "Um dos hábitats lênticos (águas quietas) (...) são extensões pequenas de água em que a zona litoral é relativamente grande e as regiões limnética e profunda são pequenas ou ausentes" (Odum, 1972). "Pequeno reservatório natural ou artificial" (DNAEE, 1976). "Depressão de formas variadas - principalmente tendente a circulares - de profundidades pequenas e cheias de água salgada ou doce. As lagoas podem ser definidas como lagos de pequena extensão e profundidade (...) Muito comum é reservarmos a denominação 'lagoa' para as lagunas situadas nas bordas litorâneas que possuem ligação com o oceano" (Guerra, 1978). Lagoa aerada "Lagoa de tratamento de água residuária artificial ou natural, em que a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a maior parte de oxigênio necessário" (ABNT, 1973). Lagoa aeróbia "Lagoa de oxidação em que o processo biológico de tratamento é predominantemente aeróbio. Estas lagoas têm sua atividade baseada na simbiose entre algas e bactérias. Estas decompõem a matéria orgânica produzindo gás carbônico, nitratos e fosfatos que nutrem as algas, que pela ação da luz solar transformam o gás carbônico em hidratos de carbono, libertando oxigênio que é utilizado de novo pelas bactérias e assim por diante" (Carvalho, 1981). Lagoa anaeróbia "Lagoa de oxidação em que o processo biológico é predominantemente anaeróbio. Nestas lagoas, a estabilização não conta com o curso do oxigênio dissolvido, de maneira que os organismos existentes têm de remover o oxigênio dos compostos das águas residuárias, a fim de retirar a energia para sobreviverem. É um processo que a rigor não se pode distinguir daquele que tem lugar nos tanques sépticos” (Carvalho, 1981). Lagoa de maturação "Lagoa usada como refinamento do tratamento prévio efetuado em lagoas ou outro processo biológico, reduzindo bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes, porém uma parcela negligenciável de DBO" (ABNT, 1973). Lagoa de oxidação ou estabilização "Um lago artificial no qual dejetos orgânicos são reduzidos pela ação das bactérias. As vezes, introduz-se oxigênio na lagoa para acelerar o processo" (The World Bank, 1978). "Lagoa contendo água residuária bruta ou tratada em que ocorre estabilização anaeróbia e/ou aeróbia" (Carvalho, 1981).

Laguna. "São ecossistemas formados em depressões, abaixo do nível do mar, e dele separados por cordões litorâneos. Esses cordões podem isolá-las totalmente do oceano, formando lagunas fechadas ou semifechadas, ou simplesmente permanecem em contato permanente com o mar, através de canais" (Azevedo apud CEUFF, 1984). "Depressão contendo água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea. A separação das águas da laguna das do mar pode se fazer por um obstáculo mais ou menos efetivo, mas não é rara a existência de canais, pondo em comunicação as duas águas. Na maioria das vezes, se usa erradamente o termo `lagoa' ao invés de laguna" (Guerra, 1978). "Massa de água pouco profunda ligada ao mar por um canal pequeno e raso" (DNAEE, 1976).

Lamark, Jean-Baptiste. Até a metade do século XIX, a maioria da humlanidad acreditava que todos os seres vivos haviam sido criados por um ato divino, tal qual se apresenta hoje. Essa hipótese, conhecida por fixismo, comoeçou a ser combatida pelos primeiros naturalistas, entre eles Jean-Baptiste Lamark (1744-1829). Ele afirmava que as características de um ser vivo se modificariam, segundo a lei do uso e desuso, e que poderiam ser tansmitidas aos descendentes. Utilizava o exemplo clássico das girafas, cujos antepassados  teriam o pescoço curto, que se alongaria durante um processo evolucionário par que as girafas pudessem alcançar as árvores mais altas. Darwim liquidou com a teoria com outras propostas científicas.

Landes. As fotos de hihlands da Escócia – suaves e verdejantes colinas de vegetação rasteira onde habitualmente pastavam carneiros de cara preta – escondem um grave desequilíbrio ecológico.as landes, que existem em vários países da Europa Ocidental, desde Portugal e Espanha (na região da Galícia) até até Dinamarca  resultam, de maneira geral, da destruição da floresta de florestas floliadas de castanheiros e faias. Essa agressão tem origem nas queimadas realizadas pelo homem no Período Neolítico para a implantação dos primeiros campos agriculturáveis. No caso particular da Escócia, o país que tem a região mais extensa de terras devastadas por queimadas, foram destruídas florestas de pinho escocês, uma espécie vegetal endêmica.

Laterização. Processo característico das regiões intertropicais de clima úmido e estações chuvosas e seca alternada, acarretando a remoção da sílica e o enriquecimento dos solos e rochas em ferro e alumina.

Lava.  (do italiano lava, derivado do latim labes: queda, declive ou penetrante) é a designação dada ao material geológico em fusão, com temperatura em geral entre os 600 °C e os 1 250 °C, que um vulcão expele durante uma erupção. Embora em função da sua composição e temperatura as lavas possam ter uma viscosidade superior a 100 000 vezes a da água, algumas delas, particularmente as máficas, podem ser bastante fluidas, o que em conjunto com as suas propriedades de tixotropia e de pseudoplasticidade. permite que as escoadas lávicas criadas pelas erupções efusivas (não explosivas) permaneçam activas. durante períodos longos e cheguem a percorrer mais de uma dezena de quilómetros antes de solidificar. A lava deriva directamente do magma, o material em fusão que se encontra sob a superfície da Terra, cuja composição reflecte, pelo que ao solidificar, depois de desgaseificar e arrefecer, forma escoadas lávicas constituídas pelas correspondentes rochas ígneas extrusivas. O termo lava foi pela primeira vez utilizado referindo-se à extrusão de magma pelo médico e naturalista napolitano Francesco Serao (1702–1783) numa nota. sobre a erupção do Vesúvio que ocorreu entre 14 de Maio e 4 de Junho de 1737. As lavas podem-se distinguir em: Lava fluida ou lava básica – tem uma temperatura muito elevada, pobre em sílica e em gases. São lavas que se movem muito rapidamente e são características de erupções vulcânicas do tipo efusivo; Lava intermédia – é um tipo de lava com características intermédias entre as lavas ácidas e básicas; Lava Viscosa ou Ácida – lava de baixas temperaturas, rica em sílica e em gases. É uma lava que se move com muita dificuldade e característica de erupções vulcânicas do tipo explosivo.

Lavra. "É o conjunto das operações coordenadas que objetivam o aproveitamento da jazida, desde a extração das substâncias até seu beneficiamento" (Moreira Neto, 1976). "Lugar onde se realiza a exploração da mina, geralmente ouro ou diamante. Lavra significa, por conseguinte, exploração econômica da jazida" (Guerra, 1978).

Leão. Espalhados por muitos países ao sul da África, mas especificamente concentrados na área do Parque Nacional do Seringeti (Tanzânia) e na região de Masai Mara (Quênia), os leões são uma espécies relativamente ameaçadas de extinção, com exceções dos leões da Ásia, que não são mais do que 150, isolados em reservas da região de Gir (Índia). Atingidos por doenças transmitidas por cachorros domésticos, os grandes felinos começaram a morrer a centenas em Seringeti e Masai Mara. Foi ordenada, em 1993, uma vacinação em massa nos cachorros da região. A partir disso, os felinos voltaram a se reproduzir normalmente. 

Legislação Ambiental. "Conjunto de regulamentos jurídicos especificamente dirigidos às atividades que afetam a qualidade do meio ambiente" (Shane apud Interim Mekong Committee, 1982).

Leguminosas. Quem observar de perto as raízes das leguminosas, como feijão, soja ou ervilha, verá pequenos nódulos provocados por um tipo de bactéria (Rhizobium) e também um dos exemplos de simbiose mais interessantes da natureza. As bactérias penetram nas raízes junto aos pelos aborventes da planta, causando uma infecção e, com isso, os nódulos. Mas, longe de prejudicar as leguminosas, as bactérias acabam realizando uma função impossível para elas – fixar o nitrogênio, um importante fertilizante, nas suas raízes. Assim, beneficiam mutuamente.

Leite. O uso dos agrotóxicos com efeito residual acaba entrando nas cadeias alimentares e, portanto, afetando os animais domésticos e o próprio homem. E não é só o leite da vaca que pode ser contaminado – pesquisas realizadas na década de 90 constataram concentrações tão altas de organoclorados e bifenilpoliclorados nas gorduras do leite humano que ele seria considerado impróprio para o consumo caso fosse comercializado. Segundo o Dictionnare Encyclopédique de l’Ecologie, de François Ramade, o conteúdo de DDT no leite materno excedia a quandidade máxima admissível de 0,7 ppm (parte por milhão), tanto em países industrializados quanto em países chamados Terceiro Mundo.

Lêmures. Eles são o elo entre animais insetívoros (como o tamanduá, por exemplo) e os macacos. Cerca de 90% dos lêmures vivem em Madagascar, distribuídos em muitas espécies diferentes. As suas dimensões podem variar entre o tamanho de um pequeno rato e o de uma criança de 2 anos, como o esperto babacoot, capaz de dar saltos até de 10 metros de uma árvore para outra. Os seus gritos lancinantes e os hábitos noturnos de algumas espécies inspiraram o seu nome – lêmures, na Roma antiga, eram os espíritos dos mortos que viam para assombrar os vivos. Além disso, as tradições mágicas do povo malgaxe, os lêmures encarnariam as almas dos seus antepassados. Essa fama, um pouco assustadora tem pouco a ver com esses pequenos animais dóceis e indefesos que, é claro, correm o risco de extinção com o desaparecimento brutal das florestas de Madagascar. O olhar que sempre parece implorar alguma coisa, uma estranha característica dos lêmures, parece, na verdade, pedir apenas pela sua preservação.

Lençol Freático. "Lençol d'água subterrâneo limitado superiormente por uma superfície livre (a pressão atmosférica normal)" (DNAEE, 1978). "A superfície superior da água subterrânea" (ACIESP, 1980). "É um lençol d'água subterrâneo que se encontra em pressão normal e que se formou em profundidade relativamente pequena" (Carvalho, 1981). Lençol Freático é um lençol d'água subterrâneo que se encontra em pressão normal e que se formou em profundidade relativamente pequena.

Lenha. Ainda hoje, a extração da lenha é considerada a maior causa da destruição de florestas tropicais do mundo, ao lado das queimadas utilizadas para a ampliação de fazendas (gado ou agricultura). Cerca de 3,4 bilhões de metros cúbicos de lenha para combustível (carvão vegetal, principalmente) são empregados atualmente no mundo, contribuindo assim para o aumento signficativo da taxa atmosférica de gás carbônico. Além disso, no Brasil, a produção de carvão vegetal, especialmente em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, provoca graves problemas ambientais, com a exploração sistemática da mão-de-obra infantil. Trabalhando quase como escravas, centenas de crianças vivem da queima da lenha em fornos usados para a produção de carvão vegetal, o combustível usado nas siderúrgicas.

Lindeman, Lei de. O estudo da Ecologia compreende vários tipos de leis, com muitas designações diferentes, geralmente levando o nome do pesquisador que as elaboram. A Lei de Lindeman (1942) pode servir como exemplo desse uso. Segundo ela, só uma parte da energia de um nívle trófico permanece disponível para o dia seguinte. Essa parte é estimupada, aproximadamente, em 10%. A Lei de Lindeman também é conhecida, um tanto abusivamente, como a lei dos 10%.

Licença Prévia – LP. É expedida na fase inicial do planejamento da atividade. Fundamentada em informações formalmente prestadas pelo interessado, especifica as condições básicas a serem atendidas durante a instalação e funcionamento do equipamento ou atividade poluidora.

Licença de Instalação – LI. É expedida com base no projeto executivo final. Autoriza o início da implantação do equipamento ou atividade poluidora.

Licença de Operação – LO. É expedida com base em vistoria, teste de operação ou qualquer outro meio técnico de verificação. Autoriza a operação de equipamento ou de atividade poluidora subordinando sua continuidade ao cumprimento das condições de concessão da LI e da LO.

Licenciamento Ambiental. Consiste em um processo destinado a condicionar a construção, a instalação, o funcionamento e a ampliação de estabelecimento de atividades poluidoras ou que utilizem recursos ambientais ao prévio licenciamento, por autoridade ambiental competente.

Linnaeus, Carolus. Linnaeus, ou Lineu (existem pelo menos três grafias diferentes do seu nome), um naturailsta sueco do século XVIII, foi o primeiro pesqusador a classificaros seres vivos em espécies, usando como critério a sua semelhança morfológica. O critério de semelhança foi questionado em 1942 por Ernst Mayr. Dizia Mayr que, usando a semelhança morfológica como referência, cães pastores alemães e lobos poderiam ser considerados da mesma espécie. Hoje são tidos da mesma espécie os indivíduos que podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis. O sistema de classificação das espécies criada por Linnaeus ainda é usado hoje, mas com uma diferença no critério de referência.

Liquens. Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas. Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados. A verdadeira natureza desta simbiose é ainda tema de debate pelos cientistas, em que alguns casos afirmam que o fungo é um parasita do fotobionte porque através de seus haustórios que penetram a célula da alga controlam seu ciclo reprodutivo; no entanto, em muitos casos, a alga sozinha não sobrevive no hábitat ocupado, assim como o fungo isolado também não sobrevive e, portanto alguns defendem uma relação mutualística. O micobionte dos líquens pertence, na sua maioria, ao filo Ascomycota (98%), sendo os restantes parte de Basidiomycota(2%). Cada espécie de líquen tem uma espécie diferente de fungo e é com base nessa espécie que os líquens são classificados. A classificação baseia-se, em geral nas características do talo e órgãos reprodutivos. Estão descritas de 15.000 a 20.000 espécies de líquens, de acordo com diferentes sistemas de classificação. Cerca de 20% das espécies de fungos conhecidas pertencem a líquenes. Os fotobiontes são muito menos numerosos que os micobiontes e uma mesma espécie de alga pode fazer parte de vários líquens diferentes. Muitas espécies de algas, se não todas, podem existir isoladamente em alguns habitats, mas quando fazem parte de um líquen, apresentam uma distribuição muito maior.

Litoral.  A luta entre a força das ondas do mar e a resistência das costas forma os acidentes geográficos do litoral. As águas dos mares e oceanos estão constantemente em movimento, pela força das correntes e das marés. Ao encontrar um ponto menos resistente nas rochas (de granito ou de calcário), o mar começa o seu lento trabalho de erosão. Essa ação pode ser facilitada por rochas menos resistentes, como as de calcário, por  um solo argiloso acima das costões litorâneos e pelas eventuais falhas (fraturas) que podem ser encontradas.

Lixiviação. É remoção de materiais presentes no solo pela ação das águas da chuva ou de rios. Ocorre principalmente em solos sem cobertura vegetal (solos nus), retirando da terra substâncias orgânicas e minerais que contribuem para a sua fertilidade. É uma das mais importantes conseqüências do desmatamento e causa do empobrecimento de terras agricultiváveis em várias regiões do Brasil. 

Lixo. Do ponto de vista ecológico, lixo e reciclagem são duas palavras que deveriam ser sempre associadas. Papel, vidro e alumínio poderiam ser facilmente reciclados se houvesse um sistema seletivo de coleta de lixo nos grandes centros urbanos brasileiros. A era dos descartáveis trouxe um aumento brutal na quantidade de lixo sólido em todos os países do mundo, mas são outros dois tipos de dejetos que mais perigo trazem ao planeta: os químicos, que podem ser depositados em lixões a céu aberto, e os radioativos, ainda sem uma solução segura. Lixo interminável: para dissolver na natureza, pode exigir um longo período de tempo – até um milhão de anos. Confira: cascas de fruta, 2 anos; pontas de cigarros, 10 a 20 anos; sacos plásticos, 30 a 40 anos; latas de alumínio, 80 a 100 anos; garrafas de vidro, um milhão de anos; e garrafas de plástico, mais de um milhão de anos. (fonte: Folha do Meio Ambiente).

Lorenz, Konrad. É considerado o fundador da etologia  o estudo comparativo do comportamento de várias espécies animais, inclusive a humana. Foi um dos grandes pesquisadores da agressividade como forma de comportamento animal utilizada na luta pela sobrevivência e organização social. Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de Fisiologia (1974) e diretor do Insituto Max Planck de Psicologia de Comportamento (Alemanha), o autríaco Lorenz passou a ser mundialmente conhecido ao participar de programa de popularização da informática científica, promovido pela UNESCO.

Los Angeles. Ela tem o maior sistema viário do mundo e, consequentemente, um dos maiores níveis de poluição. Com quase dez milhões de habitantes e mais de seis milhões de automóveis, a cidade ostenta a altíssima média de quase um carro por pessoa. Os automóveis em circulação de Los Angeles rodam por quase mil quilômetros só de vias expressas e seus acessos, percorrendo, no total de suas ruas, cerca de 137 milhões de quilômetros por dia, algo como 3.425 voltas ao mundo pela Linha do Equador. Esses dados, do Departamento de Trânsito de Los Angeles, estimularam as pesquisas com os carros elétricos. O primeiro deles, da GM, com um custo de 30 mil dólares. Infelizmente é movido por eletricidade gerada por uma usina termoelétrica local, que usa petróleo como combustível.

Los Roques. O maior e mais impressionante conjunto de corais que enfeita o Mar do Caribe se estende por uma área de 2.250 quilômetros quadrados a meia hora de avião de Caracas (Venezuela), ou seja, é cerca de 120 vezes maior do que Fernando de Noronha. São 350 ilhas e ilhotas por uma área de formato oval, com 39 quilômetros de uma extremidade a outra, no sentido leste-oeste. O conjunto registra 92% das espécies de coral verificadas no Caribe e é praticamente intocado.

Lua. Como o Sol, a Lua também influencia a natureza na Terra afetando, principalmente, os mares e oceanos do planeta, por meio das marés. É quase tão antiga como o globo terrestre – aproximadamente 4,3 bilhões de anos. Existem diversas teoriasa respeito da sua origem. Algumas delas afirmam que a Lua surgiu da Terra, desprendendo-se dela; outras, que a Terra a teria “capturado” por meio da ação da gravidade ou que os dois corpos celestes foram criados no mesmo tempo. Os astronautas das dezessete missões Apollo trouxeram, no total, cerca de 300 quilos de de material lunar para pesquisas. A última missão Apollo ocorreu em 1972.

Luta Biológica. A expressão é mais usada na agricultura e refere-se a utilização de organismos vivos para impedir ou reduzir os danos causados por orgnismos prejudiciais. Ao contrário da guerra biológica, que utiliza microorganismos para provocar epidemias em massa, a luta biológica é uma interessante alternativa à luta agroquímica, promovida por herbicidas e pesticidas. No fim do século XIX ela conseguiu reduzir em 75% uma área de 200 mil quilômetros quadrados de cáctus, introduzidos acidentalmente na Austrália, com a introdução das larvas de uma espécie de traça que se alimenta dessa planta. A luta biológica também pode ser promovida por predadores que exterminam diretamente os destruidores. Foi assim que, em 1971, form soltas, pela Estação Biológica de Antibes (França), milhares de vespas que exterminaram uma praga que vinham atacando limoeiros e laranjeiras da região. Ultimamente vem sendo empregados vírus e outros organismos patogênicos na luta biológica.

Lutzenberger, José. Seu nome está profundamente ligado à luta ambiental, seja pelas ONGs, como a Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), que presidiu por várias gestões, seja como secretário especial do Meio Ambiente (governo Collor). Ao longo de sua vida como ecologista, participou de mais de outenta encontros nacionais e quarenta internacionais, recebendo mais de quarenta prêmios, inclusive, em 1988, o The Right Livehood Award, chamado também de Prêmio Nobel alternativo, e concedido em Estocolmo, na Suécia. José Lutzenberger, nascido em 1926, é autor do livro Gaia – o Planeta Vivo, que desenvolve alguns dos conceitos expostos por James Lovelock. Também é criador da Fundação Gaia, que elabora projetos de agricultura regenerativa, educação ambiental e reciclagem do lixo urbano.

Luz. A totalidade da biosfera é afetada e sofre transformações a partir da presença, ou da ausência, da luz – uma radiação eletromagética com comprimentos de onda variável. A ação da luz do Sol na clorofila das plantas converte o dióxido de carbono atomosférico em amido e açúcares no processo da fotossíntese. Como as plantas e os fitoplânctons se constituem na base da cadeia alimentar do planeta, não é exagero dizer que todos os seres vivos se alimentam, basicamente, de luz solar transformada. Não existe nada mais veloz do que a luz no universo – ela viaja a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. De acordo com a Teoria da Relatividade, não existiria energia suficiente no Cosmos para acelerar qualquer coisa que ultrapassasse essa velocidade.

Macaco. Há cerca de 40 milhões de anos, a partir de um grupo de prossímico (como os lêmures), surgiu uma nova subordem de primatas: antropóides, divididos entre macacos do Novo Mundo, que habitam as florestas tropicais da América Central e do Sul, e macacos do Velho Mundo, habitantes das regiões de florestas tropicais da Ásia, África e Europa. Geralmente os macacos do Novo Mundo tem cauda preênsil, que facilitam os seus movimentos nas árvores, enquanto os macacos africanos, como o gibão, não dispõem de cauda.

Macaco Muriqui. É o maior macaco das Américas e corre o risco de extinção. Tem quase o tamanho e o peso de uma criança de 9 anos: 1,20m de altura e 15 quilos. Tem o pelo amarelado e o rosto e as mãos enegrecidas – é por isso que também é chamado de monocarvoeiro. Vive em trechos reduzidos da Mata Atlântica, entre a Bahia e o Paraná. Foi localizado no leste de Minas Gerais, na Mata do Sossego, uma região de 14,5 quilômetros quadrados, onde convive com onças-pardas e jaguatiricas, num cenário deslumbrante de orquídeas, bromélias e imensas samambaias. Existem, aproximadamente, 400 macacos muriquis.

Macaco Uacari. O rosto do macaco uacari é tão expressivo e tão “humano” que até os índios da Amazônia, onde vivem ¼ dos macacos do mundo, evitam comê-los. Manso como um golfinho e do tamanho aproximado de um coelho, corre o risco de extinção por causa da sua reduzida capacidade de reproduzir – em dez anos, uma fêmea é capaz de dar à luz cinco filhotes – e da destruição do seu hábitat, a Floresta Amazônica nas proximidades do Rio Japurá, a 500 quilômetros de Manaus. Para proteger cerca de 15 mil exemplares restantes, o governo do Amazonas criou a Estação Ecológica Manirauá, entre os rios Papurá, Alto Solimões e Auati-Paraná. 

Macroclima. "Clima geral: compreende as grandes regiões e zonas climáticas da terra e é o resultado da situação geográfica e orográfica. O macroclima se diferencia em mesoclima quando aparecem modificações locais em algumas de suas características" (Diccionario de la Natuireza, 1987).

Macroevolução. São as modificações ocorridas em grande escala no decorrer do processo evolucionário. Ela se refere a mudanças relevantes que acabam dando origem a novas espécies. Mudanças evolucionárias em pequena escala, ou seja, as pequenas modificações que ocorreram em uma espécie de uma geração para outra, fazem parte de microevolução. A macroevolução chamou a atenção de Charles Darwin ao passar pelas Ilhas Galápagos, em 1832, e observar que os pássaros fringilídeos, descendentes de um acenstral comum da América do Sul, haviam desernvolvido características tão diversas entre si que podiam ser classificados em treze novas espécies. Alguns deles possuíam bicos duros para quebrar sementes, outros apresentavam bicos mais arredondados porque comiam alimentos moles, como brotos, e outros ainda eram insetívoros. A maneira como esses pássaros se diferenciaram é conhecida hoje como adaptação.

Madagascar. Um enigma: é assim que pode ser definida a ilha mais exótica do planeta. A 400 quilômetros de Moçambique, jamais pertenceu ao continente africano – existem teorias de que ela seria um pedaço de terra da Ásia, lançado aos ares depois de uma explosão. A verdade é que Madagascar, a quarta maior ilha do planeta, permanece isolada há pelo menos 35 milhões de anos. Os botânicos catalogaram ai 6 mil espécies de plantas que não existem em nenhum outro lugar do mundo – 80% da exótica fauna e flora da ilha é endêmica. Os lêmures são a marca registrada de Madagascar.

Magnitude do Impacto. Um dos atributos principais de um impacto ambiental. É a grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo ser definida como as medidas de alteração nos valores de um fator ou parâmetro ambiental, ao longo do tempo, em termos quantitativos ou qualitativos. "É definida como o grau ou extensão da escala de um impacto" (Fisher & Davies, 1973). "É definida como a provável grandeza de cada impacto potencial" (Environmental Protection Service, 1978).

Mais-valia. "É a parte do valor criado pelo trabalho que, entretanto, fica nas mãos dos capitalistas. Do valor total criado pelo trabalho, uma parcela é usada como capital variável, isto é, como meios necessários para manter e reproduzir a força de trabalho, e a outra parcela é apropriada pelos capitalistas, constituindo a mais-valia, o lucro auferido pelos capitalistas no processo de produção" (Miglioli et alii, 1977).

Malária. Um caso típico de relação simbiótica entre a fêmea do mosquito Anopheles, o mosquito hospedeiro intermediário do protozoário Plasmodium. O inseto acaba infectando o homem – o hospedeiro definitivo da interação – com a sua picada, transmitindo assim o protozoário. A malária, uma doença tão comum não só no Brasil, mas também na África, Ásia e restante da América Latina, caracteriza-se por sintomas que, inicialmente, parecem com os da gripe: dor muscular e de cabeça, cansaço e perda de apetite. Depois de 10 dias de latência, surgem ataques periódicos de febre alta e tremores violentos a cada 48 horas.

Mamíferos. É classe dos mamíferos os animais de sangue quente, portadores de pelos e que se alimentam de leite quando pequenos. As glândulas mamárias usadas como critério de diferenciação do reino animal já foram utilizadas por antigos naturalistas, como Carolus Linnaeus. Os mamíferos surgiram na época dos dinossauros, a partir de um pequeno grupo de répteis, mas mantiveram-se pouco diversificados durante um longo período. Só a partir da extinção dos grandes répteis é que começaram a se multiplicar em maior número, aumentando progressivamente a diversividade das espécies.

Manancial. Qualquer corpo d'água, superficial ou subterrâneo, utilizado para abastecimento humano, industrial ou animal, ou irrigação. "Conceitua-se a fonte de abastecimento de água que pode ser, por exemplo, um rio um lago, uma nascente ou poço, proveniente do lençol freático ou do lençol profundo" (CETESB, s/d).

Manejo. Ação de manejar, administrar, gerir. Termo aplicado ao conjunto de ações destinadas ao uso de um ecossistema ou de um ou mais recursos ambientais, em certa área, com finalidade conservacionista e de proteção ambiental. Manejo florestal "Aplicação dos métodos comerciais de negócio e dos princípios da técnica florestal às operações de uma propriedade florestal" (Souza, 1987).

Mangues. São conhecidos entre os geógrafos como regiões de entremarés, por situar-se entre o ponto mais alto da maré alta e o mais baixo da maré baixa. Correspondem, no Brasil, a cerca de 10 mil quilômetros, distribuída ao longo de toda a costa. Os mangues estão na base da cadeia alimentar dos oceanos e servem como maternidade de centenas de espécies – nas áreas de livre contaminação ambiental, podem ser vistos até 10 mil filhotes de caranguejos, camarões e moluscos por metros quadrados de mangue. As regiões de mague mais críticas situam-se na Baixada Santista, Baía de Guanabara e Recôncavo Baiano.

Mangue Seco. Conhecida em todo o país com o nome de Santana do Agreste, a cidade criada por Jorge Amado para servir de cenário aos romances de Tieta, Mangue Seco sofre do problema que atinge Itaúnas (ES): corre o risco de ser soterrada progressivamente pelas dunas de areia. No extremo norte da Bahia, na divisa com Sergipe, Mangue Seco fica numa ponta de areia entre o estuário do Rio Real e o mar. Assim as águas atacam de um lado e as dunas de outro – em 1930, uma enchente levou 37 casas, uma rua inteira, de uma só vez. É uma área na qual a vegetação é típica de mangue, mas cujo solo, por culpa da movimentação das areias, está totalmente seco.

Mapeamento. Representação cartográfica de informação ou dados sobre um ou mais fatores ambientais.

Mar. Mais rasos do que os oceanos e geralmetne confinados pelas margens dos continentes, constumam ter características físicas, químicas e biológicas diferenciadas entre si. Certos mares, como o Mediterrâneo, são virtualmente circundados por terra, tendo poucos canais de comunicação como o oceano, em quanto outros são mais abertos, como o Mar da China e o Mar do Norte. Alguns grandes lagos de água salgada situados no inteior dos continentes são conhecidos como mares, como o Mar Cáspio, o Mar Aral e o Mar Morto. Todos os mares fechados são mais poluídos do que os oceanos. Neles se depositam os detritos e substâncias poluentes provenientes dos rios (detergentes, inseticidas, adubos). Também metais pesados (como chumbo, mercúrio ou cadmo) poluem os mares.

Marajó. Com 40 mil quilômetros quadrados na foz do Rio Amazonas, a maior ilha flúvio-marítima do mundo ocupa um território mais extenso que a Holanda ou a Suíça. Tem o segundo rebanho de gado do planeta – são mais de 500 mil cabeças de búfalos. A ilha registra uma realidade dividida em dois tempos: a época das chuvas, farta e exuberante, e a das secas, de penúria e fome. Essas épocas se alternam, aproximadamente, a cada seis meses.

Maré. "Elevação e abaixamento periódico das águas nos oceanos e grandes lagos, resultantes da ação gravitacional da lua e do sol sobre a Terra a girar" (DNAEE, 1976). "É o fluxo e refluxo periódico das águas do mar que, duas vezes por dia, sobem (preamar) e descem (baixa-mar), alternativamente”. (Guerra, 1978). Maré negra "Termo usado pelos ecologistas para designar as grandes manchas de óleo provenientes de desastres com terminais de óleo e navios petroleiros, e que, por vezes, poluem grandes extensões da superfície dos oceanos” (Carvalho, 1981). Maré vermelha "Ocorre pela proliferação ou ‘bloom’ de um tipo de plâncton com cor avermelhada, que causa mortandade de peixes. É um fenômeno natural, muitas vezes auxiliado pela presença de fósforo dos detergentes". (Braile, 1992). "É uma floração. É uma antibiose ou um amensalismo onde o fator biológico de base é a 'seleção biológica'; resultante da dominância de uma só espécie. A floração surge quando os organismos responsáveis estão no próprio plâncton, como acontece com os dinoflagelados, que impedem a fotossíntese das diatomáceas, sobrepondo-se a elas, além de destruí-las com suas toxinas" (Carvalho, 1981).

Marques, Randáu. Há alguns poucos anos arás, quando a Ecologia era desconhecida do grande público, Randáu Marques, nascido em 1947, já assinava especiais no Jornal da Tarde (SP) sobre meio ambiente e tecnologia. Além do seu pioneirisno na imprensa escrita, Randáu colaborou ativamente como sócio-fundador, assessor técnico e consultor de várias ONGs, contribuindo para a formulação de denúncias em processos contra vários agressores ambientais. Articulou o movimento antinuclear contra a instalação de sessenta usinas atômicas no país (foi preso em 1968 por causa de reportagens consideradas atentatórias à segurança nacional), o movimento contra os contratos de risco para a exploração da Floresta Amazônica e o movimento a favor da municipalização do controle do tráfego urbano, que finalizaria a criação do DSV (Departamento de Sistema Viário) e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Martinica. A explosão do vulcão Pelée, na Martinica, está entre as dez maiores catásfrofes naturais do planeta. Aconteceu no dia 8 de maio de 1902, mas durante seis meses anteiores o vulcão já dava sinais de sua ira, emanando gases fétidos, capazes de enegrecer instantaneamente todas as praias da ilha, expelindo uma grossa coluna de fumaça ou fazendo brotar uma lagoa de água fervente na região. Numa manhã luminosa, o Pelée finalmente surgiu, estremecendo a terra e soltando uma língua de fogo que varreu a cidade e elevou a temperatura para 400 graus Celsus. Morreram, de uma só vez, 25 mil pessoas. gua fervente na regia lagoa de tantaneamente todas as praias da ilha, expelindo

Marsupiais. Nem todos os mamíferos crscem durante a gestação, dentro de um útero. Os marsupiais nascem prematuramente e acabam o seu desenvolvimento dentro da bolsa da mãe, onde se alimentam e ficam mais fortes. A Austália é o grande refúgio dos marsupiais – cangurus e coalas são os mais conhecidos (nas Américas são representados pelos gambás). Os marsupiais parecem incapazes de sobreviver na luta contra os mamíferos de origem placentária – sobrevivem apenas se forem protegidos por alguma condição especial. Esses é um dos motivos pelos quais se acham restritos  apenas à Austrália – eles ali se estabeleceram antes que outros tipos de mamíferos se desenvolvessem e acabaram ficando isolados com a separação da ilha-continente de outras massas territoriais.

Mata de Araucária. A Mata de Araucária, também chamada de Pinheiros-do-paraná (Araucária angustifolia) , ou, cientificamente, de Floresta Ombrófila Mista, está seriamente ameaçada de extinção. Apenas 1,2% de sua cobertura original encontra-se preservada, e apenas 0,22% (40.774 hectares) está sob a proteção de Unidades de conservação (UC), o que põe em risco a preservação da floresta. Originalmente as Matas de Araucárias se estendiam entre os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, com incidências em áreas esparsas de São Paulo e Minas Gerais em regiões altas e de clima frio com chuvas regulares o ano todo, fazendo parte do domínio da Mata Atlântica. Geralmente a Floresta Ombrófila Mista se desenvolve em locais com uma altitude maior que 500 metros e menor que 800 metros, mas, em alguns lugares, podem ser encontradas há altitudes de mil metros. A Araucária angustifólia pode atingir até 50 metros de altura e produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão” (existe até a “Festa do Pinhão“, em Lages-SC, que contribui para o desaparecimento desta espécie). Uma característica comum nos pinheiros e que foi um dos fatores a contribuir para a quase extinção da espécie é a “alelopatia”, ou, a tendência que essas plantas têm de inibir o crescimento de outras plantas próximas a elas facilitando sua extração. Outro fator que contribuiu para a exploração da araucária foi o fato de ela se encontrar quase que totalmente em regiões de solo muito fértil, a famosa “terra-roxa” (solo de origem vulcânica e altamente produtivo presente em apenas 1% do território nacional), fazendo com que a Araucária fosse suprimida, na maior parte da região onde incide, para o plantio de monoculturas e pastoreio. A Araucária pertence à família das Coníferas (plantas gimnospermas – sem fruto – presentes nas regiões temperadas) que é a espécie que atinge maior longevidade entre todas as outras espécies de plantas. Outras plantas podem ser encontradas em uma Floresta Ombrófila Mista, como a erva-mate (llex paraguariensis) que se beneficia da alelopatia da Araucária, ou a imbuia (Ocotea porosa). Dentre os animais que dependem da Floresta de Araucária estão os tucanos, beija-flores, saíras, gaturanos, sanhaço, jibóia, etc. e mais de 20 espécies de primatas, a maioria endêmica.

Mata Atlântica. Considerada a quinta área mais ameaçada do mundo, a Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira que originalmente se estendia do Rio Grande do Sul até o Piauí, mas por se localizar em uma região de fácil acesso e que foi rapidamente colonizada (62% da população brasileira se encontra em região de Mata Atlântica) é o bioma brasileiro que mais sofreu (e sofre) com a ocupação do homem. Atualmente restam apenas 7% de sua cobertura original. Ao todo, o domínio da Mata Atlântica ocupava uma região de 1.300.000 km² chegando até a Argentina e o Paraguai em áreas de baixadas, faixas litorâneas, matas interioranas e campos de altitude que correspondem por cerca de 15% do território nacional. Já foram registradas mais de 1.361 espécies diferentes das quais, muitas são endêmicas (cerca de 567 espécies de animais que só existem ali). Sem contar a vegetação que, devido às características do solo, altitude e clima diferenciados desenvolveu características peculiares a cada região. São mais de 20 mil espécies de plantas. Algumas espécies da Mata Atlântica já são famosas como o Mico-leão-dourado que, infelizmente, ficou conhecido por ser o símbolo dos animais em extinção deste bioma. A região da Mata Atlântica é o local onde existe a maior concentração de pessoas do país. As duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, se encontram em regiões onde inicialmente o desmatamento era causado pelo plantio de culturas como o café, que por muitos anos foi o “carro chefe” das exportações brasileiras. Desta forma, é impossível não levar em consideração o fator econômico e social em qualquer tentativa de preservar o que ainda resta da Mata Atlântica. Diversos programas de pesquisa e conservação, não só da mata, mas também, do patrimônio cultural da região, vêm sendo desenvolvidos a fim de preservá-la e evitar que mais e mais áreas sejam degradadas. Trabalhos como o desenvolvido pela ONG SOS Mata Atlântica que realiza pesquisas e campanhas educativas e ainda desenvolve projetos como o “Florestas do Futuro” ou “Mata Atlântica vai à escola”, ou ainda, a criação de parques e até reservas extrativistas onde a exploração de recursos é controlada, tentam conciliar a preservação da Mata Atlântica com o atendimento das necessidades básicas da população que já habita a região da formação florestal, economicamente, mais importante do país.

Mata dos Cocais. É é uma formação vegetal típica da área de transição entre a região norte e nordeste brasileira e que ocupa uma faixa que se estende pelos Estados do Maranhão e Piauí, mas também podem ser encontradas formações típicas da mata de cocais em outros estados como Tocantins, Ceará e Bahia. Localizada bem no meio de dois importantes biomas brasileiros, a mata de cocais, faz a transição entre a caatinga, típica do nordeste, a floresta amazônica, típica da região norte, e o cerrado, mais ao sul. A árvore símbolo da mata de cocais é o babaçu, mas também são encontrados, em menor quantidade, o buriti, a carnaúba (da qual é extraída uma cera), e a oiticica. No extrato mais baixo da mata de cocais, podemos encontrar uma grande variedade de arbustos e plantas de menor porte. O babaçu, também chamado de baguaçu ou coco-de-macaco, é uma planta da família das palmeiras. Pode atingir até 20 metros de altura com folhas de até 8 metros. Uma única arvora é capaz de produzir até 2.000 frutos por ano cada um contendo de 3 a 4 sementes oleaginosas que, devido à alta concentração de matérias graxas (óleos usados na indústria alimentícia e cosmética), são a principal fonte de renda das famílias locais. Só no Estado do Maranhão estima-se que mais de 300 mil famílias vivam do extrativismo do babaçu que, na maioria dos lugares, ainda têm suas amêndoas extraídas de forma rudimentar: mulheres e crianças se encarregam de colher os cachos carregados de frutos e depois quebrar os frutos extremamente duros. A “quebradeira”, como é chamada a pessoa encarregada de quebrar os frutos para extrair as amêndoas (geralmente crianças), apóia o fruto sob o fio de um machado e depois de golpeá-lo várias vezes com um pedaço de pau, finalmente extra o precioso fruto. Até mesmo as folhas do babaçu são aproveitadas para a confecção de artesanato, como cestos, abanos, esteiras, peneiras, e até mesmo portas e janelas. Do côco se extrai etanol, metanol, coque, carvão e gases combustíveis. A casca pode ser usada para repelir insetos quando queimada. Enfim, a mata de cocais fornece condições de subsistência para diversas famílias do meio-norte e Tocantins.

Matéria, Material. Matéria orgânica biodegradável "É a parcela de matéria orgânica de um efluente suscetível à decomposição por ação microbiana, nas condições ambientais. É representada pela demanda bioquímica de Oxigênio (DBO) e expressa em termos de concentração (mg de O2/l) ou carga (Kg de DBO/dia)." (PRONOL/FEEMA DZ 205). Matéria orgânica não biodegradável "É a parcela de matéria orgânica pouco suscetível à decomposição por ação microbiana, nas condições ambientais ou em condições pré-estabelecidas (...)" (PRONOL/FEEMA DZ 205).

Medidas Compensatórias. Medidas tomadas pelos responsáveis pela execução de um projeto, destinadas a compensar impactos ambientais negativos, notadamente alguns custos sociais que não podem ser evitados ou uso de recursos ambientais não renováveis.

Medidas Corretivas. "Significam todas as medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação resultante destas medidas" (ACIESP, 1980).

Medidas Mitigadoras. São aquelas destinadas a prevenir impactos negativos ou reduzir sua magnitude. Nestes casos, é preferível usar a expressão 'medida mitigadora' em vez de 'medida corretiva', também muito usada, uma vez que a maioria dos danos ao meio ambiente, quando não podem ser evitados, podem apenas ser mitigados ou compensados.

Medidas Preventivas. Medidas destinadas a prevenir a degradação de um componente do meio ambiente ou de um sistema ambiental.

Mediterrâneo, Mar. O Mar Mediterrâneo é um mar do Atlântico oriental, compreendido entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional; com aproximadamente 2,5 milhões de km², é o maior mar continental do mundo. As águas do Mar Mediterrâneo banham as três penínsulas do sul da Europa, que são: Ibérica (apenas a Sul e Sudeste de Espanha), Itálica e a dos Bálcãs (Região da Grécia). Suas águas deságuam no Oceano Atlântico através do Estreito de Gibraltar, e no Mar Vermelho (no Canal de Suez). As águas de outro mar também deságuam no Mediterrâneo, que é o Mar Negro (pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos). As águas do Mediterrâneo geralmente são quentes devido ao calor vindo do Deserto do Saara, fazendo com que o clima das zonas próximas seja mais temperado (Clima Mediterrâneo). Atinge a sua maior profundidade, 5.121 metros, no Mar Jônico, a sul da Grécia. História: Desde a Antiguidade, o Mar Mediterrâneo foi uma zona privilegiada de contatos culturais, intensas relações comerciais e de constantes enfrentamentos políticos. Às margens do Mediterrâneo floresceram, desenvolveram-se e desapareceram importantes civilizações, alguns dos povos que habitaram as costas do Mar Mediterrâneo: Egípcios, Cananeus, Fenícios, Hititas, Gregos, Cartagineses, Romanos, Macedônios, Berberes, Genoveses, Venezianos. Um dos fatos marcantes da história da região aconteceu em 1453 quando os otomanos tomaram a cidade de Constantinopla (atual cidade turca de Istambul) e fecharam o Mediterrâneo oriental à penetração europeia. Esta teria sido uma das razões que teria impelido os portugueses a se aventurarem pelo Atlântico em busca do caminho das Índias. Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra e a França foram ampliando suas influências sobre a região, aproveitando a gradativa decadência otomana e, ao mesmo tempo, tentando impedir a expansão da Rússia. A Inglaterra que foi afirmando-se cada vez mais como grande potência marítima, estabeleceu-se em alguns pontos estratégicos (Gibraltar e ilhas de Malta e Chipre), que se transformariam em importantes bases navais. Em 1869, com a abertura do canal de Suez, obra construída por um consórcio franco-britânico, o Mediterrâneo Oriental passou a integrar as grandes rotas do comércio internacional, passando a ter um papel relevante nas relações políticas e comerciais das potências da Europa. Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914/18), consolidou-se a supremacia britânica, num momento em que o Mediterrâneo se transformava numa artéria vital para a Europa em função de estabelecer uma ligação mais rápida e econômica entre as áreas consumidoras e produtoras de petróleo, estas últimas situadas no Oriente Médio. Algumas décadas depois, ao findar-se a Segunda Guerra Mundial em 1945, o Mediterrâneo, assim como quase todas as áreas do mundo, encaixou-se imediatamente nos esquemas do jogo de influências e alianças engendrados pela Guerra Fria. Com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), os EUA substituíram gradativamente os britânicos como potência dominante do Mediterrâneo. Todavia, os processo conflituosos de independência de uma série de colônias europeias situadas especialmente no norte da África, a pressão exercida pela crescente expansão da Marinha Soviética, os vários conflitos entre países árabes e Israel e as tradicionais rivalidades entre países da região, transformaram o Mediterrâneo numa área de frequentes tensões geopolíticas. O fim da Guerra Fria, se de um lado eliminou ou amenizou algumas velhas tensões, por outro ensejou o surgimento de inúmeros novos desafios para os países da região. São dezoito os países que possuem terras banhadas pelo Mediterrâneo. Eles apresentam grandes diferenças no que se refere ao tamanho, à evolução histórico-cultural e ao nível de desenvolvimento. Praticamente todos os países que circundam o Mediterrâneo Oriental apresentam, ou apresentaram num passado recente, tensões e conflitos internos ou problemas no relacionamento com nações vizinhas.

Meio Ambiente. O meioambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. È o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes: completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural mesmo com uma massiva intervenção humana e outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites; e recursos e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo, que não se originam de atividades humanas. Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas." A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas". As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, correspondentes às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa. Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas ao planeta Terra. Há quatro disciplinas principais nas ciêncais da Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais ou esferas do "sistema da Terra".

Mekong. No século XX, nenhum rio foi banhado com tanto sangue quanto o Mekong. As suas águas, que nascem límpidas no planalto tibetano, a 4.200 quilômetros do mar, foram o cenário sangrento de revoluções, guerras, perseguições e torturas. Hoje, depois de vários anos da retiradas dos americanos no Vietnã, da ascenção do Khmer Vermelho no Camboja e do golpe comunista do Laos, o Mekong renasce cristalino. Seu leito caudaloso leva 500 bilhões de metros cúbicos de água para o oceano e o seu delta divide-se em noves canais – os Nove Dragões – com quase 10 mil quilômetros quadrados de terras férteis.

Mendes, Chico. O primeiro brasileiro premiado pela ONU pelas suas campanhas ecológicas morreu em uma quinta-feira, dia 22 de dezembro de 1988, com sessenta buracos de chumbo no corpo, provocados por uma bala de escopeta calibre 12. Sindicalista ativo, Chico Mendes denunciou internacionalmente as queimadas na Amazônia e lutou durante toda a sua vida pela implantação do reservas florestais extrativistas, sonho que acabou sendo concretizado depois da sua morte.

Mercúrio. A mineração de ouro na beira dos rios amazônicos gera um tipo de poluição que poderia ser evitada – a do mercúrio. Já existem técnicas que dispensam o mercúrio para o refino do ouro, mas ainda são poucos os garimpeiros, geralmente por falta de informação e de recursos, a usá-las. O mercúrio também contamina os rios das grandes cidades a partir de dejetos de amálgama usados pelos dentistas. .

Mesoclima. "Componentes em que se diferencia o macroclima quando aparecem modificações locais em algumas de suas características. O clima geral modificado de forma local pelos diversos aspectos da paisagem, como o relevo, a altura das cidades etc." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Metano. É um dos principais componentes do gás natural, encontrado e extraído do subsolo. No Brasil, as maiores reservas de gás natural estão localizadas no Recôncavo Baiano. É o mais simples dos hidrocarbonetos e dele derivam álcoois, como o metanol, usado como combustível, mas altamente tóxico ao ser humano. Também pode ser formado em pântanos ou dentro do sistema digestivo dos herbívoros ou mesmo em dejetos orgânicos em putrefação. Existem tentativas de transformar o gás metano obtido de dejetos (lixo) em energia por meio da utilização de biodigestores. O metanol é formado pela decomposição da matéria orgânica em ambientes sem oxigênio – por isso é também chamado de “gás dos pântanos”.

Mico-Leão-Dourado. O mais famoso dos animais da Mata Atlântica transformou-se em umdos mais bem-sucedidos – e complicados – projetos de conservação já empreendidos no Brasil. O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um primata encontrado originalmente na Mata Atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção. O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagui, sagui-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais. Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. Mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie. Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Estado do Rio de Janeiro, compondo dois por cento do habitat original da espécie. Restam cerca de mil micos-leões-dourados no mundo, a metade dos quais em cativeiro.Têm hábitos diurnos e arborícolas, sendo geralmente encontrado em florestas onde existem cipós e bromélias. Organizam-se em grupos de até oito indivíduos e vivem cerca de quinze anos, sendo a maturidade da fêmea atingida com cerca de um ano e meio e a do macho, com cerca de dois anos. Sua época reprodutiva é de setembro a março e a gestação demora cerca de quatro meses e meio, gerando, normalmente, entre um e três filhotes. O mico-leão-dourado é um animal pequeno, medindo entre vinte e vinte e seis centímetros com um comprimento caudal entre trinta e um e quarenta centímetros. O adulto pesa entre trezentos e sessenta e setecentos e dez gramas, sendo sessenta gramas o peso considerado normal para um filhote. São onívoros, o que significa que sua alimentação é muito variada: frutas, insetos, ovos, pequenas aves e lagartos (em cativeiro, as aves e lagartos são substituídos por carne). Têm uma pelagem sedosa e brilhante, de cor alaranjada e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem ao seu nome popular. O Mico-Leão-dourado é um dos primatas mais raros do planeta. É um animal que está sendo ameaçado de extinção e que por isso foi escolhido para representar todos os outros animais na luta da preservação da fauna brasileira. Um dos principais motivos da extinção do mico-leão-dourado e de vários outros animais é a destruição do habitat de cada um deles. Com o desmatamento, a maioria desses animais não consegue escapar a tempo do fogo. Os poucos que conseguem fugir morrem logo depois, pois não encontram alimento e abrigo para continuar vivendo.

Microondas. Dferentemente do aquecimento em fornos convencionais que aquecem o alimento pelo processo suave de transmissão de calor, no microondas a comida é submetida a vibrações antinaturais e tecnicament duras. Segundo o doutor Hans Hertel, do Institudo de Pesquisa e Aconselhamento em Biologia Ambiental, na Suíça, os efeitos do aquecimento em fornos microondas são brutais. Ao contrário da luz solar e outras vibrações da natureza, as do microondas não atuam sob o princípio da corrente elétrica contínua, mas pelo princípio da corrente alternada. Essa corrente agita as moléculas e as células dos alimentos mudam de polarização na fantástica velocidade de 2,5 bilhões de vezes por segundo. Esse movimento caótico de oscilações provoca atrito e, com isso, calor. As pesquias de Hertel indicam alterações no sangue como resultado da ingestão de alimentos aquecidos no microondas. Essas alterações poderiam favorecer o surgimento de uma série de doenças, inclusive o câncer. Hertel afirma, porém, que os efeitos mais danosos só apareceriam com o uso frequente do microondas. Os fabricantes negam a validade dessas pesquisas.

Microorganismos. Algumas formas de vida são muito pequenas para serem vistas a olho nu – elas são chamadas, genericamente, de microorganismos. Nessa denominação podem ser incluídas as bactérias, os protozoários, as algas compostas por uma única célula e alguns tipos microscópicos de fungos. Os vírus também são incluídos entre eles, embora estejam no limiar entre algo vivo e não vivo. Os microorganismos, chamados também de micróbios, quando encontram um meio que os supre de alimentos, se reproduzem rapidamente e o resultado, no corpo humano, é uma infecção.

Micropoluentes. Dispersos na água e no ar existem poluentes cujas partículas são tão pequenas que podem ser medidas em microns. No ar podem ser encontrados anidrido sulfuroso, chumbo, óxido de azoto, óxido de carbono, poeiras de amianto e outras substâncias. Na água, a toxidade pode ser formada por organoclorados, metais pesados, fenóis, hidrocarbonetos e detergentes. A soma dessas microdoses de tóxicos acaba afetando o meio ambientee, exatamente por serem compostos de partículas minúsculas, torna-se difícil e oneroso o esquema de tratamento antipoluição.

Migração. A migração é um instinto básico para a metade das famílias e aves e para algumas espécies de amfíbios e mamíferos. Essas espécies prcuram, ao migrar, condições mais favoráveis para a sobrevivência e para a procriação – razões que também podem estar por trás das migrações dos seres humanos. Esse impulso pode se tornar muito forte, especialmente entre as aves: a andorinha ártica voa mais de 40 mil quilômetros por ano em suas migrações. Rãs, tartarugas, albatrozes e outros pássaros oceânicos migram para lugares específicos para o acasalamento e nascimento dos filhotes. Já as renas, os cangurus vermelhos e os gnus migram por causa da escassez de alimentos. Os mecanismos de orientação nas migrações não são muito conhecidos – o sol, as estrelas e um senso magnético nato que as norteiam parecem ser as refereências esssenciais.

Mimetismo. Mecanisno usado or algumas espécies para confundir os seus predadores. O mimetismo pode ser apresentar sob duas formas diferentes: a bactesiana e o mulleriana, cujos nomes derivam dos cientistas que as descobriram. No mimetismo bactesiano, um indivíduo inofensivo (o imitador) adquire formas e as cores de outro mais agressivo, para confundir os seus predadores. Se a espécie imitada for numerosa e perigosa, é possível que o predador abandone a presa, por causa de uma má experiência anterior. A cobra falsa-coral não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente consegue utilizá-lo em razão da pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral verdadeira. No mimetismo mulleriano, um mesmo padrão (como as listras pretas e amarelas das abelhas e as vespas) identifica um grupo de espécies. O predador, ao ter experiências desagradáveis com alguns desses indivíduos, acaba pó associá-las ao grupo todo.

Minamata. O mais trágico exemplo de intoxicação por mercúrio e dos efeitos da bioampliação ocorreu no Japão em 1954, nas aldeias de Minamata e Nijigata. A população local, composta por pescadores, foi atingida pela comida contaminada por mercúrio contido nos efluentes industriais da fábrica Shisso. A quantidade jogada no mar (um quilo de sulfato de mercúrio por dia) era considerada desprezível na época. Mas, ao entrar na cadeia alimentar (por meio do processo água do mar–plânctons–crustáceos–peixes-médios–atuns), concentrou-se, no seu último elo, numa quantidade 500 mil vezes maior do que a incial. Na carne dos atuns foi descoberta a quantidade de 50 mg de metilmercúrio por quilo, altamente tóxica para o ser humano. Mais de 400 pessoas foram atingidas, em diferentes níveis. Com a pressão popular e o apoio da imprensa, as vítimas foram indenizadas pela fábrica Shisso, depois de vários anos de luta.

Mineração. A extração de minérios da terra pode ser considerada uma das maiores agressões ao meio ambiente do planeta. Apenas recentemente é que as grandes empresas mineradoras passaram a levar em conta as consequências ambientais (e sociais) da sua atividade, geralmente pela pressãodas comunidades locais. As conquistas sociais realizadas pelos mineiros de carvão na Inglaterra no transcorrer dos últimos tempos inspiraram lutas semelhantes em vários países do mundo. No Brasil, as atividades de mineração e garimpo ainda geram muitos conflitos sociais e situações que envolvem subempregos e uso de mão-de-obra infantil.

Minhocas. A importância biológica desse pequeno anelídeo é vital para a areação dos solos. As galerias construídas por sua passagem na terra tornam o solo menos compacto, facilitando a infiltração da água e o trabalho das bactérias aeróbias, que transformam amoníaco e nitritos em nitratos favoráveis ao crescimento das plantas. Encontram-se de 500 quilos a 5 toneladas de minhocas em um hectare de terra, e a sua presença indica a riqueza do solo. Como medida paliativa, atualmente estão sendo feitas experiências com minhocas em solos contaminados com metais pesados – edlas auxiliariam a limpeza do solo, porque retêm essas substâncias no seu organismo. Mas ainda se questiona se esse procedimento seria eticamente correto.

Mistral. Vento violento característico do sudeste da França, chamado de transmontana no norte da Itália. O mistral tem um importante papel ecológico na formação dos caracteres abióticos da região, principalmente nos recortes das montanhas, e no tipo de vegetação, adaptada à força dos ventos que sopram em determinados meses do ano. No inverno, o mistral pode viajar a mais de 180 quilômetros por hora, arrancando telhas e virando carros na região da Provença, no sul da França. Técnicamente, a apariação do mistral pode ser explicada quando ocorre uma depressão oceânica na metade do norte da França e formações anticiclônicas no Mediterrâneo. No verão, o mistral provoca uma forte evaporação nos ecossistemas terrestres dos locais onde é frequente e, no inverno, facilmente faz descer a temperatura abaixo de zero grau Celsus. Esse vento de nome poético batiza poemas, perfumes, trens e restaurantes, por causa da bela sonoridade do seu nome.

Moluscos. São uns dos melhores bioindicadores de poluição já conhecidos. Por estarem quase à beira-mar, em uma zona onde se concentram os mais diversos tipos de poluentes, os moluscos são facilmente afetados. No seu corpo concentram-se várias substâncias tóxicas, como o benzeno, e metais pesados. Como são comedores de plânctons, organismos igualmente sensíveis à poluição, concentram e potencializam, até em mil vezes, elementos nos seus corpos. Os moluscos bivalves, como os mexilhões, fazem passar uma grande quantidade de água por suas lamelas branquiais, retendo o plâncton contaminado. Os moluscos são ecologicamente importantes por outro motivo: suas conchas são o elemento fundamental do ciclo do calcário.

Monera. Dos cinco grandes reinos dos organismos vivos (animais, plantas, fungos, protistas e monerais), dois são compostos por organismos microscópicos. As moneras fazem parte dos menos complexos deles, pois são organismos muito simples (procariotos), compostos por uma única célula que não dispõe sequer de núcleo. Esse grupo inclui bactérias e cianobactérias, as minúsculas algas azul-esperaldas, que ao realizar a fotossíntese, alicerçaram a vida orgânica sobre o planeta. As cianbactérias foram as primeiras formas de vida a surgir no globo e tem um importante papel na fixação do nitrogênio, capturando esse elemento da atmosfera. Existem perto de 5 mil espécies de moneras. Dentro desse universo microscópico existe outro grande reino, o dos protistas.

Monocultura. A monocultura é responsável por desequilíbrios intensos no meio ambiente. Na maioria das vezes, a natureza tende-se a diversificar: aí se estabelece a sua riqueza e o seu equilíbrio. As monoculturas, por outro lado, não tem como balancear os diversos elementos de um ecossistema variado. Elas mesmas, além de esgotar unilateralmente o solo, são mais sensíveis ao ataque de pragas e insetos, pois não possuem os predadores naturais que poderiam exteminá-los. Uma área plantada apenas com pinhos ou eucaliptos, por exemplo, está sujeita a ser atacada por formigas. Por causa desse desequilíbrio constante é preciso uma quantidade enorme de herbicidas, inseticidas e fungicidas para garantir a sua frágil resistência.

Mont Blanc. Foi na montanha mais alta da Europa que nasceu, no século XVIII, os primeiros aventureiros decidos a escalá-la: os alpinistas, palavras cujo nome deriva de Alpes, a cordilheira entre a França e a Itália onde está encravado o Mont Blanc. De fama assustadora, o Mont Blanc, com os seus 4.807 metros, só era visitado por cristalliers, exploradores de cristal de quarzto que ali jamais pernoitavam, com medo de serem atacados por demônios. Foi um deles, Jacques Balmat, que, perdido, passou a noite no Mont Blanc pela primeira vez, em 1786. Sobreviveu, não foi perseguido pelas forças do mal e estimulou, com seu exemplo, os primeiros alpinistas. Hoje, o Mont Blanc serve para refúgio de animais selvagens, neves eternas, glaciares e uma população que perserva ciosamente sua cultura.

Monte Everest. Dezenas de tentativas para conquistá-lo fracassaram – o Everest, com 8.846 metros de altura, parecia inespugnável. Descoberto em 1865, pelo oficial inglês George Everest, o pico mais alto do mundo estimula uma intrigante relação do ser humano com a natureza. Para “vencê-lo” e alcançar o seu cume, o homem precisaria, de certa forma, vencer a si mesmo. Esse desafio intríseco está por trás de vários esportes mais radicais, como o rafting nas violentas corredeiras dos rios, ou até mesmo quando um cavaleiro tenta domar um animal selvagem. O Everest foi conquistado pela primeira vez por Edmund Hillary e pelo sherpa Tenzing Norgay, em 1953. os brasileiros Waldemar Niclevicz e Mozar Catão o escalaram em 1995.

Montanhas. Montanha ou monte (do latim montanea, de mons, montis) é um acidente geográfico. A uma sequência de montanhas chama-se cordilheira. Uma montanha tem imponência e altitude superiores a uma colina, embora não exista uma altitude específica para essa diferenciação. O adjetivo montano é usado para descrever áreas montanhosas e coisas relacionadas a elas. Assim, cada autoridade no assunto assume valores convenientes, embora a montanha seja tipicamente escarpada, de grande inclinação e com sobreposição de relevos. A superfície do planeta Terra é 24% montanhosa; 10% da população mundial vive em terreno montanhoso. A maior parte dos grandes rios nascem em montanhas. Elas se destacam por apresentar altitudes superiores às das regiões vizinhas. As montanhas mais elevadas resultam de dobramentos, isto é, de forças internas que provocaram enormes dobras nas rochas. Tanto nos continentes como nos oceanos, existem montanhas de dobramentos. São as montanhas jovens ou típicas, que se formaram no período Terciário. Podemos citar como montanhas de dobramentos: os Alpes, na Europa, os Andes, na América do Sul, as montanhas rochosas da América do Norte e o Himalaia, na Ásia. As montanhas mais velhas e mais baixas também são resultados de dobramentos, mas foram muito erodidas e, consequente rebaixadas ao longo dos anos. Existem outros tipos de montanhas: as montanhas vulcânicas, originárias de vulcões, e as montanhas constituídas por blocos falhados, isto é, por áreas que sofreram dobramentos e rupturas ou falhas nas rochas, tendo uma parte ficado erguida acima da outra. O ponto culminante de uma montanha é denominado cume ou pico.

Mortalidade. Calcular a faixa de mortalidade, ou de natalidade, é algo importante para o estudo da Ecologia. A partir disso é que se pode identificar a rapidez com que uma espécie caminha rumo à extinção, ou, pelo contrário, se alguma medida de proteção está cauxando o efeito desejado. A taxa de mortalidade é sempre calculada a partir de um número referencial. Toma-se, por exemplo, um grupo de mil indivíduos que se encontram vivos no mês de janeiro do ano “N” e verifica-se no mês de janeiro do ano posterior (N+1) quantas pessoas morreram – essa será a taxa de mortalidade daquele grupo. Esses índices, quando se referem a animais, indicam em que faixa de idade uma espécie é mais vulnerável e qual a taxa de sobrevida que ela pode ter. Sabe-se, por exemplo, que se a rã conseguir ultrapassar a sua fase de girino, quando morrem o maior número de indivíduos, ela terá pela frente uma expectativa de vida de vários anos.

Morto, Mar. O Mar Morto (em hebraico: ים המלח, transl. – Yam ha-Melah; em árabe: البحر الميت, transl. (Al Bahr al Mayyit) é um lago de água salgada do Oriente Médio. Com uma superfície de aproximadamente 1.050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros e a uma largura máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia e a Israel. Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a se estabilizar, paralelamente a estudos que levem à sua conservação e preservação; portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro. Atualmente, a contínua perda das suas águas (como já se referiu tem as suas causas na cada vez maior captação das águas do Rio Jordão, por parte das autoridades de Israel e Jordânia) causa uma contínua redução em sua área e profundidade, relativamente ao nível médio das águas do Mar Mediterrâneo. No ano de 2004, este nível estava próximo de 417m abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo, o que faz com que seja a maior depressão do mundo, e a tendência é o aumento deste desnível durante o século XXI. O Mar Morto tem esse nome devido à grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, donde decorre a escassez de vida em suas águas, havendo apenas alguns tipos de arqueobactérias e algas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior. A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II da era cristã. Ao longo dos séculos anteriores, vários foram os nomes pelos quais era conhecido, entre outras fontes, a Bíblia, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Gênesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de Mar Salgado. Com o nome de Mar de Arabá aparece em Deuteronômio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como Mar Oriental. Fora da Bíblia, Flávio Josefo denominou-o Lago de Asfalto e o Talmude designou-o por Mar de Sodoma e Mar de Lot (Ló), entre outros nomes que ele recebeu. O Mar Morto contém a água mais salgada do mundo. Essa grande quantidade de sal aumenta sua flutuabilidade, e os banhistas bóiam facilmente.

Movimento Ecológico. Embora seja normalmente caracterizado pela ação combativa das ONGs, o movimento ecológico é mais abrangente. Inclui vários tipos de estratégias que tem por objetivo principal pressionar autoridades constituídas a elaborar leis, projetos, estudos que favoreçam o meio ambiente. O movimento ecológico, no Brasil e no mundo, incorpora uma multiplicidade de correntes políticas e hoje, mais do que nunca, trabalha em conjunto com outros movimentos sociais.

Mururoa, Atol. O Atol Moruroa (por vezes, chamado por erro de Mururoa) localiza-se no Arquipélago de Tuamotu, na Polinésia Francesa. Tornou-se conhecido, tal como o atol Fangataufa, desde que a França ali iniciou seus testes nucleares. Entre 1966 e 1974 foram feitos 46 testes atmosféricos e 150 subterrâneos. Embora os antigos polinésios conhecessem o atol de Moruroa pelo nome ancestral de Hiti-Tautau-Mai, não existe prova histórica de que tenha sido permanentemente habitado. O primeiro registo de um europeu a visitar o atol é o do comandante Philip Carteret a bordo do HMS Swallow em 1767, apenas alguns dias antes de ter descoberto Pitcairn. Carteret chamou Moruroa como "Ilha do Bispo de Osnaburgh". Em 1985 o navio Warrior do Greenpeace esteve fazendo protestos na região. Em setembro de 1995, houve uma série de manifestações em todo mundo contra a retomada de testes na região fazendo com que os novos testes fossem interrompidos em janeiro de 1996.

Mutagênico. Diversas substâncias poluentes têm o poder de cauxar mutações genéticas transmitidas hereditariamente. O mercúrio, por exemplo, pode causar alterações nos genes dos cromossomos, além da intoxicação.  O que caracterizam as substâncias mutagênicas é que elas afetam não apenas as pessoas diretamente atingidas, mas os seus descendentes. Inseticids, poluentes químicos, substâncias contaminadas pela radioatividade e por chuvas radioativas podem ter efeitos nas gerações seguintes. Alguns estudos indicam que o conjunto de produtos e técnicas modernas é globalmente mutageênico. Isso poderia ser traduzido geneticamente, por exemplo, um aumento de incidência de câncer. Mas apenas a aplicação frequente de estatísticas ao longo do tempo poderia confirmar o efeito mutagênico de um determinado produto. Vejam isto: depois de uma chuva radioativa, como a que se seguiu a Chernobyl, o leite em muitos países, foi contaminado pelo estrôncio, substância radioativa com provável efeito mutagênico.

Namib. O deserto se confunde parcialmente com o próprio país, a Nambíbia (823 quilômetros quadrados), tomado em grande parte por areias escaldantes e dunas com até 300 metros de altura. Ali, em 1908, um ferroviário alemão descobriu diamante à flor da terra, algo inexplicável na época, pois diamantes só podem ser localizados em rochas, que, no caso, estariam soterradas por milhões de toneladas de areia. Posteriormente, geólogos tentariam explicar as razões ecológicas desse fato paradoxal. Duas teorias tentam explicar o inexplicável: o aparecimento de diamantes à flor da terra em um deserto. A primeira tentativa foi feita pelo geólogo Ernst Reuning, que trabalhou no local. Segundo ele, as pedras se concentravam no leito do Rio Orange, ao sul, e daí chegavam ao mar para serrem levadas ao norte, e ao deserto, pela forte corrente de Benguela. De acordo com outros geólogos, há milhões de anos, um enorme depósito de minerais teria erodido acima do Orange. Nesse brilhante e remoto passado, ventos empurraram os diamantes (e as areias) para o norte, a duzentos quilômetros de sua origem. A corrida dos diamantes: Dezenas de esqueletos de navios que levavam mantimentos para os garimpeiros de diamantes, podem ser encontrados nas areias do Deserto de Nambib. Traídas pelos nevoeiros, as embarcações ficaram presas em dunas gigantescas. Ruas movimentadas, bares e até cassinos ficaram submersos pelas areias. Hoje, os diamantes são encontrados só na sua verdadeira origem, a duzentos quilômetros ao sul.

NASA. A NASA (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration; Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço), também conhecida como Agência Espacial Americana, é uma agência do Governo dos Estados Unidos da América, responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Sua missão oficial é "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial". A NASA foi criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o NACA - National Advisory Committee for Aeronautics (Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica). A NASA foi responsável pelo envio do homem à Lua e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. Atualmente ela trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, com a Agência Espacial Federal Russa e com mais alguns países da Ásia e do mundo todo para a criação da Estação Espacial Internacional. A NASA também tem desenvolvido vários programas com satélites e com sondas de pesquisa espacial que viajaram até outros planetas e até, alguns deles, se preparam para sair do nosso sistema solar, sendo a próxima grande meta, que tem atraído a atenção de todos, uma viagem tripulada até o planeta Marte, nosso vizinho. A ciência da NASA está focada em uma melhor compreensão da Terra através do Earth Observing System, na promoção da heliofísica através do trabalho do Heliophysics Research Program, na exploração do sistema solar com missões robóticas avançadas, tais como New Horizons, e na pesquisa astrofísica, aprofundando-se em tópicos como o Big Bang com o auxílio de grandes observatórios. Muitas das denúncias que revelam agressões ambientais do planeta são feitas hoje a partir do serviço de sensoreamento remoto (fogografias feitas por satélites) realizado pela NASA e, no Brasil, pelo INPE (Instituto Nacional de Pesqusas Espaciais).

Natalidade. Assim como a taxa de mortalidade, é um imortante instrumental para o estudo das populações e da Ecologia. O cálculo é feito da mesma maneira: toma-se um grupo de mil indivíduos num período de doze meses e identifica-se o número de nascimentos ocorridos – assim teremos a taxa de natalidade daquela população, que pode servir, inclusive, de amostragem. Atualmente, nos países industrializados, a taxa de natalidade está equilibrada entre quinze e vinte nascimentos por mil habitantes, com a taxa de mortalidade infantil inferior a vinte por mil, o que conduz a uma espécie de estagnação demográfica. Na Itália, por exemplo, o crescimento demográfico já entrou em índices negativos. Em países da Ásia ou da América Latina, o crescimento já aumenta para 30 a 45 nascimentos para cada mil indivíduos, embora a taxa de mortalidade infantil seja mais alta.

Nativos. Que é natural; congênito, Diz-se dos metais e não-metais encontrados em estado de elemento na natureza. Diz-se de espécie animal originária de determinada região ou que, há muito tempo, nela habita. Cada uma das plantas dotadas de raízes-escoras que aí vegetam.

Natureza. Segundo Buarque de Holanda, natureza pode ser definida como: 1. Todos os seres que constituem o Universo. 2. Força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo quanto existe. 3. A condição do homem anteriormente à civilização. 4. Filos. Conjunto do que se produz no Universo independentemente de intervenção refletida ou consciente. Pode-se considerar natureza ou parte dela, ambientes cuja construção ou componentes não foram determinados pelo ser humano. É composta pelos componentes físicos do meio (componentes abióticos) e os seres vivos (componentes bióticos), formando as paisagens. O conceito “natureza” deve introduzir a idéia de “não domínio”, não criação pelo ser humano. Porém a interferência humana ocorre nos ambientes naturais pela eliminação de plantas por corte, uso de fogo, introdução de espécies de plantas e animais, implantação de áreas para atividades agropecuárias, recomposição da vegetação, implantação de maciços florestais para exploração e criação de “áreas verdes” urbanas com a arborização das vias públicas, jardins, parques e praças. Discussões como “uma floresta plantada é ou não parte da natureza”, “um jardim é ou não natureza”, são questões menos importantes. É importante considerar que: 1) O ser humano é parte integrante da natureza 2) É a única espécie que pode interferir, alterando rápida e drasticamente a natureza 3) Essa interferência irá determinar o fluxo de energia e materiais nos ecossistemas, 4) Como conseqüência serão determinadas a fisionomia das paisagens e as espécies que sobreviverão à sua interferência, 5) Todas as alterações, têm como última conseqüência, sua qualidade de vida e, até mesmo, sua própria sobrevivência.

Neolítico. Na pré-história europeia, portanto, não se aplicado à pré-história americana (incluindo o Brasil), Neolítico (pedra nova) ou Período da Pedra Polida é o nome do período que vai de aproximadamente do décimo milênio a.C., com o início da sedentarização e surgimento da agricultura, ao terceiro milênio a.C., dando lugar a Idade dos Metais. As primeiras aldeias são criadas próximas a rios, de modo a usufruir da terra fértil (onde eram colocadas sementes para plantio) e água para homens e animais. Também nesse período começa a domesticação de animais (cabra, boi, cão, dromedário, etc). O trabalho passa a ser dividido entre homens e mulheres, os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as mulheres plantam, colhem e educam os filhos. A disponibilidade de alimento permite também às populações um aumento do tempo de lazer e a necessidade de armazenar os alimentos e as sementes para cultivo leva à criação de peças de cerâmica, que vão gradualmente ganhando fins decorativos. Surge também o comércio, o dinheiro, que facilita a troca de materiais, e que era, na época, representado por sementes. Estas sementes, diferenciadas umas das outras, representam cada tipo, cada valor. Uma aldeia, ao produzir mais do que o necessário e, para não perder grande parte da produção que não iria ser utilizada, troca o excesso por peças de artesanato, roupas e outras utensílios com outras aldeias. Neste momento deixam de usar peles de animais como vestimenta, que dificultam a caça e muitas outras atividades pelo seu peso, e passam a usar roupas de tecido de lã, linho e algodão, mais confortáveis e leves. Revolução Neolítica: Essas mudanças de comportamento foram consideradas tão importantes que o arqueólogo Gordon Childe designou este momento de Revolução Neolítica, ou Revolução agrária, fator decisivo para a sobrevivência dos povos nesse período. A Revolução Neolítica durou por volta de 10.000 anos, e seus principais pontos são: A crosta terrestre aquece, aumentando o nível dos mares e resultando em alterações climáticas; Formam-se grandes rios e desertos, além de florestas temperadas e tropicais; Animais de grande porte desaparecem e dão origem à fauna que conhecemos hoje; A vida vegetal modifica-se, favorecendo a sobrevivência humana; Dão-se grandes conquistas técnicas do homem que, aliadas às transformações do ambiente, permitem ao ser humano controlar gradativamente a natureza; O homem aprende aos poucos a reproduzir plantas, domesticar animais e estocar alimentos; A agricultura e a domesticação de animais favorecem um sensível aumento populacional em algumas regiões; Ampliam-se as conquistas técnicas, como a produção de cerâmica; Os povos aprendem aos poucos como se organizar e trabalhar em sistemas cooperativos. Os estudiosos acreditam que como o homem da Idade da Pedra não conhecia a escrita, ele gravava desenhos nas paredes das cavernas, que utilizava como meio de comunicação. O Neolítico, pelo fato de ter sido o último período pré-histórico, terminou com o surgimento da escrita. A transição do Neolítico para a Idade dos Metais (Idade do Bronze e Idade do Ferro) caracterizou a transição da Pré-História para a Histórian.

Necto/Plancto. Os ecossistemas pelágicos (que se referem a grandes massas de águas marítimas) podem ser divididos em dois mundos diferentes: o necto e plancto. No necto vivem vários tipos de peixes (de sardinhas a tubarões) e os grandes mamíferos, como as baleias e os golfinhos. Os seus habitantes tem controle cerebral dos seus movimentos, algo que parece muito simples, mas que é o que exatamente os diferencia dos microscópicos animais do mundo do plancto. Ali, zooplânctons e fitoplânctons se movimentam ao sabor das correntes. Os plânctons, os animais característicos do mundo do plancto, são seres invisíveis a olho nu, que se movimentam em migrações verticais, de até mil metros – de dia, afastam-se da luz solar, mergulhando nas profundezas oceânicas, enquanto à noite migram para a superfície das águas à procura de alimento. Plânctons fosforescentes podem ser vistos à noite nas espumas do mar em algumas praias do litoral. Os fitoplânctons são como minúsculas algas, responsáveis pela maior captura da energia solar do planeta, realizando a fotossíntese. áia, afastam-se da luz solar, mergulhando nas profundezas ocemuito simples,xa de mortalidade infantil inferior a vinte por mil, , en.

Nécton. "Conjunto de organismos aquáticos que flutuam apenas graças aos próprios movimentos: peixes, moluscos, cetáceos" (Lemaire & Lemaire, 1975).

Nerítico. "Zona de água do mar que cobre a plataforma continental" (Odum, 1972). "Região nerítica é aquela que se estende desde a zona intertidal até a isóbata de duzentos metros (...) Sedimentação nerítica é o material relativamente grosseiro, terrígeno, que se acumula junto à costa" (Guerra, 1978).

Nêuston. Organísmos minúsculos que flutuam na camada superficial da água. "Comunidade aquática formada por organismos, animais e vegetais errantes, que vivem na interface ar-água" (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Neve. A neve é o resultado do congelamento da água das nuvens. Em altas camadas da atmosfera, em temperaturas próximas ao congelamento, as gotículas de água que comumente formam as nuvens se transformam em cristais de gelo, que colidem ou se agrupam entre si. Quando caem, os cristais de gelo formam flocos de neve – o maior floco já registrado pesava 765 quilos e caiu no Kansas (EUA). Quando a temperatura da superfície terrestre é muito baixa, a neve não derrete, como acontece nos Alpes europeus durante o inverno.

Névoa. "Estado de obscuridade atmosférica produzido por gotículas de água em suspensão; a visibilidade excede um, mas é menor que dois quilômetros (...) Gotículas líquidas menores que dez micra de diâmetro e geradas por condensação" (Lund, 1971).

Nicho Ecológico. Enquanto o hábitat é o endereço de determinada espécie, o nicho ecológico refere-se ao seu modo de vida nesse espaço. De acordo com o ecólogo (Charles Elton, que definiu esse conceito ecológico na década de 20, o nicho ecológico seria o conjunto de relaçõe e atividades de cada espécie ou, em resumo, a maneira como ela explora o seu hábitat. O nicho engloba hábitos alimentares, moradia, inimigos naturais, estratégias de sobrevivência, localização numa cadeia alimentar, aspectos característicos reprodutivos e comportamentos típicos, como a relação com a sua prole. Portanto, o nicho ecológico engloba não só o espaço ocupado no hábitat como todo o seu papel funcional numa comunidade. "Inclui não apenas o espaço físico ocupado por um organismo, mas também seu papel funcional na comunidade (como, por exemplo, sua posição na cadeia trófica) e sua posição nos gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência... O nicho ecológico de um organismo depende não só de onde vive, mas também do que faz (como transforma energia, como se comporta e reage ao meio físico e biótico e como o transforma) e de como é coagido por outras espécies" (Odum, 1972). "O lugar de uma espécie na comunidade, em relação às outras espécies, o papel que desempenha um organismo no funcionamento de um sistema natural" (Goodland, 1975). (ver também HÁBITAT).

Ninheiras. Em controle de vetores "Buracos escavados pelos roedores para abrigo e ninho" (FEEMA/PRONOL IT 1038).

Nilo, Rio. O Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e desagua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3.349.000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Egito. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6 852 15 km. É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão. Até 2008, era considerado o maior rio do mundo, perdendo o posto para o Rio Amazonas, que é 140 km mais extenso. Para alguns autores a palavra Nilo pode estar relacionada com a raiz semítica "nahal", que significa vale. Em língua árabe e hebraico, duas línguas semíticas, rio diz-se nahrun e nehar respectivamente. Contudo, duas outras línguas semíticas, o aramaico e a língua ge'ez usam palavras pouco semelhantes a "nahal" para se referirem a um rio (felege e wonz). Independente das incertezas, a palavra Nilo deriva do latim Nilus que por sua vez deriva do grego Neilos. Os antigos Egípcios chamavam ao Nilo Aur ou Ar o que significa "negro", numa alusão à terra negra trazida pelo rio por altura das cheias. Tradicionalmente considera-se que o rio Nilo nasce no Lago Vitória. O Delta do Nilo é uma região plana com uma forma triangular, apresentando 160 km de comprimento e 250 km de largura. No Delta o Nilo bifurca-se em dois canais que levam as suas águas para o Mediterrâneo: a oeste, o canal de Roseta, e, a leste, o de Damieta.

Nitratos/Nitritos. A maioria dos seres vivos não consegue utilizar o nitrogênio presente na atmosfera, apresentados sob a forma de gás. Somente alguns microorganismos do reino monera, como certas bactérias e cianobactérias (algas azul-esverdeadas), são capazes de fixar o nitrogênio nas suas moléculas orgânicas, liberando esse elemento em forma de amônia. Outro grupo de bactérias, as nitrificantes, transforma essa amônia em nitritos (ação realizada pelas bactérias conhecidas como nitrosonomas) e nitratos (ação das bactérias do gênero Ntrobacter, que transformam, por sua vez, o nitrito produzido pelos nitrosonomas). Os nitratos são vitais para as plantas, passando a fazer parte do ácido nucléico e das suas moléculas. Quando se alimentam das moléculas vegetais, os carnívoros utilizam o nitrogênio para a constituição das moléculas aimais.

Nitrificação. "Conversão de amônia em nitratos, por bactérias aeróbias, passando por nitritos como etapa intermediária" (ABNT, 1973). "Oxidação do nitrogênio orgânico e amoniacal (nitrogênio kjeldahl) presente nas águas poluídas, em nitrito por bactérias nitrosomonas e, em seguida, em nitratos por nitrobactérias" (Lemaire & Lemaire, 1975).

Nitrobactérias. "Bactéria autotrófica e quimiossintetizante, que oxida nitrito a nitrato, para obtenção da energia necessária à síntese de alimento orgânico" (Carvalho, 1981).

Nitrossomas. Bactérias importantes no fenômeno de nitrozação.

Nogueira-Neto, Paulo. Sua tese de doutoramento em História Natural sobre a arquitetura das colmeias das abelhas – numa abordagem acadêmica pouco comum na época (1963) – já mostrava o espírito empreendedor e criativo de um dos homens que mais influíram no meio ambiente no Brasil. Foi criador e presidente da Secretaria Especial do Meio Ambiente, que estabeleceu 26 reservas e estações ecológicas no país, num total de 3,2 milhões de hectares. Também foi o fundador do Departamento de Ecologia Geral do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, onde lecionou por bastante tempo. Paulo Nogueira-Neto, nascido em 1922, foi eleito, em Paris, por dois mandatos como vice-presidente (e um como presidente) do programa O Homem e a Biosfera da Unesco, e delegado da Comissão Bruntland das Nações Unidas. Recebeu, entre outros, o prêmio Duke of Edinburh, da WWF Internacional, e o Paul Getty, a maior láurea da área de conservação da natureza.

Noruega. A Noruega (bokmål: Norge; nynorsk Noreg), oficialmente Reino da Noruega, é um país nórdico da Europa setentrional que ocupa a parte ocidental da Península Escandinava, a ilha de Jan Mayen e o arquipélago ártico de Svalbard, através do Tratado de Svalbard. A parte continental do país divide fronteira a leste com a Suécia e ao norte com a Finlândia e a Rússia. O Reino Unido e as Ilhas Faroe estão a oeste, através do Mar do Norte, a Islândia e a Groenlândia estão a oeste, através do mar da Noruega, e a Dinamarca fica próxima ao extremo sul do país, através do estreito de Skagerrak. A Ilha Bouvet e a Ilha de Pedro I são territórios dependentes (norueguês: Biland) da Noruega, mas não são considerados parte do Reino. A Noruega também reivindica uma parte da Antártida conhecida como Terra da Rainha Maud, uma reivindicação que foi reconhecida pela Austrália, França, Nova Zelândia e Reino Unido. A extensa linha costeira da Noruega, de frente para o Oceano Atlântico Norte e para o Mar de Barents, é a casa de seus famosos fiordes. A Noruega mantém o modelo social escandinavo baseado na saúde universal, no ensino superior subsidiado e em um regime abrangente de previdência social. A Noruega foi classificada como o melhor país do mundo em desenvolvimento humano em todos os relatórios desde 2001 (com dados referentes entre 1999 e 2010).Em 2009, o país foi novamente classificado pela ONU como o melhor país do mundo para se viver. A Noruega também foi avaliada como o país mais pacífico do mundo em uma pesquisa realizada em 2007 pelo Índice Global da Paz. Apesar de ter rejeitado a adesão à União Europeia em dois referendos, a Noruega mantém laços estreitos com a UE e com seus países membros, bem como com os Estados Unidos. O país é considerado um participante de destaque na diplomacia e na cooperação internacional, tendo sido profundamente envolvido nos fracassados Acordos de Oslo e nas negociações de uma trégua entre o governo do Sri Lanka e os Tigres Tamil. A Noruega continua a ser um dos maiores contribuintes financeiros da Organização das Nações Unidase participa com as forças da ONU em missões internacionais, como no Afeganistão, Kosovo e Darfur. Um estado unitário com subdivisões administrativas em dois níveis conhecidos como condados (fylker) e comunas (kommuner), a Noruega é uma monarquia constitucional hereditária e uma democracia parlamentar, com o Rei Harald V como seu Chefe de Estado. O povo Sami tem uma certa dose de auto-determinação e influência sobre seus territórios tradicionais, através do Parlamento Sámi e da Lei Finnmark. A Noruega é um dos membros fundadores da ONU, da OTAN (ou NATO), do Conselho da Europa e do Conselho Nórdico, além de ser membro do Espaço Econômico Europeu, da OMC e da OCDE. Possui uma área de 385 199 km², uma parte da qual se distribui por mais de 150 mil ilhas. Na área continental, predomina a paisagem de montanhas, platôs e fiordes. A Noruega possui uma fronteira territorial de 2.542 km, sendo 1,619 km com a Suécia ao leste, 727 km com a Finlândia ao nordeste e 196 km com a Rússia no extremo norte. Ao sul a Noruega se separa da Dinamarca pelo estreito de Skagerrak. A extensão aproximada do país, de norte a sul, é de 1.700 quilômetros. O terreno glacial é formado em maior parte por platôs altos e montanhas ásperas, através dos quais aparecem vales férteis; possui pequenas e irregulares planícies, a linha costeira bastante recortada por fiordes e tundra ao norte.

Nova Era. Se fosse possível escolher uma data para o nascimento da Nova Era, ela estaria, sem dúvida, em algum período da década de 70, como um subproduto do movimento hippie/pacifista. Uma época de mudanças radicais – o mundo via a si mesmo, pela primeira vez, como um único planeta. “O impacto da imagem da Terra como uma jóia de mármore azul no infinito calou fundo na psique da humanidade”, comentou o mitólogo Joseph Campbell. As fronteiras entre o Oriente e o Ocidente perderam o sentido. A influência oriental se traduziu pela introdução de novas filosofias e técnicas transcedentais (como a meditação), de terapias holísticas (acumputura, ayurvédoca) ou antes, marciais. Antigas tradições (como a astrologia) foram recuperadas e grupos exotéricos formados. A Ecologia se alicerçou como expressão de pensamento e atuação política. Dessa fusão de contrastes, e com o acréscimo de alguns exageros, nasceu a Nova Era.

Nova Guiné. É uma ilha no sudoeste do Oceano Pacífico, a leste do arquipélago malaio, com o qual por vezes é incluída, formando o arquipélago indo-australiano. É a segunda maior ilha do mundo, com uma área de 786.000 quilômetros quadrados, pertence geologicamente, junto com a Austrália, ao continente de Sahul, também conhecido como Grande Austrália. As duas massas de terra se separaram quando a região conhecida hoje em dia como estreito de Torres foi inundada, após o último período glacial. Antropologicamente, é considerada parte da Melanésia. Politicamente, a metade ocidental da ilha é conhecida como Papua Ocidental, dividida em duas províncias da Indonésia, enquanto a parte oriental forma a maior parte da Papua-Nova Guiné. Tem uma população de cerca de 7,6 milhões de habitantes, com uma consequente densidade populacional baixa, de 8 hab.A nova Guiné foi descoberta pelo conde espanhol eduardo Aguiar. A Nova Guiné se diferencia da Austrália, seu vizinho meridional mais seco, mais plano, e menos fértil por sua geologia vulcânica ativa, com seu ponto mais alto, Puncak Jaya, atingindo uma altitude de 4.884 metros. As duas massas de terra, no entanto, partilham uma mesma fauna, com a presença ostensiva de marsupiais, incluindo wallabies e gambás, além do célebre monotremado (mamífero ovíparo, a équidna. Além de morcegos e de cerca de duas dúzias de gêneros indígenas de roedores, não existe na ilha qualquer outro animal placentário anterior à chegada dos humanos. Porcos, diversas espécies de ratos e o ancestral do cão-cantor-da-nova-guiné foram introduzidos posteriormente à colonização humana. A antropóloga Margaret Mead celebrizou o território no campo científico ao realizar uma investigação sobre a construção sócio-cultural do género nas tribos Arapesh, Mundugumor e Tchambuli. A ilha é banhada a sul pelo estreito de Torres e mar de Arafura, que a separam do continente australiano, a leste pelo mar de Salomão e mar de Bismarck e a norte pelo Oceano Pacífico. O seu extremo noroeste é formado por uma grande península denominada Península da Cabeça de Pássaro, que remata a enorme Baía Cenderawasih. Em seu interior, cortando-a de leste a oeste, erguem-se os Montes Maoke e suas subdivisões, onde localizam-se os pontos mais elevados da ilha, destacando-se a Pirâmide Carstensz e seus 4.884 metros (ponto culminante da Indonésia). Destacam-se também o Puncak Trikora com 4.750 m. (também em Irian Jaya) e o Monte Wilhelm com 4.505 m. em Papua-Nova Guiné (ponto mais elevado desse país e da Oceania), entre outras montanhas relevantes e muitos vulcões, frutos de uma atividade tectônica marcante do movimento constante das placas continentais. Essa ilha integra dois continentes, a Ásia e a Oceania. A parte oeste da ilha compõe o território da Indonésia, um país asiático. Já a parte leste forma a Papua-Nova Guiné, que integra a Oceania. Do ponto de vista cultural, toda a ilha da Nova Guiné deveria ser considerada parte da Oceania, devido aos laços culturais entre os povos das ilhas desse continente. Tem uma área de cerca de 829 200 km², o que faz dela uma das maiores ilhas do mundo, e uma população estimada em 5 200 000 habitantes.

Nova Ordem Mundial. As duas conferências realizadas pelas Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (a de Estocolmo e a Eco-92) foram taxativas: o mundo precisava, urgentemente, de uma nova ordem econômica mundial – baseada em novas primissas e novos modelos – que gerasse um fluxo maior de recuros entre os países ricos e pobres sem provocar danos ambientais. Os países do Hemisfério Norte, que alicerçaram sua industrialização e agricultura sobre modelos econômicos predatórios, defendem, agora, um discurso de defesa do meio ambiente, enquanto os países do Hemisfério Sul reivindicam a exploração dos seus recursos naturais. A única alternativa que alicerçaria essa nova ordem seria a do desenvolvimento sustentável. A luta contra as patentes: O problema das patentes de remédios oriundos das florestas tropicais exemplifica bem a luta por uma nova ordem econômica mundial.

Nova Zelândia. A Nova Zelândia (em inglês New Zealand, em maori Aotearoa) é um país insular no sudoeste do Oceano Pacífico formado por duas massas de terra principais (comumente chamadas de Ilha do Norte e Ilha do Sul) e por numerosas ilhas menores, sendo as mais notáveis as ilhas Stewart e Chatham. O nome indígena na língua maori para a Nova Zelândia é Aotearoa, normalmente traduzido como "A Terra da Grande Nuvem Branca". Os Domínios da Nova Zelândia também incluem as Ilhas Cook e Niue (que se auto-governam mas em associação livre); Tokelau; e a Dependência de Ross (reivindicação territorial da Nova Zelândia na Antártida). A Nova Zelândia é notável por seu isolamento geográfico: está situada a cerca de 2000 km a sudeste da Austrália, separados através do mar da Tasmânia e os seus vizinhos mais próximos ao norte são a Nova Caledônia, Fiji e Tonga. Devido ao seu isolamento, a Nova Zelândia desenvolveu uma fauna distinta dominada por pássaros, alguns dos quais foram extintos após a chegada dos seres humanos e dos mamíferos introduzidos por eles. A maioria da população da Nova Zelândia é de ascendência européia, os nativos māoris são minoria. Asiáticos e polinésios não-māori também são grupos de minoria significativa, especialmente em áreas urbanas. A língua mais falada é o inglês. A Nova Zelândia é um país desenvolvido que se posiciona muito bem em comparações internacionais sobre o desenvolvimento humano (o terceiro no mundo), qualidade de vida, esperança de vida, alfabetização, educação pública, paz, prosperidade, liberdade econômica, facilidade de fazer negócios, falta de corrupção, liberdade de imprensa e proteção das liberdades civis e dos direitos políticos. Suas cidades também são consideradas as mais habitáveis do mundo. Isabel II, como rainha da Nova Zelândia e de outros quinze países da comunidade britânica, é a chefe de estado do país e é representada por um governador-geral cerimonial, que detém poderes de reserva.[ A rainha não tem nenhuma influência política substancial e sua posição é essencialmente simbólica. O poder político é mantido pelo parlamento da Nova Zelândia, sob a liderança do primeiro-ministro, que é o chefe de governo do país.

Nuclear, Usina. A energia nuclear resulta da quebra (fissão) de átomos pesados (urânio, plutônio) ou da união (fusão) de átomos leves (hidrogênio, hélio). Pode ser liberada brutalmente em bombas atômicas ou controladas dentro das centrais nucleares. Teoricamente, uma usina é um sistema fechado – não deveriam haver vazamentos ou emissões de radiação em uma usina em bom funcionamento. A realidade é que existe sempre o risco de que isso aconteça. Chernobyl (na Ucrânia) e Three Miles Island (nos Estados Unidos) atestam que os sistemas de segurança das centrais nucleares estão longe de ser perfeitos.

Nucléico, Ácido. Os seres vivos sobre a Terra são estruturados a partir de um “pacote de informações” presente no ácido nucléico. Existem dois tipos de ácido nucléico: o DNA, que contém a informação genética, e o RNA, que a transmite durante o processo de formação das moléculas que compõem as proteínas. O DNA, ou ácido desoxirribonucléico, pode conter milhões de átomos e se estruturar numa hélice dupla unida por elementos químicos. A sequência exata desses elementos formam a informação genética que provocará as diferenças num ser vivo.

Núcleo Urbano, Cidade, povoado: conjunto unitário de uma área urbana, em relação ao território. Cada um dos assentamentos de caráter urbano, de diversas características, que integram o sistema urbano de um determinado território.

Nutrientes, Qualquer elemento ou composto químico necessário para o metabolismo de um organismo vivo.

Nuvem. Quando o sol esquenta a terra, uma camada de ar quente se forma ao solo. Essa camada tem a tendência de elevar-se e, à medida que sobe, a umidade nela presente se condensa, formando uma nuvem. Existem três níveis de nuvens: as mais altas são classificadas de cirros, as de nível médio recebem o prefixo de “alto” (alto-cúmulo, alto-estrato) e as mais baixas são denominadas de estratos. É possível reconhecê-las no céu. As mais altas (a 12 mil metros do solo), em forma de fiapos de nuvens, são os cirros. Os cirros-cúmulos são também esparsos, mas arredondados. Os cúmulos-nimbos são as pesadas nuvens cor-de-chumbo carregadas de chuva, um eterno desafio aos pilotos de avião. Os altos-cúmulos são as nuvens que parecem flocos de algodão-doce; e os altos-estratos são camadas achatadas de nuvens cinza ou brancas. Os estatos-cúmulos compõem a camada que fica acima dos cúmulos, que são nuvens macias e brancas. Os estratos-nimbos são nuvens de chuvas baixas (2 mil metros) e os estratos camadas achatadas. Veja algumas fotos minhas!

Oásis. Zona característica situada ao redor de um ponto de água do deserno ou em profundas depressões do terreno que acabam revelando os lençóis freáticos. Mesmo em desertos escaldantes, como o Saara, pode ser visto esse tipo característico de biótipo, encontrado também em planícies de inundação de certos cursos de água. As aves migratórias eurosiberianas usam os oásis dos desertos como ponto de pouso. As zonas da Antártida não recobertas de gelo, mas por rochas e línquens, são também chamadas de oásis. Palmeiras e tamareiras fazem parte da vegetação típicas dos oásis. Alguns deles podem espalhar por uma grande área e abrigar uma população fixa, além dos nômades que normalmente o procuram. A água do oásis pode ser proveniente de regiões que estão a 800 quilômetros de distância.

Ocupação do solo. "Ação ou efeito de ocupar o solo, tomando posse física do mesmo, para desenvolver uma determinada atividade produtiva ou de qualquer índole, relacionada com a existência concreta de um grupo social, no tempo e no espaço geográfico." (SAHOP, 1978).

Odor. "Concentração de um gás perceptível pelo aparelho olfativo do homem (...)" (Lemaire & Lemaire, 1975). "Uma das características dos esgotos. Permite diferenciar os esgotos recentes, de cheiro desagradável, mas fraco, de esgotos velhos com emanações de metano e gás sulfídrico." (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).

Okavango, Delta do. O Delta do Okavango é o maior oásis do mundo. Em pleno Deserto de Kalahari, as águas do Rio Okavango (chamado de Cubango quando atravessa as montanhas de Angola, onde nasce), em vez de seguir para o Atlântico, tentam dirigir-se para o Índico, que está a mais de três mil quilômetros de distância. No ímpeto de seguir viagem e encontrando as areias do deserto, o rio espraia-se em inúmeros canais, que nas imagens de satélite são vistos como dedos de uma mão. É nesse “arquipélago” em terra firme – que se estende por 10.540 quilômetros quadrados – que muitos animais selvagens procuram água e comida. Durante as cheias, capim e arbustos nascem para a alegria das zebras, antílopes, elefantes e búfalos e milhares de aves, como as cegonhas e flamingos, que gostam de viver com os pés encharcados de água.

Olho D'água. Nascente. "Local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol freático" (Resolução nº 04, de 18.09.85, do CONAMA). "Designação dada aos locais onde se verifica o aparecimento de uma fonte ou mina d'água. As áreas onde aparecem olhos-d'água são, geralmente, planas e brejosas." (Guerra, 1978).

Oligoelementos. É uma palavra muito comum em bulas de vitaminas, exatamente porque esses elementos químicos exercem uma função biológica definida e importante, cujo excesso ou carência podem causar sérias conseqüências. O zinco, por exemplo, desempenha um papel vital na secreção da insulina; o magnésio, no equilíbrio nervoso; e o cobre, nos metabolismos celulares. Os oligoelementos são úteis a outros seres vivos e essenciais na agricultura – o boro é importante para a beterraba, o manganês para os cereais e o cobre para as pastagens em climas muito úmidos, como acontece em certas regiões do Brasil. a margem que separa o nível de eficiência do nível de toxicidade dos oligoelementos é muito estreita – por isso o excesso deve ser evitado. O cobalto, o níquel e o molibdênio também são considerados oligoelementos.

Oligotrófico. "Ambiente em que há pouca quantidade de compostos de elementos nutritivos de plantas e animais. Especialmente usado para corpos d'água em que há pequeno suprimento de nutrientes e daí uma pequena produção orgânica" (ACIESP, 1980). "Diz-se dos lagos que possuem um baixo teor de substâncias nutrientes básicas para vegetais e onde falta uma estratificação nítida no que diz respeito ao oxigênio dissolvido, no verão e no inverno." (Carvalho, 1981).

Oliveira Costa. José Pedro de. O arquiteto José Pedro de Oliveira Costa foi Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. É mestre em Planejamento Ambiental pela Universidade da Califórnia (Berkeley-USA) e doutor pela Universidade de São Paulo, onde é professor. Exerce pela segunda vez a presidência do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É membro do Conselho da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN) e da Fundação SOS Mata Atlântica. Foi coordenador do Programa Ambiental do Instituto Latinoamericano, consultor e representante da América Latina na União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), assessor ambiental na Secretaria do Planejamento do Estado de São Paulo, representante dos estados de São Paulo e do Paraná na Secretaria Nacional do Meio Ambiente, secretário executivo do Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (Consema) e coordenador do Consórcio Mata Atlântica. Participou da comissão que definiu diversos programas de meio ambiente dos governos federal e do estado de São Paulo. É o propositor e viabilizador de diversas áreas protegidas, entre elas o Parque Estadual da Serra do Mar e a Estação Ecológica da Juréia, as Áreas de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira e de Cananéia-Iguape-Peruíbe e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É também um dos co-autores da proposta original do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

OMS. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça. A directora-geral é, desde novembro de 2006, a chinesa Margaret Chan. A OMS tem suas origens nas guerras do fim do século XIX (México, Crimeia). Após a Primeira Guerra Mundial, a SDN criou seu comitê de higiene, que foi o embrião da OMS. Segundo sua constituição, a OMS tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos. A saúde sendo definida nesse mesmo documento como um “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade.” O Brasil tem participação fundamental na história da Organização Mundial da Saúde, criada pela ONU para elevar os padrões mundiais de saúde. A proposta de criação da OMS foi de autoria dos delegados do Brasil, que propuseram o estabelecimento de um "organismo internacional de saúde pública de alcance mundial". Desde então, Brasil e a OMS desenvolvem intensa cooperação. A Constituição da OMS afirma que seu objetivo "é a realização para todas as pessoas do mais alto nível possível de saúde." A bandeira possui o Bordão de Asclépio como um símbolo para a cura. A Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma das agências originais das Nações Unidas, sendo que sua constituição formal entrou em vigor no primeiro Dia Mundial da Saúde, (7 de abril de 1948), quando foi ratificada pelo 26º Estado-Membro. Jawaharlal Nehru, um grande lutador pela liberdade da Índia, deu um parecer para começar a OMS. Antes dessas operações, bem como as restantes atividades da Organização Mundial de Saúde da Liga das Nações, estavam sob o controle de uma Comissão Provisória após uma Conferência Internacional de Saúde no verão de 1946. A transferência foi autorizada por uma resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas. O serviço epidemiológico dos franceses da Office International d'Hygiène Publique foi incorporado à Comissão Interina da Organização Mundial de Saúde em 1 de janeiro de 1947. Veja mais

Onda de cheia. "Elevação do nível das águas de um rio até o pico e subseqüente recessão, causada por um período de precipitação, fusão das neves, ruptura da barragem ou liberação de água por central elétrica." (DNAEE, 1976). "Conjunto constituído por uma fase de enchente e subseqüente fase de vazante" (ACIESP, 1980).

Ondas. O movimento das águas em forma de ondas é um dos mais bonitos e ilusórios fenômenos da natureza. As ondulações (swell, em inglês, como são conhecidas as ondas mais comuns) são provocadas pela ação do vento sobre a superfície das águas, que, na verdade, não saem do mesmo lugar ou, então, se movem pouquíssimo. A Oceanografia costuma classificar as ondas em diversos tipos, de acordo com o vento que as produzem. Para a ciência, até mesmo as marés são consideradas um tipo de ondas, provocadas pela ação gravitacional do Sol e da Lua. Ondas com vinte ou trinta metros de altura, as terríveis tsunamis, são causadas por distúrbios sísmicos no fundo do mar. Elas acompanham os maremotos, que causam morte e destruição em muitas ilhas do Oceano Pacífico, principalmente no Havaí e na Polinésia. As ondas grandes e com farturas de tubos, perfeitas para os surfistas, acontecem quando a topografia do fundo do mar é formada por pedras e corais. Já o chão de areia “engrossa” as ondas com suas partículas.

ONGs. As Organizações Não Governamentais atualmente significam um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania. Porém seu conceito não é pacífico na doutrina, e com muitas divergências. Fazem parte do chamado Terceiro setor. Existem estudos universitários em forma de teses acadêmicas, que querem estabelecer um "Quarto setor", para essas instituições, no Brasil. Pois fogem das características atuais e próprias dos três primeiros setores. Todavia e isso determina um estudo político mais profundo, sociológico, sobre tal assunto e sua regulamentação, a nível de Estado, sejam suas representatividades: "política" ( como "instituição", "partido - social", "Clube", "agremiação social"), ou seja, a sua real e pertinente representatividade, desses atuais agrupamentos, de mais de três indivíduos (que classificam os chamados Clubes) e sua responsabilidade, mediante à Lei, o que é Constitucional. Essas organizações, quando sérias, podem complementar o trabalho do Estado, realizando "ações onde ele não consegue chegar (!? ... )", podendo receber financiamentos e doações dele, e também de entidades privadas, para tal fim. Atualmente estudiosos têm defendido o uso da terminologia organizações da sociedade civil para designar tais instituições. É importante ressaltar que ONG não tem valor jurídico. No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil compõem o terceiro setor: associações, fundações e organizações religiosas (que foram recentemente consideradas como uma terceira categoria).

ONU. Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas (NU), é uma organização internacional cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objetivo de deter guerras entre países e para fornecer uma plataforma para o diálogo. Ela contém várias organizações subsidiárias para realizar suas missões.Existem atualmente 193 estados-membros, incluindo quase todos os estados soberanos do mundo. De seus escritórios em todo o mundo, a ONU e suas agências especializadas decidem sobre questões dessubstantivas e administrativas em reuniões regulares ao longo do ano. A organização está dividida em instâncias administrativas, principalmente: a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e segurança); o Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social internacional e desenvolvimento); o Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU), o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal). Além de órgãos complementares de todas as outras agências do Sistema das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A figura mais publicamente visível da ONU é o Secretário-Geral, cargo ocupado desde 2007 por Ban Ki-moon, da Coreia do Sul. A organização é financiada por contribuições voluntárias dos seus Estados membros, e tem seis idiomas oficiais: Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Russo e Espanhol. 

Opinião Pública. Juntamente com as ONGs, é um dos grandes instrumentos de pressão do movimento ecológico. As ONGs, a partir de denúncias, procuram sensibilizar a imprensa e, com isso, a opinião pública, que passa a exigir providências por meio de seus representantes (partidos políticos, insituições). As ONGs também procuram o apoio da opinião pública para obter o financiamento necessário a seus projetos. Para sensibilizar a opinião pública, as ONGs mais bem estruturadas possuem um time afiado de assessores de imprensa.

Ordenamento Ambiental. Ordenação Ambiental. Também chamado ordenamento ecológico ou ordenação ecológica, é o processo de planejamento, formado por um conjunto de metas, diretrizes, ações e disposições coordenadas, destinado a organizar, em certo território, o uso dos recursos ambientais e outras atividades humanas, de modo a atender a objetivos políticos (ambientais, de desenvolvimento urbano, econômico etc.). Gallopin (1981) adota a denominação planejamento territorial ambiental para designar o planejamento ambiental com ênfase nos "aspectos localizáveis e representáveis espacialmente, levando em conta, porém a incidência de fatores não localizáveis" "O processo de planejamento, dirigido a avaliar e programar o uso do solo no território nacional, de acordo com suas características potenciais e de aptidão, tomando em conta os recursos naturais, as atividades econômicas e sociais e a distribuição da população, no marco de uma política de conservação e proteção dos sistemas ecológicos." (Lei Federal de Protección al Ambiente, dezembro de 1981, México).

Organoclorados. A maioria dos pesticidas faz parte dos organoclorados. Terrivelmente tóxicos, proibidos pela legislação de vários países, esses inseticidas são muito estáveis, podendo permanecer na terra por vários anos. Quando dispersos por meio da lixiviação do solo, pela ação da água da chuva, podem contaminar os rios, mares e regiões distantes dos locais onde foram aplicados. O DDT, a aldrina, a endrina, o lindano fazem parte do grupo de inseticidas organoclorados. A sua atuação tóxica concentra-se e amplia-se dentro das cadeias alimentares. As minhocas podem acumular no seu organismo uma taxa de até trinta vezes superior àquela ingerida. No Mar do Norte, o DDT e a dieldrina provocaram uma acentuada diminuição da fertilidade em peixes e focas.

Organofosforados. "Pesticidas orgânicos sintéticos, contendo, na sua molécula, átomos de carbono, hidrogênio e fósforo. Ex.: Paration e Malation." (Batalha, 1987).

Orla. "São as linhas traçadas em planta, definidoras das margens de um curso d'água ou lagoa e das respectivas faixas marginais de servidão, determinadas nos Projetos de Alinhamento de Rio (PAR), Projetos de Alinhamento de Lagoa (PAL) e Faixas Marginais de Proteção (FMP)." (Portaria SERLA nº 67 de 26.07 77).

Oxidação. Oxidação biológica ou bioquímica. "Processo pelo qual bactérias e outros microorganismos se alimentam de matéria orgânica e a decompõem. Dependem desse princípio a autodepuração dos cursos d'água e os processos de tratamento por lodo ativado e por filtro biológico." (The World Bank, 1978). "Processo em que organismos vivos, em presença ou não de oxigênio, através da respiração aeróbia ou anaeróbia, convertem matéria orgânica contida na água residuária em substâncias mais simples ou de forma mineral." (Carvalho, 1981). Oxidação total "É um processo de tratamento de águas residuárias no qual os lodos biológicos produzidos são transformados por auto-oxidação." (Carvalho, 1981).

Oxidantes Fotoquímicos. "São poluentes secundários formados pela ação da luz solar sobre os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos no ar. São os contribuidores primários na formação do smog (fublina) fotoquímico." (Braile, 1992).

Oxigênio. É o elemento mais abundante na face da Terra – existe no ar, ocupando 21% da atmosfera, nas águas doces e no mar. É produzido a partir da fotossíntese de fitoplânctons, algas e plantas, seus principais produtores. O oxigênio é necessário aos processos de combustão e é um elemento vital para a respiração e produção de energia da maioria dos seres vivos. O oxigênio se apresenta comumente na sua forma molecular O2 mas também pode ser formado por três moléculas (O3), na composição do ozônio, um tipo diferenciado de oxigênio.

Oxigênio consumido. "Quantidade de oxigênio necessário para oxidar a matéria orgânica e inorgânica numa determinada amostra" (ACIESP, 1980). Oxigênio dissolvido (OD) "Oxigênio dissolvido em água, água residuária ou outro líquido, geralmente expresso em miligramas por litro, partes por milhão ou percentagem de saturação" (ACIESP, 1980). "O oxigênio dissolvido é requerido para a respiração dos microorganismos aeróbios e de todas as outras formas de vida aeróbias. O oxigênio só é fracamente dissolvido em água. A quantidade de oxigênio dissolvido depende de: (1) solubilidade do gás: (2) pressão parcial do gás na atmosfera; (3) temperatura; (4) grau de pureza (salinidade, sólidos em suspensão etc.) da água. Como as reações bioquímicas que utilizam o oxigênio aumentam com o aumento da temperatura, os níveis de oxigênio dissolvido tendem a ser mais críticos no verão." (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).

Ozônio. É uma variedade de oxigênio composta por três átomos. Apresenta-se sob a forma de um gás azulado e de odor acre que ocorre naturalmente na atmosfera, formando uma camada de 22 quilômetros do solo que envolve a Terra. Esse “filtro” protege o planeta contra a ação direta dos raios solares, garantindo assim a vida na superfície terrestre. A destruição do ozônio pelos CFCs afeta a camada, que está diminuindo ao ritmo de 4% por década, aumentando a radiação dos raios UVA e UVB, responsáveis por dois tipos de câncer de pele mais comuns: os carcinomas baso e espinocelular. Calcula-se que 90 mil novos casos dessa doença tenham surgidos no Brasil nos últimos anos. O buraco na camada de ozônio costuma crescer nos meses de agosto e setembro, em conseqüência do ciclo de rotação da Terra. Na região Centro-Oeste do Brasil, esse período equivale ao da seca, que apresenta um alto índice de insolação. No final de cada ano ocorre um fenômeno: o ar rarefeito de ozônio que estava sobre os gelos antárticos vai para o sul do Brasil. Durante esse período, a radiação dos raios ultravioleta pode dobrar. Depois, a situação se normaliza.

Padrões. Em sentido restrito, padrão é o nível ou grau de qualidade de um elemento (substância ou produto), que é próprio ou adequado a um determinado propósito. Os padrões são estabelecidos pelas autoridades, como regra para medidas de quantidade, peso, extensão ou valor dos elementos. Na gestão ambiental, são de uso corrente os padrões de qualidade ambiental e dos componentes do meio ambiente, bem como os padrões de emissão de poluentes. Assim, a DZ 302 - Usos Benéficos da Água - Definições e Conceitos Gerais (PRONOL/FEEMA) define padrões como os "limites quantitativos e qualitativos oficiais, regularmente estabelecidos". Padrões de balneabilidade: Condições limitantes estabelecidas para a qualidade das águas doces, salobras e salinas destinadas à recreação de contato primário (banho público). Os padrões nacionais de balneabilidade foram baixados pelo CONAMA como parte da Resolução nº 20, de 18.06.86. Padrões de desempenho: "Tipo de padrão de efluentes que define uma medida de desempenho (por exemplo, o volume ou a concentração de um poluente em um efluente, a porcentagem de remoção da poluição a ser alcançada)” (Margulis & Bernstein, 1995). Padrões de efluentes (líquidos) "Padrões a serem obedecidos pelos lançamentos diretos e indiretos de efluentes líquidos, provenientes de atividades poluidoras, em águas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas." (PRONOL/FEEMA NT 202). Padrões de emissão: "Quantidade máxima de poluentes que se permitem legalmente despejar no ar por uma única fonte, quer móvel ou fixa." (The World Bank, 1978). Padrões de potabilidade "São as quantidades limites que, com relação aos diversos elementos, podem ser toleradas nas águas de abastecimento, quantidades essas fixadas, em geral, por leis, decretos ou regulamentos regionais" (ABNT, 1973). Os padrões de potabilidade foram estabelecidos pela Portaria Nº 56/Bsb de 14.03.77 e aperfeiçoados pela Portaria nº 30 de 9.01.90, baixadas pelo Ministério da Saúde, em cumprimento ao Decreto Nº 78.367, de 9.03.77. Padrões de processo: "Limites de emissão de poluentes associados a processos industriais específicos." (Margulis & Bernstein, 1995). Padrões de produto: "Limite legal estabelecido para a quantidade ou a concentração total de poluentes que se podem lançar no ambiente, por unidade de produto (por exemplo, kg por 1,00 kg de produto). Este tipo de padrão pode se referir também à proibição de se adicionar certas substâncias aos produtos," (Margulis & Bernstein, 1995). Padrões de qualidade da água: "Plano para o controle da qualidade da água, contemplando quatro elementos principais: o uso da água (recreação, abastecimento, preservação dos peixes e dos animais selvagens, industrial, agrícola); os critérios para a proteção desses usos; os planos de tratamento (para o necessário melhoramento dos sistemas de esgotamento urbano e industrial); e a legislação antipoluição para proteger a água de boa qualidade existente." (The World Bank, 1978). "Conjunto de parâmetros e respectivos limites, em relação aos quais os resultados dos exames de uma amostra de água são comparados para se aquilatar sua qualidade para determinado fim." (Carvalho, 1981 ). Os padrões nacionais de qualidade da água, segundo as diferentes classes, foram baixados pelo CONAMA, na Resolução nº 20 de 28.06.86. (ver também CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS) Padrões de qualidade ambiental "Condições limitantes da qualidade ambiental, muitas vezes expressas em termos numéricos, usualmente estabelecidos por lei e sob jurisdição específica, para a proteção da saúde e do bem-estar dos homens," (Munn, 1979). Padrões de qualidade do ar "Os níveis de poluente prescritos para o ar exterior, que por lei não podem ser excedidos em um tempo e uma área geográfica determinados" (The World Bank, 1978). "É o limite do nível de poluentes do ar atmosférico que legalmente não pode ser excedido, durante um tempo especifico, em uma área geográfica específica." (Braile, 1983). Os padrões nacionais de qualidade do ar fazem parte do PRONAR. Padrões primários de qualidade do ar: "As concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população, podendo ser entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo," (PRONAR: Resolução nº 05, de 15.06.89, do CONAMA). Padrões secundários de qualidade do ar: "As concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e flora, aos materiais e meio ambiente em geral, podendo ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em metas de longo prazo." (PRONAR: Resolução nº 05, de 15.06.89, do CONAMA). Padrões de Drenagem drainage pattern modèle de drainage modelo de drenaje: "É o arranjo espacial dos canais fluviais que podem se influenciar em seus trabalhos morfogenéticos pela geologia, litologia, e pela evolução geomorfológica da região em que se instalam," (Guerra, 1978).

Paisagem. "É o território em seu contexto histórico, a manifestação sintética das condições e circunstâncias geológicas e fisiográficas que ocorrem em uma região (país), o agregado de todas as características que, em interação, aparecem em um território," (Diccionario de la Naturaleza, 1987). Paisagem cultural ou antrópica: Paisagem resultante de intervenção antrópica, quer dizer, paisagem natural modificada por ação humana. Paisagem natural: Paisagem resultante da interação dos fatores físicos e bióticos do meio ambiente, sem que tenha sido transformada sensivelmente pelas atividades humanas.

Paisagens Protegidas. Paisagens de grande valor cênico (expressão técnica usada no sistema de classificação de unidades de conservação) também podem ser tombadas ou protegidas. No Brasil, além dos parques naturais, outras modalidades de proteção delimitam áreas especiais. As APAs, Áreas de Proteção Ambiental, conservam paisagens de grande valor ecológico, como a belíssima área do Delta do Parnaíba (PI). Áreas de Relevante Interesse Ecológico e Áreas sob Proteção Especial também podem proteger paisagens de grande valor cênico e cultural.

PAN. É a sigla que designa os nitratos de peroxiacetil (peroxyacylnitrates, em inglês), poluentes secundários que se formam na atmosfera a partir de poluentes primários, como o óxido de azoto e os hidrocarburetos. Assim como os perbenzoílos, o ozônio e os nitratos, os PAN fazem parte do smog fotoquímico oxidante, responsável pelas necroses dos estômatos que compõem as estruturas internas das folhas dos vegetais.

Panda. Até hoje não se sabe se ele é mesmo um urso ou, então, um procionídeo, isto é, um raccon, como o guaxinin de cauda listada que vive no Brasil. Mas o certo é que o panda, vivendo na floresta de bambu do centro-oeste da China, com os seus 130 quilos, é um dos animais mais raros do mundo e um dos principais símbolos de espécies ameaçadas usados e campanhas de conscientização ecológica. Hoje, é possível a sua reprodução em cativeiro, por meio da inseminação artificial. Um pnda come quinze quilos de brotos por dia – é a derrubada desse tipo de floresta que acelera a sua rota rumo à extinção.

Pangeia. A teoria da Pangeia foi formulada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, no início do século XX. Em sua teoria, há 200 milhões de anos as porções de terra formavam um único continente. O termo “Pangeia”, no idioma grego, significa “toda Terra”, e neste período geológico era um continente banhado por um único oceano, o Pantalassa. Em primeiro estágio, a Pangeia se partiu em dois blocos, gerando os continentes Laurásia e Godwana, que surgiram após deslocamentos sobre um subsolo oceânico de basalto. O Mar de Tétis existia entre os dois continentes. A Laurásia foi a base para a geração futura dos continentes da América do Norte, Europa e da Ásia, e Gondwana da América do Sul, África, Oceania e Antártida, há cerca de 84 milhões de anos. Inicialmente, a Índia era uma ilha no oceano Índico, que ao se chocar com o continente asiático, gerou o Himalaia. A teoria da união dos continentes já era discutida anteriormente a Wegener, sendo sugerida pela primeira vez em 1596, pelo pai do Atlas Moderno, o holandês Abraham Ortelius. A Pangeia teria existido durante a Era Mesozoica. A ciência geológica calcula a idade da Terra em torno de 4 a 5 bilhões de anos, e há 3,9 bilhões de anos, ocorreu o resfriamento dos metais pesados que existiam em alta temperatura na superfície do nosso planeta, gerando a crosta terrestre. Antes de Wegener difundir a ideia da Pangeia , havia uma corrente de cientistas que acreditavam que os continentes estavam no mesmo lugar desde o surgimento da Terra. Desconheciam a possibilidade da superfície terrestre não ser fixa e de ser composta por placas tectônicas que flutuariam sobre o magma. O fato das placas tectônicas flutuarem sobre o magna é responsável pela movimentação dos continentes. O movimento das placas tectônicas afasta a placa Sul-americana da Africana todos os anos, na velocidade de 2 cm por ano, o mesmo ocorre entre a África e a Ásia.

Pantanal. O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, localizado na região o Parque Nacional do Pantanal. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira. Além disso, tem poucas montanhas o que facilita o alagamento. A origem do Pantanal é resultado da separação do oceano há milhões de anos. Animais que estão presentes no mar também existem no pantanal, formando o que se pode chamar de mar interior. A área alagada do pantanal se deve a lentidão de drenagem das águas que fluem lentamente, pela região do médio Paraguai, num local chamado de Fecho dos Morros do Sul. Atraído pela existência de pedras e metais preciosos (que eram usados por indígenas, que já povoavam a região, como adornos), entre eles o ouro. O português Aleixo Garcia, em 1524, acabou sendo o primeiro a visitar o território, que alcançou o rio Paraguai através do rio Miranda, atingindo a região onde hoje está a cidade de Corumbá. Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala seguiram pelo rio Paraguai e denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva. Por volta de 1542-1543, Álvaro Nunes Cabeza de Vaca (espanhol e aventureiro) também passou por aqui para seguir para o Peru. Entre 1878 e 1930, a cidade de Corumbá (situada dentro do Pantanal) torna-se o principal eixo comercial e fluvial do estado do antigo Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, depois acaba perdendo sua importância para as cidades de Cuiabá e Campo Grande, iniciando assim um período de decadência econômica. O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região Centro-Oeste através da implantação de projetos agropecuários trouxe muitas alterações nos ambientes do cerrado, ameaçando a sua biodiversidade. Preocupada com a conservação do Pantanal, a Embrapa instalou, em 1975, em Corumbá, uma unidade de pesquisa para a região, com o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais. As pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina, principal atividade econômica, e hoje, além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como recursos vegetais, pesqueiros, faunísticos, hídricos, climatologia, solos, avaliação dos impactos causados pelas atividades humanas e sócio-economia. Nos últimos anos houve investimentos maciços no setor do ecoturismo, com diversas pousadas pantaneiras praticando esta modalidade de turismo sustentável. (Veja mais sobre o Pantanal.)

Pântano. As terras alagadas por água doce, permanentemente ou temporariamente, são conhecidas por pântanos ou pantanais. Embora sejam áreas tratadas como imprestáveis pelos seres humanos, as áreas alagadas (por chuvas, rios ou mar) tem um importante papel ecológico, como berçários de várias espécies de animais, lugar de pouso e formação de ninhos de aves, além de ser uma barreira natural contra inundações causadas por chuvas ou rios. Estuários, pântanos, mangues são alguns dos ecossistemas de maior diversidade do mundo, embora frágeis e vulneráveis à ação do homem (que quer sempre aterrá-los). A importância das terras alagadas só agora começa a ser reconhecida e estudada.

Papagaio. Terra dos Papagaios – era assim que alguns dos primeiros cronistas portugueses descreviam o Brasil. E não sem razão. Aqui vivem um terço das espécies existentes, espalhadas também em outras países da América do Sul, na Austrália, na Nova Zelândia, Papua Nova Guiné e em alguns países da África e ilhas do Pacífico. A classificação da família Psittacidae, à qual pertencem os papagaios, está sendo continuamente revista, pois muitas vezes são incluídas nelas espécies que de fato não pertencem a mesma família, que por pressão dos avicultores, que por uso indevido do nome “papagaio” por populações locais.

Papel. Há alguns anos, quando a preocupação com o meio ambiente não influenciava as ações empresariais, áreas enormes da Mata Atlântica foram desmatadas por indústrias de papel e celulose em várias regiões do Brasil, principalmente no Espírito Santo e Paraná. Muitas dessas áreas foram reflorestadas por pinus ou eucaliptos, monoculturas responsáveis por vários problemas ambientais. Hoje, embora alguns poluentes (uma fábrica de papel pode poluir tanto quanto uma cidade de 500 mil habitantes), as empresas procuram tornar a sua atividade mais sustentável, propondo mudanças e apontando soluções.

Paraclímax. Quando um meio natural que tenha atingido o seu clímax é destruído por uma queimada, por exemplo, três tipos de evolução poden se seguir: o paraclímax, quando o dano é parcialente reparável e a vegetação de reconstitui de novo, com um clímax menos rico e com espécies diferentes das originais; a destruição total, como Pompéia após a erupção do Vesúvio; ou a manutenção do clímax, quando o estrago é muito pequeno (por exemplo, a abertura de uma clareira na floresta).

Parâmetros. Significa o valor de qualquer das variáveis de um componente ambiental que lhe confira uma situação qualitativa ou quantitativa. Valor ou quantidade que caracteriza ou descreve uma população estatística. Nos sistemas ecológicos, medida ou estimativa quantificável do valor de um atributo de um componente do sistema.

Paraná, Rio. Desde outubro de 1977, um parque nacional protege um arquipélago de 300 ilhas no meio do Rio Paraná. Nessas áreas alagadas vivem, capivaras, jacarés, antas, bugios, cervo-do-pantanal e onças – além de uma infinidade de espécies de aves e peixes. Poucos quilômetros abaixo, há alguns anos, existiu um outro parque nacional, o de Sete Quedas, com a maior catarata do mundo em volume de água, totalmente submersa dentro de um lago artificial criado para alimentar a Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Parcelamento do Solo. Qualquer forma de divisão de uma gleba em unidades autônomas, podendo ser classificada em loteamento ou desmembramento, regulamentada por legislação específica. "É a divisão do solo em porções autônomas, mediante loteamento ou desmembramento, respeitados os interesses públicos (...) Deve atender, de um modo geral: à circulação, através da abertura de logradouros, segundo a conveniência pública, ao dimensionamento das porções de terra, as testadas mínimas das porções sobre o logradouro e a defesa dos aspectos paisagísticos, das características ecológicas e do domínio público" (Moreira Neto, 1976).

Parques Estaduais. “São áreas de domínio público estadual, delimitada por atributos excepcionais da natureza, a serem preservados permanentemente, que está submetida a regime jurídico de inalienabilidade e indisponibilidade em seus limites inalteráveis, a não ser por ação de autoridade do Governo Estadual, de modo a conciliar harmonicamente os seus usos científicos, educativos e recreativos com a preservação integral e perene do patrimônio natural.” (Deliberação CECA nº 17, de 16.02.78).

Parques Nacionais. Um parque nacional é uma área de conservação, geralmente de propriedade estatal, que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. No Brasil há parques estaduais e parques municipais criados dentro da mesma legislação. Os três tipos de parques integram o SNUC- Sistema Nacional de Unidade de Conservação - Lei 9.985 de 2000. Os Parques Nacionais, assim como outras unidades de coonservação federal, são geridos pela autarquia federal ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criado em 2007. (Veja os Parques Nacionais Brasileiros)

Participação da Comunidade. "É a atividade organizada, racional e consciente, por parte de um determinado grupo social, com o objetivo de expressar iniciativas, necessidades ou demandas, de defender interesses e valores comuns, de alcançar fins econômicos, sociais ou políticos e de influir, direta ou indiretamente, na tomada de decisão, para melhorar a qualidade de vida da comunidade." (SAHOP, 1978). "Participação é um processo voluntário no qual as pessoas, incluindo os grupos marginais (pobres, mulheres, minorias étnicas e povos indígenas) se juntam às autoridades responsáveis por um projeto para compartilhar, negociar e controlar o processo de tomada de decisão sobre a concepção e a gestão de um projeto." (The World Bank, 1993).

Partículas. "Partículas sólidas ou líquidas finamente divididas no ar ou em uma fonte de emissão. Os particulados incluem poeiras, fumos, nevoeiro, aspersão e cerração." (Braile, 1983).

Patagônia. A Patagônia é uma região geográfica que abrange a parte mais meridional da América do Sul. Localiza-se na Argentina e no Chile, e integra a seção mais ao sul da cordilheira dos Andes, rumo a sudoeste até o oceano Pacífico, e, a leste, até os vales em torno do rio Colorado até Carmen de Patagones, no oceano Atlântico. A oeste, inclui o território de Valdívia, através do arquipélago da Terra do Fogo.. A Patagônia também é o local de origem de Patas Fanhas, animais selvagens, caracterizados pela falta do que fazer, que podem causar sérios danos ao seu bom humor e paciência. Infelizmente, as Patas Fanhas se alastraram pelo mundo, inclusive pelas redes sociais, e a humanidade sofre com essa praga. O nome 'Patagônia' vem da palavra patagón usado por Fernão de Magalhães em 1520 para descrever o povo nativo que sua expedição acreditou serem gigantes. Acredita-se atualmente que os patagones seriam os tehuelches, que tinham uma altura média de 180 centímetros, em comparação com os 155 cm de média dos espanhóis da época. A parte argentina da Patagônia inclui as províncias de Neuquén, Río Negro, Chubut e Santa Cruz, bem como a parte leste da Terra do Fogo. A Região Patagônica, uma subdivisão político-econômica argentina, inclui a província de La Pampa. A parte chilena da Patagônia compreende a extremidade meridional de Valdívia, a região de Los Lagos, no lago Llanquihue, Chiloé, Puerto Montt e o sítio arqueológico de Monte Verde, bem como as ilhas a sul das regiões de Aisén e Magallanes, incluindo o lado ocidental da Terra do Fogo e do Cabo Horn.Nessa região está localizada a cidade mais austral do planeta, Ushuaia, conhecida como "a terra do fim do mundo". A Patagônia é uma região marcada pelos ventos que ocorrem em grande parte do ano. Dessa região é que partem as famosas excursões para a Antártica. Além de leões-marinhos, nessa região existe uma grande concentração de pinguins. O nome de Patagônia decorre indiretamente do navegador português Fernão de Magalhães, o qual, viajando ao serviço da Espanha, pelas costas desse território, na memorável viagem em que pela primeira vez foi circundada a Terra, denominou patagones aos moradores daquelas paragens. "Patagones" significa homens de patas ou pés grandes. Isso devido aos índios de lá parecerem maiores do que realmente eram em vista do uso de gorros altos e calçados de couro de guanaco

Patógeno. Capaz de produzir doenças. O mesmo que patogênico. Exemplos: “Os cientistas recorreram a novas tecnologias de decodificação do genoma deste patógeno, para comparar cepas isoladas em diferentes enfermos hospitalizados e determinar de forma extremamente precisa seu parentesco genético e como se transmitem”. Folha de São Paulo, 22/01/2010. “Elas acrescentaram que se desconhece se este aumento dos casos se deve a melhores métodos de diagnóstico ou a uma emergência do patógeno”. Folha de São Paulo, 01/10/2011.

Patrimônio da Humanidade. Classificação adotada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) para designar um conjuntode sítios culturais de valor histórico ou ecológico extraordinário para a humanidade. Esta lista é acrescida anualmente com a inclusão de lugares sugeridos pelos 140 países signatários da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial  Natural e Cultural, realizada em 1972 e ratificada em 1975. uma vez incluída na lista, esses lugares devem ser mantidos inalterados para as gerações futuras. Essa manutenção deve ser feita pelo país de origem, com auxílio técnico e financeiro da UNESCO, se necessário. Em 1996, a lista dos Patrimônios da Humanidade 506 sítios (380 naturais, 107 culturais e 19 mistos), situados em 107 países do mundo. As indicações são aprovadas por um comitê, com a assessoria do Conselho Internacional para Monumentos e Sítios (Icomos) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

PCA. Plano de Controle Ambiental. Elaborado conforme diretrizes estabelecidas pelo órgão ambiental competente, o Plano de Controle Ambiental (PCA)contém informações que permitem caracterizar o empreendimento com base nos resultados dos levantamentos e estudos realizados pelo empreendedor. O PCA é o documento norteador das ações mitigadoras que contêm os projetos executivos de minimização dos impactos ambientais avaliados pelo EIA/RIMA na fase de Licenciamento Prévio. Originalmente exigido pela resolução CONAMA 009/90, para a concessão da Licença de Instalação de atividade de extração mineral de todas as classes previstas no decreto-lei 227/67, o PCA tem sido extendido para o licenciamento de diversos tipos de atividades produtivas potencialmente poluidoras.

PCN. Parâmetros Curriculares Nacionais – Meio Ambiente.

Pedologia. Do grego pedon (solo, terra), é o nome dado ao estudo dos solos no seu ambiente natural. É ramo da Geografia Física, e é um dos dois ramos da ciência do solo, sendo o outro a edafologia. No entanto enquanto a pedologia considera o solo como um corpo natural, um produto sintetizado pela natureza e submetido à ação de intemperismos, a edafologia imagina o solo como viveiro natural para os vegetais

Peixe-boi.  Os peixes-bois, constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, como os dugongos, mas da família dos triquequídeos (Trichechidae). Manso e dócil, o peixe-boi sempre significou fartura de gordura e carne para quem o caçasse, ocasionando-com isso a quase extinção. Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800 quilos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos. Habitam geralmente em águas costeiras e estuarinas quentes e rasas e pântanos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. A Flórida é a localização mais ao norte onde vivem, pois a sua baixa taxa metabólica torna-se difícil no frio e não sobrevivem abaixo dos 15°C. Existem três espécies de peixe-boi: Peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), vive no Atlântico, habita as águas doces e costeiras do oeste da África; peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), também conhecidos como manatis, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México, os EstadosUnidos, vivendo nas ilhas da América Central, na Colômbia, Venezuela, nas Guianas, no Suriname e no Brasil; e peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), são animais fluviais e vivem nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco; Uma quarta espécie; o peixe-boi-anão (T. bernhardi) foi encontrada no Brasil embora alguns puseram em dúvida a sua validade supondo que seja um peixe-boi amazônico imaturo. No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Os peixes-bois vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas no Brasil e Peru, e no rio Orinoco na Venezuela, e vive apenas em água doce. Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967 e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento. Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por dia se alimentando. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. São muito parecidos com os dugongos e a principal diferença entre o peixe-boi e o dugongo é a cauda. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.

Pelágico. "Termo que se utiliza, de modo geral, para incluir o plâncton, o nécton e o nêuston; ou o conjunto da vida em alto-mar." (Odum, 1972). "Depósito marinho, formado em grandes profundidades oceânicas e, conseqüentemente, a grande distância das bordas continentais; esses depósitos são constituídos de argilas finas e carapaças de organismos que foram transportadas pelas correntes marinhas.” (Guerra, 1978). "Diz-se dos organismos próprios do alto-mar, que não se encontram fixados ao fundo e que possuem meios próprios de locomoção que lhes permitam realizar deslocações voluntárias." (Carvalho, 1981).

Peles. No começo dos anos 90, eram comuns as imagens de ecoativistas jogando sprays nos casacos de pele usados por socialites. Hoje, já no início do século XXI, os tempos mudaram. As peles de zebras voltaram a ser moda em Londres e em Paris, forrando casacos, bolsas e poltronas. As peles sintéticas, apontadas como alternativas aos casacos de visons, jamais conseguiram o mesmo status das originais, e a ira ecológica de grupos mais radicais é bem menos freqüentes. Resultado: os comerciantes de peles voltaram à carga, tentando derrubar leis que limitavam a sua ação.

Pelicano. No começo do milênio passado, os pelicanos habitavam áreas que hoje são altamente civilizadas, como o delta do Rio Reno e a Inglaterra. Embora fossem encontradas em toda a zona mediterrânea, as duas espécies européias de pelicanos, a P. Onocrotabus e a P. crispus, hoje em dia limitam-se a pequenas colônias da região balcânica, e mangues da Grécia e da Romênia. Um pelicano come mais de um quilo de peixe por dia e é capaz levar, por vários quilômetros, a presa no seu papo até ao ninho, para alimentar os seus filhotes.

Percolação. "Movimento de penetração da água, no solo e subsolo. Este movimento geralmente é lento e vai dar origem ao lençol freático.” (Guerra, 1978). "Movimento da água através de interstícios de uma substância, como através do solo." (Carvalho, 1981). "Movimento de água através dos poros ou fissuras de um solo ou rocha, sob pressão hidrodinâmica, exceto quando o movimento ocorre através de aberturas amplas, tais como covas." (ACIESP, 1980).

Perenes. No inverno, diferentes partes (as perenes) de uma planta podem sobreviver. Ecologicamente, as diversas formas de sobrevivência das plantas nessa estação podem ser classificadas em quatro divisões: plantas que permanecem intactas em climas de inversos rigorosos, como os pinheiros; plantas que perdem as folhas (as cadulifólias, como plátanos e castanheiros); plantas que perdem as suas partes aéreas, permanecendo os bulbos, como os lírios e liláceas (cebolas, jacintos e tulipas); e plantas reduzidas às suas sementes, como diversos tipos de gramíneas e leguminosas.

Peridíneas. São algas unicelulares que ocupam uma posição singular na evolução das formas vivas, á medida que evoluíram dela os antepassados do reino animal. Ecologicamente, nos dias de hoje, as peridíneas proliferam nos mares ricos em nitratos e fosfatos, mas pobres em oxigênio. O fenômeno das “marés vermelhas” deve-se a diversos gêneros de peridíneas, como os Gymnodium, Gonyaulux e Prorocentrum. Essas algas microscópicas disseminam uma toxina violentíssima, que mata os peixes e se concentra nos tecidos dos moluscos, cujo consumo torna-se mortalmente perigoso.

Permissão de Uso. "Ato administrativo pelo qual a Administração manifesta sua aquiescência com o exercício, pelo particular, de atividade sobre a qual há interesse coletivo, atividade esta que consiste na utilização de um bem público. Por se tratar de ato administrativo discricionário, a Administração pode, a qualquer momento, revogá-la. Como exemplos característicos, encontramos a permissão de utilização dos logradouros para o comércio ocasional, como o de bebidas no carnaval e a ocupação de residências de domínio público por funcionários. Pode-se fixar remuneração pelo uso, vulgarmente chamada "taxa de ocupação." (Moreira Neto, 1976).

Persistência. "Propriedade de um composto químico conservar durante um certo tempo sua estrutura química e sua ação bioquímica, em particular sua toxidez. Os hidrocarbonetos clorados ou fosforados são geralmente persistentes, o que provoca sua acumulação na natureza e nos organismos." (Lemaire & Lemaire, 1975).

Pesca. O índice mundial de extração dos recursos marinhos – mais de 95 milhões de toneladas métricas no início da década de 90 – está se aproximando velozmente do número estimado pela FAO como produção máxima sustentável anual: 100 milhões de toneladas métricas. Esse perigoso nível foi conquistado a partir dos avanços tecnológicos dos equipamentos de pesca, entre eles a antiecológica rede de arrastão (ou de atração), proibida, mas ainda usada devido à quase impossibilidade de fiscalização em alto-mar. Entre 1950 e 1970, a pesca industrial mundial elevou-se de 21 milhões para 66 milhões de toneladas métricas, mais que triplicando a produção. Das quase 20 mil espécies de peixes conhecidas, mais de 9 mil são pescadas anualmente, mas apenas seis grupos – arenque, bacalhau, truta, dourado, cavala e atum – são capturados em quantidades significativas. Hoje o Ministério da Pesca, regulamenta todo o processo de pesca nos litorais e nos rios do país.

Pesquisa Mineral. "É o conjunto de processos técnicos necessários à definição da jazida e sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade de seu aproveitamento." (Moreira Neto, 1976).

Pesquisa Operacional. Aplicação de métodos científicos para a melhor gestão de sistemas organizados governamentais, comerciais e industriais. Distingue-se da engenharia operacional por enfocar sistemas nos quais o comportamento humano é importante. "Estudo da eficácia do comportamento humano, para que se faça o melhor uso possível de recursos escassos para servir a determinados fins. Nele se combinam a observação, o experimento, a dedução e a indução. Seu objetivo é ajudar os diretores de indústria ou dos serviços públicos a tomar decisões." (Seldon & Pennance, 1977).

Pesquisa por Amostragem. Processo ou método de conceber um número finito de indivíduos ou casos de uma população ou universo, para produzir um grupo representativo. Usado em circunstâncias em que é difícil obter informações de todos os membros da população, como, por exemplo, análises biológicas, controle de qualidade industrial e levantamento de dados sociais. "É um método indutivo de conhecimento de todo o universo estatístico, através de um número representativo de amostras aleatórias desse universo." (Ferrari, 1979). Amostragem contínua "Amostragem realizada sem interrupções, realizada ao longo de toda uma operação e por um tempo pré-determinado." (Lund, 1971). Amostragem de chaminé "Coleta de amostras representativas gasosas e de partículas, do material (gás) que flui por um duto ou chaminé." (Lund, 1971).

Pesticidas. Conjunto dos produtos químicos destinados a lutar contra os animais e os vegetais considerados nocivos. Qualquer substância tóxica usada para matar animais ou plantas que causam danos econômicos às colheitas ou às plantas ornamentais, ou que são perigosos à saúde dos animais domésticos e do homem. Todos os pesticidas interferem no processo metabólico normal dos organismos (pestes). São, muitas vezes, classificados de acordo com o tipo de organismo que combatem. "Agente usado para controlar pestes. Inclui: os inseticidas para uso contra insetos nocivos; os herbicidas para controle de ervas daninhas; os fungicidas para controle de doenças vegetais; os rodenticidas para controle de roedores; os germicidas usados na desinfecção de produtos; os algicidas etc. Alguns pesticidas podem contaminar a água, o ar e o solo e se acumular no homem, nos animais e no ambiente, particularmente se mal usados.” (The World Bank, 1978). "Agente químico destinado a combater as pestes e também chamado impropriamente biocida, pois biocida significa corretamente matador da vida (esterilizante). Pode ser inorgânico, como o flúor, orgânico como o DDT e vegetal, como a rotenona," (Carvalho, 1981).

Petróleo. É o combustível básico da nossa era. Em 1900, por exemplo, o carvão respondia por 90% das necessidades mundiais de energia. Hoje, o petróleo praticamente ocupa o seu lugar – em 1972, um pouco antes da Crise do Petróleo, a extração mundial atingia a fantástica cifra de 2,6 toneladas anuais, de acordo com a Enciclopédia de Ecologia, de J. P. Charbonneau. A queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, influi drasticamente no efeito estufa e na chuva ácida, além de causar problemas ambientais nos mares e oceanos.

pH. Em química, escala numérica que dá a medida quantitativa da acidez ou basicidade (alcalinidade) de uma solução líquida. "A medida da acidez ou alcalinidade de um material líquido ou sólido. É representado em uma escala de zero a 14 com o valor 7 representando o estado neutro, o valor zero o mais ácido e o valor 14 o mais alcalino." (The Work Bank, 1978). "É o logaritmo do inverso da concentração hidrogênica e por este motivo o índice de ácido-alcalinidade da água ou de outro líquido, ou até mesmo dos solos. As águas chamadas duras tem pH alto (maior que 7) e as brandas, baixo (menor que 7)." (Carvalho, 1981). "A concentração de ion-hidrogênio é um importante parâmetro tanto das águas naturais como das águas servidas, pois a existência de grande parte da vida biológica só é possível dentro de estreitos limites da variação desse parâmetro. Águas servidas com concentração adversa de ion-hidrogênio são difíceis de tratar por meios biológicos e, se não houver modificação de pH antes do lançamento em águas naturais, os efluentes certamente alterarão essas águas naturais." (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).

Pico da Neblina. O Pico da Neblina, localizado no norte do Amazonas, na Serra do Imeri, é o ponto mais alto do Brasil com 2993,78 metros de altitude (medição revista por satélite/GPS pelo IBGE em 2004). Dá nome ao Parque Nacional do Pico da Neblina, onde está situado. Localiza-se no município de Santa Isabel do Rio Negro, mas a cidade mais próxima é São Gabriel da Cachoeira. O segundo ponto mais alto situa-se a meros 687 metros da fronteira com a Venezuela no Pico 31 de Março, conforme determinado por uma comissão demarcadora de fronteiras em 1962. O Pico da Neblina teria sido descoberto na década de 1950 pelo então comandante Mário Jucá, da Panair do Brasil, ao sobrevoar o pico num raro momento em que ele não estava encoberto pela neblina, numa época que se acreditava ser o Pico da Bandeira o ponto mais alto do Brasil. Na época não existiam instrumentos de precisão como o GPS, porém o comandante teria chegado a essa conclusão baseado apenas no altímetro de sua aeronave. Porém, se para os brasileiros o pico era desconhecido, para os venezuelanos ele já era conhecido anteriormente como Cerro Jimé, e a área da montanha já tinha sido visitada em 1954 numa expedição do eminente ornitologista venezuelano (filho de americanos) William H. Phelps, Jr. Em sua homenagem, o pico às vezes é chamado de Cerro Phelps na Venezuela. Em 1965 o topógrafo José Ambrósio de Miranda Pombo mediu a altitude do pico da Neblina como sendo de  3.014 metros e a do pico vizinho 31 de Março em 2.992 metros. Em 2005 o cartógrafo Marco Aurélio de Almeida Lima, membro da expedição do Projeto Pontos Culminantes do IBGE e do Instituto Militar de Engenharia (IME), tirou as novas medidas após 36 horas de medição usando um aparelho de GPS. A nova medição determinou que o pico era aproximadamente 20 metros mais baixo do que se pensava.

Piezômetro. "Poço de observação no qual é medido o nível freático ou a altura piezométrica." (DNAEE, 1976).

Pinguim. Eles se aglomeram em colônias de aproximadamente um milhão de indivíduos, cujos gritos e algazarras podem ser ouvidos a muitos quilômetros de distância. Uma das raras espécies longe da extinção – por viver em um ambiente de difícil acesso –, os pingüins se dividem em dezoito espécies diferentes, entre elas, o pingüim imperador, de um metro de altura. Os pingüins se alimentam de krill e eles próprios servem de presa para leões-marinhos e para a skua, uma espécie mais agressiva de gaivotas.

Pinheiros. A substituição de espécies folhosa por árvores resinosas, como os pinheiros, usados em muitos projetos de reflorestamento, apresenta sérias conseqüências ecológicas. Uma delas é o enresinamento, que pode atuar em vários níveis. As agulhas que caem dos pinheiros são atacadas por fungos e dão origm a um húmus negro e a ácidos úmidos, que acabam atacando o solo, causando a sua podilização. Essa lenta destruição das argilas reduz o poder de retenção do solo e de troca com os elementos nutritivos, liberando íons de ferro que fixam o fósforo à custa das plantas, assim como íons de alumínio tóxico para as raízes. A fertilidade do solo cai muito rapidamente, tornando-o impróprio para qualquer cultura. Além disso, as resinas prejudicam o índice de piscosidade dos rios e a qualidade da água. As culturas resinosas também absorvem mais água do que as árvores folhosas, influindo no ciclo local. A plantação conjunta de árvores resinosas e folhosas pode minimizar os problemas.

Pioneiros, Agrupamentos. São os primeiros organismos a se instalarem em um meio que está em processo de sucessão ecológica. Depois de uma catástrofe natural  ou de uma ação destruidora causada pelo homem, as espécies vegetais tendem a se reagrupar novamente no terreno devastado. Esses grupos iniciais de plantas são conhecidos em ecologia como agrupamentos pioneiros. Essas espécies apresentam características particulares, como facilidade de adaptação em terrenos sem solo e de se reproduzir por sementes e esporos trazidos pelos ventos. Liquens nas regiões áridas e cianofíceas nas úmidas são as primeiras plantas a ocupar o terreno – os musgos e gramíneas vêm em seguida. Os cadáveres dessas plantas formam  um esboço de solo, que começa a ser reconstituído.

Piracema. "Migração anual de grandes cardumes de peixes rio acima na época da desova, com as primeiras chuvas; cardume ambulante de peixes." (Batalha, 1987).

Pireneus. Uma das mais bonitas cadeias de montanhas do globo terrestre se estende 435 quilômetros na fronteira entre a Espanha e a França desde o Golfo de Biscaya e o Mediterrâneo. A largura máxima da cadeia é de 80 quilômetros, com montanhas que alcançam, em média, mil metros de altura. O pico mais alto da região é o Pico do Aneto, com 3.404 metros.

Pirófitas. A natureza pode ser bastante surpreendente: algumas árvores, por exemplo, suportam muito bem a passagem do fogo e, até pelo contrário, beneficiam-se disso, com a morte das espécies concorrentes e os altos índices de calor. Um tipo de pinheiro característico da região de Michigan, nos EUA, tem as suas pinhas abertas com a presença do fogo e do calor, espalhando sementes em um terreno já liberado de outras espécies, destruídas durante a queimada. o pinheiro-de-Boston é um outro exemplo de árvore pirófita, isto é, que se beneficia do fogo. Nos incêndios, só queimam as agulhas que possuem os fungos que parasitam essa espécie - as gemas sadias que contém as novas agulhas permanecem incólumes.

Piscicultura. É uma das grandes saídas para a fome mundial nos últimos tempos. Em nível de exploração de recursos aquáticos, o homem ainda é, basicamente, um coletor. Só há poucas décadas é que projetos de criação de peixes – o equivalente aquático da agricultura ou da criação de gado – passaram a ser desenvolvidos em vários países. Esses projetos podem ser implantados  partir de técnicas de controle do ciclo de reprodução de peixes inteiramente controlado, realizados em charcos (carpas) e bacias (trutas), ciclo de reprodução parcialmente controlado, com a libertação de ovos de alevinos em água corrente.

Placas. A Terra é coberta por uma fina camada de rochas, que envolve o planeta como se fosse a casca de uma laranja. A parte visível da crosta, acima dos oceanos, pode ter mais de 64 quilômetros de espessura, enquanto a crosta invisível que fica debaixo da água dos oceanos pode ser bem mais fina, alcançando apenas seis quilômetros. Essas placas estão em constante movimento – na verdade, a colisão entre elas pode surgir uma cadeia de montanhas tão altas como o Himalaia, surgida do encontro de placas indo-australiana com a eurásiana. O Anel de Fogo do Pacífico ocorre em um desses megaencontros, promovidos, nesse caso, entre a imensa placa do Pacífico e placas limítrofes, causando o fenômeno do vulcanismo submarino. Ravinas abissais e terremotos também surgem a partir desses deslocamentos colossais.         

Plâncton. "Organismos comumente microscópicos: os vegetais (fitoplâncton, por exemplo, algas e bactérias) ou animais (zooplâncton, por exemplo, Crustacea, Rotatória) que flutuam na zona superficial iluminada da água marinha ou lacustre, fonte principal de alimento dos animais marinhos." (Goodland, 1975). "Conjunto de organismos que vivem na água e que, apesar de possuírem movimentos próprios, são incapazes de vencer correntezas, sendo arrastados passivamente." (ACIESP, 1980).

Planejamento. "O processo ordenado de definir um problema, através da identificação e da análise das necessidades e demandas não satisfeitas que o constituem, estabelecendo metas realistas e factíveis, decidindo sobre suas prioridades, levantando os recursos necessários a alcançá-las e prescrevendo ações administrativas para a solução dos problemas, com base na avaliação de estratégias alternativas." (Lisella, 1977). "É a atividade que pretende: definir objetivos coerentes e prioridades para o desenvolvimento econômico e social; determinar os meios apropriados a alcançar tais objetivos; pôr em execução, efetivamente, esses meios, com vistas à realização dos objetivos apontados. É o processo sistemático de elaborar um plano. Tal atividade consiste em organizar ou projetar, em um esquema global coerente e congruente, o conjunto de ações requeridas para alcançar um objetivo que se situe no futuro. A definição do próprio objetivo faz parte dessa atividade" (SAHOP, 1978). "Em um sentido amplo, planejamento é um método de aplicação contínuo e permanente, destinado a resolver, racionalmente, os problemas que afetam uma sociedade, situada em determinado espaço, em determinada época, através de uma previsão ordenada capaz de antecipar suas ulteriores conseqüências." (Ferrari, 1979). Planejamento ambiental "É a proposta e a implementação de medidas para melhorar a qualidade de vida presente e futura dos seres humanos, através da preservação e do melhoramento do meio ambiente, tanto em seus aspectos localizáveis (espaciais), como não localizáveis. O planejamento ambiental do território enfatiza os aspectos localizáveis e espacialmente representáveis levando em conta, porém, a possível incidência de fatores não localizáveis." (Gallopin, 1981). "A tarefa de identificar, conceber e influenciar decisões sobre a atividade econômica, de forma que esta não reduza a produtividade dos sistemas naturais nem a qualidade ambienta.l" (Horberry, 1984). Planejamento de bacia "Planejamento do uso e tratamento dos solos e águas, tendo em vista a sua utilização e conservação, levando em conta os interesses gerais de uma bacia." (ACIESP, 1980).

Planície de Inundação. "Terras planas, próximas ao fundo do vale de um rio, inundadas quando o escoamento do curso d'água excede a capacidade normal do canal." (DNAEE, 1976). “Banqueta pouco elevada acima do nível médio das águas, sendo freqüentemente inundada por ocasião das cheias. Também chamada várzea, leito maior etc." (Guerra, 1978).

Planície Fluvial. “Planície formada pela deposição de material aluvial erodido em áreas mais elevadas.” (DNAEE, 1976). "São aquelas justapostas ao fluxo fluvial (...) têm formas alongadas (quando de nível de base local) e são produzidas pelos depósitos deixados pelos rios." (Guerra, 1978).

Plano de Manejo. Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, incluindo a implantação das estruturas. “Conjunto de metas, normas, critérios e diretrizes, e a aplicação prática desses princípios, que tem por fim a administração ou o manejo dos recursos de uma dada área (...)” (Condurú & Santos, 1995).

Plataforma Continental. As placas continentais se prolongam dentro dos oceanos sob a forma de platôs. A profundidade média da plataforma continental é de 120 metros (raramente excede os 200 metros) e se estende, no máximo, até 200 milhas da costa. As plataformas continentais recebem a água rica em nutrientes que vem dos deltas e dos estuários, além de sediar as zonas de upwelling onde se concentra um grande número de peixes. Exatamente pela alta de produtividade marinha dessas áreas (e também mineral, pois ali se concentram ainda bacias petrolíferas) que vários países, inclusive o Brasil, reivindicaram no passado no passado uma zona de exploração baseadas nas 200 milhas. Reconhecendo a riqueza biológica das plataformas continentais, as comissões técnicas das Nações Unidas definiram, dentro da Lei do Mar, uma zona de exclusividade econômica (ZEE) que se estende até a 200 milhas da costa do país ao qual pertence, coincidindo com o limite máximo da plataforma continental. As zonas internacionais se resumiriam aos fundos oceânicos, às massas líquidas longe do litoral e a áreas protegidas para pesquisas com fins científicos, como a Antártida.

Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC). Plano instituído pela Lei nº. 7.661, de 16.05.88, como parte integrante da Política Nacional do Meio Ambiente e da Política Nacional para os Recursos do Mar, com o objetivo principal de "orientar a utilização racional dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade de vida de sua população, e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural." (artigo 2º da referida lei).

Plutônio. O plutônio é um metal de transição interna pertencente ao grupo dos actinídeos, seu número atômico é 94, e sua massa atômica é de 244u, seu símbolo é Pu, é um elemento transurânico. Radioativo uma porção do metal é capaz de levar água a ebulição em virtude da energia durante decaimento de radiação alfa, é um metal prateado que em contato com o ar observa-se a formação de uma película amarela de óxido de plutônio, além de óxidos forma outros compostos com o nitrogênio, carbono e silício. Foi sintetizado por Seaborg, Edwin, Joseph Kennedy e Arthur Wahl, no ano de 1940, através do bombardeio nuclear do urânio com o deutério. Porém logo depois foi encontrado, em resíduos da purificação de urânio e em quantidades mínimas nos seus minérios. Seu nome foi dado em alusão ao planeta Plutão, assim como outros metais. Possui 6 formas alotrópicas que são bastante variadas em suas estruturas cristalinas. O isótopo mais estável do elemento é o 238Pu, na forma a qual foi sintetizado, e possui uma meia vida de aproximadamente 80 milhões de anos. É usado em reatores e na bomba nuclear, em sondas espaciais e como componente de marca passos cardíacos. Seus estados de oxidação são Pu+2, Pu+3, Pu+4, formando compostos tais como cloretos, hidretos e óxidos. É um elemento extremamente tóxico e reativo, capaz de contaminar o meio ambiente, e prejudicar a saúde causando a morte. A maior parte do plutônio existente é obtida como subproduto do trabalho de reatores nucleares em seguida sendo comercializado.

Pluviógrafo. "Instrumento que contem um dispositivo para registrar continuamente as alturas de chuvas durante um período." (DNAEE, 1976).

PNUD. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Entre outras atividades, o PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimento humano sustentável e as condições de vida das populações, bem como executa projetos que contribuam para melhorar essas condições de vida, nos 166 países onde possui representação. É conhecido por elaborar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), bem como por ser o organismo internacional que coordena o trabalho das demais agências, fundos e programas das Nações Unidas - conjuntamente conhecidas como Sistema ONU - nos países onde está presente. Além disso, o PNUD dissemina os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, conjunto de 8 objectivos, 22 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridos até 2015, definidos pelos países membros da ONU em 2000, e monitora o progresso dos países rumo ao seu alcance. Os 8 ODM são: a redução pela metade da pobreza e da fome;  universalização do acesso à educação primária; a promoção da igualdade entre os gêneros; a redução da mortalidade infantil; a melhoria da saúde materna; O combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças; a promoção da sustentabilidade ambiental; o estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento

PNUMA. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, cuja sigla é PNUMA, (em inglês: United Nations Environment Programme, UNEP) é uma agência para o ambiente do sistema das Nações Unidas. O Pnuma foi criado em 15 de dezembro de 1972, com o objetivo de coordenar as ações internacionais de proteção ao meio ambiente e de promoção do desenvolvimento sustentável. Para isso, trabalha com grande número de parceiros, incluindo outras entidades das ONU, organizações internacionais, organizações ligadas aos governos nacionais e organizações não governamentais. Com sede no Quênia, o PNUMA tem cinco escritórios regionais: América Latina e Caribe, situado no Panamá; Europa, situado em Genebra e com representações em Bruxelas, Moscovo e Viena; África, situado em Nairobi, Quênia; América do Norte, situado em Washington, DC; Ásia e Pacífico; Ásia Ocidental, situado em Manama, Reino de Bahrein. Em 2004, o PNUMA abriu um escritório em Brasília, no Brasil, como parte de um programa de descentralização. Em 2005 o PNUMA abriu outro escritório .No Brasil sendo um de São Paulo .

Polífago. Espécies que atacam grande número de espécies.

Poluição. Uma das palavras mais usadas nos últimos anos, a poluição se manifesta em quase todos os ambientes físicos e biológicos do planeta. Tanto na terra quanto na água ou no ar, a poluição é um dos grandes problemas ecológicos da humanidade. Vários esforços, locais e globais, estão sendo feitos para contê-la, embora ainda seja bastante duvidosa a eficácia de muitas dessas ações. No entanto, com relação a esse tema tão polêmico, cabe perfeitamente a máxima adotada pelo Greenpace: mais vale o otimismo das ações do que o pessimismo das ideias.

População. O termo população tem, consoante a disciplina a que se refere, distintas definições. Em Biologia define-se como um grupo de indivíduos que acasalam uns com os outros, produzindo descendência. Em Sociologia define-se como um conjunto de pessoas adscritas a um determinado espaço, num dado tempo. Em Estatística define-se população como o conjunto de todos os elementos ou resultados sob investigação. As populações de seres vivos são estudadas em particular em Biologia populacional e Genética de populações, ramos da Ecologia. Uma espécie pode incluir uma ou mais populações separadas. Uma população pode consistir em apenas alguns indivíduos ou em milhões deles, desde que esses indivíduos de facto produzam descendência. Um grupo de indivíduos que não se pode reproduzir não constitui uma população. Assim, por exemplo, as últimas 10 andorinhas da subespécie Ammodramus maritimus nigrescens, nativa do Sul dos Estados Unidos, não constituíam uma verdadeira população, pois eram todas machos. Embora os indivíduos de uma população possam estar limitados a se reproduzir entre si devido ao isolamento físico, biologicamente podem reproduzir-se com todos os outros membros da espécie ou subespécie. A densidade populacional corresponde ao número de indivíduos por unidade de área. A capacidade máxima de uma área geográfica representa a população máxima que a área pode suportar devidamente.

Pós-Industrial. Palavra empregada pelos ecologistas para designar uma sociedade hipotética futura, onde o crescimento quantitativo gerado pela industrialização é substituído por modelos de desenvolvimento sustentado, serviço e tecnologia de ponta. Essa sociedade seguiria programas e planejamentos que optariam por uma melhoria geral da qualidade de vida. O controle de natalidade e um melhor gerenciamento dos recursos naturais existentes fariam parte das estratégias da sociedade pós-industrial. Se fosse usada a informática como parâmetro de comparação, essa sociedade se pautaria mais para o aperfeiçoamento do software do que investiria em hardware, ao contrario da sociedade industrial. Alguns poucos países do mundo caminhariam para essa realidade, que ainda permanece nas teorias formuladas pelos ecologistas.

Pradaria. Uma pradaria ou relvado é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na América do Norte. A pradaria brasileira é o pampa gaúcho. São regiões muito amplas e oferecem pastagens naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das gramíneas naturais através de seleção artificial. Ocorre em regiões onde a queda pluviométrica é muito baixa para suportar a forma de vida da floresta ou em regiões de floresta onde as questões edaficas favoreçam o desenvolvimento de gramíneas e desfavoreça o de plantas lenhosas. O solo geralmente é cheio de túneis e tocas de animais. As pradarias são também encontradas ao lado de desertos. O clima varia bastante: as pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e frias. Formam extensas áreas de paisagens naturais, muito utilizadas por muitos países para o desenvolvimento da atividade pecuária. Na América do Sul, as pradarias, localizadas na Argentina, Uruguai e no estado do Rio Grande do Sul (no Brasil), também são chamadas de pampas. Predominam gramíneas; alguns arbustos e quase nenhuma árvore. Um exemplo típico de pradaria encontra-se no estado do Dakota do Sul, nos Estados Unidos da América. Esta área é protegida, e está englobada no Parque Nacional Badlands. Não existe muito mais vegetação porque esta pradaria fica nas encostas rochosas. Nas pradarias, a principal movimentação econômica retirada do solo vem com os pastos, bastante comuns nesse tipo de vegetação. Por ser uma vegetação baixa, há mais espaço para o desenvolvimento do pastoreio. Nas pradarias norte-americanas, existem milhares de búfalos. Estes produzem uma carne bastante nobre. Nos pampas, a pecuária também é dominante nessa vegetação. Por serem animais pesados e, em função do clima, ser bem seca, as pradarias vivem bastante próximas dos desertos, que assim, vão avançando. As pradarias facilitam, dessa maneira, o processo de desertificação.

Predador. Aquele que mata e come outros animais.

Preservação. Conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visam a proteção em longo prazo das espécies, hábitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais.

Produtividade. A produtividade líquida de um terreno equivale à quantidade de matéria produzida a cada ano (ou a cada dia) em um hectare de pastagens, culturas ou superfície oceânica, isso é, uma quantidade de biomassa medida por uma unidade de tempo. Se, por exemplo, a pesca ultrapassar a produtividade de uma área, ocorre o fenômeno da sobrepesca, com a provável falta, no ano seguinte, da espécie capturada em excesso. A produtividade primária se exprime em toneladas de matéria seca por hectare/ano ou pela fixação de carbono pela fotossíntese medida em gramas de carbono por metro quadrado e por ano. A produtividade secundária se exprime em quilos de matéria seca animal produzido por hectare e por ano.

Produtores. Vegetais clorofilianos, isto é, os organismos capazes de fabricar e acumular energia potencial sob forma de energia química, presente nas matérias orgânicas sintetizadas.

Propagação. Desenvolvimento, proliferação. Divulgação, difusão.

Protistas. Os protistas são as algas unicelulares e os protozoários. A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas. Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. Alguns protozoários, como certas amebas, têm envoltórios protetores, as tecas. Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica. Os foraminíferos são dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio. As algas diatomáceas possuem carapaças silicosas. Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre. Segundo a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são Protistas heterótrofos. Protozoários são seres microscópicos, eucariontes e unicelulares. Quando dividimos os seres vivos em Animais e Vegetais, os protozoários são estudados no Reino Animal e os fitoflagelados – que são protozoários – são estudados no Reino Vegetal. Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com cerca de 20 mil espécies. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares. Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como por exemplo no grupo de flagelados. Há registro fóssil de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na Era Proterozóica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas vasas.

Quadrat. Os ecologistas geralmente utilizam um sistema de amostragem para realizar os estudos necessários de uma determinada área – para isso o uso do quadrat, um quadrado vazado de madeira ou plástico, é essencial ao seu trabalho. Delimitando uma área com esse material, é possível analisar, por amostragem, quais as espécies vegetais que fazem parte daquele determinado ecossistema, como elas se sucedem, qual a sua proporção e distribuição, o seu ciclo de vida e outras informações valiosas para o estudo do terreno. O quadrat pode ser usado pelos ecologistas em qualquer tipo de superfície, inclusive em pesquisas submarinas. O sistema de avaliação é utilizado, por exemplo, nos arrecifes coralinos, para determinar o grau de destruição do ecossistema.

Qualidade Ambiental. "Os juízos de valor adjudicados ao estado ou condição do meio ambiente, no qual o estado se refere aos valores (não necessariamente numéricos) adotados em uma situação e um momento dados, pelas variáveis ou componentes do ambiente que exercem uma influência maior sobre a qualidade de vida presente e futura dos membros de um sistema humano." (Gallopin, 1981). "O estado do meio ambiente como objetivamente percebido, em termos de medição de seus componentes, ou subjetivamente, em termos de atributos tais como beleza e valor." (Munn, 1979). "É o estado do ar, da água, do solo e dos ecossistemas, em relação aos efeitos da ação humana." (Horberry, 1984).

Qualidade da Água. "Características químicas, físicas e biológicas, relacionadas com o seu uso para um determinado fim. A mesma água pode ser de boa qualidade para um determinado fim e de má qualidade para outro, dependendo de suas características e das exigências requeridas pelo uso específico." (Carvalho, 1981).

Qualidade de Vida. "É o conjunto de condições objetivas presentes em uma determinada área e da atitude subjetiva dos indivíduos moradores nessa área, frente a essas condições." (Hornback et alli, 1974). "São aqueles aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva: habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, etc. O conceito se refere, principalmente, aos aspectos de bem-estar social que podem ser instrumentados mediante o desenvolvimento da infra-estrutura e do equipamento dos centros de população, isto é, dos suportes materiais do bem-estar." (SAHOP, 1978). "É a resultante da saúde de uma pessoa (avaliada objetiva ou intersubjetivamente) e do sentimento (subjetivo) da satisfação. A saúde depende dos processos internos de uma pessoa e do grau de cobertura de suas necessidades, e a satisfação depende dos processos internos e do grau de cobertura dos desejos e aspirações." (Gallopin, 1981). "O conceito de qualidade de vida compreende uma série de variáveis, tais como: a satisfação adequada das necessidades biológicas e a conservação de seu equilíbrio (saúde), a manutenção de um ambiente propício à segurança pessoal, a possibilidade de desenvolvimento cultural, e, em último lugar, o ambiente social que propicia a comunicação entre os seres humanos, como base da estabilidade psicológica e da criatividade." (Maya, 1984).

Qualidade do Ar Ambiente. "Termo geral usado para descrever o estado do ar exterior. Este termo não é associado a medidas. Usualmente, a qualidade do ar ambiente é caracterizada como boa ou má, dependendo da técnica de medição utilizada. Algumas discriminam a lista dos componentes realmente medidos no ar, enquanto outras tentam grupar todos os componentes num índice numérico arbitrário." (Lund, 1971).

Qualidade Visual. "Se entende por qualidade visual de uma paisagem o seu grau de excelência e o seu mérito para que não seja alterada ou destruída, isto é, seu mérito para que sua estrutura atual seja conservada (...) Expressão da potencialidade de um território, no âmbito visual, para a localização de uma determinada atividade." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Quaternário. A Era Cenozóica, a mais recente era do planeta, iniciada há cerca de 65 milhões de anos, divide-se em dois períodos: o Terciário e o Quaternário. O Período Terciário inicia-se com a propagação dos mamíferos, as primeiras plantas com flores, aves e insetos (Época do Paleoceno, Eoceno e Oligoceno), o surgimento da cadeia dos Alpes e do Himalaia (Mioceno) e do Homo Habilis (Plioceno), há dois milhões de anos. O Quaternário divide-se em duas Épocas: o Pleistoceno, iniciado há 1,64 milhão de anos, quando surge o Homo Sapiens, e o Holoceno, o atual, iniciado a 100 mil anos.

Queensland. A região mais famosa da Austrália, por causa da sua proximidade com a Grande Barreira de Coral, apresenta outras atrações, como o fascinante Daintree National Park, que dá uma visão de como era o mundo há cerca de 100 milhões de anos. O parque é o hábitat preferido de 130 mamíferos marsupiais.

Queimadas. As queimadas são usadas desde o Período Neolítico para a implantação da agricultura, criação de gado e expansão de propriedades. Só de florestas tropicais, uma área do tamanho do estado de Santa Catarina é destruída para a implantação de agricultura – e a queimada é uma das ferramentas básicas para esse tipo de desmatamento. Queimadas para a ampliação de fazendas e criação de gado destroem quase dois milhões de hectares anualmente. O efeito cumulativo dessa prática é impressionante: mais de 10 milhões de hectares foram destruídos na Amazônia em queimadas espetaculares, que podiam ser detectadas por satélites. Embora tenham diminuído com a vigilância internacional, as queimadas ainda continuam destruindo a Floresta Amazônica. 

Quênia. É um país um pouco menor do que a Bahia, mas com um número incrível de reservas – mais de sessenta, ao lado dos parques nacionais de vida selvagem. Quando as autoridades governamentais do Quênia decidiram, em 1976, que os visitantes deveriam substituir as armas por lentes fotográficas, além de uma decisão ecologicamente correta, incluíram que ela seria também lucrativa. Hoje, mais de um milhão de turistas vão ao Quênia conhecer as reservas, provando com isso, que respeitar o meio ambiente pode ser uma alternativa com um bom senso econômico. No Quênia também vivem os masais, uma das 52 tribos locais que formam a população, 95% negra. Suas casas são feitas com estrumes de boi, de cheiro fortíssimo, e o alimento é o sangue e o leite das vacas.

Quimiossíntese. Processo que consiste na síntese de substância orgânica com energia obtida por um processo químico.

Quimiotérmico. Animal pecilotérmico que pode aumentar a temperatura, graças a uma intensa atividade muscular.

Raça. Uma espécie de anima ode apresentar populações com características diferentes, geralmente originadas a partir da sua confinação em determinado local e por muito tempo. As raças bovinas ou ovinas, por exemplo, são constituídas por diferentes tipos de animais, que assumiram suas características particulares a partir de uma seleção natural empírica (sem intervenção humana) ocorrida num determinado local. Hoje em dia novas raças podem surgir or cruzamentos genéticos provocados artificialmente pelo homem, sempre interessado em modificar a produtividade ou a quantidade dos animais de que se alimenta ou daqueles que produzem leite. As raças domésticas surgiram, por meio da seleção natural, a partir de raças selvagens, desde o Período Neolítico.

Radiação. Processo de emissão de energia eletromagnética e partículas subatômicas a energia ou as partículas assim emitidas. As radiações emitidas podem ser naturais ou artificiais. Os raios do sol, por exemplo, ou os materiais radioativos naturais (como o urânio) das jazidas estão entre as radiações naturais (mesmo assim, também perigosas) do planeta. Dejetos nucleares de centrais ou bombas de cobalto utilizadas em hospitais estão entre as fontes de radiação produzidas artificialmente. Hoje, a principal fonte de radiação nociva ao homem está na exposição aos raios X (radiografias), muito ais significativa do que qualquer outro tipo de radiação presente no cotidiano.  "Emissão e propagação de energia através do espaço de um meio material sob a forma de ondas eletromagnéticas, sonoras, etc." (ACIESP, 1980). "Emissão de partículas atômicas rápidas ou raios pelo núcleo de um átomo." (Braile, 1983). "Emissão de partículas ou raios pelo núcleo de um átomo. Alguns elementos são naturalmente radiativos enquanto outros tornam-se radioativos após bombardeamento com nêutrons ou outras partículas. As três formas principais de radiação são: alfa, beta e gama." (The World Bank, 1978). Radiação solar "Conjunto de radiações emitidas pelo Sol que atingem a Terra e que se caracterizam por curto comprimento de onda." (Ferattini, 1992).

Radioatividade. "Processo em que certos nuclídeos sofrem desintegração espontânea, liberando energia e formando, em geral, novos nuclídeos. No processo costuma haver emissão de um ou mais tipos de radiação, como raios (ou partículas) alfa, fótons gama, etc." (ACIESP, 1980). "Propriedade que apresentam certos núcleos atômicos instáveis de se desintegrarem espontaneamente. A desintegração é acompanhada geralmente pela emissão de partículas alfa ou beta e ou ainda de raios gama (sic)." (Carvalho, 1981).

Radioativo, Lixo. Uma das grandes questões atuais, ainda não resolvida, se resume ao destino incerto do lixo nuclear resultante do emprego dessa energia. Bombas de cobalto usadas em hospitais nos tratamentos contra o câncer podem se tornar um risco sério quando não isoladas em recipientes de chumbo e enterradas longe de zonas de alta densidade populacional. O lixo resultante de centrais nucleares é muitas vezes transportado em navios – que podem ocasionar um desastre terrível em caso de acidente – e enterrado no fundo do mar. Nem essa solução está livre de riscos – os movimentos das placas tectônicas e o desgaste do material de invólucro através dos séculos ainda ameaçam o planeta, já que a estabilidade de materiais como o plutônio pode alcançar até 100 mil anos. 

Radioecologia. É a disciplina da radiobiologia que estuda os efeitos das radiações ionizantes sobre os sistemas ecológicos. Uma parte importante da radioecologia se refere ao estudo da poluição do meio ambiente causada pelos subprodutos das centrais nucleares e suas conseqüências ecológicas. Esse estudo se concentra nos efeitos da bioampliação e bioacumulação nas cadeias alimentares, principalmente nos alimentos consumidos pelo homem. Para realizar essas pesquisas, os ecólogos da medição das doses de radiação, estabelecendo os limites máximos e analisando os efeitos das diferentes faixas de radiação, naturais ou artificiais. A radiação é alta em solos cristalinos ricos em materiais radioativos e igualmente em terrenos muito acima do nível do mar. Uma cidade como La Paz, acima dos três mil metros acima de altitude, possui uma radiação anual de 237 mrens, enquanto uma cidade litorânea apresenta apenas 52 mrens por ano.

Raízes. Além do papel mais conhecido de fixação e de alimentação das plantas, as raízes influenciam diretamente a área imediatamente ao seu redor, chamada pelos ecologistas e botânicos como rizosfera ou o universo das raízes. Neste mundo, as raízes exercem uma ação sobre as propriedades químicas do solo, retirando os elementos minerais necessários às plantas – o mesmo solo pode ser empobrecido em potássio se for cultivado por batatas, ou em fosfatos, se o cultivo for de trigo. As raízes também atuam mecanicamente sobre o solo, fixando terreno arenoso ou, pelo contrário penetrando nas fissuras das rochas calcárias, principalmente, e desintegrando-as, contribuindo para a formação do solo. As suas secreções também inibem a germinação de outras plantas concorrentes. 

Ramsar, Convensão de. A Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional, especialmente enquanto "Hábitat de Aves Aquáticas", também conhecida como Convenção de Ramsar, por ter sido assinada na cidade Iraniana de Ramsar a 2 de Fevereiro de 1971, entrou em vigor em 1975. É considerada o primeiro tratado intergovernamental a fornecer uma base estrutural para a cooperação internacional e acção nacional no sentido da conservação e uso sustentável dos recursos naturais, em concreto, das zonas húmidas e seus recursos. Obrigações e Benefícios dos Países Signatários: Ao ratificarem a convenção, os governos dos países, Partes Contratantes da Convenção, designam um sítio a integrar a Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional e comprometem-se a trabalhar no sentido do uso sustentável das suas zonas húmidas através do planeamento territorial, desenvolvimento de políticas e publicação de legislação, acções de gestão e educação das suas populações. Comprometem-se, também, a designar sítios adicionais para a Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional e a assegurar a sua correcta e efectiva gestão e a cooperar internacionalmente relativamente a zonas húmidas transfronteiriças, a sistemas de zonas húmidas partilhados, espécies comuns e projectos de desenvolvimento que possam afectar zonas húmidas. Quando um sítio Ramsar tiver perdido, ou estiver sob ameaça de perder, as suas características ecológicas, a respectiva Parte Contratante pode registá-lo na Montreux Record, uma lista dos sítios a conservar prioritários e que podem ser alvo da aplicação de um mecanismo de apoio e aconselhamento técnico previsto na convenção.

Rasmussen, Relatório. Polêmico relatório sobre o uso pacífico da energia atômica publicado nos EUA em 1974 e no qual se levantava, pela primeira vez, as estatísticas prováveis de um acidente nuclear no mundo. Segundo o Relatório Rasmussen, a existência no planeta de mil centrais nucleares (na época) originaria o risco possível de um acidente grave de dezessete em dezessete anos. Isso seria suficiente para arrefecer o ânimo dos defensores das usinas. Mas as suas perspectivas otimistas com referência ao desencadeamento desse hipotético acidente, em que morreriam relativamente poucas, pessoas, tranqüilizou as autoridades governamentais. O relatório afirmava, com ingenuidade, que a maior parte da população seria evacuada, ordenadamente, menos de duas horas após a explosão. O relatório afirmava que num grave acidente morreriam muito poucas pessoas. Chernobyl provou o contrário.

Ravinamento. Erosão brutal que grava vários sulcos profundos e largos em solo sem cobertura vegetal. Essas ravinas são formadas por impressionantes torrentes de águas, que passam a escorrer entre elas como verdadeiros rios, durante violentas tempestades, geralmente tropicais. As torrentes são alimentadas por autênticas bacias de recepção, que recebem esses “afluentes” formados pelas águas das chuvas. É muito mais difícil impedir a progressão e o aprofundamento de uma ravina do que evitar o nascimento de novas ravinas, que pode ser controlado com o plantio de vegetação contínua e estratificada, com raízes que impeçam a sua formação. Mesmo assim, as “cabeças” de ravinas podem ser “recheadas” com detritos vegetais, evitando com isso a criação de torrentes e cascatas nas suas bordas. As ravinas podem acontecer em regiões de muita neve, como nos Alpes. Até mesmo as pistas de esqui podem conduzir a formação de ravinas cheias de neve e gelo, que derretem no verão. "Sulcos produzidos nos terrenos, devido ao trabalho erosivo das águas de escoamento. Pequenas incisões feitas na superfície do solo quando a água de escoamento superficial passa a se concentrar e a fazer pequenos regos." (Guerra, 1978).

Reação. Designa-se por este nome a influência exercida por uma biocenose sobre seu biótopo.

Reciclagem. Repetição de uma operação sobre uma substância com o fim de melhorar propriedades ou aumentar o rendimento da operação global. Tratamento de resíduos, ou de material usado, de forma a possibilitar sua reutilização.

Recursos. "Todo fator passível de consumo pelos organismos de uma população e que leva ao incremento do crescimento e da aptidão," (Forattini, 1992). Recursos ambientais "A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas e os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera." (Lei nº 6.938, de 31.08.81). "Os elementos naturais bióticos e abióticos de que dispõe o homem, para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais." (Lei nº 33, de 27.12.80 - República de Cuba). Recursos ambientais compartilhados Diz-se dos recursos ambientais ou sistemas ambientais direta ou indiretamente utilizados por mais de um país. As bacias hidrográficas que abrangem territórios além de um único país, os mares interiores, as baías e golfos, algumas bacias aéreas nessa situação são exemplos de recursos compartilhados. Recursos florestais "Os recursos florestais são constituídos por todos os atributos valiosos da zonas florestais que ocasionem trocas mercantis ou que possuam valor para os interesses humanos." (Diccionario de la Naturaleza, 1987). Recursos hídricos "Numa determinada região ou bacia, a quantidade de águas superficiais ou subterrâneas, disponíveis para qualquer uso." (DNAEE, 1976). Recursos naturais exauríveis ou não renováveis "Aqueles sobre os quais toda exploração traz consigo, inevitavelmente, sua irreversível diminuição." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Recursos Minerais.  "As concentrações minerais na crosta terrestre cujas características fazem com que sua extração seja ou possa chegar a ser técnica e economicamente factível." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Recursos Naturais. Qualquer elemento, matéria e energia que não tenha sofrido processo de transformação, que seja usado diretamente para assegurar necessidades fisiológicas socioeconômicas ou culturais. Um Recurso Renovável pode se auto-renovar ou ser renovado a um ritmo constante, porque se recicla rapidamente, ou porque está vivo e pode propagar-se ou ser propagado. Um Recurso Não-renovável é aquele cujo consumo envolve necessariamente seu esgotamento, pois não tem mecanismos físico-químicos ou biológicos de geração, regeneração ou de propagação "São os mais variados meios de subsistência que as pessoas obtêm diretamente da natureza." (SAHOP, 1978). "O patrimônio nacional nas suas várias partes, tanto os recursos não renováveis, como jazidas minerais, e os renováveis, como florestas e meio de produção." (Carvalho, 1981).

Recursos Renováveis.  Pode ser recolocado na natureza ou se regenerar através de processos naturais a uma taxa equivalente ou maior em que o consumo humano destas fontes é feito. Radiação solar, ondas do mar, ventos, hidroeletricidade, a biomassa e a energia geotérmica são exemplos de recursos naturais renováveis. Recursos naturais renováveis "Um recurso natural é renovável quando, uma vez aproveitado em um determinado lugar e num dado tempo, é suscetível de ser aproveitado neste mesmo lugar, ao cabo de um período de tempo relativamente curto." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Rede Alimentar. O conceito de rede é muito precioso para o estudo da Ecologia. A vida sobre a Terra se alicerçaria em redes em que é notável o papel da interdependência das espécies. As expressões “cadeia alimentar” ou “pirâmide alimentar”, muito empregadas no estudo da biomassa, são às vezes imprecisas e reducionistas – nenhuma espécie animal se limitaria a uma única espécie de presa e, em contrapartida, uma espécie jamais é atacada por um só tipo de predador. A noção de rede representaria muito melhor a complexidade das reações tróficas (alimentares). Num sistema em rede, por exemplo, fica compreendido o caso de uma espécie que, na falta da sua presa habitual, passa a caçar outro tipo de presa, que não consumiria em outro período de abundância. "O conjunto de relações alimentares existentes entre as espécies de uma comunidade biológica e que reflete o sentido do fluxo de matéria e energia que atravessa o ecossistema." (Diccionario de la Naturaleza, 1987). "É o conjunto formado por várias cadeias tróficas que, por força de suas estruturas, naturezas e disposições no ecossistema, se sobrepõem e se interligam parcialmente, apresentando-se como uma trama sem início nem fim, em razão de sua complicada aparência, imposta pelas relações entre seus níveis tróficos." (Carvalho, 1981).

Rede de Drenagem. "Disposição dos canais naturais de drenagem de uma certa área" (DNAEE, 1976). "É o traçado produzido pelas águas de escorrência que modelam a topografia." (Guerra, 1978).

Rede de Interação. Tipo básico de método de avaliação de impacto ambiental. As redes de interação estabelecem a seqüência de impactos indiretos desencadeados a partir de cada ação do projeto que se avalia, através de gráficos ou diagramas, permitindo retraçar, a partir de um impacto, o conjunto de ações que o causaram, direta ou indiretamente. "As redes de interação trabalham a partir de uma lista de atividades do projeto para estabelecer as relações de causa, condição e efeito. São uma tentativa de reconhecer que uma série de impactos pode ser desencadeada por uma só ação. Geralmente definem um conjunto de possíveis redes de interação e permitem ao usuário identificar os impactos pela seleção e seqüência apropriada das ações de um projeto." (Warner & Preston, 1974). "Tentam identificar causas e conseqüências do impacto ambiental através da identificação das interrelações das ações causais e dos fatores ambientais afetados, incluindo aquelas que representam efeitos secundários e terciários." (Canter, 1983).

Reduzir. Separar ou desagregar de uma combinação, de um composto. Fazer a redução, simplificar.

Redwood, National Park. Um dos mais conhecidos parques nacionais americanos, famoso pelas esplendidas sequóias, árvores que podem alcançar até 110 metros de altura. Redwood, ou madeira vermelha, é o nome popular das sequóias nos EUA, país onde nasce essa que é a espécie vegetal mais alta do mundo, Redwood é realmente recente (1968) e foi criado nos moldes do Yosemite Park, uma das primeiras experiências americanas na área dos parques nacionais, implantada no século XIX. As últimas sequóias do litoral da Califórnia eram constamente ameaçadas pela especulação imobiliária ou por madeireiras locais. Assim como as árvores  de Yosemite, foram salvas pela implantação do parque.

Reflorestamento. Atividade dedicada a recompor a cobertura florestal de uma determinada área. O reflorestamento pode ser realizado com objetivos de recuperação do ecossistema original, através da plantação de espécies nativas ou exóticas, obedecendo-se às características ecológicas da área (reflorestamento ecológico), ou com objetivos comerciais, através da introdução de espécies de rápido crescimento e qualidade adequada, para abate e comercialização posterior (reflorestamento econômico). "Há também o reflorestamento de interesse social, quando se destina à produção de alimentos, energia ou material de construção para a população de baixa renda ou para a contenção de encosta." (Celso Bredariol, informação pessoal, 1986). "Ato de reflorestar, de plantar árvores para formar vegetação nas derrubadas, para conservação do solo e atenuação climática." (Goodland, 1975). Uma área devastada pode ser reflorestada por duas técnicas diferentes: o reflorestamento com espécies nativas, procurando restituir a riqueza e a biodiversidade da floresta original, realizada a partir de um levantamento das espécies características que a constituíram anteriormente, e o reflorestamento realizado com espécies de crescimento rápido, com eucaliptos e pinheiros. Embora o reflorestamento de mata nativa seja aconselhado, não se pode negar que as monoculturas com espécies resinosas podem se constituir numa alternativa para a produção de papel e celulose. A manutenção de matas nativas – além, é claro, das matas ciliares, que são proibidas de serem desmatadas – parece ser o compromisso de algumas indústrias de papel de administração mais moderna.

Refugiados Ambientais. Fugir de terras estéreis e erodidas por desastres ambientais, procurar por água potável e evitar zonas com climas alterados pela devastação de florestas é a realidade de milhões de pessoas do mundo. Bangladesh, por exemplo, nos últimos anos uma fonte de refugiados ambientais que fogem das inundações causadas pelo desflorestamento na base da cordilheira do Himalaia. Milhões de refugiados pedem abrigo no Estado vizinho indiano de Assam, lutando por um solo fértil e um pouco mais de lenha. Sentindo-se ameaçados com a invasão, os habitantes de Assam se envolveram em conflitos que, num único ano causou 3 mil pessoas, como aconteceu em 1983. Vários países da África, da América Central e do Sul registram esse fenômeno. No Brasil, as secas e a má administração fundiária sempre incentivaram o abandono da terra por milhares de nordestino.

Regeneração. Os ecossistemas sempre possuem uma taxa de regeneração – e é nisso que os especialistas ligados ao campo da Ecologia apostam. A regeneração é diretamente proporcional à taxa de destruição. Altos índices de devastação significam chances quase nulas de recuperação, capacidade agravada de acordo com o tipo de ecossistemas – florestas são mais difíceis de se recuperar do que rios poluídos, que podem se regenerar com mais facilidade embora a custos de altos investimentos. O reflorestamento com espécies nativas também é uma técnica aconselhável de regeneração.

Região. Porção de território contínua e homogênea em relação a determinados critérios, pelos quais se distingue das regiões vizinhas. As regiões têm seus limites estabelecidos pela coerência e homogeneidade de determinados fatores, enquanto uma área tem limites arbitrados de acordo com as conveniências. Região árida "Aquela onde a precipitação é escassa ou nula. Também se diz das zonas onde a evaporação é superior às precipitações." (Guerra, 1976). Região industrial "Área geográfica reservada ao uso industrial, sem que necessariamente tenha uma estrutura natural de recursos que propicie o desenvolvimento industrial." (CODIN, s/data).

Regime. "Em climatologia, termo usado para caracterizar a distribuição sazonal de um ou mais elementos em um dado lugar." (ACIESP, 1980). Regime hidrográfico ou fluvial "É a variação de nível das águas do rio, durante o ano. O escoamento depende do clima, daí a existência de: rios de regime nival ou glaciário, aqueles que recebem água devido ao derretimento das neves ou geleiras, quando termina o inverno; (rios de) regime pluvial, os que são alimentados pelas águas das chuvas, coincidindo as grandes cheias com a estação chuvosa." (Guerra, 1978). Regime hidrológico "Comportamento do leito de um curso d'água durante um certo período, levando em conta os seguintes fatores: descarga sólida e líquida, largura, profundidade, declividade, forma dos meandros e a progressão do momento da barra, etc." (DNAEE, 1976).

Reintrodução de Espécies. O termo é habitualmente usado em Ecologia com referência à reintrodução de espécies selvagens no meio original, muitas vezes banidas dos seus hábitats pelo próprio homem. Essa operação, quando feita com recursos técnicos e científicos, requer um estudo do comportamento (etologia) das espécies para que a readaptação seja bem-sucedida. No Brasil, trabalhos expressivos tem sidos feitos com a ararinha-azul, o peixe-boi, os golfinhos rotadores e o mico-leão-dourado, entre outros. Para assegurar a sobrevivência da espécie da ararinha-azul, verdadeiros malabarismos (e milagres) estão sendo feitos por uma equipe de biólogos unidos com o conscientizado povo de Coraçá, na Bahia. Na Europa, a reintrodução organizada salvou muitas espécies da extinção. No caso do bisão europeu, foram reintroduzidos animais criados em zoológico.

Relíquia, Espécie. É uma expressão técnica usada no estudo da Ecologia e se refere a uma espécie animal ou vegetal muito antiga e que pode ser achada em ecossistemas de difícil acesso. Nesse caso seriam incluídos os peixes celacantos, uma das mais notáveis descobertas arqueológicas do final do século XX, considerado um “fóssil vivo” pelos especialistas. Os celacantos permanecem ainda hoje como há milhões de anos, num nicho ecológico perto de Madagascar. Foram quase extintos a partir do momento em que a sua cabeça foi colocada a prêmio, com vários museus disputando um exemplar. Esse mesmo termo pode também designar qualquer espécie de animal ou planta que esteja na Terra há muito tempo, não importando se esteja restrita a uma determinada localidade. Os escorpiões, por exemplo, se acham presentes em vários países do mundo e habitam o planeta há milhões de anos. Numa terceira acepção, denomina as espécies que outrora foram abundantes, no mundo, como alguns tipos de répteis, mas se acham hoje circunscritas.

REM. Uma medida específica mede os efeitos das radiações ionizantes: o rem. A radioatividade natural do planeta alcança, por exemplo, o índice de 0,2 rem por ano. A legislação internacional sobre o assunto estabelece o limite de 1,4 vez esse número, ou seja, 0,17 rem por ano. Isso não significa absolutamente que esse teto seja inócuo ao ser humano. De acordo com a Academia de Ciências dos Estados Unidos, esse limite já acrescentaria de 5 mil a 7 mil mortos de câncer a mais do que o normal, além de 2,5 a 25% de mutações genéticas adicionais. Pesquisas paralelas indicam que com esse nível de radiação já seriam registrados mais de 32 mil casos de câncer e leucemia só nos Estados Unidos. A ação dos rems é cumulativa. Trabalhadores em centrais nucleares podem receber uma dose anual de até 5 rems, isto é, trinta vezes mais do que esse limite. Com uma carga de 500 rems, um individuo morre no período de um mês e com mais de 600 rems, qualquer pessoa morre em apenas quinze dias.

Rena. Animal cuja espécie recebe diretamente os efeitos das radiações das chuvas de césio, estrôncio e material radioativo que caem sobre o norte da Europa. Isso acontece a partir de uma determinada particularidade alimentar: as renas são grandes consumidores de liquens, plantas que atuam como verdadeiras esponjas de radioatividade, retendo até mil vezes mais radiação do que um campo paralelo povoado por outra espécie vegetal. A carne da rena é um dos pratos típicos da Escandinava.

Reno. As fotografias dos folhetos turísticos do Rio Reno passando ao lado de montanhas, pequenos chalés ou magníficos castelos não revelam a sua realidade ecológica. Aos olhos da Ecologia, o Reno não passa do maior “esgoto a céu aberto” da Europa, rivalizando-se, nesse sentido, com outro insuspeitado rio: o Sena. Mais de 1.200 tipos de substâncias químicas e orgânicas são habitualmente jogadas no Reno pelos Países Baixos. Além disso, mais de 15 milhões de toneladas de sal provenientes da salmoura produzidas pelas minas de potássio da Alsásia e pelas fábricas de soda de Lorena (regiões da França). Os franceses negam-se a injetar parte dessa água no subsolo, afirmando que não são os únicos poluidores do rio.

Renovação Urbana, Regeneração Urbana. "Ações de substituição de construções antigas por modernas. Esta é a forma mais comum pela qual se dá a regeneração das cidades nos países desenvolvidos. As fontes de investimento tentam recuperar ou captar o alto potencial econômico das áreas centrais deterioradas, para o que é necessário demolir e edificar in situ novas construções de maior rentabilidade." (SAHOP, 1978).

Repelente. Em controle de vetores "Substância apresentando propriedade de repelir insetos e destinada à aplicação em ambiente fechado geralmente inacessível a pessoas e animais domésticos." (FEEMA/PRONOL DG 1017)

Represa. "Massa de água formada por retenção, por exemplo, a montante de uma barragem." (DNAEE, 1976). "Obra de engenharia destinada à acumulação de água para diversos fins, o que é obtido pelo represamento dos rios, originando-se daí grandes lagos artificiais que, por vezes, causam sérios transtornos e inconvenientes ecológicos, como recrudescimento de endemias e até mesmo abalos sísmicos." (Carvalho, 1981).

Reprodução. As espécies designam um valor variável da sua capacidade energética à sua reprodução. Espécies que pertencem à categoria estratégica R (de rapidez, isto é, com a sobrevivência segurada por um ciclo curto de vida e numerosos descendentes, como acontece no caso dos insetos, por exemplo) dedicam grande parte de sua energia à reprodução e descendência. A reprodução significa sexo para a maioria dos animais. Microorganismos e plantas, porém, podem dispensar o sexo, apresentando outras modalidades de reprodução.

Répteis. Durante um longo período – cerca de 165 milhões de anos – os répteis dominaram a Terra. Eram perfeitamente adaptados ao clima quente e úmido do planeta e haviam incorporado uma grande novidade genética: ao contrário dos pássaros, podiam deixar os seus ovos para serem chocados pelo calor do sol ou da terra, sem precisar estar perto deles. São designados répteis os animais vertebrados que põem ovos e que tem a pele recobertas por escamas à prova d’água. Os répteis, como as cobras, os iguanas, os jacarés e as tartarugas, precisam do calor do sol para se aquecer e obter energia – por isso não sobrevivem em climas frios.

Reserva da Biosfera. São as reservas naturais criadas pelo programa MAB (Man and Biosphere) da UNESCO. A ideia básica desse programa é a criação de “museus vivos” do que melhor existe, em termos de natureza, no planeta, como amostras dos principais ecossistemas de hoje preservadas para as gerações futuras. Nessa categoria estão incluídos não só belos cenários naturais como também zonas ou paisagens típicas, raras ou em perigo. São, na verdade, reservas biogenéticas, como, no Brasil, a Mata Atlântica, o Cinturão Verde ao redor de São Paulo e o Cerrado. A partir desse zoneamento é possível fazer uma planificação para a conservação da natureza e a implantação de projetos de desenvolvimento sustentado. Muitas vezes, esses esforços são compartilhados por autoridades governamentais e ONGs, como o caso da Mata Atlântica. Cerca de 330 Reservas da Biosfera garantem os mais diversos tipos de ecossistemas.

Resíduos. Qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar. Resíduos radioativos "(...) qualquer material resultante de atividades humanas que contenha radionucleídeos em quantidades superiores aos limites de isenção, de acordo com norma específica do CNEN, e para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista." (Resolução nº 24, de 7.12.94, do CONAMA).

Resíduos Sólidos. Em média, o cidadão norte-americano joga 1,5 quilo de lixo sólido por dia – um número que pode ser adotado como referência nas grandes cidades brasileiras. Uma cidade como São Paulo descarta cerca de 12 mil toneladas diárias de lixo, cuja maior parte poderia ser reciclada. Mas em termos de reciclagem de latas, com o auxílio de catadores de lixo, o nível é parecido com o dos Estados Unidos. O lixo, hoje, é um dos grandes responsáveis pela contaminação de rios e solos. Para gerenciar esse volume, seria preciso uma combinação de métodos de redução de lixo, reciclagem, compostagem, uso de depósito e incineração. O índice médio de reciclagem dos países da Europa alcança 30%, e nos Estados Unidos, cerca de 12%. Exemplo aterrorizante: Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, estima-se que 250 milhões de pneus de carros e caminhões sejam descartados a cada ano naquele país somando-se a mais de 2 bilhões já existentes. Fora a recauchutagem, não há nenhuma utilização prevista para eles. Mas, se houvesse um interesse econômico, poderiam ser utilizados na mistura asfáltica, em esteiras de borracha, pára-choques e equipamentos de proteção.

Resistência. Em Ecologia, esse termo é usado em dois contextos diversos. Um ecossistema pode apresentar vários fatores que opõem resistência ao crescimento de uma população, ocorrendo a “resistência ao meio”, que pode ser medida e representada graficamente. Essa palavra também pode ser empregada à resistência desenvolvida por uma população por um agressor químico (inseticidas, antibióticos).

Restinga da Marambaia. As restingas são longas faixas de terra de areia que correm paralelas ao litoral. Sua largura pode variar – a faixa de areia chamada Pernambuco alcança 103 metros. O belo mar de Marambaia é habitualmente invadido por grandes traineiras que praticam a terrível pesca de arrastão. A Restinga da Marambaia é uma restinga do litoral do estado do Rio de Janeiro administrada pelo Exército Brasileiro. Faz parte do território de três municípios fluminenses: Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba. Possui ao todo 42 quilômetros de praias.A Restinga da Marambaia é utilizada ainda para exercícios militares e experimentos de armamentos. É uma praia pública porém de acesso restrito por ser área militar. Certas vezes, algumas excursões são feitas no local, tais como de escolas, famílias dos militares e, às vezes, novelas da Globo. As últimas foram Kubanacan e Da Cor do Pecado, a partir de negociações entre a emissora e militares

Reutilização. Procedimento em que material que já fora anteriormente processado se insere, após o tratamento conveniente, numa corrente de processo.

RIMA (Relatório de Impacto Ambiental). O relatório de impacto ambiental é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. Constitui um documento do processo de avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os elementos do projeto em estudo, de modo compreensível aos leigos, para que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão. A sigla RIMA apareceu, pela primeira vez, no Estado do Rio de Janeiro, na Norma Administrativa NA 001, estabelecida pela Deliberação CECA nº 03 de 28.12.77, para designar o Relatório de Influencia no Meio Ambiente. O Decreto nº 88.351 , de 01.06.83, ao regulamentar a Lei nº 6.938, de 31.08.81, no § 2º do artigo 18, denomina Relatório de Impacto Ambiental - RIMA ao documento que será constituído pelo estudo de impacto ambiental, a ser exigido para fins de licenciamento das atividades modificadoras do meio ambiente.

Rinoceronte. Não existe no mundo mais do que 2.500 rinocerontes e a espécie caminha com uma espantosa velocidade rumo à extinção. Hoje, existem 25 vezes menos rinocerontes do que a mais ou menos quarenta anos. A população de aproximadamente 500 índividuos  que habita atualmente no Quênia há quase trinta anos atingia outro número bem diferente: 20 mil exemplares. Das 41 mil espécies de animais do planeta, o rinoceronte branco (que é cinza como os outros, mas com um formato da cabeça diferente) é uma das mais ameaçadas – existem apenas 500 animais desse tipo em todo o mundo. A causa de tamanha mortandade é a mesma dos tigres asiáticos – a fabricação de remédios e afrodisíacos chineses. O chifre do rinoceronte, que chega a pesar dez quilos, é vendido na fantástica cifra de 4 mil dólares o quilo.

Rio Mais 5. As convenções assinadas e os programas e planejamentos aprovados durante a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), realizada pela ONU no Rio de Janeiro, foram analisadas novamente em 1997 na reunião Rio Mais 5, ou em outras palavras um auto-exame da Conferência do Rio realizado cinco anos depois. O resultado era esperado: as metas internacionais estão longe de ser compridas. Nesses cinco anos, as propostas e projetos feitos pelas ONGs durante o Fórum Global, uma reunião paralela à oficial realizada no Aterro do Flamengo, parecem ter sido mais bem-sucedidas que os acordos firmados pelos países participantes. A implantação Agenda 21 ainda depende de boa vontade de pessoas já comprometidas com o meio ambiente.

Ritmo. No estudo da Ecologia, torna-se perfeitamente observável – e mensurável – certos ritmos próprios da natureza. O biorritmo circadiano, por exemplo, se caracteriza por uma periodicidade de 24 horas, comprovada tanto em plantas como em animais, que persiste mesmo se os indivíduos sejam deslocados experimentalmente e mantidos sob um regime de condições fotoperiódicas artificiais, como dias ou noites contínuos. O nictemeral, outro tipo de ritmo, se refere à alternância de dia e de noite. Os efeitos dessa alternância luminosa, que acontece naturalmente na natureza, diferem nos períodos do solstício de inverno ou de verão, quando variam acentuadamente os períodos de tempo de luz e sombra. Também em nível experimental, pode ser criados em laboratórios dias ou noites excepcionalmente longas ou curtas para tentar mensurar os efeitos biológicos.

RMBK. Essas quatro letras designam os mais perigosos e obsoletos – mas ainda em funcionamento – reatores nucleares do mundo. Os reatores do tipo RMBK simplesmente não são isolados num bloco de confinamento. No caso de um acidente, o produto de fissão nuclear pode ser lançado repentinamente na atmosfera, causando morte e destruição imediatas, além de conseqüências imprevisíveis a curto prazo. Segundo as normas internacionais, 23 reatores RMBK deveriam ser imediatamente paralisados. Economicamente, a solução é inviável: os reatores são responsáveis por 25 a 50% da energia elétrica em vários países do Leste Europeu.

Rochas. As rochas são feitas de substâncias sem vida orgânica chamadas de minerais, encontrados sozinhos ou em muitas combinações diferentes. As rochas ígneas são formadas pelo magma que sai de dentro da terra por meio dos vulcões e se solidifica em forma de basalto ou granito, por exemplo. As rochas podem ser desgastadas pela água ou pelo tempo, formando partículas que são levadas pelo vento e que, unidas por restos de animais ou plantas, podem ser cimentadas  para se transformar novamente em rochas, como as calcárias. As rochas sedimentares e ígneas podem se transformar dentro da terra com a presença do calor e da pressão formando as rochas metamórficas.

Roedores. Homens e ratos convivem no planeta com infinitas vantagens para os roedores e sérios prejuízos para a humanidade. Epidemias violentíssimas, como o da peste bubônica durante a Idade Média, transmitida basicamente pelos ratos, dizimaram boa parte da população mundial. Certas cidades apresentam índices estarrecedores nesse campo, como a existência de um rato para cada quatro habitantes. Essa pululação assombrosa é motivada principalmente pela alta taxa de fecundidade desse tipo de animal. Roedores, como os coelhos, também são capazes de causar desequilíbrio ecológico, como aconteceu na Austrália no século passado, quando um único casal introduzido no país transformou-se numa matriz de uma série de problemas.

RQMA (Relatório de Qualidade do Meio Ambiente). Relatório instituído como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938 de 31.08.81, modificada pela Lei nº. 7.804 de 18.07.89), a ser divulgado anualmente pelo IBAMA.

Ruminantes. Animais que tem um papel decisivo na sobrevivência do homem. Fonte de alimento, força de tração e transporte – bois e cavalos nas pradarias, camelos no deserto e lhamas nas montanhas –, os ruminantes dominam grande parte da superfície do planeta. Cerca da metade das terras do mundo é ocupada com a criação de animais ruminantes. Hoje, mais de duzentos milhões de pessoas do globo estão engajados diretamente com a criação desse tipo de animal. Segundo o Manual Global de Ecologia, de Walter Corson, estima-se que o gado mundial consome, atualmente, uma quantidade de comida equivalente às necessidades calóricas de mais de 9 bilhões de pessoas. O alimento ingerido pelos ruminantes é armazenados em vários estômagos, que abrigam bactérias  capazes de digeria a celulose.

Saara. Um dos desertos mais áridos do mundo, o Saara se estende por uma superfície de 8 milhões de quilômetros quadrados. A sua extrema aridez deveu-se à grande velocidade de modificações ecológicas ocorridas em seu território, não permitindo a adaptação de espécies vegetais, como aconteceu em outros desertos da Austrália e dos Estados Unidos. Há 3 milhões de anos, o Saara era recoberto por rios e florestas. Mudanças climáticas bruscas – com poderosas massas de ar seco impedindo a entrada de frentes frias que provocariam chuvas – ficaram formando as suas fronteiras, cujos limites avançam e recuam através dos tempos. O Saara fascina com as suas imagens misteriosas de povos nômades, como os tuaregs, dunas desenhadas com as sombras dos camelos e desafios que provocam os aventureiros de todas as partes do mundo. Na Antiguidade, caravanas percorriam os seus limites para comercializar a seda vinda do Oriente. Sal e ouro também faziam parte das mercadorias que normalmente atravessavam o deserto. Grandes civilizações como a egípcia, deixaram as suas marcas nas areias do Deserto do Saara.

Sahel. Uma faixa que atravessa a África de leste a oeste e que acompanha os limites meridionais do Deserto do Saara enfeixa uma zona tórrida que passa por vários países, como a Somália, que protagoniza as terríveis imagens de adultos e crianças famélicas que podem ser vistas na mídia. A Zona do Sahel sofre constantemente de secas de causas naturais, mas que são agravadas pela ação do homem. A superpopulação local, com uma demanda crescente de alimentos, motivou um superpastoreio local, com pastos que aos poucos foram se desertificando. As consequências foram os longos períodos de fome e desolação.

Saguaro. É o nome do cáctus mais comum nos desertos americanos. Alguns indivíduos dessa espécie pode alcançar até 25 metros de altura, vistos principalmente no sul dos Estados Unidos e no norte do México. O saguaro estabelece uma interessante relação de comensalismo com algumas espécies, que cavam ninhos nos seus caules para poder sobreviver no deserto. Esse cáctus gigante é típico da região de Sonora (México e Estados Unidos), onde atinge grandes proporções. No Brasil, várias famílias de cáctus povoam a caatinga, conferindo um aspecto desértico à região.

Salinas Artesanais. As salinas artesanais, encontradas ainda na região do Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, caracterizadas pelos moinhos de vento que drenam a água para formar as dunas de sal grosso, pouco a pouco estão desaparecendo – são deficitárias e fecham uma após a outra. As salinas davam muito emprego na região, mas também problemas sociais. Muitos dos trabalhadores acabaram tendo sérios problemas de visão, devido a claridade excessiva das dunas de sal. A indústria salineira do Rio Grande do Norte, bem mais estruturada, arrasou com as pretensões comerciais das salinas do estado do Rio de Janeiro. Embora possam permanecer como atrações turísticas, os moinhos de vento das salinas em breve se transformarão em espectros de uma atividade que não existirá mais.

Salinidade. "Medida de concentração de sais minerais dissolvidos na água." (Carvalho, 1981). É a quantidade de sal na água ou em outro líquido qualquer como o sangue. Para certos animais, como o homem, uma salinidade constante e circulante no sangue é essencial à sobrevivência das células. Outras espécies, como as estenoalinas, morrem quando a quantidade de sal na água em que vivem torna-se inferior ou superior à aquela do seu corpo. Já as espécies eurialinas adaptam-se compensando a quantidade de sal por meio dos rins e da bexiga. Os peixes eurialinos de água doce, por exemplo, descarregam uma urina abundante e diluída na água e os do mar liberam pouca urina, mas com uma alta concentração de sal. Os desertos podem influir na taxa de salinidade do sangue. Os dromedários,  por exemplo, ficam com uma alta dose de salinidade no sangue, quando a água se evapora  do seu corpo e com as hemácias do seu sangue contraídas. Quando bebe água nos oásis, o sangue do dromedário volta a se normalizar e as hemácias distendem-se.  

Salinização. "Incremento do conteúdo salino da água, dos solos, sedimentos etc. A salinização pode originar mudanças drásticas no papel ecológico e no uso de tais recursos, impedindo ou favorecendo a existência de certos seres vivos, a obtenção de colheitas etc." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Salobra. São ecossistemas que se misturam as águas doces e salgadas, em quantidades variáveis. Influenciam na taxa de salinidade, as chuvas, as marés, ou a influência dos rios. De uma hora para outra, a água salobra de mangues e estuários pode ficar hipersalgada com relação aos oceanos. Esse fenômeno pode matar algumas espécies e causar a pululação de outras mais adaptadas. Um pequeno crustáceo reage singularmente a esse processo: diminui a sua superfície corporal. Outro entra em hibernação nos períodos de alta salinidade.

Sambaquis. "São monumentos arqueológicos compostos de acúmulo de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres, feitos pelos índios. Nesses jazigos de conchas se encontram, correntemente, ossos humanos, objetos líticos e peças de cerâmica" (Guerra, 1978).

San Andreas, Falha de. Poderia se dizer que as cidades de Los Angeles e São Francisco, metaforicamente, foram construídas na beira de um vulcão não extinto. Isso porque o pequeno perigo e risco que cercam as duas metrópoles é equivalente a isso. Localizada em cima de uma falha tectônica, isso é, uma zona altamente sensível a terremotos, a falha de San Andréas, que vai do norte de São Francisco, no condado de Sonoma, à Baixa Califórnia, no noroeste do México, ameaça eternamente 50 milhões de habitantes dessas duas cidades e da capital da Califórnia, Sacramento, além de outros pequenos centros urbanos. A chegada do temível Big One, o terremoto que arrasaria definitivamente metade do Estado da Califórnia, na verdade, é só uma questão de tempo – que na escala geológica pode ser de 1 ano a 1 milhão de anos. As previsões de técnicos e especialistas, porém, porém não são nada otimistas.

Saneamento. "O controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem efeito deletério sobre seu bem-estar físico, mental ou social," (Organização Mundial da Saúde, apud ACIESP, 1980). Saneamento ambiental "Conjunto de ações que tendem a conservar e melhorar as condições do meio ambiente em benefício da saúde.” (SAHOP, 1978). "É a aplicação dos princípios da Engenharia, da Medicina, da Biologia e da Física no controle do ambiente, com aquelas modificações originárias da proteção e das medidas porventura desejáveis ou necessárias para instituir as condições ótimas de saúde e bem-estar." (Carvalho, 1981). "O conjunto de ações, serviços e obras que têm por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso e ocupação do solo, drenagem urbana, controle de vetores de doenças transmissíveis e demais serviços e obras especializados," (Lei nº. 7.750, de 13.03.92) Saneamento básico "É a solução dos problemas relacionados estritamente com abastecimento de água e disposição dos esgotos de uma comunidade. Há quem defenda a inclusão do lixo e outros problemas que terminarão por tornar sem sentido o vocábulo 'básico' do título do verbete," (Carvalho, 1981). "As ações, serviços e obras considerados prioritários em programas de saúde pública, notadamente o abastecimento público de água e a coleta e o tratamento de esgotos." (Lei nº. 7.750, de 31/03/92)

Saneamento Ambiental. Conjunto de ações, serviços e obras que têm por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso e ocupação do solo, drenagem urbana, controle de vetores de doenças transmissíveis e demais serviços e obras especializados.

Saprófagos. Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.

Saprófitos. São seres vivos sem clorofila que obtêm os seus nutrientes a partir de tecidos, mortos e/ou em decomposição, de plantas ou animais. Algumas são plantas com flor e requerem para a sua sobrevivência a mediação de fungos do solo (micorriza) que, ao envolverem as raízes das plantas com as suas hifas ou micélios, extraem os nutrientes do húmus. Entre as saprófitas com flor incluem-se muitas orquídeas, algumas gencianas e algumas plantas da família da Piroláceas (ex. Pirola).O grupo das saprófitas inclui a maioria dos fungos e algumas bactérias. Podem ser saprófitas obrigatórias, quando o ser vivo não possui clorofila ou pigmentos análogos, e saprófitas facultativas, as que, possuindo clorofila, podem eventualmente prescindir de tal forma de alimentação. A generalidade das saprófitas são decompositores e são responsáveis pela eliminação das substâncias orgânicas. Calcula-se que, se não fosse a intervenção dos decompositores, cada árvore seria submergida pelas suas próprias folhas caídas. A decomposição liberta dióxido de carbono para a atmosfera, de onde pode ser utilizado novamente pelas plantas com clorofila. As saprófitas, como decompositores, também alteram a estrutura e cor do solo, umedecendo-o e arejando-o. As terras ricas negras contêm húmus que na realidade é uma mistura de muitas substâncias orgânicas e de micro-organismos do solo, tanto fungos como bactérias, que o decompõem. Muitos dos odores característicos do solo resultam de substâncias produzidas pela ação das bactérias. Em resumo: Plantas sem capacidade fotossintética que se alimentam absorvendo substâncias orgânicas normalmente provenientes de matéria orgânica em decomposição.

Saturação. "É a qualidade de uma área definida em função do teor de poluente específico, existente ou previsto no horizonte de planejamento, se comparado com o limite padrão estabelecido para a área, coerentemente com o uso da mesma, objeto de opção política" (PRONOL/FEEMA RT 940). "Condição de um líquido quando guarda em solução a quantidade máxima possível de uma dada substância em certa pressão e temperatura" (Carvalho, 1981).

Saturismo. "Doença causada pela intoxicação por chumbo." (Lemaire & Lemaire, 1975).

Saúde Pública. "Ciência e arte de promover, proteger e recuperar a saúde física e mental, através de medidas de alcance coletivo e de motivação da população. Para Winslow, Saúde Pública é a ciência e a arte de prevenir as doenças, prolongar a vida e promover a saúde e a eficiência física e mental, através dos esforços organizados da comunidade, visando ao saneamento do meio, ao controle das infecções na comunidade, a educação dos indivíduos nos princípios da higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo das doenças, e ao desenvolvimento da máquina social que garantirá, para cada indivíduo da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde." (ACIESP, 1980).

Savanas. As Savanas são vegetações típicas de locais com estação seca bastante longa, queimadas constantes, e em regiões de clima tropical como transição para outros tipos de biomas (no Brasil, faz transição com todos os outros biomas exceto os pampas). Caracterizada basicamente por uma vegetação de gramíneas (herbácea) e arbustos, a savana possui uma vegetação bastante resistente ao fogo. As gramíneas apresentam folhas compridas que aproveitam ao máximo as chuvas e rizomas resistentes à seca. Podemos classificar a savana em quatro tipos diferentes de acordo com a presença de árvores ou não, ou ainda, dos tipos de vegetais. Chama-se de savana arborizada aquela em que a quantidade de árvores é bastante expressiva, e arbórea, aquela que apresenta um certo número de árvores, porém, de maneira esparsa. A savana arbustiva é a savana sem presença de árvores, mas, com presença de arbustos, e a savana herbácea é aquela que possui só vegetais do tipo das gramíneas. As árvores da savana possuem os troncos espessos e duros. Algumas delas armazenam água em seus trocos inchados, como o baobá e as árvores-garrafa. A maioria das árvores da savana apresenta a copa achatada. E as principais árvores da savana, além das já citadas, são as acácias. Muitas vezes a vegetação da savana é determinada mais por características do solo do que por condições climáticas. É o caso das regiões com solos arenosos ou muito rasos que não permitem o desenvolvimento de uma vegetação de alto porte. O mesmo ocorre com solos pobres em nutrientes ou muito rígidos. Mas, é claro, que nenhum desses fatores age sozinho. A simples falta de nutrientes não justifica a ausência de árvores de grande porte, do contrário, não haveria a Floresta Amazônica, por exemplo (esta existe em solo pobre de nutrientes através da ciclagem rápida e extremamente eficiente dos nutrientes devido às condições de umidade e temperatura). As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo que em cada região ela apresenta alguma peculiaridade. A savana brasileira e a australiana possuem como principal diferença da savana africana, a inexistência de animais de grande porte como os elefantes, muito embora ainda possuam exemplares extremamente grandes como a anta brasileira que é o maior animal terrestre das Américas podendo chegar a até 2 metros e 300 quilos, ou o canguru marrom australiano. Na savana africana pode ser encontrado o maior animal terrestre do mundo, o elefante, assim como o mais alto, a girafa, e o maior predador terrestre, o leão. Todos eles são remanescentes da Megafauna (fauna composta por animais gigantes) que habitou a região (Gondwana) durante os períodos do Pleistoceno e Holoceno e foram extintas em todas as regiões do mundo exceto na África.

Seca. Período em que a falta de chuvas apresenta uma duração anormal. É associada a mudanças no regime de trocas térmicas entre a atmosfera e o oceano, como é demonstrado facilmente no fenômeno El Nino. Os seres vivos se adaptam à secas de várias maneiras, que incluem mudanças morfológicas, fisiológicas e, entre os animais, comportamentais. Entre as plantas, as adaptações podem se referir tanto às folhas, duras e resistentes, quanto a ciclo de queda e renascimento. As raízes das plantas de zonas áridas podem chegar ao dobro da sua parte aérea, para uma maior captação de água. Também os animais de zonas desérticas desenvolveram capacidades não encontráveis em espécies similares de zonas mais úmidas.

Secagem. Como não pode tirar proveito direto das zonas pantanosas, o homem opta pela decisão mais fácil: aterrá-las ou drená-las. A secagem das terras alagadas é praticada há milênios para construção ou ampliação de cidades ou para aumento de zonas agricultáveis, quando não acontece naturalmente. A secagem, praticadas principalmente por meio de drenagem de lagos e pântanos, impede o desenvolvimento regular da biodiversidade dessas zonas, empobrecidas na sua fauna e flora. Essa intervenção acontece principalmente pela incompreensão da função ecológica de pântanos e pantanais, usados por milhares de aves, sedentárias e migratórias, que se alimentam da rica fauna de peixes dessas zonas. A piscicultura em pantanais pode ser uma alternativa de desenvolvimento sustentado por essas regiões.

Sedimentação. Em geologia "Processo pelo qual se verifica a deposição de sedimentos ou de substâncias que poderão vir a ser mineralizados. Os depósitos sedimentares são resultantes da desagregação ou mesmo da decomposição de rochas primitivas. Esses depósitos podem ser de origem fluvial, marinha, glaciária, eólia, lacustre, etc.." (Guerra, 1978). Em engenharia sanitária "Em tratamento de despejos líquidos, a deposição de sólidos pela ação da gravidade." (The World Bank, 1978). "Processo de deposição, pela ação da gravidade, de material suspenso, levado pela água, água residuária ou outros líquidos. É obtido normalmente pela redução da velocidade do líquido abaixo do ponto a partir do qual pode transportar o material suspenso. Também chamada decantação ou clarificação." (Carvalho, 1981).

Segurança Global. Num primeiro momento, é difícil imaginar a relação entre segurança global e Ecologia. Mas, na verdade, existe uma relação estreita entre esses dois temas. A maioria dos conflitos internacionais hoje está relacionada a um declínio econômico e ambiental de uma região e pressões populacionais. Soluções militares para esses problemas estruturais de natureza não-militar são inadequadas e poucos eficientes. Apesar disso, o mundo gastas hoje mais de um milhão de dólares em programas militares que envolvem a segurança nacional, quando essa verba poderia ser facilmente realocada em áreas como educação, saúde e meio ambiente. Na verdade, o aumento desses gastos militares em busca de vantagens unilaterais apenas geram mais insegurança nos outros países, consequentemente, mais despesas na área. Grande parte dos governos gasta mais em investimentos militares do que em educação e saúde combinadas. Mais de um quarto dos impostos federais dos EUA, por exemplo, é gasto em segurança e cerca de 30% do orçamento norte-americano é destinado a programas militares.

Seleção de Ações. Em avaliação de impacto ambiental Atividade desenvolvida como parte e no início do processo de avaliação de impacto ambiental para decidir se uma proposta de ação (projetos, planos, programas, políticas) deve ser objeto de estudo de impacto ambiental. Dependendo da legislação, esta seleção pode se apoiar em listas positivas das atividades obrigatoriamente sujeitas à avaliação de impacto ambiental, ou ser orientada por uma avaliação preliminar dos impactos do projeto. Em geral, os critérios de seleção incluem a dimensão e o potencial de impacto da atividade e a fragilidade do sistema ambiental a ser afetado. No Brasil, a Resolução nº. 001, de 23.01.86, apresenta uma lista indicativa das atividades sujeitas à avaliação de impacto ambiental e alguns Estados da União contam com regulamentos que detalham os critérios de seleção. "É o processo através do qual se analisam e selecionam as ações suscetíveis de causar impactos significativos no ambiente." (Partidário, 1994).

Seleção Natural. A Teoria da Evolução de Charles Darwin se baseia em três observações muito precisas. A primeira sustenta que todas as espécies variam ao longo do tempo, a segunda conclui que essas variações podem passar de uma geração à outra, e a terceira é a base fundamental de sua teoria, as espécies lutam pela sobrevivência e quem vence essa batalha é sempre o mais apto. a conseqüência disso é que os mais aptos produzem uma maior descendência e, com isso, as suas características passam a ser mais freqüentes nas gerações posteriores. Esse processo é chamado de seleção natural. É ele que assegura as mudanças e, portanto, a evolução das espécies.

Seleção Sexual. Uma das grandes descobertas de Charles Darwin. O cientista observou que para fecundar as fêmeas de uma espécie bastaria apenas um pequeno número de machos. Por que machos e fêmeas existiam sempre em número aproximado? Afinal, os machos em número excedente não passariam de bocas desnecessárias, caso a procriação fosse um único objetivo para a sua existência. Analisando o comportamento animal, ele notou que os combates que surgem entre os machos como forma de competição sexual asseguram, na verdade, a reprodução do mais forte, fortalecendo a espécie. Os mais fracos perdiam as suas fêmeas para os mais fortes, aprimorando o patrimônio genético na próxima prole. A conclusão de Darwin alicerça a sua teoria da evolução das espécies a partir da sobrevivência do mais apto. No caso do homem, outros fatores infinitamente mais complexos influiriam nessa seleção.

Selênio. (do grego σελήνιον, resplendor da lua) É um elemento químico de símbolo Se, número atômico 34 (34 prótons e 34 elétrons) e com massa atômica de 78 u. Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), o selênio encontra-se no estado sólido. É um não metal do grupo dos calcogênio (16 ou VIA) da Classificação Periódica dos Elementos. É um elemento essencial para a maioria das formas de vida. Um dos seus usos é na fabricação de células fotoelétricas. Foi descoberto em 1817 por Jöns Jacob Berzelius ao visitar uma fábrica de ácido sulfúrico. O selênio pode ser encontrado em várias formas alotrópicas. O selênio amorfo existe em duas formas, a vítrea, negra, obtida ao esfriar-se rapidamente, o selênio líquido que funde a 180 °C e tem uma densidade de 4,28 g/cm³, e a vermelha, coloidal, que se obtém em reações de redução. O selênio cinza cristalino de estrutura hexagonal, a forma mais comum, funde a 220,5 °C e tem uma densidade de 4,81 g/cm³; a forma vermelha, de estrutura monoclínica, funde a 221 °C e tem uma densidade de 4,39 g/cm³. É insolúvel em água e álcool, ligeiramente solúvel em dissulfeto de carbono e solúvel em éter. Exibe o efeito fotoelétrico, convertendo a luz em eletricidade. Além disso, sua condutibilidade elétrica aumenta quando exposto à luz. Abaixo de seu ponto de fusão é um material semicondutor do tipo p. O selênio é considerado um elemento perigoso para o meio ambiente, por isso seus compostos devem ser armazenados em locais secos evitando infiltrações que contaminem as águas. Os resíduos de selênio devem ser tratados em meio ácido com sulfito de sódio, aquecendo-os posteriormente para obter-se o selênio elementar, que apresenta uma menor biodisponibilidade. Estudos recentes alertam para o fato de que altas taxas de selênio no sangue podem estar associadas ao desenvolvimento de diabetes em adultos. Os especialistas sugerem, que embora mais pesquisas devam ser feitas para confirmação deste fato, que não sejam recomendados alto consumo de selênio para pacientes diabéticos.

Sementes. É o óvulo maduro e já fecundado das plantas gimnospermas ou angiospermas. É formada por: tegumento ou casca; embrião; e endosperma (que o envolve). Sua importância está relacionada às formas mais primitivas de reprodução e dispersão e é atestada pelo sucesso destes dois grupos das plantas em dominar a paisagem. A semente amassada contém um suco a partir do qual a planta crescerá quando encontrar as condições desejadas. Também contém um suprimento de reserva que servirão para o primeiro estágio de desenvolvimento da planta, depois da formação completa dos órgãos responsáveis pela alimentação. Este suprimento se desenvolve a partir de um embrião chamado fixosperma, proveniente da planta mãe. O endosperma torna-se rico em óleo ou amido e proteínas. Em algumas espécies, o embrião é envolto em endosperma, que será usado pela semente durante a germinação. Em outras o endosperma é absorvido pelo embrião durante a formação da semente, e seus cotilédones passam a armazenar o alimento. As sementes destas espécies, quando maduras, passam a não ter mais endosperma. O embrião da semente se divide em duas principais partes: radícula e gêmula. A radícula é a primeira parte da semente a emergir durante a germinação. É a parte do embrião da semente que irá de formar em raiz. A gemula é a parte do embrião que originará as primeiras folhas da planta. Exemplos de sementes com endosperma: feijão, girassol. Exemplos de sementes sem endosperma: todas as coníferas e a maioria das monocotiledôneas. A parte externa da semente, o tegumento, desenvolve-se a partir do tecido que envolvia o óvulo – a parte mais externa deriva da primina, e a mais interna, da secundina. Em sementes maduras pode-se formar uma fina camada ou uma camada espessa e resistente. Ela ajuda a proteger o embrião de injúrias mecânicas e perda excessiva de água. Para que o embrião germine, é preciso que o tegumento se rompa. Na maioria das espécies, isso acontece em contato com a água ou com um certo teor de umidade; em outras, é preciso que haja uma escarificação mecânica (uma quebra ou raspagem, que, na natureza, pode ser provocada por algum animal, ou pela própria queda da semente no chão), para que a água possa atingir o embrião. Outras sementes, ainda, precisam passar pelo trato digestivo de animais (ex: erva-de-passarinho) ou ser expostas a altas temperaturas (como algumas plantas do cerrado brasileiro, que germinam depois de um incêndio). Em certos casos, estruturas da própria semente produzem enzimas que degradam o tegumento a partir de estímulos do hormônio giberelina. As sementes das angiospermas, em geral, formam-se e desenvolvem-se dentro do fruto. As das gimnospermas começam o seu desenvolvimento descobertas, e são depois envoltas por estruturas chamadas pinhas ou cones (Ex: pinhão).

Semprevirentes. São florestas cujas árvores sempre permanecem verdes, em qualquer estação do ano. Ao contrário das florestas caducifólias cujas árvores, como os plátanos, ficam nuas durante o inverno para evitar a perda d’água por meio da transpiração das folhas, as semprevirentes continuam verdes e frondosas. Existem dois tipos básicos de florestas semprevirentes. Ao primeiro tipo pertencem as florestas semprevirentes climáticas, que se encontram em zonas onde não existe um inverno rigoroso, com gelo e neve, e nem secas prolongadas, onde a perda das folhas é vital e se constitui num dos exemplos das adaptações xeromórficas. Do segundo tipo fazem parte as florestas semprevirentes botânicas, como a taiga, em que as folhas em forma de agulhas das coníferas (pinheiros) suportam bem o gelo.

Sensibilidade. Propriedade de reagir que possuem os sistemas ambientais e os ecossistemas, alterando o seu estado de qualidade, quando afetados por uma ação humana.

Sensoriamento Remoto. “A técnica que utiliza sensores na captação e registro da energia refletida ou emitida por superfícies ou objetos da esfera terrestre ou de outros astros” (Oliveira, 1993).

Separador Inercial. "Os separadores inerciais são os equipamentos mais usados para a coleta de partículas de tamanho médio e grande (do ar)(...) operam segundo o princípio de se imprimir uma força centrífuga à partícula a ser removida da corrente de ar que a carrega. Tal força se produz dirigindo-se o ar para um caminho circular ou efetuando-se-lhe uma brusca mudança de direção." (Danielson, 1973)

Serengueti, Parque Nacional de. O Parque Nacional de Serengueti é um parque nacional de grandes dimensões (cerca de 40.000km²), no norte da Tanzânia e também pelo Quênia, África. Ele é famoso pelas migrações anuais de gnus, zebras e gazelas que acontecem de maio a junho. No Parque vivem mais de 35 espécies de grandes mamíferos como leões, hipopótamos, elefantes, leopardos, rinocerontes, girafas, antílopes e búfalos. O parque também possui hienas, chitas, macacos, além de mais de 500 espécies de pássaros. Serengueti, na linguagem da tribo dos masai, a Maa significa "imensas planícies". Essa tribo vive nas dependências do parque e adjacências e parte do Quênia.

Serra. Apenas 0,5% dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro fica acima dos 1.200 metros – serras e montanhas altas não fazem parte significativa do nosso relevo. O pico mais alto do Brasil, o da Neblina, não ultrapassa os 3.014 metros, uma brincadeira se a comparação for feita com as formidáveis montanhas dos Alpes ou do Himalaia. Há duas razões para isso: a primeira é a intensa ação erosiva no decorrer de milhões de anos, que desgastou as estruturas geológicas mais salientes. A segunda é que nas terras brasileiras não aconteceu nenhum dobramento (colisão) recente de placas, como o que formou a Cordilheira dos Andes.

Serra da Bocaina, Parque Nacional da. Com 104 mil hectares, o Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) é uma das maiores áreas protegidas da Mata Atlântica. Localiza-se em trecho da Serra do Mar, na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Por se estender desde altitudes superiores a 2.000m, na região serrana, até o nível do mar, no litoral, o PNSB apresenta paisagens diversificadas e grande riqueza de fauna e flora, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Dentre seus principais atrativos turísticos destacam-se o Caminho de Mambucaba (mais conhecido como Trilha do Ouro), as cachoeiras de Santo Izidro, das Posses e do Veado, a Pedra do Frade, e a Praia do Caxadaço. A Cachoeira Santo Izidro é um dos cartões postais do parque, de fácil acesso através da portaria em São José do Barreiro. A Pedra do Frade pode ser avistada da rodovia Rio-Santos (BR 101), na altura de Mambucaba, Angra dos Reis. As praias do Meio e Caxadaço, em Paraty, atraem milhares de visitantes nos finais de semana prolongados.

Serra da Canastra, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Serra da Canastra situa-se no sudoeste de Minas Gerais, ao norte do Rio Grande - lago de Furnas e lago Mascarenhas de Morais. É composto por várias fito fisionomias do bioma Cerrado com predomínio de vários tipos de campos. Criado pelo Decreto nº 70.355, de 3 de abril de 1972, com 200 mil hectares, preserva as nascentes do rio São Francisco e vários outros monumentos. Teve 70 mil hectares indenizados no chapadão da Canastra e tem 130 mil hectares na região da Babilônia, abrangendo os municípios de Capitólio, Vargem Bonita, São João Batista do Glória e Delfinópolis por regularizar. O Parque possui variada beleza cênica com grandes paredões de rocha onde existem várias e belas cachoeiras. Esse tipo de paisagem atrai adeptos dos esportes de aventura e do turismo contemplativo, entre outros, o de observação de aves silvestres. A região guarda muitos outros atrativos e, dentro do parque, há sinalização dos pontos de visitação que podem ser acessados de carro, por razoáveis estradas de terra, a depender das condições meteorológicas. Os pontos mais procurados são a nascente do rio São Francisco, a parte alta da Casca D'anta, primeira cachoeira do Rio São Francisco com 186 metros de altura, e sua parte baixa. Há piscinas de água muito fresca na parte superior, antes da queda, e um mirante, onde se deve primar pela segurança, devido ao risco de acidentes. Destacamos também a Cachoeira dos Rolinhos, entre tantas outras; o Curral de Pedras, um curral feito amontoando-se manualmente pedra sobre pedra, que era utilizado para conter o gado durante a pernoite dos tropeiros; a Garagem de Pedras, um antigo entreposto para os habitantes do Vão dos Cândidos que subiam a chapada a pé ou em “lombo de burro” para ter acesso à estrada que ligava e liga São Roque de Minas ao Triângulo Mineiro. O parque é um divisor natural de águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná, neste caso contribuindo ao sul com o rio Grande e ao norte com o rio Paranaíba, através do rio Araguari que nasce dentro do parque. As maiores altitudes beiram os 1.500 metros e em vários locais suas variações são abruptas, inclusive nas estradas, que ainda sofrem sérias intempéries e erosões na época das chuvas. do ano. O parque apresenta ainda dois sítios arqueológicos em condições de preservação e segurança precários e ainda mal estudados, solicitando-se a todos o devido respeito com aquelas localidades, nada devendo ser retirado ou alterado sob pena de multa. São pinturas rupestres e outros elementos ainda não totalmente identificados. A época ideal para visitação é de abril a outubro, pois o tempo está menos chuvoso, facilitando o acesso às atrações e tornando os passeios mais agradáveis. Motos e veículos off road são bem vindos, desde que se mantenham nas estradas, pois fora delas estarão sujeitos à multa nos termos da legislação ambiental

Serra do Caparaó, Parque Nacional da. O Parque Nacional do Caparaó foi criado em 24 de maio de 1961 pelo decreto federal nº 50.646, assinado então pelo presidente Jânio Quadros. Abriga o terceiro pico mais alto do país, o Pico da Bandeira. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).O Parque possui 26.000 hectares de área. O parque está localizado na divisa entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais e ocupa sete cidades do lado espiritossantense e quatro do lado mineiro. Cerca de 80% do parque está no estado do Espírito Santo. Os maiores picos ficam na divisa dos estados, destacando-se o Pico da Bandeira, com 2.892 metros, o Pico 2 ou Pico do Cruzeiro, com 2.852 metros, o Pico do Calçado com 2.849 metros e o Pico do Calçado Mirim com 2.818 metros. O Pico do Cristal, com 2.770 metros fica exclusivamente em território mineiro. O parque abriga ainda outros picos, menores em tamanho, mas também de altitudes consideráveis, como o Morro da Cruz do Negro (2.658 metros), o Pico da Pedra Roxa (2.649 metros), o Pico dos Cabritos ou do Tesouro (2.620 metros), o Pico do Tesourinho (2.584 metros), e a Pedra Menina (2.037 metros) todos em território capixaba. Este parque é uma das mais representativas áreas de Mata Atlântica em território capixaba, que além de cobrir boa parte da Serra do Caparaó, também é encontrada nas encostas das Serras do Castelo, do Forno Grande e da Pedra Azul. A Serra do Caparaó é uma ramificação da Serra da Mantiqueira, se interligando com as Serras do Brigadeiro e do Pai Inácio em Minas Gerais. História: Por volta de 1859, o imperador Dom Pedro II determinou que fosse colocada uma bandeira do império no pico mais alto da Serra do Caparaó. Acredita-se que a denominação Pico da Bandeira se deva a este fato. A Serra do Caparaó ainda foi palco da Guerrilha do Caparaó, instabilidade política ocorrida em 1964. Em 1967, a Guerrílha do Caparaó foi debelada pela Polícia Militar de Minas Gerais e não pelas Forças Armadas, que lá chegaram após comunicado do Batalhão da Polícia Militar em Manhuaçu relatando a prisão dos revolucionários. Os guerrilheiros, já enfraquecidos e doentes devido ao clima e a dificuldades de sobrevivência num local tão inóspito, foram delatados por um dono de farmácia da cidade de Espera Feliz aos policiais militares do destacamento local. Esses policiais comunicaram o fato ao comando do batalhão em Manhuaçu, que enviou apenas mais um pequeno efetivo, que foi ao local e os prendeu. Localização: Situa-se na divisa dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, sendo que 79,4% de sua área está dentro do território capixaba. Suas coordenadas estão entre 20º19’ e 20º 37’ S de latitude e entre 41º43’ e 41º53’ O de longitude. A região do parque está situada a 300 km da capital capixaba Vitória, com acesso pela localidade da Pedra Menina em Dores do Rio Preto, e a 340 km da capital mineira Belo Horizonte, com acesso pelo município de Alto Caparaó.

Serra da Capivara, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Serra da Capivara, com área de 129 mil hectares, está situado no sudeste do estado do Piauí. Localizado no semi-árido nordestino, fronteira entre duas formações geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas da Caatinga. Dentre as espécies encontradas na unidade - criada em junho de 1979 - podemos citar a onça pintada, onça parda, tatu-bola, tamanduá bandeira. No Parque encontra-se a maior concentração de sítios arqueológicos atualmente conhecida nas Américas, com mais de mil sítios arqueológicos pré-históricos cadastrados, muitos deles com pinturas rupestres. Nos abrigos, além das manifestações gráficas, encontram-se vários vestígios da presença do homem pré-histórico, com datações de até 60.000 anos. São mais de 200 sítios arqueológicos abertos à visitação. A visita completa aos circuitos abertos pode ser feita em seis dias, iniciando-se pelo Sítio do Boqueirão da Pedra Furada, onde foram feitas as primeiras escavações e as datações que atestam a presença do homem pré-histórico no continente americano desde 48.000 anos. O sítio pode ser visitado também à noite. Iluminada, a paisagem fica ainda mais grandiosa. O percurso inclui a formação geológica da Pedra Furada, símbolo do local; o Sítio do Meio; o baixão da Pedra Furada, onde se adentra ao cânion formado por formações areníticas. Os outros circuitos turísticos são integrados pelo Desfiladeiro da Capivara, Baixão da Vaca e Toca do Paraguaio, Circuito do Veredão, Circuito da Chapada, Circuito da Jurubeba, Baixão do Perna, Andorinhas e Circuito da Serra Branca. Todos os circuitos estão repletos de sítios arqueológicos estruturados com escadas, passarelas e acesso para pessoas com necessidades especiais. A presença de guia é obrigatória para todos os programas. O Baixão das Andorinhas é um grande desfiladeiro de onde se pode assistir, ao final da tarde, ao espetáculo da volta das andorinhas para o fundo do Boqueirão. Na zona de amortecimento do Parque esta instalada a Cerâmica Serra da Capivara, onde resgatando as tradições dos povos ceramistas são produzidas pela comunidade local peças com as pinturas rupestres encontradas nos sítios arqueológicos. Na cidade de São Raimundo Nonato a visita ao Museu do Homem Americano é obrigatória, pois lá estão expostas peças cerâmicas, urnas funerárias e material lítico resultantes das escavações feitas no Parque. Criado em 1986 para auxiliar os trabalhos arqueológicos realizados no Parque, atua como importante centro de pesquisas. O Museu apresenta as origens e a evolução do homem, além de fazer uma reconstituição dos 50 mil anos da presença humana na região. Pelo seu valor histórico e cultural, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade. A Portaria MMA nº 76, de 11 de março de 2005, criou um Mosaico de Unidades de Conservação abrangendo os Parques Nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões e o Corredor Ecológico conectando os dois parques. A área total do Corredor Ecológico é de 414 mil hectares, abrangendo os municípios de São Raimundo Nonato, Canto do Buriti, Tamboril do Piauí, Brejo do Piauí, São Braz, Anísio de Abreu, Jurema, Caracol e Guaribas

Serra do Cipó, Parque Nacional da. A Serra do Cipó é um dos conjuntos naturais mais exuberantes do mundo e está localizada na Serra do Espinhaço, Minas Gerais. Sua história geológica é complexa e data do período pré-cambriano, com suas rochas arenosas que foram formadas por depósitos marinhos há mais de 1.7 bilhões de anos. A diversidade da sua vegetação é altíssima, e muitas espécies só são encontradas aqui. Sua fauna é representativa e abriga espécies ameaçadas de extinção. Para preservar este patrimônio natural, foi criado o Parque Nacional da Serra do Cipó a APA (Área de Proteção Ambiental). São ao todo 100.000 hectares de cerrados, campos rupestres e matas, além de rios, cachoeiras, canyons, cavernas, sítios arqueológicos preservados e muitos esportes de aventura. A Sserra do Cipó está localizada no estado de Minas Gerais, a apenas 100 Km da capital mineira. Coordenadas 43º-44ºW, 19º-20ºS. O principal acesso é através da Rodovia MG-10, passando por Lagoa Santa e São José de Almeida.

Serra do Divisor, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Serra do Divisor se localiza nos municípios de Rodrigues Alves, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, no estado do Acre, Brasil, na fronteira com o Peru. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Foi criado em 1989, durante o governo Sarney. O clima da região é tropical, quente e úmido. A origem do nome vem do relevo da região onde se encontra um divisor natural das águas das bacias hidrográficas do Rio Ucayali (Peru) e Rio Juruá (Brasil). Na sua região também se encontram valiosos vestígios fósseis. Foi criado em 16 de junho de 1989 pelo Decreto Federal nº 97.839. O Rio Moa é uma das principais atrações do parque. É considerado o local de maior biodiversidade da Amazônia. Várias espécies endêmicas vegetais e animais são encontradas devido, em parte, à sua proximidade com o ecossistema andino, numa região de transição das terras baixas da Amazônia e as montanhas dos Andes. Possui uma área de 843.000 hectares, sendo o quarto maior parque nacional brasileiro. Várias populações indígenas habitam o parque, tanto que já está sendo demarcada a futura reserva indígena rio Moa, além de seringueiros que já residem lá a algumas gerações.

Serra Geral, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Serra Geral está situado na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Parque Nacional da Serra Geral foi criado pelo Decreto n° 531 de 20.05.1992 e é limítrofe ao Parque Nacional de Aparados da Serra, constituindo um ecossistema de rara beleza e importante área de biodiversidade destinada a fins científicos, culturais e recreativos. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Possui uma área de 17 300 ha. Está localizado nos municípios de Jacinto Machado e Praia Grande no estado de Santa Catarina, e Cambará do Sul no estado do Rio Grande do Sul. O acesso é feito através da RS-020 que liga São Francisco de Paula a Cambará do Sul, ou pela SC-360 que liga Praia Grande/SC a Cambará do Sul. A cidade mais próxima à unidade é Cambará do Sul que fica a uma distância de 190 km da capital Porto Alegre. O relevo sul catarinense é acentuado com montanhas e vales profundos, que recortam a borda do planalto. O lado rio-grandense é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos. Sem transição, as ondulações suaves dão lugar à paredões verticais e rochas basálticas. Com uma altitude média de 950 metros, nos dias claros pode-se divisar o Oceano Atlântico desde as bordas dos desfiladeiros, bem como diversas cidades próximas da costa, como Praia Grande (SC) ou Torres (RS). Formado a partir de intensas atividades vulcânicas havidas há milhões de anos, sucessivos derrames de lava vieram originar o Planalto Sulbrasileiro, coberto por campos limpos, matas de araucárias e inúmeras nascentes de rios cristalinos. Ao leste, este imenso platô é subitamente interrompido por abismos verticais que levam à região litorânea, daí originando-se o nome de Aparados da Serra. Em alguns pontos, decorrentes de desmoronamentos, falhas naturais da rocha e processos de erosão, encontram-se grandiosos desfiladeiros, dentre os quais os mais conhecidos: o Churriado, o Malacara e o Fortaleza.

Serra da Mantiqueira. É uma cadeia montanhosa que se estende por três estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A serra tem uma formação geológica datada da era arqueana que compreende um maciço rochoso que possui grande área de terras altas, entre mil e quase três mil metros de altitude, ao longo das divisas dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira existem diversas unidades de conservação, como a área de proteção ambiental Serra da Mantiqueira, dividida entre os três estados, o Parque Nacional do Itatiaia, dividido entre Minas e Rio, e os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio (Minas) e Campos do Jordão (São Paulo). Dez por cento da serra é circunscrita em terras fluminenses. Trinta por cento da serra está localizada no estado de São Paulo, e os demais 60% estão localizados no estado de Minas Gerais, que possui a sua maior porção (provém da região onde está o município de Barbacena e de lá inclina-se para o sudoeste até se encontrar com as fronteiras com o Rio de Janeiro e logo após, com São Paulo, onde torna-se uma fronteira natural com o estado de Minas Gerais até as mediações finais de Joanópolis (São Paulo) e Extrema (Minas Gerais) e, por fim, esta termina na cidade de Bragança Paulista. A capital mais próxima da Serra da Mantiqueira é São Paulo, justamente por estar a 90 quilômetros da primeira cidade situada na Serra da Mantiqueira, Bragança Paulista, a segunda é Belo Horizonte que está situada a 170 quilômetros da primeira cidade onde a Serra da Mantiqueira está situada: Barbacena e a terceira é o Rio de Janeiro que se localiza a 198 quilômetros do mais próximo povoado na Serra da Mantiqueira Visconde de Mauá, distrito do Município de Resende.

Serra do Mar. A Serra do Mar é um maciço rochoso que percorre quase toda a extensão do litoral sul e sudeste brasileiro. Segundo a geologia, a origem da Serra do Mar está relacionada ao evento geológico ocorrido a cerca de 130 milhões de anos atrás e que foi o responsável por separar o super continente da Gondwana formando a América do Sul e a África, e dando origem ao Oceano Atlântico. Ao se separar do continente africano a placa tectônica sul-americana se chocou com a placa de nazca (do Oceano Pacífico) dando origem a cadeia andina e soerguendo a placa sul-americana na parte oriental, a costa brasileira. Esse soerguimento, ocorrido a cerca de 80 milhões de anos, foi o responsável por expor rochas muito antigas (cerca de 600 milhões de anos) dando início à formação do sistema Serra do Mar – Mantiqueira. Os intemperismos físicos, químicos e biológicos e a continuação dos eventos geológicos (como o soerguimento do litoral brasileiro que ocorre até hoje) se encarregariam de continuar esculpindo a Serra do Mar. Com uma extensão de cerca de 1.000 km, a Serra do Mar passa pelo litoral de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e rio de Janeiro recebendo um nome variado em cada local: Serra do Mar, Juréia – Itatins ou Serra da Paranapiacaba em São Paulo, Serra do Itajaí ou Serra do Tabuleiro em Santa Catarina, Serra da Prata, Marumbi, Graciosa ou Ibitiraquire no Paraná e Serra da Bocaina ou dos Órgãos no Rio de Janeiro. Devido à sua grande extensão e variação de altitudes (de 1200 a 2200 m acima do nível do mar), a Serra do Mar apresenta uma grande variedade de vegetações que vão desde a Floresta Ombrófila Densa até aos Manguezais. Infelizmente, a rápida ocupação do litoral brasileiro e o desenvolvimento das regiões sul e sudeste quase acabaram com essa riqueza de biodiversidade: só no Estado de São Paulo cerca de 90% da vegetação que cobria a Serra do Mar foi devastada. Uma curiosidade sobre a Serra do Mar: ela continua crescendo. Estudos apontam que o movimento de soerguimento da costa brasileira atingiu uma elevação de 25 metros durante os últimos 300 mil anos.

Serra dos Órgãos, Parque Nacional da. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros; além de ter fantásticas cachoeiras. O Parque tem a maior rede de trilhas do Brasil. São mais de 130 quilômetros de trilhas em todos os níveis de dificuldade: desde a trilha suspensa, acessível até a cadeirantes, até a pesada Travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 Km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas. Entre as escaladas destacam-se o Dedo de Deus, considerado o marco inicial da escalada no país, e a Agulha do Diabo, escolhida uma das 15 melhores escaladas em rocha do mundo. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi criado em 1939 para proteger a excepcional paisagem e a biodiversidade deste trecho da Serra do Mar na Região Serrana do Rio de Janeiro. São 20.024 hectares protegidos nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. O Parque abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local).

Serviço Público. "Atividade administrativa pela qual a Administração, por si ou por seus delegados, satisfaz as necessidades essenciais ou secundárias da comunidade, assim por lei consideradas, e sob as condições por aquela impostas unilateralmente." (Moreira Neto, 1976).

Sete Cidades, Parque Nacional de. Localizado no norte do estado do Piauí, possui uma área de 6.221 hectares. Foi criado pelo decreto 50.744, de 08 de junho de 1961, e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, e protegido pelo Decreto 84.017, que aprovou o Regulamento dos Parques Nacionais do Brasil. Localizado a cerca de 18km do município de Piracuruca, é com certeza um dos orgulhos do povo da cidade, mas que infelizmente, ainda, depois de tanto tempo, não foi devidamente reconhecido como tal. É de uma beleza exuberante, suas várias formações rochosas de diversos nomes, tamanhos e formas, algumas muito altas, lembram castelos, edifícios, muralhas, pessoas, animais, mapas e objetos, é um mundo em pedras, além de maravilhosos banhos (riachos, piscinas naturais) e uma linda cachoeira, pode-se encontrar também uma grande variedade de animais silvestres e inscrições rupestres de origem desconhecida. Existem vários mistérios, lendas, histórias relacionadas às "Sete Cidades de Pedra" – nome esse dado devido à divisão do parque em sete grandes praças imaginárias – Muitos são os historiadores, pesquisadores e turistas que ao longo do tempo visitaram o parque e teceram seus próprios comentários a respeito do que viram. O certo é que só em adentrar nos limites do parque sente-se um ar de mistério e admiração. É possível encontrar uma grande variedade de peças artesanais feitas por artesãos locais, essas peças são comercializadas em pequenas barracas e quiosques no interior do parque, muitos são os visitantes que as adquirem como forma de levar uma recordação. Primeiro centro intelectual dos povos tupis, local de passagem dos povos fenícios, cidade encantada, uma civilização destruída comparada a Sadoma e Gomorra, aniquilada pelo fogo do céu, camadas de geleiras, antigo golfo marítimo visitado pelos navegadores vikings, e muitas outras suposições e lendas criadas pelos antigos, estudiosos e pesquisadores que visitaram e visitam o local fazem desse lugar um berço de mistério sem que nenhum deles tenha a precisa definição do que realmente está comentando.

Setores Econômicos. Setor primário "O setor primário (ou agricultura em geral) abrange a agricultura em sentido restrito (isto é, a lavoura), a pecuária, a caça, a pesca, a extração de minerais e de madeira - ou seja, todas as atividades de exploração direta dos recursos naturais de origem vegetal, animal e minera.l" (Miglioli et alii, 1977). Setor secundário "O setor secundário (ou indústria em geral) compreende todas as atividades de transformação de bens e divide-se em três subsetores: a indústria da construção civil, a indústria de serviços públicos (geração e distribuição de energia elétrica, beneficiamento e distribuição de água à população, produção e distribuição de gás encanado) e a indústria manufatureira, também chamada de indústria de transformação, o que é uma redundância, visto toda indústria implicar uma transformação de produtos)." (Miglioli et alii, 1977). Setor terciário "O setor terciário (ou de serviços em geral) se refere a todas as demais atividades econômicas que se caracterizam por não produzirem bens materiais e sim prestarem serviços." (Miglioli et alii, 1977).

Silicose. "Afecção pulmonar causada pela inalação de partículas finas (inferiores a 5 micra) de sílica ou silicatos, quartzo, areia, granito, pórfiro. Enfermidade profissional dos trabalhadores em pedreiras e em jateamento de areia, etc." (Lemaire & Lemaire, 1975).

Silte. "Grãos que entram na formação de um solo ou de uma rocha sedimentar, cujos diâmetros variam entre 0,02mm e 0,002mm. Outros consideram os seguintes diâmetros: 0,05mm a 0,005mm." (Guerra, 1978). "Limo, matéria telúrica fina, transportada pela água e depositada na forma de um sedimento." (Carvalho, 1981).

Silva, Marina. Maria Osmarina Marina Vaz de Lima, nasceu em 8 de fevereiro de 1958, na cidade de Rio Branco, capital do estado do Acre. Filha de Pedro Augusto da Silva e Maria Augusta da Silva. É política, formada em História, com dois mandatos de senadora. Estudou no colégio Natalino S. Brito, realizou supletivo no 1° e 2° Graus e se formou em História na Universidade Federal do Acre. Estudou Metodologia em Técnicas em Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre. Foi eleita vereadora no ano de 1989; deputada estadual em 1991; e eleita para o primeiro mandato de senadora em 1995, cumprindo o mandato em 2003, sendo reeleita no mesmo ano. Em sua primeira eleição ao senado, alcançou a cadeira aos 36 anos de idade, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), como representante do estado do Acre. Marina Silva foi a senadora mais jovem a chegar ao senado. Em seu segundo mandato, decorrente até 31 de janeiro de 2011, licenciou-se do cargo de 2003 a 2008, para assumir o Ministério do Meio Ambiente, em projetos implementados nos dois mandatos presidenciais do presidente Lula. Retirou-se do ministério, logo ocupado por Carlos Minc, em 13 de maio de 2008. Depois de se retirar, passou a compor as comissões de Meio Ambiente, Constituição e Justiça e o Fórum das Mundial das Águas. Ainda trabalha como suplente nas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Educação, Cultura e Esportes, direitos Humanos e Assuntos Econômicos. No dia 1º de setembro de 2009, filiou-se ao Partido Verde (PV).

Silvicultura. Silvicultura é a ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais com vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, é aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas. O sucesso de um projeto de silvicultura depende do planejamento e implantação adequada nas várias silvias, as quais compreendem: estudo do clima, determinação da espécie e definição do material genético,produção de picas, preparo das fezes, controle de formigas e outros invasores,tratos culturais, tratos silviculturais e colheita planejada. Silvicultura também está relacionada à cultura madeireira.E o manejo de uma área de silvicultura exige a participação de técnicos de várias áreas. Busca ainda auxiliar na recuperação das florestas através do plantio de mudas, preferencialmente de caráter regional, de forma a ampliar as possibilidades de manutenção dos biomas locais visando a recuperação de recursos hídricos e manutenção de biodiversidade, de forma a aumentar a eficiência do processo.

Simulação. "Processo de elaborar modelos de sistema real e de conduzir experimentos, com a finalidade de compreender o comportamento do sistema ou de avaliar as possíveis estratégias para operação do sistema." (Forattini, 1992). Simulação visual Desenhos em perspectiva, modelos tridimensionais, fotografia ou outras técnicas de representação gráfica ou visual que ajude a simular paisagens reais ou projetadas, em diferentes condições e pontos de vista.

Sinecologia. É a parte da Ecologia que analisa as relações entre os indivíduos pertencentes às diversas espécies de um grupo e seu meio.

Sistemas, Ecologia dos. É dos ramos mais interessantes do estudo da Ecologia. A premissa que alicerça o estudo da Ecologia dos sistemas advém de conceitos muito modernos a nível teórico. As conclusões desse tipo de estudo são tiradas não a partir da análise detalhada dos compartimentos que pertencem a um sistema, mas, pelo contrário, a partir da relação das partes que compõem o sistema e dos sistemas entre si. Dessas interações (entre as partes ou entre os sistemas) emergem propriedades globais específicas. Em Ecologia, essas estruturas unitárias são ligadas por um fluxo de matéria ou de energia (como as cadeias alimentares) ou se referem às relações entre os indivíduos de uma população, às quais representam o nível mais simples desse espectro de pesquisa. A ecologia dos sistemas se fundamenta em teorias matemáticas, teorias da informação e, é claro, da informática. 

Sinergia, Sinergismo. Fenômeno químico no qual o efeito obtido pela ação combinada de duas substâncias químicas diferentes é maior do que a soma dos efeitos individuais dessas mesmas substâncias. Este fenômeno pode ser observado nos efeitos do lançamento de diferentes poluentes num mesmo corpo d'água. "Reações químicas nas quais o efeito total da ação recíproca é superior à soma dos efeitos de cada substância separadamente." (Odum, 1972).

Sítio. Termo técnico que apresenta dois significados diferentes, embora correlatos. Sítio pode ser uma área delimitada e reservada a pesquisas, como um sítio arqueológico ou ecológico. Também se usa essa expressão como referência às zonas escolhidas pela UNESCO como áreas de relevante valor histórico, cultural ou natural. Os sítios da UNESCO são designados por comissões, com técnicos e especialistas internacionais e nacionais, isto é, pertencentes ao país onde estão localizados. A lista desses lugares, constantemente atualizada, engloba os sítios tidos como Patrimônio da Humanidade, criados a partir de uma Convenção da UNESCO em 1980.

Smog. É um neologismo da língua inglesa nascido de uma triste realidade ecológica, características das grandes cidades onde transitam muitos veículos – smog é, na verdade, uma união de smoke (fumaça) e fog (nevoeiro). Cada partícula sólida ou líquida lançada na atmosfera serve de apoio para a condensação de uma gotícula d’água, provocando, com isso, uma camada formada por uma espécie de aerossol que envolve as grandes cidades, sobretudo no inverno. As partículas que se unem às gotas d’água são constituídas de substâncias tóxicas, como o anidrido sulfuroso, óxido de carbono e de azoto, hidrocarbonetos, metais pesados e diversos tipos de bactérias, causando com isso irritações pulmonares e oculares. Os smogs podem ser ácidos e fotoquímicos.

SNUC. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza fornece diretrizes e procedimentos oficiais para criação, implantação e gestão de Unidades de Conservação, visando a sistematização da conservação da natureza no Brasil.

Sobrepastoreio. O fenômeno de sobrepastoreio ocorre quando as plantas estão expostas a pastoreio intensivo durante logos períodos de tempo, ou sem períodos suficientes para a necessária recuperação ambiental. Pode ser causada pelo gado nas aplicações agrícolas mal geridas, ou por sobrepopulações de nativos ou não nativos dos animais selvagens. Reduz a utilidade, a produtividade e a biodiversidade dos terrenos e é uma das causas da desertificação e a erosão. O sobrepastoreio também é visto como uma causa da propagação de plantas não nativas e doenças. O sobrepastoreio utiliza-se como exemplo clássico da Tragédia dos comuns. A produção sustentável de pastagens baseia-se na gestão de pastos, de animais, e a comercialização de gado. Como o pastoreio é a base das pastagens para produção de gado, já que afecta tanto a saúde animal e vegetal como a produtividade. -1Pode produzir-se no pastoreio contínuo ou rotativo, e ser causado por ter demasiados animais em exploração ou por não controlar adequadamente a actividade de pastoreio. Reduz as zonas de folhas de plantas aceitáveis, o que reduz a interceptação da luz solar e o crescimento da planta. As plantas enfraquecem e reduz-se o comprimento da raiz e, potencialmente, a área de pastoreio pode ser reduzida.

Soja.  A diferente abordagem existente entre agricultura e Ecologia torna-se evidente quando o assunto é soja. Introduzida no Brasil na década de 70, a partir de espécies originárias da China, a soja foi tomando conta do país num desenho característico – do sul para o norte, chegando à Rondônia, Maranhão e ao sul do Piauí. Atualmente, no Brasil Central, esconde-se uma “Bélgica” verde feita de plantações de soja com perspectivas de ampliar o seu território em quase de 50 milhões de hectares, uma área equivalente à Espanha. Mas, como o que é bom para a economia nem sempre é favorável ao meio ambiente, as plantações de soja apresentam todos os malefícios da monocultura: excesso de agrotóxicos, exaurimento da terra e diminuição da biodiversidade nas áreas plantadas. Pior ainda: muitas plantações estão em zonas de cerrado ou de transição, caracterizadas por um alto índice de biodiversidade.

Sol. É uma estrela anã amarela de quinta grandeza – isto é, uma significância em termos astronômicos. Mas ela é a fonte de toda a energia que se usa no planeta, com exceção da radioatividade. A energia solar chega à Terra sob a forma de radiação, numa quantidade vinte vezes superior àquela consumida atualmente no mundo. Essa energia se distribui tanto diretamente, fornecendo luz e calor, quanto indiretamente, dando origem a numerosos fenômenos de natureza biológica. Todos os seres vivos se alimentam da energia solar transformada, presente nas plantas e nos animais. A radiação que vem do sol, distante 150 milhões de quilômetros da Terra, chega de forma dispersa e é quase totalmente refletida pela atmosfera. O domínio da utilização da energia solar de forma concentrada, por meio de coletores fotovoltaicos, células e placas solares, é relativamente recente e ainda dispendioso. O seu custo, com o aperfeiçoamento da tecnologia tende a baixar.

Solo. Basicamente é formado por rochas fragmentadas, que constituem a sua base mineral. A textura dos diversos tipos de solo é determinada pelo clima, que influi no tamanho das partículas rochosas decompostas. Bactérias, fungos, liquens, plantas e animais contribuem igualmente  para a formação do solo acrescentando outras partículas, a partir de suas atividades cotidianas e, quando mortos, a partir das substâncias que acabam incorporando à terra (ver húmus). A sua formação é muito lenta: é preciso cerca de 500 anos para se formar 2,5cm de subsolo. O solo divide em várias camadas (conhecidas tecnicamente por horizontes) que definem o seu perfil. Um metro cúbico de solo pode conter mais de 1 bilhão de animais, na maioria microorganismos.

Solventes. Basicamente, são líquidos que dissolvem outros materiais. Os solventes apresentam um largo espectro de uso nos ambientes domésticos e industriais. Tintas, produtos de limpeza, adesivos e lacas possuem agentes solventes em graus variados. De maneira geral, são tóxicos, provocando tonturas e sonolência; efeitos colaterais muito semelhantes àqueles provocados pelos narcóticos. São altamente inflamáveis e perigosos e, com o contato prolongado (como no caso dos operários de fábricas de tintas), pode causar danos em órgãos como os rins e o fígado. Alguns solventes são suspeitos de provocar câncer e alterações genéticas em fetos.

Somália. No passado, a região fornecia incenso, mirra e especiarias para o Egito e outros povos do Oriente Médio. Região árida, com vales e fluviais férteis, a Somália vivia em equilíbrio precário que a ameaçava constantemente de fome e de seca, que chegou provocando dor e milhões de mortes nos últimos tempos. Uma superpopulação (aproximadamente 10 milhões de habitantes) em uma área hostil à sobrevivência humana resultou numa fome epidêmica e genocida, que recebeu ajuda de vários organismos internacionais. Tropas norte-americanas intervieram no país desde 1992 e lá permanecem até os dias atuais.

Sonora. É um deserto sui generis – embora árido e com temperaturas elevadas, abriga 2.500 espécies de plantas, onde vivem logos, pássaros e ursos, que se alimentam das framboesas que crescem por ali. Apresenta uma variedade topográfica notável – na verdade, as dunas que caracterizam os outros desertos do mundo representam 5% do seu território. Montanhas, zonas pedregosas, vales até alguns oásis fazem parte do seu relevo. O índice pluviométrico do Deserto de Sonora (Arizona, EUA), está abaixo de 7cm por ano, mas ocasionalmente, desabam chuvas fortíssimas que duram por alguns minutos. Essas chuvas são suficientes para os peixes da região, que, espantosamente, conseguem viver em águas três vezes mais salgadas do que as dos oceanos. Uma das razões para a biodiversidade do deserto é a adaptabilidade das espécies que ali vivem, como os kangoroos rats (ratos cangurus), que nunca bebem água. Para sobreviver, metabolizam a água que o seu próprio corpo produz enquanto roem sementes de cáctus.

Sucessão. Processo de substituição de uma comunidade por outra, conseqüente à modificação do ambiente e ao desequilíbrio que pode ocorrer uma vez atingido o nível de saturação

Sucessão Ecológica. É uma série de estágios do desenvolvimento de uma comunidade estável. Apesar de parecer, estáveis os ecossistemas estão continuamente mudando. Isso se torna evidente quando uma catástrofe natural, como a erupção de um vulcão ou um incêndio, ou artificial, como a explosão de uma bomba atômica, extingue completamente as espécies de uma área. O repovoamento vegetal e animal é restabelecido numa sucessão ecológica em que cada estágio apresenta determinadas características. Essa sucessão caminha para o que a Ecologia se chama clímax, isto é, o estágio em que a cobertura vegetal alcança a sua capacidade máxima. Mas mesmo durante o clímax as mudanças continuam ocorrendo, de maneira estável e não tão aparente.

Superagui, Parque Nacional do. O Parque Nacional de Superagui foi criado em 1989 com uma área inicial de cerca de 21.400ha. Em 1999 ocorreu outra demarcação e a área aumentou para cerca de 34.000 ha, o que incluia a Ilha de Superagui, a Ilha das Peças, a Ilha de Pinheiro e a Ilha do Pinheirinho. Foram incluídos ainda o vale do Rio dos Patos, no continente, e o Canal do Varadouro, que separa a Ilha do Superagui das terras continentais. O Parque Nacional faz parte do complexo estuário de Paranaguá, Cananéia e Iguape. Em 1991, o parque foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO, já que sob ponto de vista de suplemento alimentar é uma das áreas mais importantes do país. Mais recentemente, em dezembro de 1999, o parque foi também declarado Patrimônio Natural da Humanidade, também pela UNESCO. Abriga baías, praias desertas, restingas, manguezais e abundantes formações de Floresta Atlântica. Várias espécies animais, algumas delas raras ou ameaçadas de extinção, como o papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis), o mico-leão-da-cara-preta (Leontopithecus caissara) e o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), vivem dentro dos seus limites. O parque ainda não possui uma infra-estrutura turística organizada, nem existe um plano de manejo. Somente a vila da Barra do Superagui está fora dos limites do parque e lá existem oito pousadas, quatro restaurantes e um camping. Não há transporte marítimo regular, sendo necessário fretar barcos particulares para chegar ao local. A demanda turística ainda é relativamente pequena, mas em conseqüência da instalação de eletricidade no final do ano 1998 e da proximidade do parque a dois grandes centros urbanos – Curitiba e São Paulo –, é provável que a demanda aumente consideravelmente num futuro próximo, o que torna urgente um programa de planejamento turístico. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). História: Na área foram encontrados muitos sambaquis que são provas que houve pescadores muito antigos, depois a região foi habitada por índios carijós e tupiniquins, depois vieram os portugueses. Em 1852 Perret Gentil, cônsul suíço no Rio de Janeiro, fundou na Ilha de Superagui uma das primeiras colônias européias no estado do Paraná, no início foram instaladas 15 famílias. Um dos colonos que mais se destacou, foi o suíço William Michaud, que foi pintor e professor e fez vários desenhos e pinturas sobre as paisagens e costumes da ilha.

Superpopulação. Fenômeno ligado ao aumento da densidade de uma população a níveis que excedem a disponibilidade dos recursos naturais (terras, cultiváveis, energia, água, matérias-primas indispensáveis). Alguns países, como o Egito, possuem uma densidade populacional – mil habitantes por quilômetro quadrado. Esse crescimento pode ser rápido e assustador – hoje, cidades ao redor do rio Ganges apresentam o índice de 800 habitantes por quilômetro quadrado em áreas cobertas de mata virgem no início do século passado.

Sustentabilidade. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

T-90. "É o tempo que leva a água do mar para reduzir de 90% o número de bactérias do esgoto." (Carvalho, 1981).

Tabuleiro, Chapada. "Formas topográficas que se assemelham a planaltos, com declividade média inferior a 10% (aproximadamente 6%) e extensão superior a dez hectares, terminados em forma abrupta; a chapada se caracteriza por grandes superfícies, a mais de setecentos metros de altitude." (Resolução nº. 04, de 18.09.85, do CONAMA).

Taiga. É o nome usado para designar um dos maiores biomas do mundo, que se estende pelas terras geladas do Hemisfério Norte próximas ao Círculo Polar Ártico: o Canadá, passando pela Escandinávia e até um bom pedaço da Sibéria, na Rússia. Localiza-se entre os 45 e 60 graus norte e cobre dezenas de milhões de quilômetros. A taiga também é conhecida por floresta boreal de coníferas, formadas por pinheiros de várias espécies, semprevirentes, ou sempre verdes, na maioria dos casos. A fauna da taiga é semelhante à das florestas caducifólias. No inverno, os invertebrados, os pequenos roedores e os ursos hibernam por ali, enquanto os pássaros emigram para o sul. Os grandes herbívoros, como os alces e as renas, se alimentam de liquens, e da pouca vegetação rasteira disponível. A floresta boreal de coníferas também abriga animais tipicamente carnívoros, como os lobos, raposas, visons, martas e outros.

Talude. Inclinação natural ou artificial da superfície de um terreno. "Superfície inclinada do terreno na base de um morro ou de uma encosta do vale, onde se encontra um depósito de detritos." (Guerra, 1978).

Talvegue. "Linha de maior profundidade no leito fluvial. Resulta da interseção dos planos das vertentes com dois sistemas de declives convergentes; é o oposto de crista. O termo significa "caminho do vale,'" (Guerra 1978). "Linha que segue a parte mais baixa do leito de um rio, de um canal ou de um vale." (DNAEE, 1976). "Perfil longitudinal de um rio; linha que une os pontos de menor cota ao longo de um vale." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Tartaruga. Caçadas por causa da sua carapaça ou pela sua carne saborosa e quase extinga pela destruição dos seus ovos, as tartarugas (especialmente as marinhas) estiveram muito perto da total extinção. Embora algumas espécies ainda corram perigo, hoje existem muitos projetos de proteção a esses répteis em vários países do mundo. A tartaruga Dermochelys, natural da Malásia e da Guiana Francesa, por exemplo, foi salva por um desses projetos internacionais. Também foram beneficiadas as tartarugas terrestres gigantes de Galápagos, que estiveram à beira da extinção, pela providencial implantação de uma reserva natural na área. As outras tartarugas do mesmo tipo, originárias da Aldalera, no Oceano Índico, também estão protegidas, desde que as instalações militares na ilha foram abandonadas. Muito desses projetos mundiais são implantados por ONGs, como o WWF. No Brasil, o Projeto Tamar é um dos grandes exemplos de proteção à espécie e de conscientização ambiental.

Tapajós, Rio. O Rio Tapajós é um rio brasileiro que nasce no estado de Mato Grosso, que banha parte do estado do Pará e que deságua no rio Amazonas ainda no estado do Pará. O maior garimpo de ouro do país, com 90 mil quilômetros quadrados entre os estados do Pará e do Amazonas, já produziu 2 toneladas de ouro por mês. A sua produção agora é apenas um quarto do que era – não existe tecnologia suficiente para ir abaixo de quarenta metros de profundidade, região onde está o ouro. Anda hoje, a produção aurífera de Tapajós se faz como no tempo dos bandeirantes. Um garimpeiro pode tirar até noventa gramas de ouro por dia – há alguns anos, poderia garimpar meio quilo. A restrição às mineradoras estrangeiras caiu e já podem ser vistas sondas que alcançam os 500 metros de profundidade. Para extrair sua produção, as empresas alugam o terreno dos garimpeiros brasileiros. O ouro é de quem achar primeiro.

Tecnosfera. Termo empregado pelos modernos ecologistas para identificar toda a parte tecnológica da Terra, incluindo sua estrutura econômica e as conseqüências de sua existência e rumo na evolução.

Teia Alimentar. Conjunto de cadeias ligadas por indivíduos em comum.

Televisão. Os documentários sobre a vida selvagem transmitidos pelas televisões educativas ou tevês a cabo e os programas que têm a Ecologia como tema ajudaram – e ainda ajudam – a formar a consciência ambiental de milhões de criança brasileiras. Como a maioria da população vive em centros urbanos, muitas crianças conhecem rios, montanhas, florestas e animais selvagens apenas pela televisão – a sua realidade cotidiana se resume a prédios, concentração populacional, poluição e falta de espaço. Programas como Globo Ecologia (Rede Globo) ou Réporter Eco (TV Cultura – SP), que ocuparam espaço na programação brasileira durante a década de 90 e que ainda hoje são transmitidos, mostram a realidade ambiental do Brasil e do planeta com o objetivo de educar e de conscientizar.

Temperada, Floresta. A floresta de clima temperado fica localizada nas regiões de clima temperado da Terra: encontra-se em grande parte do oeste da América do Norte, por quase toda a Europa, no oeste da Ásia (Turquia, Geórgia, Azerbaijão e Irão) e leste da Ásia (Coreia, Japão e parte da China), na Austrália, na Nova Zelândia e ao sul do Chile, no Hemisfério Sul. A Floresta Temperada foi bastante devastada pelos seres humanos, sendo substituída, principalmente, pela agricultura. Hoje, essa formação vegetal está restrita a poucos parques e reservas. O solo destas florestas é muito rico em nutrientes devido, sobretudo, ao processo natural de decomposição das folhas que vai enriquecendo o solo em nutrientes. A acumulação de matéria orgãnica dá-se, sobretudo nos primeiros horizontes do solo, que possuem, por isso, uma cor mais escura. A vegetação das florestas temperadas é variada, desde as coníferas e árvores com folhas largas caducas. Embora predominem as árvores, existem também arbustos e plantas herbáceas. A cobertura vegetal pode apresentar até quatro estratos, desde grandes árvores até plantas rasteiras. A floresta temperada diz-se decídua ou caducifólia quando as suas árvores perdem as folhas periodicamente (outono/inverno). A queda das folhas está associada a uma adaptação das plantas na defesa contra a seca fisiológica, uma vez que o inverno, que dura cerca de três meses, é bastante rigoroso e a água congela no solo. No outono as folhas adquirem coloração típica, do vermelho ao castanho, passando pelo alaranjado, dourado e cobre. Caem e cobrem o solo com espessa camada de matéria orgânica, que permite o desenvolvimento de musgos. No inverno, sem as folhas, a transpiração é muito pequena. Na primavera, com o aumento do nível de radiação solar, há uma grande profusão de folhas. As florestas temperadas decíduas exibem elevada diversidade de espécies, com vegetação predominantemente arbórea (por exemplo, carvalho, bordo, faia e nogueira), e uma fauna rica, constituída por mamíferos diversos (ursos, veados, esquilos, lobos, raposas, lebres), répteis, anfíbios, inúmeras aves, insetos, etc. A floresta temperada é perenifólia quando as folhas das árvores não caem por motivo de clima ou estações, caem somente quando a planta chega à senescência ou seca. Flora: A floresta temperada caracteriza-se pela presença de várias espécies de árvores tal como ulmeiro, faia, nogueira, plátano, ácer, choupo, álamo, bétula, tulipeiro, freixo, salgueiro, cerejeira, castanheiro, tília, amieiro, carvalho, pinheiro e cedro. Este tipo de árvores são também chamadas de coníferas, e somente sobrevivem em climas frios. Fauna: A fauna é bastante rica, insetos que se alimentam de madeira (xilófagos), esquilos, ratos, veados, javalis, aves insetívoras, aves noturnas, ursos, lobos, e vários felinos. Em algumas regiões, como forma de adaptação a baixas temperaturas do inverno, alguns animais migram enquanto outros animais hibernam.

Temperatura.: É uma medida da quantidade de energia que uma molécula desenvolve com seu movimento. É o elemento que define o clima, com exceção da gravidade é o mais importante dos fatores ecológicos. Ao lado da água, é um dos fatores físicos decisivos para a sobrevivência das espécies animais e vegetais no planeta Terra. A vida ativa (e não latente) da água no interior dos seus corpos e das trocas rápidas destes com o meio ambiente. Para que essa circulação e troca se efetuem, dois limites máximos de temperatura são instransponíveis: zero grau, a temperatura de congelamento da água, e 100 graus, a temperatura de ebulição. Os répteis, animais de sangue-frio, dependem do calor externo para o seu aquecimento e não sobrevivem em climas muito frios.

Tempo de Concentração. "Período de tempo necessário para que o escoamento superficial proveniente de uma precipitação pluviométrica escoe entre o ponto mais remoto de uma bacia, até o exutório." (DNAEE, 1976).

Teratogênicos, Efeitos. Muitas das substâncias poluentes tóxicas atingem não só os seres que entram em contato com elas como também os fetos em formação, caso atinjam mulheres grávidas. Malformações fetos estão entre os efeitos teratogênicos mais comuns. Substâncias como a toxina são frequentemente apontadas como causadoras de semelhantes efeitos em embriões, assim como outras resultantes do processamento indevido da celulose. Outras substâncias chegam a agir nos gens dos organismos, como o mercúrio. Bases de pesticidas, herbicidas e desfolhantes, a dioxina pode provocar efeitos teratogênicos em fêmeas prenhes e seus futuros filhotes – os pequenos mamíferos, como os ratos, são muito sensíveis  a estes agentes.

Terceiro Mundo. O termo foi usado pela primeira vez por especialistas políticos para classificar os países que não pertenciam ao mundo industrializado do Ocidente e nem ao antigo bloco socialista. Hoje, essa denominação serve para designar um conjunto heterogêneo de países que têm diferentes graus de subdesenvolvimento. Atualmente são grandes devastadores do meio ambiente e dos recursos naturais, repetindo o processo que o Primeiro Mundo já realizou ao decorrer de milhares de ano e especialmente nos últimos anos. A alternativa para o Terceiro Mundo continuar o seu crescimento socioeconômico sem degradar o meio ambiente está nas propostas de desenvolvimento sustentado e na implantação de uma nova ordem econômica mundial.

Térmica, Poluição. Poluição térmica é oriunda do aquecimento das águas naturais pela introdução da água quente utilizada na refrigeração de centrais elétricas, usinas nucleares, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. Sabe-se que os peixes necessitam de oxigênio (O2) dissolvido na água para sobreviverem. A quantidade de O2 é afetada pela água aquecida, uma vez que, a solubilidade de um gás em um líquido diminui à medida que a temperatura aumenta. Portanto, uma água fora dos padrões naturais de temperatura é considerada poluída, imprópria a toda espécie de vida. Peixes mortos são frequentemente encontrados nas encostas de rios poluídos termicamente. O que fazer diante deste desastre ecológico? A solução para o problema seria mudar os procedimentos usados pela Indústria. Uma alternativa, seria armazenar a água aquecida eliminada durante o processo até que a mesma estivesse em temperaturas inferiores, para só então, lançá-la nos rios. Outro agravante do problema é a junção da água poluída por resíduos químicos com a água quente, aí teremos tanto a poluição aquática como a térmica. Com certeza não haverá vida neste meio, e é assim que a cada dia nossos rios vêm sendo progressivamente agredidos pelo homem.

Termociclo, Zona de transição (intermediária de um lago, onde a temperatura decresce rapidamente de um grau pelo menos por metro).

Terra. Comparada a uma jóia de mármore azul ou a um ovo azulado girando no negro espaço, a Terra é um planeta rochoso, coberto pelas águas dos oceanos na sua maior parte. Está distante 150 milhões de quilômetros do sol, depois de Mercúrio e de Vênus, planetas pequenos como ela. Gira em torno do Sol em 365,25 dias. Tem um núcleo branco incandescente e outras camadas ígneas de 2.900 quilômetros e 2 mil quilômetros de espessura, respectivamente. A sua atmosfera alcança uma faixa de 640 quilômetros enquanto a crosta que a recobre é muito mais fina – de 6 a 64 quilômetros. Tem um único satélite: a Lua, que gira em sua volta.

Terraço. "Superfície horizontal ou levemente inclinada constituída por depósito sedimentar ou superfície topográfica modelada pela erosão fluvial, marinha ou lacustre e limitada por dois declives do mesmo sentido. É por conseguinte uma banqueta ou patamar interrompendo um declive contínuo." (Guerra, 1978). "(1) Planície, em regra estreita, que margina um rio, um lago ou o mar. Os rios, por vezes, são marginados por terraços de vários níveis; (2) Faixa de terra sobrelevada, mais ou menos horizontal, usualmente construída segundo ou próximo das curvas de nível, sustentada do lado inferior por muros de pedras ou outras barreiras semelhantes e projetada para tornar o terreno apropriado para a cultura e para evitar a erosão acelerada." (ACIESP, 1980).

Terras Devolutas. "As que, incluídas no domínio público, não receberam qualquer uso público, nacional, estadual ou municipal. São portanto bens públicos dominicais inafetados." (Moreira Neto, 1976). "São todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das entidades estatais, não se acham utilizadas pelo Poder Público, nem destinadas a fins administrativos específicos. São bens públicos patrimoniais ainda não utilizados pelos respectivos proprietários." (Meireles, 1976).

Terras Úmidas. "Área inundada por água subterrânea ou de superfície, com uma freqüência suficiente para sustentar vida vegetal ou aquática que requeira condições de saturação do solo." (EPA, 1979). "Áreas de pântano, brejo, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, parada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo as águas do mar, cuja profundidade na maré baixa não exceda seis metros." (Informação pessoal de Norma Crud, 1985, baseada na Conferência de Ramsar, 1971).

Terremotos. O terremoto é um abalo violento do solo que dura de 1 a 2 minutos. O chão começa a tremer e provoca o desmoronamento de casas, os móveis caem e os vidros das janelas quebram. Em casos mais violentos os prédios desmoronam e pontes são destruídas, Como ocorre o terremoto: A terra é formada por camadas: a hidrosfera (de água), a atmosfera (de gases) e a litosfera (de rochas). A litosfera é a camada mais rígida da terra e divide-se em partes menores chamadas placas tectônicas. Essas placas tectônicas se movimentam lentamente, gerando um processo contínuo de esforço e deformação nas grandes massas da rocha. Quando esse esforço supera o limite de resistência da rocha, faz com que ela se rompa liberando parte da energia acumulada que é liberada sob forma de ondas elásticas, chamadas de ondas sísmicas. Essas ondas podem se espalhar em todas as direções, fazendo a terra vibrar intensamente, ocasionando os terremotos. Escala Richter: A escala Richter é um sistema criado por dois americanos, a cerca de 70 anos para medir os movimentos sísmicos (ondas sísmicas) na Califórnia. Charles Richter, juntamente com seu colega Bueno Gutemberg desenvolveu o sistema que mede a potência de um tremor em um determinado lugar. A escala Richter é pontuada de um a nove. Cada grau corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Assim, por exemplo, um terremoto de grau nove na escala Richter é 900 vezes mais potente que um tremor de grau sete. Um terremoto de menos de 3,5 graus é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros. Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre sete e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de oito podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilômetros do epicentro.

Terrenos de Marinha, Acrescidos e Marginais. Terrenos de marinha "São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 metros, medidos para a parte da terra, do ponto em que passava a linha do preamar médio de 1831: a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das mares; b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se faça sentir a influência das mares." (Decreto-Lei nº 3.438, de 17.07.41). "São terrenos de marinha: a) os terrenos em uma profundidade de trinta e três metros medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição de linha do preamar médio de 1831, situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) os terrenos em uma profundidade de trinta e três metros medidos horizontalmente para a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831, que contornam as ilhas situadas nas zonas onde se faça sentir a influência das marés." (PORTOMARINST nº. 318.001 - 20.10.80). Terrenos acrescidos de marinha "Os que se tiverem formado natural ou artificialmente para o lado do mar ou dos rios e lagoas em seguimento aos terrenos de marinha." (PORTOMARINST nº. 318.001 - 20.10.80). Terrenos marginais "Os que, banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance das marés, vão até a distância de 15 (quinze) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias." (PORTOMARINST nº. 318.001 - 20.10.80).

Territorialidade. É uma forma de resistência ambiental entre insetos, mamíferos, peixes e aves, onde os animais defendem dos intrusos, não só os locais de nidificação, como também uma área suplementar em volta.

Three Miles Island. O pior desastre da indústria nuclear americana se iniciou quando a unidade 2 do Three Miles Island (EUA) começou a derreter. Seguiu-se uma série de erros e falhas técnicas que, segundo se afirmava na época, seriam teoricamente impossíveis. Técnicos foram obrigados a trabalhar rapidamente em uma sala de onde 100 lâmpadas de emergência se acendiam a mesmo tempo. No interior do reator, a temperatura já subia a 5 mil graus Celsus e o sistema de resfriamento não conseguia resfriá-lo. Por fim, a Unidade 2 derreteu, num desastre muito próximo àquele mostrado no filme Síndrome da China.

Tibet. Embora boa parte das florestas do Himalaia tenha sido destruída para a obtenção de madeira utilizada como combustível e para a construção de casas, a tradição budista tibetana caminha para outra direção. O respeito que os monges tibetanos cultivam pela natureza e a total compreensão do conceito d interdependência das espécies motiva hábitos peculiares. No verão, por exemplo, quando insetos alados saem para se acasalar, tanto os monges como a população em geral evitam sair de casa – para não pisar neles por engano ou nos seus ovos. Também de acordo com a tradição budista, o ideal de dominação só tem vaidade quando é realizado em benefício de todos os seres, sejam ele humanos ou não. Lama Gangchen Rimpoche, monge budista tibetano, popularizou no Ocidente práticas que beneficiam o meio ambiente, a partir de divindades femininas, que simbolizam os cinco elementos. A “Cura do Meio Ambiente”, como é chamada a prática, é realizada no Brasil em centros de tradição budista tibetana da linha Gelupa.

Tigre. No mercado negro, eles podem valer alguns milhares de dólares – valores suficientes para atiçar ainda mais os caçadores que desafiam leis e guardas armados para matá-los. Calcula-se, com otimismo, que existam 7mil tigres, no máximo, nas poucas regiões onde sobrevivem. Eles eram mais de 100 mil, no início do século passado – hoje, 95% deles foram exterminados. O problema agrava-se com a implantação de reservas em regiões da Índia superpovoada – homens e tigres podem chegar a disputar o mesmo alimento. Famintos, os tigres da região de Bengala passaram a atacar o homem, embora ele não fizesse parte do cardápio habitual.

Tolerância, Capacidade de suportar variações ambientais em maior ou menor grau. Nos estudos ambientais, tolerância é a capacidade de um sistema ambiental absorver determinados impactos de duração e intensidade tais que sua qualidade e sua estabilidade não sejam afetadas a ponto de torná-lo impróprio aos usos a que se destina. "Em estudos ecológicos e geográficos, é a amplitude de condições físico-químicas em que um determinado ecótipo espécie, gênero, família, etc. de plantas ou animais pode crescer naturalmente, na ausência de competição." (ACIESP, 1980).

Tomada D'água. "Estrutura ou local cuja finalidade é controlar, regular, derivar e receber água, diretamente da fonte por uma entrada d'água construída a montante." (DNAEE, 1976).

Tombamento. "Forma de intervenção do Estado na propriedade privada, limitativa de exercício de direito de utilização e de disposição, gratuita, permanente e indelegável, destinada à preservação, sob regime especial de cuidados, dos bens de valor histórico, arqueológico, artístico ou paisagístico. Os bens tombados móveis ou imóveis, permanecem sob domínio e posse particulares mas sua utilização passa a ser disciplinada" (Moreira Neto, 1976). "É a declaração, pelo Poder Público, do valor histórico, artístico, paisagístico ou científico de coisas que, por essa razão, devem ser preservadas de acordo com a inscrição no livro próprio. É ato administrativo do órgão competente e não função abstrata da lei. A lei estabelece normas para o tombamento, mas não o faz. O tombamento pode acarretar uma restrição individual, reduzindo os direitos do proprietário, ou uma limitação geral, quando abrange uma coletividade, obrigando-a a respeitar padrões urbanísticos ou arquitetônicos, como ocorre com o tombamento de núcleos históricos" (Meireles, 1976).

Tômbolo. "Depósito arenoso estreito e de forma mais ou menos curva que une a praia à uma ilha próxima." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Topo (de Morro), Cume. "Diz-se da parte mais elevada de um morro ou de uma elevação. Usa-se algumas vezes, como sinônimo de cume." (Guerra 1978). "Parte mais alta do morro, monte, montanha ou serra." (Resolução nº 04, de 18.09.85, do CONAMA).

Torre de Aspersão. Equipamento de controle da poluição, do tipo absorvedor úmido, no qual um fluxo de gás poluído, penetrando pela base da torre e fluindo de baixo para cima, encontra-se com gotas aspergidas do topo da torre; as gotas, em velocidade superior à do fluxo gasoso, molham as partículas de poluentes que vão se sedimentar na base da torre, de onde são recolhidas.

Torre Recheada. Equipamento de controle da poluição do ar, no qual "a corrente gasosa saturada de poluentes atravessa um leito de material de coleta granular ou fibroso; um líquido passa sobre a superfície coletora para mantê-la limpa e prevenir que as partículas já depositadas se entranhem outra vez." (Danielson, 1973).

Torres del Paine. O Parque Nacional Torres del Paine é um parque chileno. Está localizado na Região de Magalhães ao sul da Patagónia chilena. É considerado um dos parques mais impressionantes do sul do Chile, e um dos lugares prediletos dos amantes da natureza. Fundado como parque no final da década de 1950, foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1978. Tem uma área de aproximadamente 242.000 hectares, na qual se encontra a cadeia montanhosa Del Paine, com as mundialmente famosas Torres del Paine e os não menos conhecidos Cuernos del Paine. Lagos, rios, cascatas e glaciares estão em perfeita harmonia no parque. O principal ponto de entrada para os visitantes é a cidade de Puerto Natales, última da linha marítima proveniente de Puerto Montt. Esta região foi palco de um grande protesto contra o Governo Chileno em janeiro de 2011, sendo tomados como reféns muitos estrangeiros, inclusive 99 turistas brasileiros

Torrey Canyon. O Torrey Canyon era um superpetroleiro capaz de transportar uma carga de 120.000 toneladas de petróleo bruto, que foi naufragou ao largo da costa ocidental da Cornualha, Inglaterra março 1967 causando um desastre ambiental, matando 100 toneladas de algas e 350 mil toneladas de naimais. As aves marinhas – mais de dezessete espécies – foram brutalmente atingidas. Morreram 4.900 dos 5.700 pinguins na reserva Sete-Ilhas. Naquela época, o petroleiro foi o maior navio de sempre a ser destruído. Quando estabelecidas nos Estados Unidos em 1959, tinha uma capacidade de 60.000 toneladas, mas o navio foi ampliado no Japão para 120.000 toneladas de capacidade.  No momento do acidente foi registrado na Libéria  e de propriedade de Barracuda Tanker Corporation, uma subsidiária da Union Oil Company of California, mas fretado para a British Petroleum. Foi 974,4 pés (297,0 m) de comprimento, 125,4 pés (38,2 m) viga e 68,7 pés (20,9 m) projeto. O navio deixou o Kuwait National Petroleum refinaria da empresa em Mina al-Ahmadi em sua viagem final em 19 de fevereiro de 1967 com carga total de petróleo bruto, alcançando a Ilhas Canárias em 14 de março.  De lá o percurso planeado era Milford Haven

Toxidade. Capacidade de uma toxina ou substância venenosa produzir dano a um organismo animal. "A qualidade ou grau de ser venenoso ou danoso à vida animal ou vegetal." (The World Bank, 1978). Toxicidade aguda "Qualquer efeito venenoso produzido dentro de um certo período de tempo, usualmente de 24-96 horas, que resulte em dano biológico severo e, às vezes, em morte." (The World Bank, 1978). Toxicidade crônica "É a resultante da exposição a um produto tóxico durante um longo prazo (em relação ao tempo de vida)." (Diccionario de la Naturaleza, 1987). Toxicidade oral "Capacidade de uma substância química ou biológica de provocar dano quando ingerida pela boca." (ACIESP, 1980).

Traçador. "Substância estranha que, misturada a uma dada substância, permite determinar subseqüentemente a distribuição e a localização dessa última." (Lund, 1971). "Substância química (fluoresceina) ou radioativa (sodium 24, tritium) misturada à água para que se estude seu caminhamento." (Lemaire & Lemaire, 1975). "Substância facilmente detectável, que pode ser adicionada em pequenas quantidades a correntes de águas superficiais ou subterrâneas para evidenciar as trajetórias de partículas ou para medir diversas características do escoamento, como velocidade, tempo de percurso, diluição etc.(...)" (DNAEE, 1976).

Transgênicos. São plantas criadas em laboratório com técnicas da engenharia genética que permitem "cortar e colar" genes de um organismo para outro, mudando a forma do organismo e manipulando sua estrutura natural a fim de obter características específicas. Não há limite para esta técnica; por exemplo, é possível criar combinações nunca imaginadas como animais com plantas e bactérias.

Transferência de Bacia. É a diversão de água de uma bacia hidrográfica para outra, através de obras de engenharia. "É o processo de transferência de água que consiste em conduzir o fluxo de um rio que transborda para terrenos permeáveis, a fim de ser incorporado às reservas subterrâneas ou a rios pobres de outra bacia." (Carvalho, 1981).

Transferência de Tecnologia. Processo de difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos. "Em que consiste a transferência de tecnologia? A grosso modo, distinguem-se os seguintes conteúdos: a cessão de direitos de uma propriedade industrial; o fornecimento de bens e serviços associados à instalação de indústrias; a cessão de um saber tecnológico contido em documentos, planos, diagramas, prestação de serviços etc.; a transmissão de serviços técnicos associada à venda de maquinaria e equipamentos." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

Transmazônica. A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a terceira maior rodovia do Brasil, com 4.977 km de comprimento, ligando Cabedelo, na Paraiba, a Benjamin Constant, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros; Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Nasce na cidade de Cabedelo, na Paraíba, e segue até Lábrea, no Amazonas. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, principalmente no Pará e no Amazonas, a rodovia não é pavimentada. Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de 1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Região Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração. Rodovia transamazônica, no interior da cidade de Pombal. Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas precárias. Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua construção.É o sonho de muitos jipeiros, pois sua precariedade instiga aos mais aventureiros sua travessia em veículos off-road. Rodovia transamazônica, Trecho duplicado entre Campina Grande e Cabedelo. A BR-230 ou Transamazônica é uma rodovia transversal e considerada a terceira mais longa rodovia do Brasil com 4.000 km de extensão, ligando cidade portuária de Cabedelo na Paraíba ao município de Lábrea, no Amazonas cortando algumas das principais cidades do estado do Pará: Marabá ,Altamira e Itaituba. Na Paraíba representa o principal eixo de circulação de pessoas e mercadorias entre seus municípios, tendo como referencial o porto de Cabedelo e as cidades de João Pessoa e Campina Grande, os maiores pólos econômicos do estado. Percorre o solo paraibano por 521 km, com boa condição de tráfego até a divisa com o estado do Ceará. O segmento de 147,6 quilômetros de extensão entre Cabedelo - onde se encontra o seu marco 0 - e Campina Grande, passando pela Grande João Pessoa que congrega os municípios de Bayeux, Santa Rita e Várzea Nova, dentre outros, foi duplicado no governo FHC, facilitando o escoamento dos produtos agrícolas e industriais, agilizando o comércio e incentivando o turismo.

Tratamento. Processo artificial de depuração e remoção das impurezas, substâncias e compostos químicos de água captada dos cursos naturais, de modo a torná-la própria ao consumo humano, ou de qualquer tipo de efluente liquido, de modo a adequar sua qualidade para a disposição final. "O mesmo que tratamento por oxidação biológica, em presença de oxigênio." (Carvalho, 1981). Tratamento de água "É o conjunto de ações destinadas a alterar as características físicas e/ou químicas e/ou biológicas da água, de modo a satisfazer o padrão de potabilidade." (ACIESP, 1980).

Tropicais, Florestas. Um dos pontos críticos do planeta. Ricas em biodiversidade estão sistematicamente sendo destruídas para a extração de madeira, criação de pastos e ampliação de fazendas. Cobrem 7% da superfície terrestre, embora um dia, tenha coberto 1m5 bilhão de hectares, uma área mais de dois Estados Unidos. Nelas vivem dois terços de todas as espécies  animais e vegetais do mundo. A Malásia, por exemplo, tem 7.900 espécies de plantas que dão flores e 2.500 de árvores nativas (a Grã-Bretanha tem apenas 35). O Peru, sozinho, conta com 30 mil espécies de plantas e a Colômbia tem duas vezes mais meia o número total de espécies de pássaros encontrados na América do Norte. Muito dos alimentos consumidos hoje provem das regiões de florestas tropicais. Os materiais genéticos originais dessas espécies encontram-se anda em estado selvagem nas florestas. Novos cruzamentos podem ser feitos com eles, para produzir espécies resistentes a pestes e doenças.

Tundra. É a vegetação que se estende nas altas latitudes, do Círculo Polar Ártico para cima, no Hemisfério Norte, e nas áreas perto da costa da Antártida, no Hemisfério Sul. Durante os três meses mais quentes do ano, uma vegetação composta por liquens, musgos e arbustos rasteiros se espalha pela superfície de um estrato que nos outros meses permanece coberto de gelo. Apenas a superfície dessas áreas consegue se descongelar durante esse curto período. O subsolo dessas região, conhecido como permafroste, fica permanentemente congelado.

Turbidez. Medida da transparência de uma amostra ou corpo d'água, em termos da redução de penetração da luz, devido à presença de matéria em suspensão ou substâncias coloidais. "Mede a não propagação da luz na água. É o resultado da maior ou menor presença de substâncias coloidais na água." (Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal, 1986).

Turfa. Depósito recente de carvões, formado principalmente em regiões de clima frio ou temperado, onde os vegetais antes do apodrecimento são carbonizados. Estas transformações exigem que a água seja límpida e a local não muito profundo.

Turn-over. É o nome técnico empregado para designar a taxa de renovação. No fim de um determinado tempo uma forma viva é capaz de renovar inteiramente as suas células – no fim desse período se estabelece o seu torn-over. Uma planta anual, por exemplo, que se reproduz por sementes e que germina anualmente, tem um turn-over, ou taxa de renovação, de um ano. Um animal está no final de um turn-over quando liberou uma massa de excreção igual ao seu peso, com exceção da água, cujo trânsito no interior de um corpo é infinitamente mais rápido do que qualquer outra massa mais consistente.

UICN. O nome União Internaconal para a Conservação da Natureza e dos seus Recursos (UICN) já revela o objetivo principal dessa instituição. Criada em 1948 pela UNESCO foi concebida como uma organização científica não-governamental cujo propósito original seria a aplicação dos recursos técnicos da Ecologia e das ciências biológicas em favor da conservação da Natureza. Quando compreendeu-se, a partir da Conferência de Estocolmo em 1972, que havia uma ligação estreita entre a conservação e os modelos de desenvolvimento  econômico, a UICN enviou as suas bases e estatutos, dirigindo-se para ações que envolviam o desenvolvimento sustentado em países do Terceiro Mundo. Juntamente com a WWF, ela supervisiona o Centro de Monitoramenteo da Conservação, em Cambridge e Kiew, na Inglaterra.

Ultravioleta. radiação de ondas eletromagnéticas não perceptíveis pelo olho humano e que se situa entre as radiações luminosas de cor violeta e os raios X, estando entre os comprimentos de onda de cerca de 100 A 3.800 Å.

Umbrófita. Planta que vive na sombra, com capacidade de sobreviver nas condições escuras do chão da mata fechada.

Umidade Relativa. "Para uma dada temperatura e pressão, a relação percentual entre o vapor d'água contido no ar e o vapor que o mesmo ar poderia conter se estivesse saturado, a idênticas temperatura e pressão." (WMO apud DNAEE, 1976).

UNESCO. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fundou-se a 16 de novembro de 1945 com o objectivo de contribuir para a paz e segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. "Ao êxito da educação elementar adaptada às necessidades actuais. Colabora, entre outros, com a formação de docentes e administradores educacionais e dá alento à construção de escolas e à dotação de equipamento necessário para o seu funcionamento." As actividades culturais procuram a salvaguarda do património cultural mediante o estímulo da criação e a criatividade e a preservação das entidades culturais e tradições orais, assim como a promoção dos livros e a leitura. Em matéria de informação, a UNESCO promove a livre circulação de ideias por meios audiovisuais, fomenta a liberdade de imprensa e a independência, o pluralismo e a diversidade dos meios de informação, através do Programa Internacional para a Promoção da Comunicação. Tem a sua sede em Paris, França. Seu principal objetivo é reduzir o analfabetismo no mundo. Para isso a UNESCO financia a formação de professores, uma de suas atividades mais antigas, e cria escolas em regiões de refugiados. Na área de ciência e tecnologia, promoveu pesquisas para orientar a exploração dos recursos naturais. Outros programas importantes são os de proteção dos patrimônios culturais e naturais além do desenvolvimento dos meios de comunicação. A UNESCO criou o World Heritage Centre para coordenar a preservação e a restauração dos patrimônios históricos da humanidade, com atuação em 112 países. A missão da UNESCO é contribuir para a "construção da paz", reduzindo a pobreza, promovendo o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural, através da educação, ciências, cultura, comunicação e informação. A Organização concentra, em particular, duas prioridades globais: África e igualdade de gênero.Outras prioridades da Organização incluem a busca da qualidade da educação para todos e da educação continuada, buscando novos desafios éticos e sociais, promovendo a diversidade cultural, construindo sociedades de conhecimento inclusivo através da informação e comunicação.As metas amplas e objetivos concretos da comunidade internacional - tal como estabelecido nas metas de desenvolvimento acordadas internacionalmente, incluindo as metas de desenvolvimento do milênio - apoiam todas as estratégias e atividades da UNESCO (veja mais)

UNICEF. Fundo das Nações Unidas para a Infância (United Nations Children's Fund - UNICEF) é uma agência das Nações Unidas que tem como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento. O UNICEF rege-se pela Convenção sobre os Direitos da Criança e trabalha para que esses direitos se convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta internacionais para as crianças. Histórico: Tem como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento. O mundo já viu muitas guerras. Todas elas prejudicam as famílias dos países atingidos, especialmente as crianças. Depois da Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945, muitas crianças na Europa, no Oriente Médio e na China não tinham quem cuidasse delas. Ficaram sem casa, sem família, sem saúde, sem comida, às vezes sem tudo isso de uma vez. Dizem que a união faz a força. Então, um grupo de países reunidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) resolveu arregaçar as mangas e fazer alguma coisa. Foi fundada em 11 de dezembro de 1946, e foi criada para ajudar as crianças que viviam na Europa e que sofreram com a Segunda Guerra Mundial. Sua sede é em Nova Iorque, nos Estados Unidos. No começo, o UNICEF era um fundo de emergência para ajudar as crianças que sofreram com a guerra. Mas alguns anos depois, milhões de crianças de países pobres continuavam ameaçadas pela fome e pela doença. Não dava para ficar de braços cruzados... Em 1953, o UNICEF tornou-se uma instituição permanente de ajuda e proteção a crianças de todo o mundo, e é a única organização mundial que se dedica especificamente às crianças. Hoje, está presente em 191 países. Em termos genéricos, trabalha com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos setores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento e também em situações de emergência ,ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento. Em paralelo o UNICEF apoia projectos concretos desenvolvidos por organizações não-governamentais ou governamentais que oferecem soluções locais ao problema. São projectos de atendimento directo a crianças e adolescentes em todas as regiões do mundo. As iniciativas que conseguiram criar metodologias inovadoras e eficientes para tratar o problema são divulgadas e inspiram outras instituições e projetos.

Unidade Ambiental. Unidade funcional do planejamento e da gestão ambiental. Pode ser determinada pelas propriedades dinâmicas dos sistemas ambientais e ecossistemas que compreende, considerando as interações e processos de seus fatores físicos, bióticos e antrópicos. Uma unidade ambiental deve incluir bacias hidrográficas e ecossistemas completos. Na prática, entretanto, uma unidade ambiental pode ser definida, para efeito dos programas de gestão ambiental, pelos limites político-administrativos relativos à área de jurisdição da autoridade a quem compete gerí-la. Neste caso, as atividades técnicas e administrativas não devem descuidar da possível unicidade dos fenômenos e das interações resultantes de ações e decisões levadas a efeito fora de seus limites de jurisdição.

Unidades de Conservação. Espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes, com o fim de obter a conservação a longo termo da natureza com os serviços associados ao ecossistema e os valores culturais. Denominam-se coletivamente Unidades de Conservação as áreas naturais protegidas e "Sítios Ecológicos de Relevância Cultural, criadas pelo Poder Público: Parques, Florestas, Parques de Caça, Reservas Biológicas, Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Ecológicas e Áreas de Relevante Interesse Ecológico, nacionais, estaduais ou municipais, os Monumentos Naturais, os Jardins Botânicos, os Jardins Zoológicos, os Hortos Florestais." (Resolução nº. O11, de 03.12.87, do CONAMA).

Universo. O universo e suas estrelas sempre fascinaram o homem, desde os primeiros monólitos colocados de maneira a assinalar os solstícios, em Stonehenge, e talvez até antes disso. O Universo é constituído de tudo o que existe fisicamente, a totalidade do espaço e tempo e todas as formas de matéria e energia. O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou natureza. A palavra Universo é geralmente definida como englobando tudo. Entretanto, usando uma definição alternativa, alguns cosmologistas têm especulado que o "Universo", composto do "espaço em expansão como o conhecemos", é somente um dos muitos "universos", desconectados ou não, que são chamados multiversos. Observações de partes antigas do universo (que situam-se muito afastadas) sugerem que o Universo vem sendo regido pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história. No entanto, na teoria da bolha, pode haver uma infinidade de "universos" criados de várias maneiras, e talvez cada um com diferentes constantes físicas. Ao longo da história, varias cosmologias e cosmogonias têm sido propostas para explicar as observações do Universo. O primeiro modelo geocêntrico quantitativo foi desenvolvido pelos gregos antigos, que propunham que o Universo possui espaço infinito e tem existido eternamente, mas contém um único conjunto de círculos concêntricos esferas de tamanho finito - o que corresponde a estrelas fixas, o Sol e vários planetas – girando sobre uma esférica mas imóvel Terra. Ao longo dos séculos, observações mais precisas e melhores teorias levaram ao modelo heliocêntrico de Copérnico e ao modelo newtoniano do Sistema Solar respectivamente. Outras descobertas na astronomia levaram a conclusão de que o Sistema Solar está contido em uma galáxia composta de milhões de estrelas, a Via Láctea, e de que outras galáxias existem fora dela, tão longe quanto os instrumentos astronômicos podem alcançar. Estudos cuidadosos sobre a distribuição dessas galáxias e suas raias espectrais contribuíram muito para a cosmologia moderna. O descobrimento do desvio para o vermelho e a radiação cósmica de fundo revelaram que o Universo continua se expandindo e aparentemente teve um princípio. De acordo com o modelo científico vigente do Universo, conhecido como Big Bang, o Universo surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente chamada Era de Planck. A partir da Era Planck, o Universo vem se expandindo até sua atual forma, possivelmente com curtos períodos (menos que 10−32 segundos) de inflação cósmica. Diversas medições experimentais independentes apoiam teoricamente tal expansão e a Teoria do Big Bang. Esta expansão tem-se acelerado por ação da energia escura, uma força oposta à gravidade que está agindo mais que esta devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o bastante para dissipar a força gravitacional. Porém, devido ao escasso conhecimento a respeito da energia escura, é ainda pequeno o entendimento do fenômeno e sua influência no destino do Universo.  Atuais interpretações de observações astronômicas indicam que a idade do Universo é de 13,73 (± 0,12) bilhões de anos, e seu diâmetro é de 93 bilhões de anos-luz ou 8,80 ×1026 metros. De acordo com a teoria da relatividade geral, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta pela velocidade da luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita. palavra Universo deriva do francês antigo Univers que por sua vez deriva do latim universumA palavra latina foi usada por Cícero e posteriormente outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente. A palavra latina é derivada da contração poética Unvorsum — usada primeiramente por Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum, versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de vertere, que significa "algo rodado, rolado ou mudado"). Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um". Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo, περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas. Esta palavra grega refere-se a um modelo grego antigo do universo, onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com Aristóteles, a rotação da esfera ultraperiférica era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas astronômicas e físicas (como o Pêndulo de Foucault) são necessárias para provar o contrário.

Upwelling. Nem sempre as correntes marítimas se deslocaram horizontalmente. Nas zonas de upwelling – movmientos verticais de águas frias e bem oxigenadas, ricas em nutrientes, que sobrem para os degraus da plataforma continental – os deslocamentos são feitos de baixo para cima. Esse revolvimento dos sais minerais aumenta consideravelmente a produção primária local, devido à concentração de alimento disponível a todas as espécies. Os upwellings podem ser reforçados pela ação dos ventos, como acontece nas costas do Peru, na Califórnia, na Mauritânia e sudoeste da África. São todas zonas de grande produção pesqueira que se beneficiam da grande concentração de peixes. O movimento inverso, que faz descer as águas frias para o fundo do mar, chama-se cascaling. Esses movimentos desempenham um importante papel no planeta, pois ajudam a circular os sais minerais necessários à vida.

Urânio. É o elemento de massa atômica mais forte que se encontra no Universo. O urânio natural é uma mistura de isótopos constituída basicamente do isótopo 238 com traços de urânio 235, o único radoelemento físsil natural. Um outro radioisótopo físsil, o urânio 233, pode ser formado dentro das centrais nucleares. O enriquecimento de urânio com propósitos militares é praticado desde 1944, quando foi produzida a bomba atômica nos Estados Unidos. A extração do urânio em minas, assim como outros tipos de extração mineral, afeta profundamente o meio ambiente. Como a presença do urânio é encontrada e doses infinitesimais na natureza, é preciso revolver uma quantidade enorme de terra e rochas para que se possa extrair uma quantidade mínima. Na Austrália, podem ser vistas minas de urânio a céu aberto que causam grandes desequilíbrios ao meio ambiente. O tratamento do urânio implica igualmente na contaminação da água de superfície, poluindo e acidificando rios. Elas produzem igualmente um gás raro radioativo, capaz de afetar os trabalhadores  dessas minas, causando câncer.

Urbanização. É um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região, para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. O termo também pode designar a ação de dotar uma área com infra-estrutura e equipamentos urbanos, o que é similar a significação dada à urbanização pelo Dicionário Aurélio - Século XXI: "conjunto dos trabalhos necessários para dotar uma área de infra-estrutura (por exemplo, água, esgoto, gás, eletricidade) e/ou de serviços urbanos (por exemplo, de transporte, de educação, de saúde)". Ainda pode ser entendido somente como o crescimento de uma cidade. São Paulo, por exemplo, é uma cidade urbanizada. Por incrível que pareça os detentores do título de maiores aglomerações mundiais pertencem aos países emergentes. Tudo isso apenas reforça a ideia de que quanto mais um país demora para se industrializar, mais rápida é sua urbanização.  "Concentração de população em cidades e a conseqüente mudança sociocultural dessas populações, ou ainda, aumento da população urbana em detrimento da rural; (b) aplicação dos conhecimentos e técnicas do planejamento urbano a uma determinada área; (c) migração de idéias e gênero de vida da cidade (status urbano) para o campo; através dos meios de comunicação de massa, rádio, televisão, os campos vão adquirindo modo de vida urbano." (Ferrari, 1979). Taxa de urbanização "lndicador que mede o crescimento percentual da população que vive em núcleos urbanos, em relação à população total considerado em períodos determinados, geralmente anuais, deduzido dos períodos intercensuais que se consideram a cada dez anos." (SAHOP, 1978). Grau de urbanização "É a proporção da população total (de uma dada unidade territorial político-administrativa) que habita zonas classificadas como urbanas." (SAHOP, 1978). O impacto ecológico do processo de urbanização é bastante considerável, tanto na relação da destruição do meio ambiente local quanto à geração dos mais variados tipos de poluição.

Urso. Eles vivem em vastas regiões da América e da Eurásia. O urso-pardo, porém, quase desapareceu da Europa Central – uma comunidade de apenas pouquíssimos ursos vive na região dos Pireneus, entre Europa e França. A espécie ainda se mantém relativamente na Escandinávia, na Polônia, na península balcânica e, sobretudo nas repúblicas da ex-União Soviética. O urso-branco ou urso polar está ameaçado de extinção – atualmente seu efetivo total estar um pouco mais de dez mil cabeças. É protegido por um acordo formado entre as nações árticas. O urso mais ameaçado de extinção do mundo é o urso-de-lunetas, que vive nos Andes.

Valo de Oxidação. "É um reator biológico aeróbio de formato característico, que pode ser utilizado para qualquer variante do processo de lodos ativados que comporte um reator em mistura completa." (Carvalho, 1981).

Valoração Ambiental. Atribuição de valores monetários aos ativos ambientais, às mudanças ocorridas nos mesmos e aos efeitos dessas mudanças no bem-estar humano.

Vasa. "Depósito argiloso, de partículas muito finas, de coloração cinza-escuro ou mesmo esverdeada, muito pegajoso, escorregadio e com acentuado odor fétido, devido ao gás sulfúrico que contem. Os bancos de vasa aparecem nas orlas costeiras e na foz dos rios devido ao efeito de floculação e da gravidade, por ocasião das marés cheias." (Guerra, 1978).

Vazadouro. Lugar onde se despejam detritos ou onde se dispõe qualquer tipo de resíduos sólidos. "Sítio ou terreno onde se dispõem resíduos sólidos, sem que se adotem medidas de proteção ao meio ambiente." (The World Bank, 1978).

Vazão. "Volume fluído que passa, na unidade de tempo, através de uma superfície (como exemplo, a seção transversal de um curso d'água)" (DNAEE, 1976). Vazão ecológica, vazão mínima ecológica Vazão que se deve garantir a jusante de uma estrutura de armazenagem (barragem) ou captação (tomada de água), para que se mantenham as condições ecológicas naturais de um rio.

Vazão Ecológica. Vazão que se deve garantir a jusante de uma estrutura de armazenagem (barragem) ou captação (tomada de água) , para que se mantenham as condições ecológicas naturais de um rio.

Veado. São caracterizados por uma fertilidade superior à maioria dos ruminantes e por uma adaptação perfeita ao meio ambiente, sejam cerrados ou florestas. Exatamente por essas qualidades e por causa do desaparecimento dos seus predadores naturais (lobos, tigres) os seus efetivos podem, subitamente, multiplicar-se e causar uma superpopulação da espécie. Esses aumentos repentinos de população são comuns na Nova Zelândia, Nova Caledônia e Índia. Isso os obriga a sair das florestas à procura de alimentos, danificando as plantações e os expondo aos caçadores. Já quando os seus predadores, como os grandes felinos, dispõem de proteção, os efetivos de diferentes espécies de veados podem declinar em números com a mesma facilidade com que aumentam de uma hora para outra.

Vegetação. Conjunto de plantas que cobre uma região. "Conjunto de vegetais que ocupam uma determinada área; tipo da cobertura vegetal; as comunidades das plantas do lugar; termo quantitativo caracterizado pelas plantas abundantes." (Goodland, 1975). "Quantidade total de plantas e partes vegetais como folhas, caules e frutos que integram a cobertura da superfície de um solo. Algumas vezes, o termo é utilizado de modo mais restrito para designar o conjunto de plantas que vivem em determinada área." (Carvalho, 1981). Vegetação natural "Floresta ou outra formação florística com espécies predominantemente autóctones, em clímax ou em processo de sucessão ecológica natural." (Resolução nº. 04, de 18.09.85, do CONAMA). Vegetação primáriaÉ aquela de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de espécies." (definição constante de várias resoluções do CONAMA baixadas em 1994, com a finalidade de orientar o licenciamento de atividades florestais em Mata Atlântica, em diversos estados brasileiros). Vegetação secundária ou em regeneração "É aquela resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores da vegetação primária" (definição constante de várias resoluções do CONAMA baixadas em 1994, com a finalidade de orientar o licenciamento de atividades florestais em Mata Atlântica, em diversos estados brasileiros).

Vento. É simplesmente o ar em movimento. São as diferenças de pressão, ou gradientes de pressão, entre as zonas atmosféricas que os produzem. Os ventos planetários se movem das zonas subtropicais em direção aos pólos e tomam a direção oeste. Já os ventos que sopram em direção ao Equador se transformam em ventos alísios orientais. Os ventos que se movem nas alturas atmosféricas são determinados pelos gradientes de pressão e pela força de Coriolis. Perto do solo, esse movimento é muito mais complexo e influi na presença de terra, mar ou variações do relevo. Tanto as brisas marítimas como os furacões e ventos, embora sejam muito diferentes si. Podem transportar chuva e poeiras, contribuindo para a formação do solo.

Verdes. Junto com a conscientização ecológica das últimas décadas, formou-se um adjetivo que hoje qualifica processos industriais não poluentes – que ganham certificados ambientais e selos “verdes” – partidos, candidatos e plataformas políticas, movimentos sociais e uma série de produtos que não afetariam o meio ambiente. A exigência do não comprometimento com atividades antiambientais é tão forte nos países industrializados que algumas empresas passaram a usar uma maquiagem “verde” – isto é, se associam ou financiam projetos ambientais para disfarçar a capacidade de envenenamento e destruição dos seus produtos. Essa fachada “verde” frequentemente engana os consumidores menos avisados. O acesso à informação, seja por meio de ONGs como o Greenpace ou através da imprensa, pode evitar essas armadilha. Ações diretas de grande impacto visual, como o abraço à Lagoa Rodrigo de Freitas ou a defesa da Prainha, ambas no Rio de Janeiro, caracterizam boa parte das manifestações ecológicas.

Vicunha. Os casacos de peles de vicunha, um tipo de lhama, quase extinguiram essa espécie característica das montanhas andinas. Protegido, o seu rebanho multiplicou-se em quase 40 mil cabeças, só na reserva de Pampas Galera, no Peru. O governo peruano considerou a possibilidade de efetuar um abate seletivo, para evitar que a superpopulação acabasse prejudicando a espécie. Mas a ação foi impedida pela WWF, que considerou antiecológico. As vicunhas também sobrevivem no Parque Nacional Lança, no norte do Chile. É bom lembrar: A lã da vicunha foi intensamente procurada nas décadas passadas, por ser considerada muito quente. Ponchos de lã de vicunha ainda são comuns, já o uso de pele pode afetar a espécie, promovendo a sua caça indiscriminada. As lhamas são consideradas os camelos dos Andes, de quem são aparentadas.

Vídeos Ecológicos. Muito importantes como estímulos na formação da consciência ambiental da criança, os vídeos ecológicos podem servir de instrumento educacional. Um clássico, que ganhou o Oscar de filme estrangeiro, o Derzu Uzalá, de Akira Kurosawa, conta a história de um explorador russo e um guia nativo das florestas da Sibéria, que o ensina a conviver e a respeitar a Natureza. A Montanha dos Gorilas é outro emocionante relato a partir da luta da antropóloga Dian Fossey em favor dos gorilas de montanha. Os Lobos não Choram também trata com sensibilidade o mundo da Ecologia e é dirigido com poesia por Carrol Ballard, que sabe como poucos filmar animais. Koyaanisqatsi e Powaqqatsi, filmes de Geoffrey Reggio, registram as mudanças da natureza, para melhor e para pior, trazem a música de Philip Glass e são dirigidos para um público mais adulto. Amazônia em Chamas trata a historia do líder Chico Mendes e Jornada na Estrelas 4 traz de volta do futuro a nave Enterprise para salvar as baleias. Os documentários da National Geographic e de Jacques Cousteau também são ótimas indicações.

Vinha, Paulo César. O biólogo Paulo César Vinha foi assassinado aos 37 anos com três tiros à queima-roupa no dia 28 de abril de 1993, na Estação Ecológica de Setiba (ES), que hoje leva o seu nome. Assim como Chico Mendes, foi morto por defender causas que envolviam o meio ambiente. Militante do PT, Paulo César lutava contra a destruição da restinga capixaba realizada pelos areeiros (extratores de areia) da região, além de ter participado de outros movimentos ecológicos, como o que impediu a construção de uma usina nuclear em Aracruz e o que defendia a demarcação de terras dos índios guaranis e tupiniquins no norte do Estado. Dois dias antes de ser morto, recebeu um telefonema avisando que as questões de areia na Barra do Jucu, onde morava, se resolviam a tiros.

Voçoroca. Escavação profunda originada pela erosão superficial e subterrânea, geralmente em terreno arenoso; às vezes, atinge centenas de metros de extensão e dezenas de profundidade. É um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão causados pela água da chuva e intempéries em solos onde a vegetação não protege mais o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas. A voçoroca torna o solo pobre, seco, quimicamente morto e nada fecundo.

Vulcanismo. É um conjunto de fenômenos que tornam disponíveis para o planeta novas matérias – sólidas, líquidas e gasosas – originárias do magma profundo do interior da Terra. Sem essa renovação, a vida seria impossível, pois não seriam repostas as substâncias perdidas por sedimentação. Com as explosões dos vulcões, carbono, enxofre, fósforo e outros elementos voltam a circular no planeta. Além disso, com o vapor formado pelas erupções, o vulcanismo recarrega atmosfera com águas “juvenis” quimicamente puras. As enormes quantidades de dióxido de carbono liberadas vão alimentar as plantas verdes, juntamente com a alta fertilidade das lavas basálticas depois de resfriadas.

Vulcão. Um vulcão nada mais é do que uma abertura, em terra firme ou no mar, por onde flui a massa incandescente que forma o magma. Essa fresta se comunica com uma câmara subterrânea profunda, de onde vem o magma que fica abaixo da crosta terrestre. A maioria dos vulcões se localiza no encontro de duas placas tectônicas, com exceções dos vulcões havaianos, cuja origem ainda é estudada. Essa linha ígnea é chamada no Oceano Pacífico de Anel de Fogo. Os vulcões expelem lavas e cinzas. Quando as erupções acontecem em áreas cercadas de geleiras, podem provocar uma inundação de lama formada a partir da lava e da neve derretida, capaz de destruir pequenas cidades.

WBA. Uma das áreas onde o pensamento ecológico mais precisa atuar é justamente na empresarial. Pensando nisto, Willis Herman, um professor da Universidade de Stanford (EUA), identificado coma necessidade de renovar os paradigmas empresariais, resolveu criar em 1978  World Business Academy. Os membros internacionais fazem reuniões periódicas e trocam informações entre si por meio de textos que tratam de novas propostas de gerenciamento. Entre esses empresários, a ética, o exercício da cidadania e o meio ambiente têm papel fundamental. Os associados da World Business Academy, empresários, consultores de empresas e comerciantes, estudam e aplicam novos paradigmas empresariais que têm reflexos diretos sobre os seus funcionários.

WWF. Fundada em 1961, é a maior organização não-governamental do mundo criada para a proteção de espécies selvagens. O Fundo Mundial para a Vida Selvagem trabalha em parceria com a UICN, monitorando o ritmo do desaparecimento de várias espécies. No início da década de 90, teve seu fundo de investimento muito criticado, pois incluía multinacionais envolvidas com armamentos, energia nuclear e venda de pesticidas para países do Terceiro Mundo – todas áreas condenadas por suas atividades ecológicas. Recuperou e ganhou prestígio ainda ao fazer uma reavaliação das suas aplicações financeiras e convocar uma comissão ética de banqueiros que agora vigia o destino dos investimentos advindos do dinheiro dos seus afiliados. No Brasil, a WWF trabalha em mais de quarenta projetos. O símbolo da WWF, um simpático panda, refere-se a um dos seus primeiros projetos, que incluía ações de proteção à essa espécie animal típica das florestas de bambu da China.

Xerarcas. São os organismos pioneiros de uma sucessão ecológica iniciada em áreas xéricas, ou seja, em locais secos.

Xerófilo Vegetal adaptado a viver em ecossistemas onde o fator ambiental mínimo é a água.

Xerófito. Planta que se desenvolve em região árida. "Vegetal adaptado a viver em ecossistemas onde o fator ambiental mínimo é a água." (Diccionario de la Naturaleza, 1987). "Planta de lugares secos." (Souza, 1973).

Xeromorfo. Vegetal com caracteres morfológicos que evidenciam sua adaptação à seca.

Xingu, Parque Indígena do. Criado em 1961 por sugestão do sertanista Orlando Villas-Boas, é o mais famoso parque indígena do país, um refúgio para dezessete etnias de índios diferentes. Suas fronteiras são constantemente ameaçadas – imagens recentes de satélite mostram aberturas de estradas vicinais próximas aos seus limites. Mais de 300 serrarias, que geralmente antecedem o processo de ampliação de grandes fazendas, investem na direção da sua fronteira oeste e à leste avança a pecuária extensiva. Antes um oásis de paz, agora o clima de tensão contamina as tribos. Os Suyás reagiram com violência à poluição dos rios provocada por atividades agropecuárias. Muitos desse problemas acontecem porque as cabeceiras dos rios que banham o parque não foram incluídas dentro dos seus limites.

Zebra. Algumas espécies já foram extintas, como as Quagga, típicas da África austral, que foram mortas aos milhares por caçadores. Sua pele era usada como saco para grãos e dela não restam mais do que algumas gravuras do século XIX. A espécie mais comum é a zebra de burchell, ainda muito comum no Quênia e na Tanzânia. Já as de Grévy (Quênia) e a zebra de montanha são bem mais raras – não restam mais do que algumas centenas de indivíduos das duas espécies. As zebras vivem em grupos de aproximadamente doze fêmeas lideradas por um macho. Os membros dessas comunidades reconhecem-se a partir dos padrões de suas listas, que se combinam de diversas maneiras. Não existem duas zebras com o mesmo padrão. Vejam só! Em 1996 e 1997 as lojas de Londres voltaram a se rechear de bolsas, cintos e casacos de peles de zebra. Com a desculpa de que os efetivos da espécie foram estabilizados, as zebras voltaram a ser perseguidas e caçadas.

Zinco. A produtividade das culturas muitas vezes é limitada não pelos nutrientes disponíveis na natureza em grandes quantidades, como o dióxido de carbono ou a água, mas, pelo contrário, pela ausência de elementos presentes no solo em quantidades infinitesimais, como o zinco. Esses elementos são conhecidos como micronutrientes, ou elementos-traço e várias doenças detectadas devem-se à ausência ou excesso. Dez micronutrientes são muito importantes para as plantas: zinco, cobre, ferro, manganês, boro, silício, molibdênio, cloro, vanádio e cobalto. Esses elementos podem ser arranjados em três grupos: aqueles necessários à fotossíntese (entres eles, o zinco), aqueles necessários para o metabolismo do nitrogênio e aqueles que influenciam outras funções metabólicas. Os animais, além desses elementos, precisam do selênio, cromo, níquel, flúor, estanho, iodo e até arsênio.

Zona industrial "É uma área definida, dentro de uma área urbana, onde institucionalmente podem se localizar indústrias que atendam a pré-requisitos urbanísticos bem determinados." (CODIN, s/data).

Zona de Preservação da Vida Silvestre. Zona situada em área de proteção ambiental (APA) nas quais "(...) serão proibidas as atividades que importem na alteração antrópica da biota." (Resolução nº. 10 de 14.12.88, do CONAMA). Zona de proteção da vida silvestre. Zona situada em área de proteção ambiental (APA) "nas quais poderá ser admitido o uso moderado e auto-sustentado da biota, regulado de modo a assegurar a manutenção dos ecossistemas naturais." (Resolução nº. 10 de 14.12.88, do CONAMA).

Zona de Uso Diversificado – ZUD. "Destinam-se à localização de estabelecimentos industriais, cujo processo produtivo seja complementar das atividades do meio urbano ou rural em que se situem, e com eles se compatibilizem, independente do uso de métodos especiais de controle de poluição, não ocasionando em qualquer caso inconvenientes à saúde, ao bem-estar e à segurança das populações vizinhas." (Lei nº. 6.803, de 02 07.80).

Zona de Uso Estritamente Industrial – ZEI. "Destinam-se preferencialmente à localização de estabelecimentos industriais cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações possam causar perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento de efluentes nos termos da legislação vigente." (Lei nº. 6.803, de 02.07.80).

Zona de Uso Predominantemente Industrial – ZUPI. "Destinam-se preferencialmente à instalação de indústrias cujos processos, submetidos a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, não causem incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e nem perturbem o repouso das populações." (Lei nº. 6.803, de 02.07.80).

Zona Intertidal. "É a zona compreendida entre o nível da maré baixa e da ação das ondas na maré alta. Pode ser dividida em zona intertidal maior (backshore) e zona intertidal menor (foreshore)”. (Guerra, 1978). Zona intertidal maior "A faixa que se estende acima do nível normal da maré alta, só sendo atingida pelas marés excepcionais ou pelas grandes ondas no período de tempestade.” (Guerra, 1978). Zona intertidal menor "É a faixa de terra litorânea exposta durante a maré baixa e submersa durante a maré alta." (Guerra, 1978).

Zona Litorânea. É a zona afetada pelas marés. Apresenta abundância de luz, oxigênio e alimento.

Zonação. “Pequenas diferenças no ambiente: solo mais seco, solo pouco espesso, pequena depressão, maior acumulação de húmus, influi no número e nas qualidades das plantas. Quando essas diferenças são contínuas, como ao redor de pântanos e lagoas, a estrutura da vegetação é perfeitamente distinta.”. (Souza, 1973).

Zoneamento. Instrumento legal que regula o uso do solo no interesse do bem-estar coletivo, protegendo o investimento de cada indivíduo no desenvolvimento da comunidade urbana

Zoneamento Agroecológico. É o ordenamento, sob forma de mapas, informações relativas ao tipo de vegetação, geologia, solo, clima, recursos hídricos, climáticos e áreas de preservação, de uma determinada região.

Zoocoria.  Disseminação de frutos e sementes por animais.

Zoológico. É um dos assuntos mais polêmicos na área da Ecologia. Os zôos surgiram como parques destinados ao divertimento público, que hospedavam espécies exóticas  impossíveis de serem vistas de outra maneira pela maioria da população. A partir da década de 80, sofreram forte pressão de ONGs e da opinião pública, para que melhorassem as condições das espécies albergadas. Os zoológicos maiores começaram a reproduzir, tanto quanto possível, os hábitats desses animais e a servir de bancos genéticos para a reprodução em cativeiros de espécies extintas ou quase extintas em liberdade. A partir dessa realidade, surgiram duas fortes correntes: uma a favor, que vê os zoológicos como um banco de reservas genéticas, e outra definitivamente contra, que os consideram apenas como locais onde os animais servem de divertimento. Essa última corrente propõe a criação de unidades de reservas genéticas especialmente preparadas para isso e vedadas ao público, onde os animais teriam prioridade.

Zooplâncton. Conjunto de animais, geralmente microscópicos, que flutuam nos ecossistemas aquáticos e que, embora tenham movimentos próprios, não são capazes de vencer as correntezas.

 

 

 

 

 Fontes pesquisadas:

 Dicionário Ilustrado de Ecologia - Revista Terra - Editora Azul.

 www.abrolhos.net

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